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[RESUMO] LEPTOSPIROSE

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♦ Leptospira 
interrogans; 
♦ Mais de 200 
sorovares, com 
hospedeiros 
preferenciais; 
♦ Espiroqueta, 
aeróbica, móvel, 
com uma ou ambas as extremidades 
encurvadas ou em forma de gancho; 
♦ Flagelos que possibilitam a penetração 
nos tecidos do hospedeiro; 
♦ Sobrevivem por até 180 dias; 
♦ Temperatura: 28-32º C; 
♦ Transmissão facilitada pela água; 
 
RESERVATÓRIOS 
 
 
 
♦ Leptospiras são capazes de infectar uma 
variedade de mamíferos selvagens e 
domésticos; 
♦ Principais reservatórios: Ratos urbanos 
e pequenos roedores silvestres; 
♦ Roedores sinantrópicos: Rattus 
norvegicus (Ratazana); Mus musculus 
(Camundongo); Rattus rattus (Rato preto); 
♦ Excretam altas concentrações de 
leptospiras – Túbulos proximais renais; 
♦ Possuem mecanismo de tolerância 
imunitária; 
 
TRANSMISSÃO 
 
♦ Zona Urbana: Trabalhadores ou 
moradores que residem em áreas sujeitas 
a inundações ou sem investimento em 
políticas públicas; 
♦ Zona Rural: Contato direto com animais 
infectados, como bovinos, ovinos, suínos, 
equinos, cães e até mesmo animais 
silvestres; 
♦ A infecção humana resulta da exposição 
direta ou indireta da URINA de animais 
infectados; 
♦ Portas de entrada: Mucosa oral, nasal, 
genital, anal, conjuntiva, pele lesionada ou 
íntegra; 
♦ Raramente a transmissão ocorre pelo 
contato direto com sangue, tecidos e 
órgãos de animais infectados; 
♦ Transmissão entre humanos é muito rara 
e de pouca relevância epidemiológica; 
 
PATOGÊNESE 
 
♦ Após penetração, as leptospiras caem na 
corrente sanguínea e disseminam-se para 
diversos órgãos e tecidos; 
♦ Afeta múltiplos órgãos, cursando de 
quadros assintomáticos e 
oligossintomáticos, até quadros clínicos 
graves; 
♦ Evolução bifásica: 
• Fase precoce: Leptospirêmica – 
Febre + Cefaleia + Mialgia; 
• Fase tardia: Imune – Icterícia + 
Insuficiência real + Hemorragias; 
 
♦ Predileção por determinados órgãos; 
♦ Incubação: 1-30 dias (média 5-14 dias); 
♦ Transmissibilidade: Animais infectados 
podem eliminar a leptospira através da 
urina durante meses, anos ou por toda a 
vida, segundo a espécie animal e o 
sorovar envolvido; 
 
FASE PRECOCE 
 
♦ Instalação abrupta de febre, 
acompanhada de cefaleia e mialgia, 
anorexia, náuseas e vômitos; 
♦ Podem ocorrer diarreia, artralgia, 
hiperemia ou hemorragia conjuntival, 
fotofobia, dor ocular e tosse; 
♦ Amplo diagnóstico diferencial; 
 
♦ Fase tende a ser autolimitada e regride 
em 3-7 dias, sem deixar sequelas; 
 
FASE TARDIA 
 
♦ 15% dos pacientes evoluem para 
manifestações clínicas mais graves, em 
geral, após a 1ª semana de doença; 
♦ A manifestação clássica da forma grave 
é a SÍNDROME DE WEIL, caracterizada 
pela tríade de icterícia, insuficiência renal 
e hemorragias, mais comumente 
pulmonar; 
♦ A SÍNDROME DE HEMORRAGIA 
PULMONAR é caracterizada por lesão 
pulmonar aguda e sangramento – 
Letalidade superior a 50%; 
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
 
Forma 
Anictérica 
Fase 
Leptospirêmica 
Fase 
Leptospirúria 
Duração 3-7 Dias 4-30 Dias 
Características Multiplicação das 
leptospiras na 
corrente sanguínea / 
migração gradual 
para os tecidos e 
órgãos 
Eliminação das 
bactérias na 
urina e 
surgimento dos 
primeiros 
anticorpos IgM 
anti-leptospira 
Sinais e 
Sintomas 
Quadro febril 
abrupto, cefaleia, 
mialgia, calafrios, 
prostração, diarreia, 
náuseas, vômito, 
mal-estar, sufusão 
conjuntival 
Sua resolução 
coincide com o 
aparecimento de 
anticorpos 
 
Forma Ictérica Síndrome de Weil 
Evolução 
Clínica 
Rápida e progressiva 
Características Complicações multissistêmica, 
cursando com a localização das 
leptospiras dentro dos tecidos 
Sinais e sintomas Icterícia, insuficiência renal, 
insuficiência pulmonar grave, 
febre, insuficiência hepática, 
meningite, hemorragia 
 
♦ ICTERÍCIA é um sinal característico, 
geralmente aparece entre o 3º e 7º dia; 
♦ Preditor de mal prognóstico, devido sua 
associação com a síndrome de Weil; 
 
 
 
IMUNIDADE 
 
 
 
♦ Tipo Humoral; 
♦ Anticorpos específicos opsonizam as 
leptospiras, para que neutrófilos e 
macrófagos realizem a fagocitose; 
 
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL 
 
♦ Método direto: Microscopia em campo 
escuro; Cultura; PCR; 
♦ Método indireto: Aglutinação; ELISA 
IgM; 
♦ Fase Precoce: Leptospiras visualizadas 
no sangue pelo exame direto, cultura em 
meios apropriados, inoculação em animais 
ou PCR; 
♦ Fase Tardia: Urina, podendo ser 
cultivadas ou inoculadas; 
 
TESTE DE AGLUTINAÇÃO MICROSCÓPICA 
MAT 
 
 
 
♦ Método PADRÃO OURO para o 
diagnóstico da leptospirose, no qual são 
utilizadas culturas de leptospiras vivas, 
 
sendo possível a detecção de anticorpos 
nas amostras de soro de paciente com 
suspeita da doença; 
♦ Diluições seriadas submetidas a uma 
bateria de leptospiras vivas, para observar 
a presença ou ausência de aglutinação em 
microscopia de campo escuro; 
♦ Diluições de 1:50 e 1:100; 
♦ Aglutinação em diluição 1:1000: 
Amostra será titulada para determinar o 
maior título de aglutinação; 
 
EXAMES INESPECÍFICOS 
 
♦ Hemograma; Ureia; Creatinina; 
Bilirrubina total e frações; TGO; TGP; GGT; 
FAL; CPK; Na+ e K+; 
♦ Se necessário, solicitar: Radiografia do 
tórax, eletrocardiograma (ECG) e 
gasometria arterial; 
♦ Fase tardia: Elevação de BT (fração 
direta), plaquetopenia, leucocitose, 
neutrofilia e desvio a esquerda, 
gasometria arterial sugestivo de acidose 
metabólica e hipoxemia, ureia e creatinina 
elevadas, potássio sérico normal ou 
diminuído; 
 
TRATAMENTO 
 
 
 
 Fase 
Precoce 
Fase Moderada a 
grave 
Antibióticos Amoxicilina 
Doxiciclina 
Azitromicina 
Penicilina cristalina 
Ampicilina 
Ceftriaxona 
Ações 
Terapêuticas 
Hidratação 
e repouso 
Hidratação, diálise, 
ventilação mecânica, 
controle das hemorragias, 
reposição sanguínea

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