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Vaginoses e vaginites tricomaniase tricomoníase é um a IST relativamente comum que desencadeia uma vaginose nas mulheres, nos homens em geral ela é assintomática tem como agente etiológico o protozoário Trichomonas vaginalis pertenciente da classe dos Zoomastigoporae Nas mulheres, a tricomoníase pode variar desdeum caráter assintomático até uma doença inflamatória severa e aguda, quando sintomática os sintomas se intensificam após o ciclo menstrual É a responsavel por cerca de 4 a 35% de todos os casosde vulvovaginites a depender do lugar onde se analisa diagnósticoquadro clínico tratamento 1ª opção: Metronidazol 2g VO dose única ou 400-500mg 12/12h 7 dias 2ª opção: tinidazol 2 g VO dose unica ou secnidazol no mesmo regime o diagnóstico se baseia na observação do Trichomonas vaginalis no exame à fresco. Também é utilizado como método diagnóstico o teste rápido para tricomonas. Não é indicada a cultura de tricomonas Quando ocorre a manifestação sintomática o quadro clínico se baseia principalmente em: secreção vaginal abundante e bolhosa, de coloração amarelo-esverdeada; prurido vulvar intenso; hiperemia e edema de vulva e vagina Além de menos comumente poder haver a apresentação de disúria, polaciúria e dor suprapúbica Candidiase 2° vulvovaginite + comum Candida albicans é a espécie mais prevalente (85-95%) Rara na infância e pós-menopausa e frequente na idade reprodutiva Fatores de risco DM descompensado Uso de ATB Imunossupressão Aumento do nível de estrogênio Gestação Aumento da umidade local Não é uma IST diagnósticoquadro clínico tratamento 1° opção- Cremes vaginais com Miconazol (7 noites) ou Nistatina (14 noites) 2° opção- Fluconazol 150 mg VO, dose única Sintomas + exame físico Microscopia ou Gram com presença de hifas ou pseudo-hifas. PH vaginal normal (< 4,5) Cultura em casos específicos Prurido intenso Edema de Vulva e/ou vagina Secreção esbranquiçada e grumosa Disúria terminal Dispareunia de penetração EXAME FÍSICO Vulva: hiperemia+ edema de vulva; escoriações Especular: corrimento branco, espesso, com grumos( leite coalhado) O uso de antifúngicos orais é contraindicado durante a gestação! citolitica Causada por aumento da população de lactobacilos vaginais Ocorre dano ao epitélio vaginal e diminuição do pH vaginal. Confundida com candidíase de repetição resistente ao tratamento Exacerbação dos sintomas na fase lútea do ciclo e no período pré- menstrual. diagnósticoquadro clínico tratamento Não existe tratamento específico Recomenda-se a utilização de medidas que alcalizem o meio vaginal, como duchas vaginais com bicarbonato de sódio. Sintomas+ exame físico Bacterioscopia com aumento excessivo de Lactobacilos Presença de núcleos celulares desnudos e de restos celulares devido à lise das céls. epiteliais. Corrimento esbranquiçado e abundante Prurido Ardor, disúria e dispareunia. EXAME FÍSICO Conteúdo vaginal geralmente aumentado, de aspecto flocular, fluido ou em grumos. Vaginose bacteriana VB é uma síndrome clínica polimicrobana caracterizada pela ausência de lactobacilos e por crescimento excessivo de organismos anaeróbios facultativos. Principal = Gardnerella vaginallis Vulvovaginite mais comum. Podendo atingir 50% das mulheres em idade reprodutiva. Fatores desencadeadores: uso de duchas vaginais, relação sexual sem preservativo, menstruação, tabagismo. Prevalencia em mulheres pós-menopausa. diagnóstico Critérios de Amsell quadro clínico 50 % são assintomáticas Corrimento branco/acinzentado Cheiro forte - "odor de peixe" Sintomas exacerbados pós relação sexual ou menstruação. Não causa inflamação, dispareunia, prurido ou di śúria tratamento Metronidazol via vaginal - 5 dias ou oral (500mg 12/12 horas por 7 dias). Clindaminicina creme 2%, 1 aplicador via vaginal por 7 dias. Gestante pode realizar o mesmo tratamento com metronidazol oral. caso 1 Paciente A.C., gestante, 16 anos, chega ao consultório referindo queixa de corrimento com "fedor muito forte" há mais de 7 dias. Relata que piora após relação sexual com sue namorado. Nega prurido, disúria e dispareunia. Nega uso prévio de medicamentos. Exame ginecologico e especular: secreção esbranquisada, homogenea e bolhoso, com odor característico "odor de peixe", teste de aminas + e ph = 5,0. Ausencia de hipermiações ou escoriações. Qual a hipótese diagnóstica? Tratamento a ser realizado para essa gestante? VAGINOSE BACTERIANA. Metronidazol, via oral, 500 mg de 12 em 12 horas. caso 2 A.J.F., sexo feminino, 23 anos, negra, estudante, procurou atendimento médico na unidade básica da saúde. Relata que há cerca de 10 dias cursa com prurido intenso na vulva, ardor e corrimento esbranquiçado. Refere também dispareunia, e, que foi a primeira vez que sentiu esses sintomas. Associado ao quadro, Nega odor característico e febre. Relata ainda que há cerca de 30 dias usou Ciprofloxacino, sendo prescrito por um médico para tratar uma infecção urinária (sic). Relata que mantem relações sexuais com parceiro fixo há cerca de 2 meses, com uso de preservativo de maneira irregular. Relata uso de protetores diários. Em uso de contraceptivo oral combinado há 5 anos. caso 2 Exame ginecológico: lábios maiores e menores com hiperemia vulvar, fissuras e escoriações. Introito vaginal e meato uretral tópicos, sem alterações. Exame especular: paredes vaginais hiperemiadas, rugosidades normais, presença de secreção esbranquiçada, grumosa, aderido as paredes vaginais e do colo, sem odor. https://www.sanarmed.com/dicas-de-ginecologia-resumo-de-corrimento-vaginal?term=vaginal caso 2 Qual o provavel diagnóstico? Qual o tratamento indicado? Candidiase. 1° opção- Cremes vaginais com Miconazol (7 noites) ou Nistatina (14 noites) 2° opção- Fluconazol 150 mg VO, dose única. referencias BEREK, Jonathan S. Tratado de Ginecologia Berek & Novak. 15 ed. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan. 2014 Brasil. Ministério da Saúde. Protocolo de atenção básica: saúde das mulheres. Brasilia. 2016 FREITAS, Fernando. Rotinas em ginecologia. 6 ed. Porto alegre. Artmed. 2011. FERNANDES, Cesar Eduardo. Tratado de Obstetrícia Febrasgo. 1ª Ed. Elsevier. 2018 Giraldo PC, Amaral RL, Gonçalves AK, Eleutério Júnior J. Vulvovaginites na gestação. São Paulo: Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO); 2018. (Protocolo FEBRASGO - Obstetrícia, no. 95/ Comissão Nacional Especializada em Doenças Infecto-Contagiosas.
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