Manifesto dos pioneiros

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MANIFESTO DOS PIONEIROS
ITAJAÍ / SC
2023
FACULDADE UNINA
JUSSARA CRISTINA DA SILVA
MANISFESTO DOS PIONEIROS
ITAJAÍ / SC
2023
INTRODUÇÃO
Escrito em 1932, por um grupo de 26 educadores intelectuais com o título “A reconstrução educacional no Brasil - ao povo e ao governo”, o manifesto dos pioneiros da educação nova é um documento que circulou em âmbito nacional propondo princípios e bases para a reforma do sistema educacional brasileiro. Se tornou um Marco inaugural do projeto de renovação educacional do país, se tratando da mais nítida e expressiva tomada de consciência da temática como um problema nacional.
O manifesto teve grande repercussão no país com a promulgação da Constituição Brasileira de 1934, assegurou-se a criação de um ensino primário público gratuito e obrigatório. O manifesto defendia a ideia de uma escola única que se baseava em educação comum para todos os brasileiros, sem discriminação de classes ou gênero e igualdade de oportunidade, mesmo porque seus defensores eram oriundos de classes sociais e econômicas privilegiadas que acreditavam que o acesso à educação contribuiria para o desenvolvimento social e econômico do país.
DESENVOLVIMENTO
O manifesto foi um marco na História da Educação pois acreditava-se em uma educação única para todos sem diversidades ou classes sociais. Para quem tinha condições melhores optava por escolas privadas que separavam a economia da educação, já a escola nova tinha objetivo de formar o ser para o mundo, onde mestres e educadores se igualam em remuneração e trabalho. No início do século XX, o Brasil estava gritando na necessidade de mudar a forma como a educação estava atrasada a séculos. E, nascia ali o manifesto dos pioneiros, uma nova república, um novo momento que buscava construir uma educação justa e igualitária, que pudesse se desprender da religião e construir uma escola para todos, que até aquele momento era voltada para a elite e com uma base religiosa, não sendo uma escola laica como deveria ser.
Para Anísio Teixeira era preciso acabar com os privilégios da elite dominante e expandir uma educação comum ou única para todos, pois somente a expansão da escola primária seria capaz de desenvolver os níveis econômicos e a estratificação social.
Sejam lá quais forem às dificuldades, esta terá de ser a escola primária com que resolveremos os problemas da rígida estratificação social e dos graves desníveis econômicos da sociedade brasileira e criaremos a igualdade de oportunidades que é a essência do regime democrático. (TEIXEIRA, 1977, p. 129)
 A nova República trazia com ela uma mudança muito significativa e importante. Era chegada a hora da industrialização, e com ela, também uma educação a longo prazo, que pudesse ter pontos significativos na vida de todos os estudantes que viriam passar por essas escolas. Novos professores com pensamentos e conhecimentos mais amplos, para a formações de cidadãos capazes de lutar e conhecer seus direitos e deveres. O movimento que defendia a Educação laica de forma gratuita e igualitária para todos, era vista como Escola Nova. Por outro lado, tinham escolas privadas e as igrejas conhecidas como Escolas Tradicionais. Essas duas produziram um pequeno debate sobre a educação naquele momento, tornando visível a diversidade de interesses.
Para mudar a educação baseada no modelo acima citado, o manifesto dos pioneiros teve como objetivo oferecer uma educação popular igualitária para todos, pensando muito mais à frente, do que simplesmente ensinar o básico, mas sim fornecer uma formação necessária para que o ser humano possa ter uma ação afetiva e importante na sociedade. Outro propósito era o de romper com o antigo serviço educacional acabando com a ligação do privilégio com a condição econômica e social para poder formar uma sociedade mais coletiva, colocando a educação como sendo primordial e dever do estado não somente uma função em sim envolver família e escola. As pessoas que participaram do manifesto concordavam que era necessário que se fizesse toda a mudança naquela época, ou então haveriam vários fracassos que se propagariam posteriormente. A certeza era que as medidas imediatas e em curto prazo já não mais fariam sentido pois era necessária uma visão mais futurista e este método modificaria e renovaria os olhares dos educadores em relação a educação e impulsionaria a evolução necessária para a administração dos serviços escolares da época, era preciso uma direção cada mais firme para este movimento que logo se tornaria nacional, arrastando consigo todos os educadores de maior destaque. A posição conquistada vem mantendo desde o início das hostilidades contra a escola tradicional.
O manifesto também características a escola como necessitada de autonomia técnica, administrativa e econômica, trazendo consigo que todo o sistema educacional é ameaçado constantemente e cabe ao estado precaver essas ameaças para que a educação se desvincule de suas finalidades. Sendo assim, autonomia da escola se torna construída por meio da responsabilidade dos técnicos, educadores e administradores pelos órgãos do ensino através de sua direção. Ou seja, uma forma ampla, de se trabalhar, visando o aprendizado do aluno, incluindo seu comportamento, entendimento e colaboração no seu próprio aprendizado, pois todo esse patamar, está relacionado no sujeito, (aluno). O objetivo da criança é aprender e aprender, então cabe ao educador, a ser apto a formalizar, preparar, estimular e provocar nesse processo de ensino.
A autonomia financeira da escola também é citada no manifesto, dizendo que a mesma não pode se valer de patrimônios, impostos ou rendas próprias, exceto as escolas de fundo especial final além disto, há descentralização da escola passa a ser ramificada metódica e coordenada, visando a intensidade e extensão de forma eficaz. A educação, que propõem o atendimento aos interesses do indivíduo e não aos interesses de classe outro propósito era o de romper o antigo serviço educacional, acabando com a ligação do privilégio com a condição econômica e social para poder formar uma sociedade mais coletiva colocando a educação como sendo o primordial dever do estado não somente uma função do mesmo, e sim uma função que envolve duas forças sociais, as famílias e a escola.
Neste contexto, temos o trabalho do professor neste caso era instruir o aluno ao caminho do conhecimento, mostrando algo produtivo, qualitativo, demonstrativo e agradável, e não superficial. A avaliação se caracterizava para além do ensinar, observar, corrigir, falar, perguntar, preocupar, interagir e buscar meios de ensino, sempre em busca de uma aprendizagem de qualidade dentro das escolas. A partir da avaliação que os resultados podem ser medidos, comparados e recuperados no decorrer das atividades na execução de uma disciplina, juntamente com os professores, alunos, considerando-se, quais os objetivos propostos a ser avançado, ensinado ou novamente, revisado.
 No manifesto, foi apresentado a forma de avaliação educacional a ser trabalhada nas escolas. Sendo assim, as principais pessoas que compõem este ambiente: os professores e os estudantes cada qual com sua especificidade. A tarefa do professor é identificar exatamente o que o aluno quer ou precisa, colocando-se a parceria, abrindo possibilidade para que os resultados nos processos avaliativos sejam realizados da melhor forma, ou seja, eficaz. Podendo destacar a formação dos professores considerando como pertencente a elite da sociedade, e convidando-os a tomar consciência da importância do seu papel na reconstrução educacional no país. Desta forma, compreende-se a avaliação como parte integrante e intrínseca dos processos educativos. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em suma, o manifesto dos pioneiros de 1932 teve um grande impacto em toda a República e na educação Brasileira, pois, com ele hoje evitamos ter uma educação precária onde a ignorância seja um fator comum. Embora a educação no Brasil tenha tido um avanço muitogrande, ainda há mudanças significativas a serem feitas, porque mesmo com todo avanço a República ainda não se conseguiu criar a educação de que o povo necessita, porém, a nossa educação não é desorganizada e sim mostra uma grande falta de interesse nos governos para se tornar um país modelo aonde que muitas das vezes a parece que estamos caminhar os passos lentos.
Neste sentido, a educação tem um caráter universal e todo indivíduo possui direito de formação integral, unindo emoção e intelecto. O objetivo deste documento do manifesto foi compartilhar a necessidade do desenvolvimento da consciência humana e do aperfeiçoamento constante fundamentado na filosofia, na política, na economia e nas questões sociais. 
REFERÊNCIAS 
MARINHO, Iasmim da Costa. Manifesto dos pioneiros da educação nova. Disponível em <http://www.infoescola.com/educacao/manifesto-dos-pioneiros-da-educacao-nova>. Acesso em 06 de fevereiro de 2023.
SCHWANZ, Jezuina Kohls. Avaliação educacional / Jezuina Kohls Schwanz. – Curitiba: Faculdade UNINA, 2019.
TEIXEIRA, Anísio Spínola. Educação não é um privilégio [por] Anísio Teixeira. 4 ed. São Paulo: Ed. Nacional, 1977.