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INSTITUTO PEDAGOGICO DE MINAS GERAIS ( IPEMIG)
ATENDIMENTO AOS PACIENTES COM TRAUMAS NOS SERVIÇOS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA.
PÓS-GRADUAÇÃO EM URGÊNCIA E EMERGÊNCIA.
IPEMIG
BELO HORIZONTE- MG
 2020
INSTITUTO PEDAGOGICO DE MINAS GERAIS ( IPEMIG)
ATENDIMENTO AOS PACIENTES COM TRAUMAS NOS SERVIÇOS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA.
Trabalho de Conclusão de Curso, para obtenção de nota para aprovação no curso de pós-graduação em Urgência e Emergência, no Instituto Pedagógico de Minas Gerais (IPEMIG).
 
BELO HORIZONTE-MG
2020
ATENDIMENTO AOS PACIENTES COM TRAUMAS NOS SERVIÇOS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA. Belo Horizonte: IPEMIG, 2020. PÓS-GRADUAÇÃO EM URGÊNCIA E EMERGÊNCIA.
 
 RESUMO
A saúde no Brasil tem grandes desafios a serem superados, embora existam várias instituições que prestam atendimento de acordo com a gravidade da doença, porém cada dia mais as pessoas procuram o serviço de urgência e emergência por diversos motivos, daí a importância da triagem, com a finalidade de priorizar os atendimento mais graves. Geralmente os médicos e enfermeiros que atuam nos pronto-socorro fazem distinção entre urgência e emergência, para auxiliar na classificação dos pacientes que chegam a procura de atendimento.Os traumas em sua grande maioria são classificados como emergência , além do risco á vida eles podem causar graves lesões que ocasionam incapacidade provisória ou permanente, principalmente se for traumas de crânio ou raquimedular, geralmente esse pacientes são publico alvo dos serviços de urgência e emergência. As causas mais comuns dos traumas são os acidentes automobilísticos, a violência e as quedas. O objetivo dessa pesquisa é conhecer os tipos de traumas e lesões e identificar o tipo de atendimento adequado. 
 
Palavras-chave: 1. Paciente. 2. Urgência e emergência 3. trauma.
CARE FOR PATIENTS WITH TRAUMA IN THE EMERGENCY AND EMERGENCY SERVICES. Belo Horizonte: IPEMIG, 2020. POSTGRADUATION IN EMERGENCY AND EMERGENCY.
                                                    
                                                            ABSTRACT
Health in Brazil has great challenges to be overcome, although there are several institutions that provide care according to the severity of the disease, but every day more people seek urgent and emergency services for different reasons, hence the importance of screening, with the purpose of prioritizing the most serious care. Generally doctors and nurses who work in the emergency room make a distinction between urgency and emergency, to assist in the classification of patients who seek care. Trauma in its vast majority are classified as emergency, in addition to the risk to life they can cause. serious injuries that cause temporary or permanent disability, especially if it is trauma to the skull or spinal cord, usually these patients are the target audience of urgent and emergency services. The most common causes of trauma are car accidents, violence and falls. The objective of this research is to know the types of traumas and injuries and to identify the type of appropriate care.
 		
Keywords: 1. Patient. 2. Urgency and emergency 3. trauma.
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1……………………………………………………………………………..10
FIGURA 2……………………………………………………………………………..11
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO	04
2.0 O PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM	06 
2.1 O ATENDIMENTO A PACIENTES COM TRAUMA ...........................................11
5. CONCLUSÃO	14
7. REFERÊNCIAS	15
1. INTRODUÇÃO
 	O papel do profissional enfermeiro é muito importante no atendimento, classificação de risco e coordenação do pessoal designado para os serviços de enfermagem em urgência e emergência. No dia a dia, esse profissional vivencia muitos desafios, pois atendem vários tipos de pacientes, dos casos mais simples aos casos mais complexos. O atendimento de emergência exige rapidez, responsabilidade e o amparo legal dos procedimentos realizados pelo enfermeiro, além de que a tomada de decisão pode ou não salvar uma vida.
	Os pacientes que sofrem algum tipo de trauma geralmente chegam ao hospital de ambulância, esses geralmente já receberam um pré-atendimento a caminho do hospital. As causas mais comuns dos traumas são os acidentes automobilísticos, a violência e quedas, que causam agravo à saúde, em alguns casos são temporários e em outros os danos são permanentes.
	O trauma tem acarretado consequências consideráveis na sociedade, tanto em relação ao paciente devido ao sofrimento, incapacidades e fatalidades que ele ocasiona e também em relação à saúde pública, pois, para atender esse paciente é necessário a utilização de grandes recursos médico-hospitalares e tecnológicos, afim de salvar essas vidas. 
 Os traumas são responsáveis por aproximadamente 9% dos óbitos mundiais. Das mortes por causas externas, estima-se que cerca de 38% tenham sido em decorrência de violência. São consideradas causas externas traumatismos, lesões ou quaisquer outros agravos à saúde, intencionais ou não, de início súbito e como consequência imediata de violência ou causa exógena de acordo com PRAÇA, et Al.
	O enfermeiro tem várias funções e entre elas tem a função de fazer a triagem, para classificar os atendimentos de acordo a complexidade dos casos. O serviço de urgência e emergência tem como característica principal atendimento aos pacientes de sofrimento intenso e como dores agudas que tem risco de morte.
	Nos casos de traumas o enfermeiro precisa ser habilitado em conhecer bem a anatomia humana, o trauma especifico que a vítima sofreu e realizar as intervenções necessárias de acordo com a sua função, de forma a evitar que o trauma se agrave levando a vítima ao óbito, por causa de procedimento inadequado.
 O objetivo desse trabalho é conhecer como se dá o atendimento humanizado do SUS, identificar os riscos envolvendo os pacientes vítimas de trauma e saber quais são os tipos de traumas e lesões mais comuns que chegam aos serviços de urgência e emergência. e saber como é o procedimento utilizado no serviço de urgência e emergência. 
 A justificativa para esse estudo é conhecer o processo de atendimento a vítimas de traumas no intuito de compreender quais são os procedimentos corretos, como é feito o atendimento pelo enfermeiro e como atuar de forma adequada, para não agravar ainda mais a situação.
A metodologia utilizada para realização desse trabalho, foi pesquisa bibliográfica em vários sites e livros com a finalidade de conhecer o trabalho do enfermeiro.
2. O PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM
 O profissional de Enfermagem, atua em diversos tipos de atendimento e uma de suas características principais é universalizar o atendimento, o que lhe permite “na realização de triagem no setor de emergência assumir a responsabilidade pela avaliação inicial do paciente, iniciar a obtenção do diagnóstico, encaminhar paciente para a área clínica adequada, supervisionar o fluxo de atendimento, ter autonomia e dirigir os demais membros da equipe” (MOURA,2014). Ele ainda possui conhecimentos variados, iniciativas que os permitem um que os mesmos façam um atendimento mais humanizado.
 No inicio do século XXI, o Ministério da Saúde (MS) lançou o Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar (PNHAH) que culminou em 2003 com a criação da Política Nacional de Humanização (PNH) - HumanizaSUS – de acordo com Sousa et al (2019). A PNH é uma política pública que trabalha o serviço de saúde como um todo de forma a garantir ao paciente cuidados e um tratamento harmonioso. De acordo com o documento a PNH é entendida como:
- Valorização dos diferentes sujeitos implicados no processo de produção de saúde: usuários, trabalhadores e gestores; - Fomento da autonomia e do protagonismo desses sujeitos e dos coletivos; - Aumento do grau de co-responsabilidadena produção de saúde e de sujeitos; - Estabelecimento de vínculos solidários e de participação coletiva no processo de gestão; - Mapeamento e interação com as demandas sociais, coletivas e subjetivas de saúde; - Defesa de um SUS que reconhece a diversidade do povo brasileiro e a todos oferece a mesma atenção à saúde, sem distinção de idade, raça/cor, origem, gênero e orientação sexual; - Mudança nos modelos de atenção e gestão em sua indissociabilidade, tendo como foco as necessidades dos cidadãos, a produção de saúde e o próprio processo de trabalho em saúde, valorizando os trabalhadores e as relações sociais no trabalho; - Proposta de um trabalho coletivo para que o SUS seja mais acolhedor, mais ágil, e mais resolutivo; - Compromisso com a qualificação da ambiência, melhorando as condições de trabalho e de atendimento; - Compromisso com a articulação dos processos de formação com os serviços e práticas de saúde; - Luta por um SUS mais humano, porque construído com a participação de todos e comprometido com a qualidade dos seus serviços e com a saúde integral para todos e qualquer um. (BRASIL.2010).
 A cartilha da PNH traz a proposta de um atendimento mais atencioso, com o intuito de fazer com que o paciente se sinta mais confortável e cuidado. Ela ainda tem a proposta de valorizar o trabalho dos profissionais da saúde, fortalecendo os vínculos dentro da unidade, garantindo um ambiente harmonioso e responsável.
 De acordo com o documento a PNH se estrutura a partir de “princípios, métodos, diretrizes e dispositivos” (Brasil, 2010), dentro dos princípios são observados os da transversalidade, que tem como objetivo aprimorar os modos de relação e comunicação entre funcionários, pacientes, gestores nos processos de produção de saúde, fazendo com que seja uma gestão democrática e participativa. No principio da Indissociabilidade entre atenção e gestão, podemos citar a:
- Alteração dos modos de cuidar inseparável da alteração dos modos de gerir e se apropriar do trabalho; - Inseparabilidade entre clínica e política, entre produção de saúde e produção de sujeitos; - Integralidade do cuidado e integração dos processos de trabalho.(BRASIL, 2010)
 Dentre os princípios podemos destacar ainda o Protagonismo, co-responsabilidade e autonomia dos sujeitos e dos coletivos, trata da responsabilização de todos no processo de produção a saúde, destaca a importância de todos os envolvidos e ao mesmo tempo que proporciona aos sujeitos o direito de serem participativos no sistema.
 Em relação ao método a PNH propõe situações de inclusão dos agentes que fazem parte do processo e através de ações que visam discussões no sentido de proporcionar melhorias ao sistema de saúde, essas ações são “rodas de conversas, análise coletiva dos conflitos, entendida como potencialização da força crítica das crises e análise de redes” ( Brasil, 2010).
 No que se refere as diretrizes a PNH , vêm estabelecer o método da inclusão através de várias ações que podem ser implantadas nos estabelecimentos de atendimento sendo elas: “- Clínica Ampliada - Co-gestão - Acolhimento - Valorização do trabalho e do trabalhador - Defesa dos Direitos do Usuário - Fomento das grupalidades, coletivos e redes - Construção da memória do SUS que dá certo.”( Brasil ,2010).
 Sobre os dispositivos podemos dizer que é a forma como as demais propostas serão trabalhadas, são formas de trazer para a prática toda a teoria contida na PNH, podemos destacar as seguintes funções:
- Grupo de Trabalho de Humanização (GTH) e Câmara Técnica de Humanização (CTH) - Colegiado Gestor - Contrato de Gestão - Sistemas de escuta qualificada para usuários e trabalhadores da saúde: gerência de “porta aberta”; ouvidorias; grupos focais e pesquisas de satisfação, etc. - Visita Aberta e Direito à Acompanhante - Programa de Formação em Saúde do Trabalhador (PFST) e Comunidade Ampliada de Pesquisa (CAP) - Equipe Transdisciplinar de Referência e de Apoio Matricial - Projetos Co-Geridos de Ambiência - Acolhimento com Classificação de Riscos - Projeto Terapêutico Singular e Projeto de Saúde Coletiva - Projeto Memória do SUS que dá certo. ( BRASIL, 2010).
 Ao se tratar do profissional de enfermagem, percebe-se a necessidade do tratamento humanizado aos pacientes, é uma forma de tratar com respeito e levar em consideração a individualidade de cada indivíduo. É levar em consideração que o ser humano é dotado de necessidades especificas e ao mesmo tempo essa pessoa é um sujeito de direitos a serem respeitados. Isso envolve ouvir com atenção e empatia o que outro tem a dizer, não fazer pré julgamentos e atender o outro com as habilidades e especificidades pertinentes a função.
	 Ao se tratar do profissional de enfermagem, percebe-se a necessidade do tratamento humanizado aos pacientes, é uma forma de tratar com respeito e levando em conta a individualidade de cada indivíduo. É levar em consideração que o ser humano é dotado de necessidades especificas e ao mesmo tempo essa pessoa é um sujeito de direitos a serem respeitados. Isso envolve ouvir com atenção e empatia o que outro tem a dizer, não fazer pré julgamentos e atender o outro com as habilidades e especificidades pertinentes a função. De acordo com Camelo:
O processo de cuidar e o processo de gerenciar podem ser considerados como as principais dimensões do trabalho do enfermeiro em seu dia a dia. O cuidar caracteriza-se pela observação, o levantamento de dados, planejamento, a implementação, evolução, a avaliação e interação entre pacientes e trabalhadores da enfermagem e entre diversos profissionais de saúde. Já o processo de administrar tem como foco organizar a assistência e proporcionar a qualificação do pessoal de enfermagem, através da educação continuada, apropriando-se, para isso, dos modelos e métodos de administração, da força de trabalho da enfermagem e dos equipamentos e materiais permanentes. O enfermeiro, independente do diagnóstico ou do contexto clínico, deve estar apto a cuidar de todos os doentes e, ao cuidar de pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva, unidade hospitalar destinada ao atendimento de pacientes graves e recuperáveis, o enfermeiro e sua equipe defrontam-se, constantemente, com o binômio vida/morte e, devido às características tecnológicas e científicas desse local, faz-se necessária a priorização de procedimentos técnicos de alta complexidade, fundamental para manter a vida do ser humano. (CAMELO, 2012).
2.1 O ATENDIMENTO A PACIENTES COM TRAUMA.
 Devido ao grande numero de pessoas que procuram os prontos socorros todos os dias em busca de atendimento médico, é necessário que o enfermeiro faça uma classificação de forma a organizar o atendimento por ordem de gravidade do mesmo, a esse processo que chamamos de triagem. A triagem hospitalar têm como finalidade ordenar a urgência no atendimento para os pacientes que chegam às unidades de pronto atendimento. Ela é uma maneira de estabelecer a gravidade de cada um que chega ao estabelecimento. De acordo com a Resolução CFM nº 1451/95:
Artigo 1º - Os estabelecimentos de Prontos Socorros Públicos e Privados deverão ser estruturados para prestar atendimento a situações de urgência-emergência, devendo garantir todas as manobras de sustentação da vida e com condições de dar continuidade à assistência no local ou em outro nível de atendimento referenciado. Parágrafo Primeiro - Define-se por URGÊNCIA a ocorrência imprevista de agravo à saúde com ou sem risco potencial de vida, cujo portador necessita de assistência médica imediata. Parágrafo Segundo - Define-se por EMERGÊNCIA a constatação médica de condições de agravo à saúde que impliquem em risco iminente de vida ou sofrimento intenso, exigindo portanto, tratamento médico imediato. (Resolução CFM nº 1451/95). 
	 O atendimento ao paciente traumatizado requer uma imediata avaliação das lesões de forma a evitar o agravamento da situação e orisco à vida. A maioria desses pacientes chegam ao hospital de ambulância e no caminho do pronto socorro, eles já receberam um pré atendimento da equipe de resgate e chegam ao hospital com uma previa classificação de risco. É importante salientar que nos casos de traumas, muitas vezes a gravidade do paciente pode evoluir para níveis críticos bem rapidamente, daí a importância de termos profissionais capacitados para o atendimento.
	 De acordo com Ribeiro et al ( 2011), “O trauma é uma doença caracterizada por alterações estruturais ou desequilíbrio fisiológico do organismo induzido pela troca de energia entre os tecidos e o meio,” ou seja , é um problema de saúde publica bastante relevante, devido as implicações que o mesmo causa nos pacientes, pois influencia diretamente na mobilidade e na mortalidade da população. Outra definição é dada por Vieira (2011) “O trauma consiste em lesão de extensão, intensidade e gravidade variáveis, que pode ser produzida por agentes diversos (físicos, químicos, elétricos), de forma acidental ou intencional, capaz de produzir perturbações locais ou sistêmicas.”
	 Vieira (2011), aponta o trauma como a terceira causa morte nos países ocidentais ( primeiro lugar o câncer e em segundo doenças cardiovasculares), e em se tratando de pessoas mais jovens é a primeira causa de morte. “ Em Minas Gerais, das 8.387 internações por lesões traumáticas ocorridas em 2009, 229 evoluíram para óbito. Desse total de ocorrências, 19,8% foram registradas em pacientes entre 20 e 29 anos de idade.” (VIEIRA, 2011 apud DATASUS/MS), sendo assim a maioria das pessoas que são vitimas de traumas, fazem parte da população economicamente ativa, o que gera um enorme agravo ao sistema de saúde/previdenciário do país. O trauma causa um enorme dano à saúde pessoal, aos relacionamentos familiares e também a sociedade em geral, pois as consequências sociais tem um custo elevado. 
 Os pacientes que geralmente sobrevivem ao trauma, ficam com sequelas permanentes e/ou irreversíveis, muitos passam por inúmeros procedimentos cirúrgicos e posteriormente passam por sessões de fisioterapias e ainda sim não conseguem voltar a mobilidade anterior. Entres os principais causadores do trauma estão os acidentes automobilísticos, violência e quedas.
 Quando essas vítimas chegam ao hospital, é importante que se faça o protocolo de atendimento correto, a fim de avaliar o risco á vida, embora muitos desses pacientes chegam ao pronto socorro de ambulância, onde já receberam o pré atendimento, é importante que a equipe que os recebem faça um levantamento da gravidade do caso de cada um.
 
Independente do acidente que ocorreu, o enfermeiro que atende a vítima, deve ser capacitado para realizar os procedimentos referentes ao trauma especifico. Isso requer um conhecimento correto sobre a anatomia humana, os sintomas apresentados. É importante que o profissional compreenda a biomecânica do trauma, para assim fazer o atendimento correto a vítima, evitando assim a evolução da gravidade do trauma. No primeiro contato com a vítima é imprescindível que seja feita uma boa avaliação para então utilizar o procedimento correto, é importante saber o estado geral da vítima, verificando a respiração, circulação, batimentos e o estado neurológico do paciente. Depois da avaliação o enfermeiro utiliza o protocolo de trauma que a unidade possui para encaminhar o paciente aos atendimentos posteriores.
 O protocolo acima é adotado em vários hospitais e serve para avaliar os procedimentos que serão realizados no paciente, esse é um modelo orientador para que o enfermeiro possa encaminhar o paciente ao atendimento correto, diante do diagnostico inicial. Em muitos casos embora exista o pré-atendimento e o diagnostico inicial da situação feita de maneira correta, o quadro do paciente pode se agravar devido a complicações decorrentes do próprio trauma.
 O trauma é um grande problema de saúde publica devido às consequências que o mesmo traz ao paciente e a família, além de requerer acompanhamento posteriormente o tratamento a fim de recuperar a mobilidade afetando diretamente o serviço de saúde/previdenciário. Muitas situações poderiam ser evitadas com as orientações que são fornecidas através de campanhas de conscientização e as informações que são veiculadas pelos sistemas de comunicação, mas ainda sim as pessoas continuam a se arriscar.
 Dentro os variados tipos de traumas que chegam aos prontos socorros podemos destacar as fraturas, ela divide os ossos em dois ou mais fragmentos “ Algumas fraturas são tão simples que nem chegam a ser percebidas ou resolvem-se espontaneamente, mas outras podem ser tão graves que acarretam risco de morte.” (ABCMED, 2013). As fraturas podem ser múltiplas, por encurtamento muscular violento ou por torção, causam um grande transtorno as pessoas envolvidas. De acordo com ABCMED, as fratura ainda podem ser classificadas segundo outros critérios:
Segundo as suas causas:Fraturas traumáticas: representam a maioria das fraturas e são causadas pela aplicação sobre o osso de uma força maior que sua resistência. Podem ocorrer no local do impacto (por exemplo, uma fratura de úmero por uma pancada) ou à distância (por exemplo, uma fratura da clavícula quando se apoia com a mão, após uma queda). Podem ocorrer também por uma contração muscular violenta ou serem devidas à aplicação repetida e frequente de pequenas forças sobre um osso, enfraquecendo-o progressivamente. Fraturas patológicas: muitas vezes ocorrem espontaneamente ou em razão de traumatismos mínimos sobre um osso previamente fragilizado por osteoporose ou por um tumor ósseo. Segundo a lesão envolvida. Fraturas simples: apenas o osso é atingido e não há perfuração da pele ou lesão de outras estruturas adjacentes. Fraturas expostas: a pele é rompida e o osso fica exposto ao exterior. Nesse tipo de fratura com frequência ocorre infecção bacteriana e mesmo que ela ainda não esteja presente, justifica-se o uso preventivo de antibióticos.Fraturas complicadas: quando são atingidas outras estruturas além dos ossos, como vasos sanguíneos, nervos, músculos, etc. (ABCMED, 2013).
	 Algumas pessoas sofrem várias fraturas ao mesmo, são os chamados de pacientes politraumatizados. O tratamento da fratura depende do tipo e da característica que ela apresenta, o tratamento mais comum oferece “condições para que ocorra o processo natural de reparação do osso e é variável conforme o osso que tenha sido atingido e o tipo de lesão em causa..o mais frequente é que seja usada uma tala gessada ou o suporte com ligaduras elásticas”. (ABCMED, 2013), o procedimento cirúrgico dever ser feito em ultimo caso, quando não há possibilidade do tratamento comum reparar a estrutura óssea.
 Nos acidentes automobilísticos existem vários tipos de traumas, de acordo com Szpilman, o é importante que se faça o exame primário e secundário com a finalidade de detectar hemorragia, segundo o autor o trauma “ É a lesão corporal resultado da exposição à energia (mecânica, térmica, elétrica, química ou radiação) que interagiu com o corpo em quantidades acima da suportada fisiologicamente”.(SZPILMAN), é importante que o socorrista avalie a situação do paciente para então avaliar os riscos de vida, no caso de hemorragia é importante fazer torniquete para estancar o sangramento, com a finalidade de salvar a vida do paciente.
 De acordo com Szpilman é importante verificar se o paciente esta sendo vitima de choque, que ocorre da incapacidade do corpo prover sangue para todos os órgãos e a pressão Arterial sistólica fica < 60 mmHg. Havendo choque o socorrista precisa controlar “imediatamente hemorragias externas e imobilizar somente grandes fraturas”. (SZPILMAN) e depois o socorrista precisa verificar as feridas que podem ser abertas ou fechadas.
 Nos traumas causados pelos projéteis de arma de arma de fogo é importante considerar o calibre, a velocidade e o tipo de munição e a forma do projétil de acordo com Szpilman, éimportante considerar as perfurações e procurar o orifício da saída, levar em consideração que a o projétil pode lesar vários tecidos internamente e causar hemorragias intensas mesmo que o orifício seja entrada seja pequeno.
 O traumatismo craniano e raqui-medular, são causas mais comuns de morte por trauma, de acordo com Szpilman 70% das vítimas de acidentes automobilísticos apresentam traumatismo craniano, “os traumatismos da cabeça podem envolver o couro cabeludo, crânio e encéfalo, isoladamente ou em qualquer combinação. Trauma com sonolência, confusão, agitação ou inconsciência de curta ou longa duração pensar em TCE” (SZPILMAN). Enquanto os traumas raqui-medular são causadas geralmente por quedas, mergulho em água rasa, acidentes de motocicleta e automóvel, esportes e arma de fogo. 
5. CONCLUSÃO
 O trauma ainda é uma das grandes causas de óbito no país, embora exista equipe médica capacitada para atender os pacientes, o trauma pode se agravar de maneira muito rápida e mesmo com o procedimento adequado, ás vezes não consegue salvar a vítima, em outros casos a vítima fica com sequelas definitivas, trazendo transtornos para a própria pessoa e em muitos casos para a família também.
	 O atendimento humanizado do enfermeiro nos serviços de urgência e emergência, faz toda a diferença no sentido de salvar vidas. A função desse profissional tem grande relevância e determina o tipo de atendimento posterior a vítima. Sendo assim é extremamente importante que ele esteja sempre se qualificando, buscando conhecer as técnicas e os recursos tecnológicos que estão a sua disposição com a finalidade de salvar vidas.
		
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABCMED, 2013. Fratura óssea: definição, causas, sinais e sintomas, tipos de fraturas, diagnóstico, tratamento e evolução. Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/ortopedia-e-saude/370949/fratura-ossea-definicao-causas-sinais-e-sintomas-tipos-de-fraturas-diagnostico-tratamento-e-evolucao.htm>. Acesso em: 26 jan. 2020.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização.Acolhimento nas práticas de produção de saúde / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. – 2. ed. 5. reimp. – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2010. 44 p. : il. color. – (Série B. Textos Básicos de Saúde). Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderno_textos_cartilhas_politica_humanizacao.pdf.
CAMELO, Silvia Helena Henriques. Competência profissional do enfermeiro para atuar em Unidades de Terapia Intensiva: uma revisão integrativa. Rev. Latino-Am. Enfermagem vol.20 no.1 Ribeirão Preto Jan./Feb. 2012. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S010411692012000100025&script=sci_arttext&tlng=pt.
Dia internacional de enfermagem . Disponível em: https://www.portalsaofrancisco.com.br/calendario-comemorativo/dia-internacional-da-enfermagem.
FILHO, Luis Alves Morais et al. Competência legal do enfermeiro na urgência/ emergência. Disponível em: http://biblioteca.cofen.gov.br/wpcontent/uploads/2016/10/Compet%C3%AAncia-legal-do-enfermeiro-na-urg%C3%AAncia-emerg%C3%AAncia.pdf.
História da Enfermagem. Disponível em:https://www2.unifap.br/enfermagem/sobre-o-curso/historia-da-enfermagem/.
Ministério da Saúde. Manual Instrutivo da Atenção ao Trauma. Disponível em: http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2014/maio/20/Trauma-Instrutivo.pdf
NAEMT, National Association of Emergency Medical Technicians. Phtls: Atendimento Pré-Hospitalar ao Traumatizado. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.
MOURA, Maria do Amparo Alves de. O papel do enfermeiro no atendimento humanizado de urgência e emergência. Disponível em:
https://www.recien.com.br/index.php/Recien/article/view/71.
PRAÇA, Wlyana Reis et al. REVISTA DE PREVENÇÃO DE INFECÇÃO E SAÚDE (REPIS). 2017. Disponível em: https://revistas.ufpi.br/index.php/nupcis/article/view/6219.
RESOLUÇÃO CFM nº 1451/95. Disponível em: http://www.portalmedico.org.br/resolucoes/cfm/1995/1451_1995.htm
SOUSA, Kayo Henrique Jardel Feitosa, et al. Rev. Gaúcha Enferm. vol.40  Porto Alegre  2019  Epub June 10, 2019. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-14472019000100503.
SZPILMAN ,David. EMERGÊNCIAS TRAUMÁTICAS. Disponível em: http://www.szpilman.com/biblioteca/medicina/traumas.htm.
 RIBEIRO, Norma Cecília Alves et al. O enfermeiro no cuidado à vítima de trauma com dor: o quinto sinal vital. Rev. esc. enferm. USP vol.45 no.1 São Paulo Mar. 2011. Disponível em:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-62342011000100020.
VIEIRA, C.A.S.; MAFRA, A.A.. et al / Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais. Protocolo Clínico sobre Trauma. –Belo Horizonte 2011. Disponível em: http://www.saude.pr.gov.br/arquivos/File/HOSPSUS/ProtocolotraumaMG.pdf.
Figura 1 .Disponível em: https://www.einstein.br/estrutura/nucleo-trauma/o-que-e-trauma/protocolo-trauma.
Figura 2 .Disponível em: https://www.einstein.br/estrutura/nucleo-trauma/o-que-e-trauma/protocolo-trauma

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