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PODER CONSTITUINTE

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1 
 
 Poder Constituinte 
 É aquele capaz de editar uma Constituição, estabelecendo uma organização 
jurídica fundamental, dando forma ao Estado, constituindo poderes e criando normas 
de exercício de governo. 
A titularidade do poder constituinte como aponta a doutrina moderna, pertence 
ao povo. Essa titularidade é confirmada pelo parágrafo único art.1° da CF/88: “Todo 
o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou 
diretamente nos termos desta Constituição. 
Existem duas formas de manifestação do Poder Constituinte: O Poder 
Constituinte Originário e o Poder Constituinte Derivado. 
 
1. Poder Constituinte Originário 
É aquele responsável pela criação integral de uma nova Constituição, 
inaugurando uma nova ordem jurídica. 
 
 Classificações: 
 Histórico: que seria o verdadeiro poder constituinte originário, estruturando pela 
primeira vez o Estado e o 
 Revolucionário: seriam todos os posteriores ao histórico, rompendo por 
completo com a antiga ordem e instaurando um novo Estado. 
 Formal: é a criação, a atribuição de constitucionalidade a um conjunto de 
normas. 
 Material: qualifica o que é constitucional, permitindo que o primeiro atribua a 
consolidação da constitucionalidade. 
 
 Características: 
 Inicial: porque inicia uma nova ordem jurídica, posto que também é chamado de 
Poder Constituinte Genuíno ou de Primeiro Grau; 
2 
 
 
 Ilimitado: porque não sofre qualquer limite anterior, ao passo que pode 
desconsiderar de maneira absoluta o ordenamento vigente anterior; 
 
 Autônomo: da forma que só cabe a ele estruturar os termos da nova Constituição; 
 
 Incondicionado e Permanente: por conta de não se submeter a nenhum processo 
predeterminado para sua elaboração, bem como que não se esgota com a 
realização da nova Constituição, podendo o legislador deliberar a qualquer 
momento pela criação de uma nova. 
 
 Formas de expressão: 
 Outorga: ocorre a pronúncia unilateral do governante ou revolucionário 
 Assembleia Constituinte: realiza-se a representação popular a partir do debate 
da populacional. 
 
2. Poder Constituinte Derivado 
Esse poder é criado e estabelecido pelo poder originário, por esse motivo tem 
a obrigação de atender as exigências impostas pelo originário para a produção das 
normas constitucionais, tornando-se limitado. 
 
2.1 Poder Constituinte Derivado Decorrente 
Trata-se do poder de cada Estado-Membro (unidade federativa) em criar a sua 
própria Constituição estadual, sendo, todavia, respeitada a supremacia da 
Constituição Federal. 
Cada Assembleia Legislativa, com os poderes constituintes definidos, deveriam 
elaborar a sua Constituição do Estado dentro do prazo de 1 (um) ano, a partir da 
promulgação da Constituição Federal. 
 
3 
 
Difere o Distrito Federal, que, de acordo com o art. 32 da CF/88, se auto-
organiza através de leis orgânicas, votadas em 2 (dois) turnos com intervalo mínimo 
de 10 (dez) dias, aprovada por 2/3 da Câmara Legislativa. 
 
O Distrito Federal aproxima-se mais dos Estados-Membros do que 
propriamente dos Municípios, pois a relação do primeiro é direta com a Constituição 
Federal, enquanto os Municípios são relacionados a Constituição Estadual e a 
Constituição Federal. Os Municípios, por sua vez, podem elaborar leis orgânicas 
desde que esta esteja submetida a Constituição Estadual e a Constituição Federal, 
dessa forma, observa-se a ocorrência dois vínculos: com o estado e com a federação. 
Assim, as leis orgânicas dos Municípios não têm caráter de constitucionalidade e sim 
de legalidade. Esse mesmo modo se aplica a Território Federais, uma vez que este 
não apresenta autonomia federativa. 
 
Ps* Lei Orgânica Municipal é responsável por regular os aspectos políticos do 
município, sempre buscando o interesse da população local. É também um exercício 
de autonomia municipal, obviamente que, também, em consonância com a CF. 
(estabelecida no art.29 da CF). 
 
2.2 Poder Constituinte Derivado Revisor 
Encontra normatividade no Art. 3º da ADCT (Atos das Disposições 
Constitucionais Transitórias), que dispõe sobre a necessidade de o Congresso 
Nacional realizar uma "revisão constitucional" após 5 (cinco) anos da promulgação da 
Constituição Federal. 
 
É um poder de revisar a Constituição por um processo legislativo menos 
dificultoso à forma das emendas constitucionais. Tem eficácia exaurível, ao passo que 
fora realizada em 1993, originando 6 (seis) emendas de revisão. Logo, este poder não 
mais poderá ser exercido, sendo que qualquer mudança na Constituição Federal 
atualmente só poderá ser feita através de emendas, pelo poder Reformador. 
 
4 
 
2.3 Poder Constituinte Derivado Reformador 
É poder responsável pela alteração e ampliação do texto constitucional, que se 
manifesta através das emendas constitucionais, bem como os tratados de Direitos 
Humanos com força de emenda constitucional. 
Esta forma de reforma está subordinada a diversas limitações materiais quando 
ao seu procedimento, devendo seguir diversos requisitos para a sua legitimidade, 
sendo estes a: 
 Iniciativa: são titulares para apresentarem o projeto de emenda constitucional 
(Art. 60, I a III, CF/88): o Presidente da República; 1/3 dos membros da Câmara dos 
Deputados ou 1/3 dos membros do Senado Federal; mais da metade das Assembleias 
Legislativas das unidades dos Estados, cada uma delas, manifestando-se pela 
maioria relativa dos seus membros. 
 
 Deliberação: a proposta deve ser discutida e votada em cada casa do 
Congresso Nacional em 2 (dois) turnos, sendo aprovada se obtiver, em ambas, 3/5 
dos votos dos respectivos membros, ou seja, a maioria qualificada (Art. 60, §2, CF/88). 
 
 Promulgação: as emendas são promulgadas pelas Mesas da Câmara dos 
Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem. 
 
Ele também está sujeito a limites, estes que tratam tanto da matéria do 
conteúdo da emenda, até os procedimentos formais da promulgação, são estes os 
limites: 
 Material: ao passo que é proibido ser matéria de emenda constitucional a abolição 
das chamadas "cláusulas pétreas" (forma federativa do Estado; voto direto, 
secreto, universal e periódico; separação dos Poderes e direitos e garantias 
individuais - Art. 60, §4, CF/88); 
Todos os Direitos e Garantias, sejam eles individuais ou sociais, são 
resguardados por cláusulas pétreas. 
 Circunstancial: é defeso que a Constituição Federal seja alterada durante diversas 
situações em que o Estado esteja vivendo, como a vigência do estado de sítio, 
estado de defesa ou intervenção federal (Art. 60, §1, CF/88); 
5 
 
 
 Temporal: ao passo que uma proposta de emenda constitucional é rejeitada ou 
prejudicada, a mesma matéria não pode ser tratada através de nova proposta até 
nova sessão legislativa (Art. 60, §5, CF/88). 
 
 Características: 
 Subordinado, porque retira a sua força do poder originário, previamente 
estabelecido; 
 Limitado, porque tem os seus limites definidos pelo poder originário, que 
estabeleceu o texto base constitucional; 
 Condicionado, sendo que o seu exercício deve seguir as regras previamente 
estabelecidas na Constituição. 
 
3. Poder Constituinte Difuso 
É o poder capaz de atuar para a mutação constitucional. As alterações 
realizadas por esse poder são consequências das situações sociais, políticas e 
econômicas. Portanto é a alteração da interpretação do texto constitucional e não 
necessariamente do corpo do texto. Esse poder é usado para melhor adequar as 
normas constitucionais ao momento histórico e as alterações sofridas pelo meio 
social, uma vez que a nova interpretação não poderá ferir as determinações do texto 
original. 
 
4. Poder Constituinte Supranacional 
O supranacional é onde cada Estado-Membro cede um fragmento de sua 
soberania em troca da construção de uma Constituição Comunitária, autenticando a 
cidadania universal. Esse poder atua externamenteproduzindo efeitos internos aos 
Estados, a partir do conceito de trans constitucionalismo para esgotar os problemas 
entre Constituições de um mesmo território. 
 
6 
 
 
Poder Constituinte 
Poder Constituinte Derivado 
 Natureza jurídica 
Poder Constituinte Originário 
 Poder de fato 
 Poder Político 
 Energia ou força social 
 Natureza pré-jurídica 
 A ordem jurídica começa com o poder 
constituinte originário e não antes 
dele

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