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ArtritesRadiologia doenças reumáticas • CDC - afeta 1 em 4 adultos Osteoartrite é a mais comum • 62% mulheres • ⅓ > 45 anos tem depressão ou ansiedade Limitações no trabalho • Agachar, ajoelhar, empurrar objetos • 3 ͣ causa relacionada a incapacidade - atrás de diabetes e demência Conceito • Inflamação / edema de uma ou mais articulações • Existem mais de 100 tipos que acometem as articulações e tecidos periarticulares • Sintomas variam - dor e rigidez (dificuldade de se mover) Métodos de Imagem Radiografia: Método de escolha para diagnóstico e follow-up de osteoartrite Ultrassonografia: Erosão articular, osteofitos marginais, extrusão meniscal medial, sinovite e derrame articular Ressonância Magnética: Avaliação da cartilagem, líquido articular, processos inflamatórios sinoviais, alterações da medula óssea * Alterações degenerativas = Conjunto de achados como osteófitos, esclerose óssea subcondral e diminuição do espaço articular * Se não tiver erosão (hiposinal) pode ser alguma artrite inflamatória Osteoartrite - Osteoartrose • Tipo mais comum de doença articular degenerativa Sintomas: Dor articular, rigidez por curto período após repouso (< 30 min) e crepitações articulares Acomete mais frequentemente: mãos, joelhos, quadril, coluna cervical e coluna lombar Primária: sem evento prévio ou doença relacionada Secundária: trauma, doença inflamatória, sequela, lesão repetitiva e excessiva Alterações Radiológicas • Redução do espaço articular • Formação de osteófitos • Irregularidade / esclerose da superfície cortical articular • Formação de cistos subcondrais (geodos) – podem ocorrer por degeneração, pode ter um ou mais, são bem delimitados e costumam ter líquido dentro Os achados podem ser vistos isolados, mas normalmente existem pelo menos dois deles * Erosão óssea não é característica de osteoartrite. Está relacionada a processo inflamatório Imagem abaixo - RX dedo Posteroanterior • Osteoartrite - osteófito, esclerose subcondral e redução do espaço articular RX dedo. Posteroanterior • Artrite inflamatória - descontinuidade óssea cortical (setas) representando erosão marginal Erosão marginal - é uma rarefação Imagem abaixo: Tomografia do Joelho • Janela óssea - corte coronal • Extrusão do menisco medial, osteófito na incisura intercondilar do fêmur (seta), osteófitos nos côndilos laterais (cabeça de seta), redução do espaço articular medial com esclerose óssea subcondralTibial Spiking = Proeminência das espinhas tibial Imagem abaixo: Rx Joelho Direito • Alterações degenerativas - osteófitos, redução do espaço articular, esclerose e irregularidade cortical Imagem abaixo: Radiografia do Quadril Direito • Cisto subcortical / cisto subcondral / geodo • Osteófitos e redução do espaço articular Imagem abaixo: RM do Joelho Esquerdo • Cisto subcortical / cisto subcondral / geodo • Edema da medular óssea adjacente Imagem abaixo: Radiografia em Perfil da coluna cervical • Redução dos espaços discais • Osteófitos marginais, irregularidades dos platôs vertebrais Radiografia em Perfil da coluna lombar • Redução dos espaços discais • Osteófitos marginais, irregularidades dos platôs vertebrais • Esclerose e irregularidade das articulações interapofisárias RM da coluna lombar - Sagital T2 • Redução dos espaços discais com abaulamento dos discos • Osteófitos marginais, irregularidades dos platôs vertebrais Artrite Reumatoide • Doença inflamatória autoimune sistêmica • Mulher de meia idade • Comumente acomete as articulações mãos, punhos e joelhos • Sinovite persistente • Curso clínico é variado • Progressão lenta, manifestações acentuadas com alterações estruturais precoces Diagnóstico • Clínico (fadiga, mal estar), laboratorial e radiológico Sintomas: Dor e edema articular, poliartrite simétrica com rigidez matinal (duração maior que uma hora) • A lesão histológica básica da artrite reumatoide é a inflamação da membrana sinovial (sinovite crônica inespecífica) • O tecido inflamatório sinovial em proliferação é chamado de “pannus”: espessamento inflamatório (hiperplasia e hipertrofia) da membrana sinovial, abundante em células, citocinas e enzimas ativas Radiografia • Negativa em casos precoces • Papel importante no acompanhamento pesquisar alterações estruturais Ultrassonografia • Derrame articular e erosões ósseas tenossinovite Ressonância • Sinovite, derrame, alterações da medular óssea (edema) Alterações radiológicas • Distribuição poliarticular simétrica • Sinovite - proliferação sinovial • Doença erosiva marginal • Osteopenia periarticular • Subluxações articulares • Tenossinovite • Edema ósseo Radiografia ampliada do primeiro dedo ao nível da articulação metacarpofalangeana. - erosão óssea marginal (na periferia da linha articular). Ampliação • Diagnosticar as alterações articulares iniciais Radiografia da mão • Alterações severas de artrite reumatoide • Redução dos espaços articulares • Desvio ulnar dos dedos no nível das metacarpofalangeanas Radiografia do ombro • Acometimento de grandes articulações • Erosões periarticulares • Erosão da clavícula distal com aumento do espaço articular acromioclavicular (*) Radiografia da bacia - acometimento de grandes articulações • Erosão do acetábulo • Protrusão da cabeça femoral na borda acetabular medial Radiografia Cervical - extensão e flexão • Erosão do processo odontoide com afilamento da sua ponta • Aumento do espaço atlanto-axial - comprometimento ligamentar Radiografia joelho - AP - Artrite reumatoide Porque artrite e não osteoartrite? • Redução simétrica do espaço articular • Osteopenia Radiografia da mão Dedo em pescoço de cisne • Hiperextensão interfalangeana proximal • Hiperflexão interfalangeana distal Dedo em botoeira • Hiperflexão interfalangeana proximal • Hiperextensão interfalangeana distal Ultrassonografia • Erosão óssea marginal • Metatarsofalangeana do 5º dedo é mais comumente acometida em fase inicial Derrame articular e sinovite • Seta - derrame articular * Proliferação – pannus Derrame articular e sinovite • Graus de derrame articular e hipertrofia sinovial: 0 ao 3 • Modo Doppler colorido mostrando aumento do fluxo vascular intra-articular. Ultrassonografia articular metacarpofalângea • Erosão óssea • Proliferação sinovial preenchendo o espaço articular (azul) RM - Imagem do Joelho - Sagital - T2W • Derrame articular (seta) • Proliferação sinovial (cabeças de setas) RM Radiografia da mão - AP • Suspeita de Artrite Reumatoide - sem alterações significativas RM da mão - Coronal - Pós-Contraste • Erosão na cabeça do segundo metacarpo - seta • Sinovite - cabeças de setas Gota • Artrite inflamatória crônica por depósito de cristais • Urato monossódico • Visualizados por meio de luz polarizada, apresentando Birrefringência negativa • Frequente em homens adultos (> 40 anos) • Monoarticular → Oligo / Poliarticular • Comumente a primeira metatarsofalangeana • Distribuição assimétrica Fases: • Acúmulo de cristais - assintomático • Crises de gota aguda - castata inflamatória • Crônica (tofos) Gota tofácea • Infiltrado granulomatoso de células gigantes multinucleadas (corpo estranho) e fibroblastos • O diagnóstico deve ser baseado numa história clínica condizente e elevação dos níveis séricos de urato • Um grande número de crises ocorre em pacientes que apresentam um nível normal ou até mesmo baixo de urato sérico RX Cotovelo - Perfil • Aumento da densidade nodular na topografia da bursa do olécrano. • Ausência de derrame articular RX Joelho – Perfil • Aumento da densidade nodular na topografia da infrapatelar (seta) com áreas de tênues calcificações • Derrame suprapatelar (seta Raio X pé • Articulação metatarsofalangeana do primeiro dedo • Erosão justa-articular na cabeça do primeiro metatarso • Aumento de partes moles Raio X pé – Articulação metatarsofalangeana do primeiro dedo • Erosão justa-articular na cabeça do primeiro metatarso • Aumento de partes moles Raio X cotovelo • Aumento da densidade em partes moles posteriores ao cotovelo • Aumento da densidade periarticular (tofos- setas) • Lesões erosivas periféricas (cabeça de seta) • Aumento da densidade periarticular (tofos - setas) US - dedo - interfalangeana distal • X - derrame articular • Seta - focos ecogênicos intra-articulares sugestivos de deposição de cristais US - dedo - cabeça 1 metatarso • Seta -> focos ecogênicos intra-articulares - tofo • Cabeça de seta - erosões Tomografia • Não é muito utilizada - acrescenta pouco em relação ao US, RX e RM • Detecta erosões e os depósitos de cristais (tofo) * Tomografia com dupla emissão de raio X Imagem abaixo • Doença poliarticular nos metatarsos com erosões intra-articulares e extra-articulares (setas vermelhas) • Tecido mole (tofo) lateralmente adjacente à base da 5ª metatarso (seta azul) RM - Axial T1 antepé • Grande tofo gotoso (T) ao longo do aspecto dorsomedial da cabeça do primeiro metatarsal, produzindo erosão óssea (seta vermelha) RM do Ombro Esquerdo - T1 – Coronal oblíqua • Grande erosão tofácea da maior tuberosidade (seta vermelha) neste paciente com gota Espondilite Anquilosante • Doença inflamatória soronegativa crônica • Predomínio no esqueleto AXIAL • Comprometimento ascendente • Sacroileíte, espondilite e entesite • Frequente em homens 3:1 (20 - 40 anos) Clínica • Dor lombar (sacroileíte) - mais precoce • Quadril e coluna • Artrite periférica - assimétrica - mais rara Manifestação extra-articular: uveíte anterior * Êntese • É a região de transição entre dois componentes com propriedades mecânicas e estruturais totalmente diferentes, ela funciona como uma ponte transferindo a força da contração muscular, por meio do tendão para o osso RM - Sacroileíte - Coronal - Asterisco = ossos ilíacos • Redução do sinal da gordura periarticular na sequência T1 sinal e aumento do sinal de líquido (STIR), devido a edema ósseo bilateralmente • Achados típicos de sacroileíte • RX - normal nesta fase RX da articulação sacroilíaca • Normal e Alterado. • Com a progressão da doença o espaço articular aumenta sofre esclerose óssea adjacente Tomografia da articulação sacroilíaca 1- Esclerose óssea periarticular (predominando nos ossos ilíacos – (seta) e irregularidade da superfície articular (seta). 2 - Esclerose e fusão parcial da articulação sacroilíaca (seta). RM da articulação sacroilíaca T1 - Acúmulo de gordura periarticular (alto sinal) - reconversão da medular óssea (seta). T1 com Saturação de Gordura - Queda do sinal periarticular (seta) • Sindesmófito são crescimentos ósseos finos, verticalmente orientados, nas margens dos corpos vertebrais, formando pontes ósseas Rx Lombar - Perfil • Esclerose focal no aspecto anterior do platô inferior do corpo vertebral (shiny corner sign) (seta) RX Lombar - Perfil • Pontes “ósseas” anteriores – sindesmófitos (setas) e fusão das facetas articulares (cabeça de seta) RX - Lombar - AP • Pontes “ósseas” laterais - sindesmófitos (setas) • Aspecto de coluna em bambu. Sinal de Romanus • Erosão com neoformação óssea na borda anterior do corpo vertebral - “shiny corner” • Esclerose óssea focal no corpo vertebral • Aparência retificada do corpo Vertebral • Mulher de 58 anos com dor nas costas e no quadril bilateralmente (a) Radiografia lombar - Perfil - revela lesão de Romanus inativa no canto anterossuperior do corpo vertebral L2 produzindo um “shiny corner” (seta) e retificação do corpo vertebral. (b) RM Lombar - Ponderação T1 - Sagital - Área correspondente (imagem A) demonstrando degeneração gordurosa (seta). (c) RM Lombar - Ponderação T2 com saturação da gordura - Sagital. Lesão de Romanus ativa no canto anterossuperior do corpo vertebral de L3, com erosão sutil (cabeça de seta) e edema de medula óssea (asterisco). Lesão de Romanus ativa no corpo vertebral L1 (seta)