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Faculdade São Lucas – AFYA 
Mariana Belló Faust 
1º Período de Medicina 
Coordenador: Larysa 
Secretário: João Pedro 
Objetivos: 
• Entender a Anatomia e Histologia dos órgãos e vasos linfáticos 
• Explicar a composição da linfa e seu funcionamento e a circulação 
Sistema Linfático 
O sistema linfático consiste em um liquido chamdo linfa, em vasos chamados vasos 
linfáticos que transportam a linfa, em diversas estruturas e órgãos que contem tecido linfático 
(linfócitos dentro de um tecido de filtragem), e em medula óssea. O sistema linfático auxilia na 
circulação de líquidos corporais e ajuda a proteger o corpo contra os agentes causadores de 
doenças. Depois de o liquido intersticial passar para os vasos linfáticos, é chamado de linfa. A 
principal diferença entre o liquido intersticial e a linfa é a sua localização: o liquido intersticial é 
encontrado entre as células, e a linfa esta localizada nos vasos linfáticos e no tecido linfático. 
O tecido linfático é um tipo especializado de tecido conjuntivo reticular, que contem 
numerosos linfócitos. Os linfócitos são leucócitos agranulócitos. E as três funções do sistema 
linfáticos são: 
• Drenar o excesso de liquido intersticial: Os vasos linfáticos drenam o excesso de 
liquido intersticial dos espaços teciduais e o devolvem ao sangue. Esta função 
conecta-o intimamente com o sistema circulatório. Para manutenção do volume de 
sangue. 
• Transportar lipídios oriundos da dieta: Os vasos linfáticos transportam lipídios e 
vitaminas lipossolúveis (A,D,E,K) absorvidas pelo sistema digestório. 
• Desempenhar respostas imunes: O tecido linfático inicia respostas altamente 
especificas dirigidas contra microrganismos ou células anormais específicas. 
 
Órgãos e tecidos linfáticos 
Os órgãos e tecidos linfáticos amplamente distribuídos são classificados em dois grupos, 
de acordo com suas funções. Os órgãos linfáticos primários são os locais em que as células-
tronco se dividem e se tornam imunocompetentes, isto é, capazes de elaborar uma resposta 
imune (medula e timo). Os órgãos e tecidos linfáticos secundários são os locais em que ocorre 
a maior parte das respostas imunes. Eles incluem os linfonodos, o baço e os nódulos linfáticos 
(folículos). O timo, os linfonodos e o baço são considerados órgãos porque são circundados por 
uma cápsula de tecido conjuntivo; os nódulos linfáticos, por outro lado, não são considerados 
órgãos, porque carecem de uma cápsula. 
OS VASOS LINFÁTICOS RECOLHEM A LINFA E A DEVOLVEM À CIRCULAÇÃO SANGUÍNEA 
→ Além dos vasos sanguíneos, o corpo humano tem um sistema de canais de paredes finas 
revestidas por endotélio, que coleta o líquido dos espaços intersticiais e o retorna para o sangue. 
→ Esse líquido é denominado linfa e, diferentemente do sangue, circula somente na direção do 
coração. Os capilares linfáticos originam-se como vasos finos e sem aberturas terminais (fundo 
de saco), que consistem apenas em uma camada de endotélio e uma lâmina basal incompleta. 
→ Capilares linfáticos são mantidos abertos por meio de numerosas microfibrilas elásticas, as 
quais também se ancoram firmemente ao tecido conjuntivo que os envolve. 
 → Os finos vasos linfáticos convergem gradualmente e terminam em dois grandes troncos – o 
ducto torácico e o ducto linfático direito –, que desembocam na junção da veia jugular interna 
esquerda com a veia subclávia esquerda, na confluência da veia subclávia direita e da veia 
jugular direita interna. 
 → Ao longo de seu trajeto, os vasos linfáticos atravessam os linfonodos. 
→ Vasos linfáticos são encontrados na maioria dos órgãos, com raras exceções, tais como o 
sistema nervoso central e a medula óssea. 
→ Os vasos linfáticos têm uma estrutura semelhante à das veias, a não ser pelas paredes mais 
finas e por não apresentarem uma separação clara entre as túnicas (íntima, média, adventícia). 
→ Eles também apresentam maior número de válvulas no seu interior. 
→ Nas porções entre as válvulas, os vasos linfáticos apresentam-se dilatados e exibem um 
aspecto nodular ou “em colar de contas”. 
 
Estrutura de um capilar linfático como visto ao microscópio eletrônico. Note a sobreposição 
das bordas livres das células endoteliais, a lâmina basal descontínua (setas) e a trama de 
fibrilas colágenas de ancoragem (AF). (Cortesia de J. James.) 
 
Dois vasos linfáticos (VL) pequenos. O vaso no topo está cortado longitudinalmente e mostra 
uma válvula, a estrutura responsável pelo fluxo unidirecional da linfa. A seta contínua mostra 
a direção do fluxo da linfa, e as setas tracejadas mostram como as válvulas evitam refluxo de 
linfa. Note a parede muito delgada deste vaso. (Pararrosanilina-azul de toluidina. Médio 
aumento. 
→ Os vasos linfáticos originam-se em inúmeros locais do corpo, em forma de pequenos capilares 
linfáticos de fundo cego. 
→ Os capilares linfáticos se agrupam e formam veias linfáticas de fino calibre e, em seguida, 
veias linfáticas de médio calibre. 
→ As veias linfáticas da região superior direita do corpo convergem para um ducto, o ducto 
linfático direito, e as veias do restante do corpo convergem para o ducto torácico. 
→ Esses ductos transferem seu conteúdo para as veias subclávias direita e esquerda, e desta 
maneira a linfa retorna à circulação sanguínea. 
→ Em seu trajeto, os vasos linfáticos penetram em órgãos do sistema linfoide denominados 
linfonodos, em cuja periferia descarregam a linfa. 
→ No interior dos linfonodos a linfa atravessa um complexo sistema de canais e deixa o 
linfonodo por meio de vasos linfáticos que continuam transportando a linfa até um linfonodo 
seguinte, ou se encaminha diretamente para veias linfáticas maiores, até terminar nas veias 
subclávias. 
→ Os vasos linfáticos assemelham-se aos vasos venosos, mas sua parede é mais delgada. 
→ São revestidos por um endotélio e por uma túnica de tecido conjuntivo e fibras musculares 
lisas. → Os capilares linfáticos e as vênulas linfáticas têm paredes muito permeáveis. 
→ Em cortes histológicos os vasos linfáticos são reconhecidos por terem parede muito delgada 
em relação a seu diâmetro, lúmen amplo e conteúdo homogêneo eosinófilo, sem hemácias. 
 
Timo 
O timo é um órgão bilobado localizado entre o esterno e a aorta. É formado por 
dois lobos, envolvidos por uma delicada cápsula de tecido conjuntivo denso. A cápsula 
origina delgados septos, que dividem o parênquima em inúmeros pequenos lóbulos. o 
timo tem origem embriológica dupla: mesodérmica e endodérmica. Seus linfócitos 
provêm da medula óssea, onde se formam a partir de células mesenquimatosas. 
Ao contrário dos outros órgãos linfáticos, o timo não possui folículos linfoides. 
Cada lóbulo é formado de uma parte periférica denominada zona cortical (córtex), que 
se cora mais intensamente pela hematoxilina, por ter maior concentração de linfócitos. 
A cortical envolve a parte central de cada lóbulo, mais clara, denominada zona medular. 
Na medular encontram-se estruturas características do timo, os corpúsculos de Hassall. 
 
 
1- Capsula de tecido conjuntivo e a extensão é chamada de trabécula 
2- Zona cortical ou córtex do timo: é composto por uma grande quantidade de 
linfócito T e células dendríticas dispersas (auxiliam no processo de maturação), 
células epiteliais (fazem a seleção positiva) e os macrófagos (removem as células 
mortas). É o lugar de maturação dos linfocitos T. 
3- Zona Medular: consiste em linfócitos T mais maduros e amplamente dispersos, 
células epiteliais, células dendríticas e macrófagos. Os corpúsculos tímicos 
(Hassall) são formados por células reticulares epiteliais organizadas em camadas 
concêntricas unidas por numerosos desmossomos. Algumas dessas células, 
principalmente as mais centrais, podem degenerar e morrer, deixando restos 
celulares que podem calcificar. 
 
 
 
OBS: • O timo bilobado é maior na puberdade e então a parte funcional atrofia com a idade. 
 
LINFONODOS 
Os linfonodos(antigamente chamados de gânglios linfáticos), estão localizados 
ao longo dos vasos linfáticos estão aproximadamente 600 linfonodos em forma de 
feijão. São encontrados de modo constante na axila, na virilha, ao longo dos grandes 
vasos do pescoço e, em grande quantidade, nas cavidades torácica e abdominal, no hilo 
pulmonar e em torno de vasos sanguíneos, e no interior dos folhetos que formam o 
mesentério. 
São cobertos por uma cápsula de tecido conjuntivo denso que envia trabéculas 
para o seu interior, dividindo o parênquima em compartimentos incompletos e 
interligados. Como acontece em outros órgãos do tecido linfático (exceto o timo), as 
células do parênquima do órgão são sustentadas por um arcabouço de células 
reticulares e fibras reticulares, sintetizadas por essas células. A cápsula, as trabéculas e 
as fibras reticulares compõem o estroma dos linfonodos. 
O parênquima do linfonodo apresenta uma região cortical, que se localiza abaixo 
da cápsula, ausente apenas na região do hilo, e uma região medular, que ocupa o centro 
do órgão e o seu hilo. Entre essas duas regiões, encontra-se a região cortical profunda, 
ou região paracortical. 
 
 
O parênquima (parte funcional) de um linfonodo é dividido em região cortical 
(cortéx superficial) e região medular (medula profunda). 
1- Região Cortical Superficial ou Cortéx Superficial 
É constituída por vários componentes: seio subcapsular e seios peritrabeculares, 
folículos linfáticos e células difusas espalhadas entre essas estruturas. Os diversos seios 
dos linfonodos são constituídos por tecido linfoide frouxo, que tem menor concentração 
de células. São espaços irregulares delimitados de modo descontínuo por células 
endoteliais, células reticulares com fibras reticulares e macrófagos. Constituem locais 
preferenciais para passagem de linfa através dos linfonodos. 
A região cortical é formada por tecido linfático difuso, constituído por milhares 
de linfócitos livres dispersos aparentemente sem organização e por inúmeros folículos 
linfáticos (nódulo linfático). Estes se localizam exclusivamente na região cortical e não 
são observados na região medular. 
Um nódulo linfático que consiste principalmente de linfócitos B é chamado de 
nódulo linfático primário. A maior parte dos nódulos linfáticos no córtex são nódulos 
linfáticos secundários que foram ativados por antígenos, podem apresentar áreas 
centrais claras, os centros germinativos (produção de anticorpos ou linfócitos B de 
memória). 
A região cortical profunda ou paracortical, adjacente à região medular, não 
apresenta folículos linfáticos, e nela predominam linfócitos T, ao lado de células 
dendríticas, células reticulares, além de alguns plasmablastos e plasmócitos, e 
macrófagos. 
2- Medula 
A região medular tem dois componentes principais: os cordões medulares e os 
seios medulares. Os primeiros são cordões de células constituídos principalmente por 
linfócitos, mas contendo também plasmablastos e plasmócitos, macrófagos e células 
reticulares. Entre os cordões medulares encontram-se os seios medulares, que são 
espaços semelhantes aos outros seios dos linfonodos, porém seu lúmen é mais amplo e 
o seu trajeto é mais irregular. Os seios medulares contêm linfa e células que vêm da 
região cortical. 
Na região do hilo (depressão) os seios medulares se reúnem e originam os vasos 
linfáticos eferentes. 
OBS: Os linfonodos funcionam como uma espécie de filtro. Conforme a linfa 
entra uma extremidade de um linfonodo, as substancias estranhas “são capturadas” 
pelas fibras reticulares nos seios dos linfonodos. Em seguida, os macrófagos destroem 
algumas substancias estranhas por fagocitose, enquanto os linfócitos destroem outras 
por meio da resposta imune. 
 
BAÇO 
 O baço, é uma estrutura oval, é a maior massa única de tecido linfático do corpo, 
tendo aproximadamente 12cm de comprimento. Está localizado na região do 
hipocôndrio esquerdo, entre o estomago e o diafragma. Como os linfonodos, o baço tem 
um hilo. Através dele passam a artéria esplênica, a veia esplênica e os vasos linfáticos 
eferentes. 
 O baço é revestido por uma cápsula de tecido conjuntivo denso, em torno da 
qual há um folheto da membrana peritoneal. A cápsula emite trabéculas de tecido 
conjuntivo que dividem o parênquima ou polpa esplênica em compartimentos 
incompletos e intercomunicantes. A cápsula, as trabéculas, uma rica rede de fibras 
reticulares e fibroblastos constituem o estroma esplênico. 
 O parênquima do baço é composto por dois tipos diferentes de tecidos 
chamados de polpa branca e polpa vermelha. 
• Polpa Branca: é composta por tecido linfático, que consiste principalmente em 
linfócitos e macrófagos dispostos em torno de ramos da artéria esplênica 
(Artérias centrais). 
• Polpa Vermelha: é constituída por seios venosos cheios de sangue e cordões de 
tecido esplênico chamado de Cordões de esplênicos ou cordões de Billroth.. Os 
cordões esplênicos são cordões de células, contínuos e de espessura variável. 
São constituídos por uma rede frouxa de células reticulares e fibras reticulares 
que contêm linfócitos B e T, macrófagos, plasmócitos, monócitos, leucócitos, 
granulócitos, plaquetas e eritrócitos 
→ O sangue que flui para o baço através da artéria esplênica entra nas artérias centrais 
da polpa branca. 
 → Na polpa branca, os linfócitos B e os linfócitos T desempenham funções 
imunológicas, semelhantemente ao que ocorre nos linfonodos, enquanto os 
macrófagos do baço destroem agentes patogênicos que estão no sangue por fagocitose. 
→ Dentro da polpa vermelha, o baço desempenha três funções relacionadas com as 
células de sangue: 
→ 1. Remoção de células do sangue (eritrócitos) e plaquetas que estejam rompidas, 
desgastadas ou defeituosas pelos macrófagos; 
→ 2. Armazenamento de até um terço do suprimento de plaquetas do organismo; 
→ 3. Produção de células sanguíneas (hematopoese) durante a vida fetal. 
 
 
 
NÓDULOS LINFÁTICOS 
 
A LINFA ORIGINA-SE NO LÍQUIDO INTERSTICIAL 
→ O líquido presente nos tecidos e que resulta da passagem de plasma através da parede dos 
capilares e vênulas póscapilares do lúmen vascular em direção ao espaço extracelular é 
denominado líquido intersticial. 
→ O local mais intenso de saída do líquido é ao nível dos capilares, e o local de entrada é ao 
nível das vênulas. 
 → A saída é provocada em grande parte pela pressão hidrostática do interior dos capilares 
. → Por outro lado, as vênulas pós-capilares têm lúmen mais dilatado e a pressão hidrostática 
em seu interior é menor. 
 
Figura 13.21 Vaso linfático com parede muito delgada proporcionalmente ao seu diâmetro 
(seta). É revestido internamente por endotélio. Em seu interior há linfa e células, 
principalmente linfócitos. (Microscopia óptica. H&E. Aumento pequeno.) 
→ A outra força que regula a entrada e a saída de líquido é a pressão coloidosmótica, resultante 
da concentração de moléculas e íons dentro e fora dos vasos. 
→ Em condições normais, as proteínas não saem dos vasos em grande quantidade; porém, como 
saem moléculas de água, a pressão coloidosmótica tende a elevar-se no lúmen ao longo do 
trajeto dos capilares em direção das vênulas pós-capilares. 
→ Em suma, ao longo do capilar a pressão hidrostática tende a fazer a água sair do vaso, e a 
pressão coloidosmótica tende a fazer o líquido intersticial entrar nas vênulas. 
→ No entanto, a filtração predomina sobre a reabsorção; dessa maneira, nem todo o líquido é 
reabsorvido pelas vênulas. 
→ O líquido não absorvido pelos capilares e vênulas atravessa a parede bastante permeável dos 
vasos linfáticos, constituindo a linfa, que contém água, macromoléculas e íons. 
→ A linfa contém também células, principalmente linfócitos, que durante sua recirculação pelo 
organismo penetram nos vasos linfáticos. 
→ Na mucosa intestinal, os vasos linfáticos que se originam localmente desempenham papel 
importante ao transportaremsubstâncias absorvidas do lúmen intestinal. A linfa que eles 
contêm é denominada quilo. 
→ Na vigência de processos inflamatórios agudos ou após traumatismo mecânico, a histamina 
liberada por mastócitos causa a abertura das paredes de vênulas, permitindo a saída de grande 
quantidade de plasma. 
→ Devido a seu aumento abrupto, o plasma se acumula no interstício, causando aumento do 
volume local, denominado edema. 
 
A figura ilustra a distribuição corporal dos vasos linfáticos e dos órgãos linfáticos. Os 
linfonodos se dispõem em cadeias unidas por vasos linfáticos, pelos quais a linfa percorre até 
chegar ao sangue próximo ao coração. A figura mostra também como a infecção em um dedo 
do pé provoca uma reação nos linfonodos que recebem a linfa da região afetada (linfonodos 
satélites). 
 
Diferentes maneiras de disposição das células do tecido linfático. 1: arranjo esférico ou ovoide 
denominado folículo linfoide; 2: formação de cordões celulares; 3: arranjo difuso, sem 
organização aparente. O folículo linfoide presente na figura possui uma ampla região central 
mais clara, denominada centro germinativo, envolvida parcialmente por um manto de 
linfócitos. (Hematoxilina e eosina [HE]. Pequeno aumento.) 
VASOS LINFÁTICOS E CIRCULAÇÃO DA LINFA 
→ Os vasos linfáticos começam como capilares linfáticos. 
→ Estes capilares, que estão localizados nos espaços entre as células, são fechados em uma das 
extremidades. 
 → Assim como os capilares sanguíneos convergem para formar vênulas e então veias, os 
capilares linfáticos se unem para formar vasos linfáticos maiores, que se assemelham em 
estrutura a pequenas veias, mas têm paredes mais finas e mais válvulas. 
→ Em intervalos ao longo dos vasos linfáticos, a linfa flui pelos linfonodos, órgãos encapsulados 
em forma de feijão que consistem em massas de linfócitos B e linfócitos T. 
→ Na pele, os vasos linfáticos se encontram no tecido subcutâneo e geralmente acompanham 
as veias; os vasos linfáticos das vísceras geralmente acompanham as artérias, formando plexos 
em torno delas. 
→ Os tecidos que não apresentam capilares linfáticos incluem os tecidos avasculares (como a 
cartilagem, a epiderme e a córnea do olho), a parte central do sistema nervoso, partes do baço 
e a medula óssea. CAPILARES LINFÁTICOS 
→ Os capilares linfáticos têm maior permeabilidade do que os capilares sanguíneos e, assim, 
conseguem absorver moléculas grandes como as proteínas e os lipídios. 
→ Os capilares linfáticos também têm um diâmetro um pouco maior do que os capilares 
sanguíneos e têm uma estrutura unidirecional que possibilita que o líquido intersticial flua para 
dentro, mas não para fora. 
→ As extremidades das células endoteliais que formam a parede de um capilar linfático se 
sobrepõem. 
→ Quando a pressão é maior no líquido intersticial do que na linfa, as células se separam 
discretamente, como a abertura de uma porta de mola de sentido único, e o líquido intersticial 
entra no capilar linfático. 
 → Quando a pressão é maior no interior do capilar linfático, as células aderem mais entre si e a 
linfa não consegue retornar ao líquido intersticial. 
→ A pressão é aliviada conforme a linfa se move adiante pelo capilar linfático. 
→ Ligado aos capilares linfáticos estão os filamentos de ancoragem, que contêm fibras elásticas. 
→ Eles se estendem para fora do capilar linfático, anexando as células endoteliais linfáticas aos 
tecidos circundantes. 
 → Quando o excesso de líquido intersticial se acumula e causa edema do tecido, os filamentos 
de ancoragem são puxados, tornando ainda maiores as aberturas entre as células para que mais 
líquido possa fluir para o capilar linfático. 
→ No intestino delgado, capilares linfáticos especializados chamados lactíferos carregam lipídios 
oriundos da dieta para os vasos linfáticos e, por fim, para o sangue. 
→ Esses lipídios confere à linfa drenada do intestino delgado uma aparência branca cremosa; 
essa linfa é chamada de quilo. Em outros lugares, a linfa é um líquido claro, amarelo-pálido. 
TRONCOS E DUCTOS LINFÁTICOS 
→ A linfa passa dos capilares linfáticos para os vasos linfáticos e, em seguida, pelos linfonodos. 
→ Quando os vasos linfáticos saem dos linfonodos em uma dada região do corpo, eles se unem 
para formar troncos linfáticos. 
 → Os principais troncos são os troncos lombar, intestinal, broncomediastinal, subclávio e 
jugular. 
→ Os troncos lombares drenam linfa dos membros inferiores, da parede e vísceras da pelve, dos 
rins, das glândulas suprarrenais e da parede abdominal. 
 → O tronco intestinal drena a linfa do estômago, intestinos, pâncreas, baço e parte do fígado. 
→ Os troncos broncomediastinais drenam a linfa da parede torácica, pulmão e coração. 
→ Os troncos subclávios drenam os membros superiores. 
→ Os troncos jugulares drenam a cabeça e o pescoço. 
Funções: 
1. Drenar o excesso de líquido intersticial. 
2.Transportar lipídios da dieta do sistema digestório para o sangue. 
 3.Proteger contra a invasão por meio das respostas imunes 
 
• Os capilares linfáticos são encontrados em todo o corpo, exceto nos tecidos avasculares, na 
parte central do sistema nervoso, em partes do baço e na medula óssea. 
 
Figura 22.1 Componentes do sistema linfático. 
• O sistema linfático é composto por linfa, vasos linfáticos, tecidos linfáticos e medula óssea 
FORMAÇÃO E FLUXO DA LINFA 
→ A maior parte dos componentes do plasma sanguíneo, como nutrientes, gases e hormônios, 
atravessam livremente as paredes dos capilares para formar o líquido intersticial, mas um 
volume maior de líquido sai dos capilares sanguíneos do que retorna a eles por reabsorção. 
→ O excesso de líquido filtrado – aproximadamente 3 ℓ/dia – drena para os vasos linfáticos e se 
torna a linfa. 
→ Como a maior parte das proteínas plasmáticas é muito grande para sair dos vasos sanguíneos, 
o líquido intersticial contém apenas uma pequena quantidade de proteína. 
→ As proteínas que saem do plasma sanguíneo não conseguem retornar ao sangue por difusão, 
porque o gradiente de concentração (alto nível de proteínas no interior dos capilares 
sanguíneos, baixo nível fora) se opõe a este movimento. 
→ As proteínas conseguem, no entanto, se mover facilmente através dos capilares linfáticos, 
que são mais permeáveis à linfa. → Assim, uma importante função dos vasos linfáticos é 
devolver as proteínas plasmáticas perdidas e o plasma à corrente sanguínea. 
→ Como as veias, os vasos linfáticos contêm válvulas, que asseguram a circulação linfática 
unidirecional. → Como já mencionado, a linfa drena para o sangue venoso pelo ducto linfático 
direito e pelo ducto torácico na junção entre as veias jugular interna e subclávia. 
 → Assim, a sequência de fluxo de líquido é dos capilares sanguíneos (sangue) → espaços 
intersticiais (líquido intersticial) → capilares linfáticos (linfa) → vasos linfáticos (linfa) → ductos 
linfáticos (linfa) → junção entre as veias jugular interna e subclávia (sangue). → A Figura 22.4 
ilustra esta sequência, juntamente com a relação entre os sistemas linfático e circulatório. 
Ambos os sistemas formam um sistema circulatório muito eficiente. 
→ As mesmas duas “bombas” que ajudam no retorno do sangue venoso ao coração mantêm o 
fluxo de linfa. 
→ Bomba de músculo esquelético: A “ação de ordenha” das contrações do músculo esquelético 
comprime os vasos linfáticos (assim como as veias) e força a linfa em direção à junção entre as 
veias jugular interna e subclávia. 
→ Bomba respiratória: O fluxo de linfa é também mantido pelas alterações de pressão que 
ocorrem durante a inspiração. A linfa flui da região abdominal, onde a pressão é maior, para a 
região torácica, onde ela é mais baixa. Quando as pressões se invertem durante a expiração, as 
válvulas nos vasos linfáticos evitam o refluxo da linfa. Além disso, quando um vaso linfático se 
distende, o músculo liso de suas paredes se contrai,o que ajuda a mover linfa de um segmento 
do vaso para o seguinte. 
 
 
 
• A sequência do fluxo de líquido é dos capilares sanguíneos (sangue) → espaços intersticiais 
(líquido intersticial) → capilares linfáticos (linfa) → vasos linfáticos (linfa) → ductos linfáticos 
(linfa) → junção entre as veias jugular interna e subclávia (sangue). 
 
Tecido linfático difuso e nódulos linfáticos 
O tecido linfático difuso e os nódulos linfáticos protegem o corpo contra substâncias 
patogênicas e constituem o local da resposta imune inicial. 
O tubo gastrintestinal, as vias respiratórias e o sistema geniturinário são protegidos por 
acúmulos de tecido linfático, que não estão envolvidos por uma cápsula. Os linfócitos e 
outras células livres desse tecido são encontrados na lâmina própria (tecido subepitelial) 
desses sistemas. Essa forma de tecido linfático é denominada tecido linfático difuso ou 
tecido linfático associado à mucosa (MALT), em virtude de sua associação às mucosas. 
Essas células estão estrategicamente localizadas para interceptar antígenos e iniciar 
uma resposta imune. 
Além do tecido linfático difuso, concentrações localizadas de linfócitos são comumente 
encontradas nas paredes do tubo gastrintestinal, das vias respiratórias e do sistema 
geniturinário. Essas concentrações, denominadas nódulos linfáticos ou folículos 
linfáticos, embora sejam bem-definidas, não são encapsuladas (Figura 14.13). O nódulo 
primário é um nódulo linfático que consiste principalmente em pequenos linfócitos. No 
entanto, os nódulos são, em sua maioria, nódulos secundários e apresentam 
características distintas, que incluem as seguintes: 
Na região central do nódulo há um centro germinativo (Figura 14.14), que aparece 
apenas levemente corado nos cortes histológicos. O centro germinativo desenvolve-se 
quando um linfócito B que reconheceu um antígeno sofre substancial divisão e 
proliferação. 
Os nódulos linfáticos são geralmente encontrados em estruturas associadas ao tubo 
gastrintestinal, como as tonsilas, o íleo e o apêndice vermiforme. 
Em geral, os nódulos estão dispersos isoladamente de modo aleatório. No entanto, no 
tubo gastrintestinal, são encontrados agregados de nódulos em locais específicos. 
Incluem os seguintes: 
•As tonsilas formam um anel de tecido linfático na entrada da orofaringe. As tonsilas 
faríngeas (adenoides, localizadas no teto da faringe), as tonsilas palatinas (ou, 
simplesmente, as tonsilas, que estão localizadas em cada um dos lados da faringe e entre 
os arcos palatofaríngeo e palatoglosso) e as tonsilas linguais na base da língua contêm 
agregados de nódulos linfáticos. As tonsilas palatinas consistem em acúmulos densos de 
tecido linfático localizados na mucosa. O epitélio pavimentoso que forma a superfície da 
tonsila mergulha no tecido conjuntivo subjacente em numerosos locais, formando as 
criptas da tonsila (Figura 14.15). As paredes dessas criptas geralmente apresentam 
numerosos nódulos linfáticos. 
O apêndice vermiforme origina-se do ceco. A sua lâmina própria é densamente infiltrada 
por linfócitos e contém numerosos nódulos linfáticos. Embora o apêndice seja 
frequentemente descrito como um órgão vestigial, o abundante tecido linfático que ele 
contém no início da vida sugere que ele esteja funcionalmente associado a reações 
imunes. Com a idade, a quantidade de tecido linfático dentro desse órgão regride, e a 
sua identificação passa a ser difícil. 
 
Junqueira, Luiz Carlos, U. e José Carneiro. Histologia Básica - Texto e Atlas. Disponível 
em: Minha Biblioteca, (13th edição). Grupo GEN, 2017. 
TORTORA, Gerard J.; DERRICKSON, Bryan. Princípios de Anatomia e Fisiologia. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2016. E-book. ISBN 9788527728867. Disponível em: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527728867/. 
ABRAHAMSOHN, Paulo. Histologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. E-book. ISBN 
9788527730105. Disponível em: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527730105/. A

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