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AULA 3 AVALIACAO DO PACIENTE CARDIACO

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Avaliação do Paciente 
Cardíaco
Etapas de uma avaliação:
⚫ Anamnese
⚫ Exames complementares:
◦ Eletrocardiograma
◦ Raio X
◦ Gasometria arterial e venosa
◦ Outros
⚫ Inspeção
⚫ Palpação
⚫ Ausculta
ANAMNESE
⚫ Diabetes
⚫ Dislipidemia
⚫ Tabagismo
⚫ Obesidade
⚫ Hipertensão arterial sistêmica
⚫ História familiar
⚫ Sedentarismo
Fatores de risco
Fatores de risco
⚫ Associação dos fatores = risco 
cardiovascular
⚫ Diabetes é isoladamente um fator de 
risco importante
⚫ Familiar direto < 50 anos é fator de risco
⚫ Tabagismo depende do tempo e da 
quantidade
⚫ Grau de atividade física/sedentarismo
História
Sinais e Sintomas da doença cardíaca:
⚫ Precordialgia 
⚫ Dispnéia
⚫ Síncope ou pré-síncope 
⚫ Palpitação
⚫ Edema 
⚫ Cianose 
⚫ Perfusão
EXAMES 
COMPLEMENTARES
Exames em Cardiologia
Laboratoriais:
⚫ Hemograma
⚫ Gasometria Arterial
⚫ Gasometria venosa
⚫ Lactato
⚫ CK-MB
⚫ Eletrocardiograma
Imagem:
⚫ Ecocardiograma
⚫ Rx
⚫ Cateterismo
Hemácia e hemoglobina Hb e Ht
Gasometria venosa
⚫Valores de referência:
◦ pH 7,27 – 7,39
◦ PaCO2 40 – 50 mmHg
◦ PaO2 35 – 40 mmHg
◦ HCO3 22 – 26 mEq/l
◦ BE 2,5
◦ SpO2 70 – 75 %
Gasometria venosa
Função cardíaca
⚫ Aumento da diferença arteriovenosa
⚫ Tecidos extraindo muito oxigênio por fluxo lento
Microcirculação periférica
⚫ Diminuição da diferença arteriovenosa
⚫ Shunt sistêmico (dificuldade das trocas teciduais)
Lactato
Produto final da glicólise anaeróbica em tecidos hipóxicos
Valores de referência:
< 2,5 normal
2,5 – 4,9 leve
5,0 – 9,9 moderada
> 10 grave
Causas do aumento do lactato
• Hipoxemia (choque)
• Alterações na clearence do lactato
(disfunção hepática ou renal)
• Glicólise aumentada (sepse, convulsões
ou neoplasias)
Exames de Sangue
Colesterol
• Total < 200 mg/dl
• LDL < 130 mg/dl
• Triglicérides < 200 mg/dl
CPK (creatina fosfoquinase)
• Enzima não específica (lesão 
cardíaca, esquelética, AVE, 
infecção)
CK-MB
• Específica, liberada pelo 
miocárdio em presença de 
isquemia
• Auge da liberação em 24 – 48 
horas
Exames de Sangue
TGO – Transaminase glutâmico 
oxaloacética
• Total < 200 mg/dlTGO –
Transaminase glutâmico 
oxaloacética
• Necrose de células miocárdicas
• Liberada após 6 – 12 horas após 
lesão
• Troponina T
• Liberada a partir de 2 – 8 horas 
após a lesão
Exames em Cardiologia
Eletrocardiograma
Holter
• ECG de 24 horas
Teste Ergométrico
• ECG com esforço
Estudo Eletrofisiológico
• Avaliação e tratamento de arritmias por meio do cateterismo
Catéter de Swan-Ganz
• Cateterização da Artéria Pulmonar
EXAME
FÍSICO
Sinais e Sintomas
• Não há sinais e nem sintomas na maioria das vezes
• Surgem em situações graves
• Nas doenças avançadas
• A prevenção é o melhor caminho
• Avaliar para acompanhar o processo de tratamento do paciente
Precordialgia
Área de possível irradiação:
• Cicatriz umbilical até ângulo da mandíbula + MMSS e todo o tórax
Forma:
• Opressão, queimação ou mal torácico
• Local sede da dor
• Região grande e imprecisa
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Precordialgia
Fator precipitante:
Esforço, melhora com o repouso
Duração:
5 – 10 minutos
Nunca < 2 min ou > 20 min
Sinais que acompanham:
Sudorese 
Extremidades frias 
Náuseas
Dispneia
Fator precipitante:
• Normal em indivíduos 
saudáveis
Anormal em repouso ou 
pequenos esforços
Etiologia:
• Doenças pulmonares 
• Cardíacas
• Parede torácica 
• Ansiedade
Dispneia Cardiaca
• Congestão venocapilar da 
insuficiência cardíaca
• Sibilos: insuficiência do 
ventrículo esquerdo
Dispneia Cardiaca
• Dispneia em repouso
• Relacionado com a posição
Acompanha:
• Edema de MMII 
• Dor abdominal 
• Noctúria
Dispneia Cardiaca
Dispneia Paroxística Noturna (DPN)
• Paciente acorda com dispneia súbita e 
melhora após 30 minutos sentado.
• Acompanha tosse, sibilos e sudorese
Sincope
Causa:
• Baixa perfusão cerebral
Origem cardíaca:
• 10% - 40% dos casos
Sincope
• Súbita
• Associada a esforços, movimentação súbita para 
ortostatismo ou permanecer em pé por longos períodos
• Sem associação com convulsões ou liberações esfincterianas
• Retorna à consciência rapidamente: < 5 minutos
Palpitação
• Sensação do batimento cardíaco
• Não significa alteração do ritmo cardíaco 
• Sensação de falha ou pausa: extra-sístoles 
• Com síncope: arritmia ventricular
• Com esforço não intenso ou bebida alcoólica: FA
Edema
• Acúmulo de líquido no tecido intersticial
• Alteração hidrostática
• Ganho de peso 3 – 5 kg
• Simétrico, progride desde as pernas, coxas, genitália e parede abdominal
• Acamados: região posterior (sacra)
• Dispneia precede ao edema e à ascite
Cianose
Excesso de hemoglobina reduzida
• > 4 g/dL de Hb reduzida
• SpO2 < 82% – 85%
• Comuns em cardiopatias congênitas
( desvio D-E > 25% do débito VE)
Tipos:
• Central (shunt D – E, doença pulmonar ou 
cardiopatia congênita)
• Periférica (vasoconstrição periférica por 
↓DC ou frio)
Coloração azulada da pele e membranas mucosas
Palidez
• Má perfusão periférica
• Baixo débito cardíaco
• Hb baixo
Perfusão periférica
Diminuição do fornecimento de sangue arterial para os tecidos
• Sinais:
• Pele pálida
• Pele úmida
Tempo de reperfusão:
• Normal: < 1 segundo
• Diminuído: > 3 segundos
• Choque: > 5 segundos
Inspeção e Palpação
Estado nutricional:
• Obesidade
• Magreza
Hipodesenvolvimento 
Pele:
• Cianose
• Palidez
• Edema
Inspeção e Palpação
Pescoço:
• estase jugular (manômetro do AD) 
Região precordial  em posição dorsal:
• mamilos na mesma altura e simétricos 
• sem pulsações evidentes (frêmito)
Pulsos:
• amplitude e ritmo
Palpação do pulso
• Radial é a mais utilizada
• A estimulação da artéria carótida: 
bradicardia e hipotensão
Avaliar:
• Frequência
• Regularidade
• Amplitude (força)
Pressão arterial
Requisitos para uma boa mensuração:
• Lugar confortável
• Braço apoiado altura do coração
• Repouso de 5 minutos
• Manômetro calibrado
• Manguito cubra 2/3 do perímetro do braço
• Inflar rapidamente e desinsuflar com velocidade de 2 – 4 mmHg/segundo
Ausculta Cardiaca
Estetoscópio:
• Receptora 
• Condutora 
• Auricular
• Ambiente silencioso
• Paciente e examinador em posições confortáveis
• Tórax descoberto
Ausculta Cardiaca
• Com Diafragma: melhor para sons 
com alta frequência (1ª e 2ª bulhas, 
sopros de insuficiência valvar)
• Côncava: Para sons de baixa 
frequência. Sem muita pressão, para 
não eliminar os sons de baixa 
frequência (3ª e 4ª bulhas, sopros 
diastólicos das valvas Mi e Tri)
Ausculta Cardiaca
Ausculta Cardiaca
1 Bulha
• Ocorre antes da pulsação arterial
• Origem VE
• Fechamento das valvas Mi e Tri 
2 Bulha
• Ocorre imediatamente após o pico do 
pulso carotídeo
• Som mais agudo que B1
• Fechamento das valvas Ao e 
Pulmonar
3 Bulha
• Normal em crianças
• É um som grave, intensifica na posição 
deitada (pelo aumento do retorno 
venoso)
• Impacto do ventrículo na parede torácica 
no início da diástole
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Ausculta Cardiaca
Alterações:
1 Bulha:
• Hipofonética (Insuf VE, bloqueio ramo E ou Insuf Mi)
• Hiperfonética (Emi, prolapso Mi, Taquicardia ou aumento contração ventricular)
2 Bulha:
• Hipofonética (EAo e EP) 
• Hiperfonética (HAS e HP) 
• Timbre metálico (IAo)
Sopros e outros sons adventícios
Alterações:
Sistólicos (entre B1 e B2)
• EAo ou EP, CoAo, IAo, dilatação da Ao ascendente ou dilatação AP, CIA e CIV
Diastólicos (entre B2 e B1)
• EMi, ETri, ITri, CIA, CIV, PCA e DAVP
Contínuos
• PCA, PO de BT

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