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METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS ALUNA: BARBARA KISSEL ETAPA 1-MED TIPOS DE CARBOIDRATOS: • Monossacarídeos: açucares simples, podem ser classificados de acordo com o número de átomos de carbono que contêm. Os carboidratos com um aldeído como seu grupo funcional mais oxidado são denominados aldoses, enquanto aqueles com um grupo cetona como seu grupo funcional mais oxidado são denominados cetoses. Os carboidratos com o grupo carbonila livre recebem o sufixo - -ose. Podem se ligar por ligações glicosídicas formando estruturas maiores. Menos de 1 % dos monossacarídeos ocorre na forma de cadeia aberta, a maioria é encontrada predominantemente na forma de anel, na qual o grupo aldeído reagiu com o grupo álcool do mesmo açúcar, tonando o carbono assimétrico • Dissacarídeos: contém duas unidades de monossacarídeos. Esse grupo incluem a lactose (GALAC+GLI), sacarose (GLI+FRU) e maltose (GLI+GLI). • Oligossacarídeos: são carboidratos constituídos pela união de um pequeno número de monossacarídeos através de ligações glicosídicas (entre duas hidroxilas, presente entre duas moléculas de monossacarídeos, pela exclusão da molécula de água.). • Polissacarídeo: são polímeros constituídos de centenas ou milhares de resíduos de monossacarídeos, contém mais de 10 unidades, geralmente glicose formando cadeias lineares, como na celulose, ou cadeias ramificadas, como no glicogênio e amido. • Carboidratos complexos: os carboidratos podem unir-se por ligações glicosídicas a estruturas que não são carboidratos, como as bases púricas e pirimídicas (encontrada nos ácidos nucleicos), anéis aromáticos (como os de esteroides e bilirrubina), proteínas (glicoproteínas) e lipídeos (glicolipídios). ➢ Se o carboidrato estiver ligado a -NH2, a estrutura é um N-glicosídeo. ➢ Se o grupo for -OH, a estrutura é um O- glicosídeo. DIGESTAO E ABSORÇAO DE CARBOIDRATOS: • Os principais sítios de digestão dos carboidratos são a boca e o lúmen intestinal. • Sua digestão é rápida e é catalisada por enzimas denominadas glicosídeo-hidrolases (glicosidases) que hidrolisam a ligação glicosídicas. • As principais enzimas para a digestão dos carboidratos são as endoglicosidases, que hidrolisam oligossacarídeos e polissacarídeos, e as dissacaridases, que hidrolisam os tri e dissacarídeos em seus componentes redutores. • Início da digestão: ➢ Os principais polissacarídeos (amido, amilopectina e glicogênio) são de origem animal e vegetal. ➢ Durante a mastigação a alfa-amilase salivar atua brevemente sobre o amido e o glicogênio da dieta, hidrolisando algumas ligações alfa (1 -> 4), como o glicogênio e amilopectina contem ligação alfa (1 -> 6) a alfa-amilase não pode os hidrolisar. A digestão dos carboidratos cessa temporariamente no estômago, por que a elevada acidez inativa a alfa-amilase. • Digestão subsequente pelas enzimas pancreáticas: ➢ Quando o conteúdo gástrico é depositado no intestino delgado, ele é neutralizado pelo bicarbonato secretado pelo pâncreas e a alfa-amilase pancreática, continua a digestão do amido. • Digestão final: ➢ O processo final da digestão ocorre principalmente no epitélio mucoso do jejuno superior, e inclui a ação de várias dissacaridases. A isomaltase rompe a ligação alfa (1-> 6), e a maltase hidrolisa a maltose e a malotriose, ambas produzindo glicose; a sacarase hidrolisa a sacarose, produzindo glicose e frutose, e lactase hidrolisa a lactose, produzindo galactose e glicose. Um dissacarídeo de glicose alfa (1 ->1) encontrado em cogumelos e outros fungos, é hidrolisado pela ação de trealase. Essas enzimas saem secretada pelo lado luminal da membrana em forma de escova das células mucosa intestinal e permanecem associadas a essa membrana. • Absorção dos monossacarídeos: METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS ALUNA: BARBARA KISSEL ETAPA 1-MED ➢ Apenas os monossacarídeos são absorvidos ➢ O duodeno e o jejuno superior absorvem a maior parte dos glicídios da dieta. Entretanto, diferentes glicídios são absorvidos por meio de diferentes mecanismos. ➢ A galactose e a glicose são transportadas para o interior das células mucosas por um processo ativo, que requer energia e uma captação concomitante de íons sódio. A proteína é Co-transportadora de glicose dependente de sódio (SGLT-1) ➢ A absorção de frutose requer um transportador de monossacarídeo independente de sódio (GLUT-5). ➢ Todos os monossacarídeos são transportados das células mucosas para a circulação porta pelo transportador GLUT- 2. GLICOLISE: • A glicose é o principal substrato oxidável para a maioria dos organismos. Sua utilização como fonte energética pode ser considerada universal. • A glicose é imprescindível para algumas células e tecidos, como hemácias e tecido nervoso, por constituir o único substrato que esses tecidos são capazes de oxidar para obter energia. • A glicólise é uma reação que consiste na conversão de glicose a piruvato e é uma via que metabólica que se processa no citosol, seus produtos são ATP, (H+, e-) e piruvato. • Pode ser dividida em 4 etapas para salientar os eventos desta via: Etapa I (dupla fosforilação da hexose, à custa de 2 ATP): essa primeira reação, os organismos efetuam a fosforilação da glicose através de uma reação com /_\G° negativo, que utiliza ATP como doador de grupo fosfato. A reação é totalmente irreversível e catalisada por quinases. As quinases são enzimas que transferem um grupo fosfato de um composto de alta energia para um composto aceptor. Na maioria dos organismos a enzima que catalisa a fosforilação da glicose é a hexoquinase e no fígado a glicoquinase. Seque-se a isomerização da glicose 6-fosfato a frutose 6-fosfato, por ação da fosfoglicoisomerase, ocorre nova fosforilação análogo a anterior e forma-se então a frutose 1,6-bifosfato, utilizando ATP. 1. Glicose + ATP → glicose 6-fosfato + ADP+ H 2. Glicose-6-fosfato + ATP → frutose-6- fosfato. 3. Frutose-6-fosfato + ATP → FRUTOSE- 1,6-BIFOSFATO + ADP+ H+ Etapa II: a clivagem da frutose 1,6-bifosfato em diidroxiacetona fosfato e gliceraldeído 3- fosfato é catalisado por aldolase. A conversão de diidroxiacetona fosfato em gliceraldeído 3- fosfato possibilita que todos os carbonos da glicose sejam oxidados a piruvato, apesar de apenas o gliceraldeído 3-fosfato ser substrato da próxima enzima e poder, portanto, seguir a via glicolítica. Desta reação em diante a via terá todos os seus intermédios duplicaos. A clivagem de frutose 1,6-bifosfato e isomerização diidroxiacetona fosfato em gliceraldeído 3-fosfato são reações termodinamicamente desfavoráveis. 4. Frutose 1,6-bifosfato → di- hidroxiacerona-fosfato + gliceraldeído 3-fosfato. 5. Di-hidroxiacetona → gliceraldeído 3- fosfato. Etapa III: as duas moléculas de gliceraldeído 3- fosfato são novamente fosforiladas, agora por fosfato inorgânico, formando duas moléculas de 1,3- bisfosfoglicerato, desde modo o aldeído é oxidado a um ácido. Essa etapa é cumprida por uma reação de oxido-redução complexa, catalisada pela gliceraldeído 3- fosfato desidrogenase. O substrato liga-se covalentemente a um grupo SH da enzima e por reação com o fosfato inorgânico forma uma ligação anidrido fosfórico, rica em energia, e reduz-se a um NAD+. 6. Gliceraldeido-3-fosfato + NAD+ Pi → 1,3-bifosfoglicerato + NADH+h Etapa IV: Compreende dois eventos de formação de ATP. Na reação catalisada pela fosfoglicerato quinase, o grupo fosfato da ligação anidrido é suficientemente rico em energia para poder ser transferido ao ADP, METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS ALUNA: BARBARA KISSEL ETAPA 1-MED produzindo ATP. O segundo evento da síntese de ATP depende da conversão de uma ligação éster fosfato em uma ligação de fosfoenol, rica em energia.Essa ligação compreende, inicialmente no deslocamento do grupo fosfato do carbono 3 do 3-fosfoglicerato para o carbono 2, pela catalisação através da isomerase fosfoglicerato mutase, além disso a própria enzima doa um grupo fosfato ao substrato, formando intermediariamente um composto bifosforilado. Em seguida a enolase promove a desidratação do 2-fosfoglicerato, originando o fosfoenolpiruvato. A formação desde composto rico em energia possibilita a síntese de ATP na reação subsequente. 7. 1,3- Bisfosfoglicerato + ADP → 3- fsfoglicerato + ATP 8. 3-Fosfoglicerato → 2-fosfpglicerato 9. 2-Fosfoglicerato → fosfoenolpiruvato + H2O 10. Fosfoenolpiruvato +ADP+ H→ Piruvato + ATP • A glicólise tem, portanto, um rendimento de 2 ATP: para cada molécula de glicose são produzidos 4 ATPs, dos quais devem ser descontados os 2 ATP consumidos na etapa I. GLICOGÊNESE: • O glicogênio é sintetizado a partir das moléculas de alfa-D-glicose. O processo ocorre no citosol e requer energia fornecida pelo ATP (para a fosforilação da glicose) e pelo trifosfato de uridina (UTP). • Síntese de UDP-glicose: ➢ A alfa-D-glicose ligada ao difosfato de uridina (UDP) é a fonte de todos os resíduos glicosila que são adicionados a molécula de glicogênio em formação. A UDP-glicose é sintetizada a partir da glicose 1-fosfato e do UTP pela UDP- glicose-pirofosforilase. A ligação rica em energia do pirofosfato (PPi), o segundo produto da reação é hidrolisado pela pirofosfatase, produzindo dois fosfatos inorgânicos (Pi), garantido que a reação UDP-glicose-pirofosforilase se dê na direção da produção de UDP-glicose. • Síntese de um iniciador para a síntese de glicogênio: ➢ A glicogênio-sintase é responsável pela formação das ligações alfa (1 -> 4) no glicogênio. Essa enzima não consegue iniciar a síntese da cadeia homopolissacaridica usando a glicose livre como aceptora de uma molécula de glicose oriunda da UDP-glicose. Em vez disso, ela só consegue alongar cadeias de glicose já existentes. Sendo assim, um fragmento de glicogênio pode servir como segmento inicial em células cujo o estoque de glicogênio não estejam totalmente esgotados. Na ausência do fragmento de glicogênio a proteína glicogenica pode servir como aceptora de resíduos de glicose oriundo da UDO-glicose. O grupo hidroxila da cadeia lateral de uma triosina serve como local onde a unidade glicosila inicial é unida. A reação é catalisada pela propia glicogenina. Assim a glicogenina e uma enzima, ela catalisa a seguir a transferências das próximas moléculas de glicose a partir da UDP-glicose, formando uma cadeia curta de resíduos glicosila. Essa cadeia serve como iniciador para receber futuros resíduos d glicose, sendo alongada pela glicogênio-sintase. • Alongamento das cadeias de glicogênio: ➢ Envolve a transferência de um resíduo de glicose a partir da UDP-glicose para a extremidade não redutora da cadeia em crescimento, formando uma nova ligação glicosídica entre a hidroxila do 1 carbono da glicose ativada e a hidroxila do carbono 4 do resido glicosil aceptor. • Formação das ramificações: ➢ As ramificações aumentam o número de extremidades não redutoras às quais podem acrescentar novos resíduos glicosila, acelerando assim a velocidade em que pode ocorrer síntese de glicogênio. Além de aumentarem o tamanho da molécula. ➢ As ramificações são formadas pela ação da enzima de ramificação amilo alfa (1 -.4) e alfa (1 -> 6) transglicosidade. Essa enzima transfere de 6 a 8 resíduos glicosila da METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS ALUNA: BARBARA KISSEL ETAPA 1-MED extremidade não redutora da cadeia de glicogênio para outro resíduo unindo por meio de uma ligação alfa (1->6), assim a antiga e a nova unidade não redutora pode ser novamente alongada pela glicogênio- sintase. GLICOGENOLISE: • Na degradação do glicogênio é necessário um conjunto particular de enzimas citosólicas. • Quando o glicogênio é degrado o produto primário é a glicose 1-fosfato, obtida pela clivagem das ligações glicosídicas alfa (1->4), além disso glicose livre é liberada a partir de cada resíduo glicosila unido por ligações alfa (1->6). • Encurtamento das cadeias: ➢ A glicogênio-fosforilase cliva, sequencialmente, as ligações glicosídicas, a partir das extremidades não redutoras das cadeias de glicogênio, por meio de fosforilose simples até que restem 4 unidades glicosilas em cada cadeias antes do ponto de ramificação. A estrutura resultante é chamada de dextrina-limite e a fosforilase não consegue degrada-la. • Remoção das ramificações: ➢ As ramificações são removidas por duas atividades enzimáticas de uma única proteína bifuncional, a enzima de desramificaçao. Em primeiro lugar a oligo alfa (1->4)-glican-transferase remove, dos quatro residuos glicosil ligados a ramificação, os três mais externos. A seguir ela os transfere para as extremidades não redutoras de outra cadeia, alongando-a. logo após o resíduo de glicose restante é hidrolisado pela atividade da amilo alfa (1 -> 6)-glicosidase, liberando glicose livre. • Conversão de glicose 1-fosfato para 6-fosfato: ➢ A glicose 1-fosfato é convertida em 6- fosfato no citosal pela fosfoglicomutase – reação que produz glicose 1,6-bifosfato como intermédio temporário. ➢ No fígado a glicose 6-fosfato é transportada para o reticulo endoplasmático pela glicose-6-fosfato- translocase. Nessa estrutura celular ela é convertida em glicose pela glicose-6- fosfatase, e então é transportada para o citosol. Os hepatócitos liberam a glicose no sanguepara ajudar a manter os níveis sanguíneos de glicose até que a via glicogênica esteja ativamente produzindo glicose. • Regulação da síntese e degradação do glicogênio: ➢ No fígado a síntese de glicogênio é acelerada quando o corpo está bem alimentado, enquanto a degradação é acelerada em períodos de jejum. E a degradação é provocada pela ação do glucagon. ➢ No musculo esquelético, a degradação do glicogênio ocorre durante o exercício, e a síntese começa assim que o musculo entra novamente em descanso. ➢ A glicogênio-sintase e a glicogênio- fosforilase são reguladas hormonalmente para satisfazer as necessidades dos organismos como um todo. Em segundo lugar, as vias de síntese e degradação são controladas alostericamente para satisfazer as necessidades de um determinado tecido. GLICONEOGENESE: • Via especial para formação de glicose, que requer tanto enzimas mitocondriais quanto citosólicas. • Precursores para gliconeogênese: moléculas que podem ser utilizadas na produção liquida de glicose. Eles incluem os intermediários de glicose e do ciclo do ácido cítrico. ➢ Glicerol: é liberado durante a hidrolise dos triacilgliceróis, no tecido adiposo e levado ao fígado pelo sangue. Ele é fosforilado pela glicerol-cinase, resultando em glicerol-fosfato, que é oxidado produzindo di- hidroxidacetona-fosfato que é um intermédio da glicólise ➢ Lactato: é liberado no snague pelo musculo esquelético em exercício e pelas células que não possuem mitocôndrias, como os eritrócitos. Esse lactato é captado pelo fígado e METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS ALUNA: BARBARA KISSEL ETAPA 1-MED reconvertido em glicose, que é liberada para a circulação. ➢ Aminoácidos: são as principais fontes de glicose em jejum. • Reações da gliconeogênese: ➢ Carboxilaçao do piruvato: na gliconeogênese o piruvato é primeiramente carboxilado pela piruvato- carboxilase, produzindo OAA (oxalacetato), que é então convertido em PEP pela ação da PEP-carboxinase. A piruvato-carboxilase requer para sua ação a biotina, que se liga covalentemente à proteína enzimática em um residos de lisina. ➢ Transporte de oxalacetato para o citosol: O OAA deve ser convertido emPEP para que a gliconeogênese possa continuar. Em humanos, as enzimas que catalisam essa reação se encontram tanto no citosol quanto na mitocôndria. Como o OAA é incapaz de atravessar a membrana mitocondrial ele é primeiro reduzido a malato pela malato-desidrogenase mitocondrial. O malato pode ser transportado da mitocôndria para o citosol, onde é reoxidado a oxalacetato ao mesmo tempo que o NAD+ é reduzido. ➢ Descarboxilação do OAA citosolico: O oxalacetato é descarboxilado e fosforilado no citosol pela PEP-carbpxicinase, produzindo PEP. Essa reação utiliza energia da hidrolise de trifosfato de guanosina. O PEP sofre então as reações da glicólise, ate chegar a frutose 1,6-bifosfato. ➢ Desfosforilaçao da frutose 1,6-bifosfato: a hidrolise da frutose 1,6-bifosfato fornece uma via energeticamente favorável para a formação de frutose-6-fosfato. Essa reação é um importante sitio regulatório da gliconeogênese. ➢ Altos níveis de trifosfato de adenosina (ATP) e baixas concentrações de monofosfato de adenosina (AMP), estimulam a gliconeogênese, uma via que requer energia. ➢ Desfosforilaçao da glicose-6-fosfato: a hidrolise da glicose-6-fosfato pela glicose- 6-fosfatase contorna a reação irreversível da hexocinase e fornece uma via energeticamente favorável para a formação de glicose livre. O fígado e o rim são os únicos órgãos que liberam glicose livre a partir da glicose-6-fosfato. Esse processo requer a ação de duas proteínas a glicose-6-fosfato-translocase, que transporta a glicose-6-fosfato através da membrana do reticulo endoplasmático (RE) e a enzima do RE, a glicose-6-fosfatase que remove o fosfato, produzindo glicose livre. • Regulação da gliconeogênese: É determinada principalmente pelos níveis circulantes de glucagon e pala disponibilidade de substratos gliconeogenicos. ➢ Glucagon: hormônio produzido pelas células alfa das ilhotas pancreáticas estimula a gliconeogênese por meio de 3 mecanismos: 1. O glucagon diminui os níveis d frutose 2,6-bifofato, resultando na ativação da frutose 1,6-bifosfato e na inibição da fosfofrutocinase-1, favorecendo a gliconeogênese em detrimento da glicose. 2. O glucagon liga-se ao seu receptor, o qual é acoplado à proteína G e via aumento nos níveis de AMP cíclico e estimula a conversão da piruvato-cinase hepática em sua forma inativa. Isso diminui a conversão do PEP em piruvato, tendo o efeito de redireciona-lo para a síntese de glicose 3. O glucagon aumenta a transcrição do gene da PEP-carboxicinase, aumentando assim, a disponibilidade dessa atividade enzimática à medida que os níveis de seu substrato aumentam com o jejum. ➢ Disponibilidade de substrato: a disponibilidade de precursores glicogênicos, especialmente de aminoácidos glicogênicos, influência de modo considerável a velocidade da síntese hepática de glicose. Níveis diminuídos de insulina favorecem a mobilização de aminoácidos a partir de proteínas musculares e fornecem esqueletos METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS ALUNA: BARBARA KISSEL ETAPA 1-MED carbonados para a gliconeogênese. Além disso o ATP e NADH coenzimas necessárias para a gliconeogênese são fornecidos principalmente pelo catabolismo de aminoácidos. ➢ Ativação alostérica da acetil-COA: Durante o jejum, ocorre a ativação alostérica da piruvato-carboxilase hepática pela acetil-CoA. Como resultado da lipólise excessiva no tecido adiposo, o fígado é inundado com ácidos graxos. A velocidade de formação da acetil-COA pela oxidação desses ácidos graxos excede a capacidade do fígado de oxida-la a CO2 e H2O. como resultado a acetil-COA se acumula ativando a piruvato-carboxilase. ➢ Inibição alostérica pelo AMP: a frutose- 1,6-bifosfato é inibida por AMP. Isso resulta na regulação reciproca da glicólise e a gliconeogênese, como visto anteriormente para a frutose 2,6- bifosfato.
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