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IPEMIG - Deficiência Fisica e o papel do professor

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IPEMIG Pós-graduação – Deficiência Física e o papel do professor ............................................. Página 2 de 20 
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O papel primário do Sistema Nervoso (SN) é coordenar e controlar a maior 
parte das funções de nosso corpo. Para fazer isso, o Sistema Nervoso recebe milhares 
de informações dos diferentes órgãos sensoriais e, a seguir, integra todas elas, para 
depois determinar a resposta a ser executada pelo corpo. Essa resposta será expressa 
pelo comportamento motor, atividade mental, fala, sono, busca por alimento, 
regulação do equilíbrio interno do corpo, entre outros. Experiências sensoriais 
podem provocar uma reação imediata no corpo ou podem ser armazenadas como 
memória no encéfalo por minutos, semanas ou anos, até que sejam utilizadas num 
futuro controle de atividades motoras ou em processos intelectuais. 
A cada momento somos bombardeados por milhares de informações, no 
entanto, armazenamos e utilizamos aquelas que, de alguma forma, sejam 
significativas para nós e descartamos outras não relevantes. Aprendemos aquilo que 
vivenciamos e a oportunidade de relações e correlações, exercícios, observações, 
auto- avaliação e aperfeiçoamento na execução das tarefas fará diferença na 
qualidade e quantidade de coisas que poderemos aprender no curso de nossas vidas. 
Conforme explicita o documento do Ministério da Educação (MEC, 2003, p. 
19): 
Piaget afirma que a inteligência se constrói mediante a troca entre o organismo e o 
meio, mecanismo pelo qual se dá a formação das estruturas cognitivas. O organismo 
com sua bagagem hereditária, em contato com o meio, perturba-se, desequilibra-se 
e, para superar esse desequilíbrio e se adaptar, constrói novos esquemas. 
E continua o documento... 
Dessa maneira, as ações da criança sobre o meio: fazer coisas, brincar e resolver 
problemas pode produzir formas de conhecer e pensar mais complexas, 
combinando e criando novos esquemas, possibilitando novas formas de fazer, 
compreender e interpretar o Mundo que a cerca. 
O aprendizado tem início muito precoce. Durante a primeira etapa do 
desenvolvimento infantil a criança especializa e aumenta seu repertório de relações 
e expressões através dos movimentos e das sensações que estes lhe proporcionam; 
das ações que executa sobre o meio; da reação do meio, novamente percebida por ela. 
Sensações experimentadas, significadas afetiva e intelectualmente, armazenadas e 
utilizadas, reutilizadas e percebidas em novas relações e, assim por diante, vão 
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formando um banco de dados que no futuro será retomado em processamentos cada 
vez mais complexos e abstratos. 
 Camargo (1994, pg. 20) citando Piaget diz: 
É a criança cientista, interessada em relações de causalidade, empírica ainda, mas 
sempre em busca de novos resultados por tentativa e erro. Desta forma podemos 
dizer que à medida que a criança evolui no controle de sua postura e especializa seus 
movimentos, sendo cada vez mais capaz de deslocar-se e aumentar sua exploração 
do meio, está lançando as bases de seu aprendizado, seu corpo está sendo marcado 
por infinitas e novas sensações. 
 Lefèvre é também citado por Camargo (1994, pg. 17) e diz: 
Desde o nascimento, o cérebro infantil está em constante evolução através de sua 
inter-relação com o meio. A criança percebe o mundo pelos sentidos, age sobre ele, e 
esta interação se modifica durante a evolução, entendendo melhor, pensando de 
modo mais complexo, comportando-se de maneira mais adequada, com maior 
precisão práxica, à medida que domina seu corpo. 
 Neste sentido, a criança com deficiência física não pode estar em um mundo 
à parte para desenvolver habilidades motoras. É preciso que ela receba os benefícios 
tecnológicos e de reabilitação em constante interação com o ambiente ao qual ela 
pertence. É muito mais significativo à criança desenvolver habilidades de fala se ela 
tem com quem se comunicar. Da mesma forma, é mais significativo desenvolver 
habilidade de andar se para ela está garantido o seu direito de ir e vir. 
 O ambiente escolar é para qualquer criança o espaço por natureza de 
interação de uns com os outros. É nesse espaço que nos vemos motivado a 
estabelecer comunicação, a sentir a necessidade de se locomover, entre outras 
habilidades que nos fazem pertencer ao gênero humano. O aprendizado de 
habilidades ganha muito mais sentido quando a criança está imersa em um 
ambiente compartilhado que permite o convívio e a participação. A inclusão escolar 
é a oportunidade para que de fato a criança com deficiência física não esteja à parte, 
realizando atividades meramente condicionadas e sem sentido. 
 No Decreto n. 3.298 de 1999 da legislação brasileira, encontramos o 
conceito de deficiência e de deficiência física, conforme segue: 
 
Art. 3º Para os efeitos deste Decreto, considera-se: 
I - Deficiência – toda perda ou anormalidade de uma estrutura ou função psicológica, 
fisiológica ou anatômica que gere incapacidade para o desempenho de atividade, 
dentro do padrão considerado normal para o ser humano; 
 
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Art. 4º É considerada pessoa portadora de deficiência a que se enquadra nas 
seguintes categorias: 
 I - deficiência física - alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do 
corpo humano, acarretando o comprometimento da função física, apresentando-se 
sob a forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, 
tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, ostomia, amputação ou 
ausência de membro, paralisia cerebral, nanismo, membros com deformidade 
congênita ou adquirida, exceto as deformidades estéticas e as que não produzam 
dificuldades para o desempenho de funções; (Redação dada pelo Decreto nº 5.296, de 2004) 
 O comprometimento da função física poderá acontecer quando existe a 
falta de um membro (amputação), sua má-formação ou deformação (alterações que 
acometem o sistema muscular e esquelético). Ainda encontraremos alterações 
funcionais motoras decorrentes de lesão do Sistema Nervoso e, nesses casos, 
observaremos principalmente a alteração do tônus muscular (hipertonia, hipotonia, 
atividades tônicas reflexas, movimentos involuntários e incoordenados). As 
terminologias “para, mono, tetra, tri e hemi”, diz respeito à determinação da parte 
do corpo envolvida, significando respectivamente, “somente os membros 
inferiores, somente um membro, os quatro membros, três membros ou um lado do 
corpo”. 
Terminologia Parte do corpo envolvida Exemplo 
para somente os membros inferiores, Paraplégico 
mono somente um membro, Visão Monocular 
tetra os quatro membros, Tetraplégico 
tri três membros Triplegia 
hemi um lado do corpo Hemiplegia 
 O documento “Salas de Recursos Multifuncionais. Espaço do Atendimento 
Educacional Especializado” publicado pelo Ministério da Educação afirma que: 
A deficiência física se refere ao comprometimento do aparelho locomotor que 
compreende o sistema Osteoarticular, o Sistema Muscular e o Sistema Nervoso. As 
doenças ou lesões que afetam quaisquer desses sistemas, isoladamente ou em 
conjunto, podem produzir grande limitações físicas de grau e gravidades variáveis, 
segundo os segmentos corporais afetados e o tipo de lesão ocorrida. (BRASIL, 2006, p. 
28) 
 
 
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 Na escola encontraremos alunos com diferentes diagnósticos.Para os 
professores será importante a informação sobre: 
 quadros progressivos ou estáveis, 
 alterações ou não da sensibilidade tátil, térmica ou dolorosa; 
 se existem outras complicações associadas como epilepsia; ou 
 problemas de saúde que requerem cuidados e medicações 
(respiratórios, cardiovasculares etc.). 
 Essas informações auxiliarão o professor especializado a conduzir seu 
trabalho com o aluno e orientar o professor da classe comum sobre questões 
específicas de cuidados. Deveremos distinguir lesões neurológicas não evolutivas, 
como a paralisia cerebral ou traumas medulares, de outros quadros progressivos 
como distrofias musculares ou tumores que agridem o Sistema Nervoso. Nos 
primeiros casos temos uma lesão de característica não evolutiva e as limitações do 
aluno tendem a diminuir a partir da introdução de recursos e estimulações 
específicas. Já no segundo caso, existe o aumento progressivo de incapacidades 
funcionais e os problemas de saúde associados poderão ser mais frequentes. 
 Algumas vezes os alunos estarão impedidos de acompanhar as aulas com a 
regularidade necessária, por motivo de internação hospitalar ou de cuidados de 
saúde que deverão ser priorizados. Neste momento, o professor especializado poderá 
propor o atendimento educacional hospitalar ou acompanhamento domiciliar, até 
que esse aluno retorne ao grupo, tão logo os problemas de saúde se estabilizarem. 
 Sabemos também que nem sempre a deficiência física aparece isolada e em 
muitos casos encontraremos associações com privações sensoriais (visuais ou 
auditivas), deficiência mental, autismo etc., e por isso, o conhecimento destas outras 
áreas também auxiliará o professor responsável pelo atendimento desse aluno a 
entender melhor e propor o Atendimento Educacional Especializado – AEE 
necessário. 
 Existe uma associação frequente entre a deficiência física e os problemas de 
comunicação, como no caso de alunos com paralisia cerebral. A alteração do tônus 
muscular, nessas crianças, prejudicará também as funções fonoarticulatórias, onde 
a fala poderá se apresentar alterada ou ausente. O prejuízo na comunicação traz 
dificuldades na avaliação cognitiva dessa criança, que comumente é percebida como 
deficiente mental. Nesses casos, o conhecimento e a implementação da 
Comunicação Aumentativa e Alternativa, no espaço do atendimento educacional, 
será extremamente importante para a escolarização deste aluno. 
[...] é necessário que os professores conheçam a diversidade e a complexidade dos 
diferentes tipos de deficiência física, para definir estratégias de ensino que 
desenvolvam o potencial do aluno. De acordo com a limitação física apresentada é 
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necessário utilizar recursos didáticos e equipamentos especiais para a sua educação 
buscando viabilizar a participação do aluno nas situações práticas vivenciadas no 
cotidiano escolar, para que o mesmo, com autonomia, possa otimizar suas 
potencialidades e transformar o ambiente em busca de uma melhor qualidade de 
vida. (BRASIL, 2006, p. 29) 
Na deficiência física encontramos uma diversidade de tipos e graus de 
comprometimento que requerem um estudo sobre as necessidades específicas de 
cada pessoa. Para que o educando com deficiência física possa acessar o 
conhecimento escolar e interagir com o ambiente ao qual ele frequenta, faz-se 
necessário criar as condições adequadas à sua locomoção, comunicação, conforto e 
segurança. É o Atendimento Educacional Especializado, ministrado 
preferencialmente nas escolas do ensino regular, que deverá realizar uma seleção de 
recursos e técnicas adequados a cada tipo de comprometimento para o desempenho 
das atividades escolares. O objetivo é que o aluno tenha um atendimento 
especializado capaz de melhorar a sua comunicação e a sua mobilidade. 
Por esse motivo, o Atendimento Educacional Especializado faz uso da 
Tecnologia Assistiva direcionada à vida escolar do educando com deficiência física, 
visando à inclusão escolar. 
A Tecnologia Assistiva, segundo Bersch (2006, p. 2) 
“deve ser entendida como um auxílio que promoverá a ampliação de uma habilidade 
funcional deficitária ou possibilitará a realização da função desejada e que se 
encontra impedida por circunstância de deficiência”. 
Assim, o Atendimento Educacional Especializado pode fazer uso das 
seguintes modalidades da Tecnologia Assistiva, visando à realização de tarefas 
acadêmicas e a adequação do espaço escolar: 
a) Uso da Comunicação Aumentativa e Alternativa, para atender as necessidades 
dos educandos com dificuldades de fala e de escrita. 
b) Adequação dos materiais didático pedagógicos às necessidades dos 
educandos, tais como engrossadores de lápis, quadro magnético com letras 
com ímã fixado, tesouras adaptadas, entre outros. 
c) Desenvolvimento de projetos em parceria com profissionais da arquitetura, 
engenharia, técnicos em edificações para promover a acessibilidade 
arquitetônica. Não é uma categoria exclusivamente de responsabilidade dos 
professores especializados que atuam no AEE. No entanto, são os professores 
especializados, apoiados pelos diretores escolares, que levantam as 
necessidades de acessibilidade arquitetônica do prédio escolar. 
d) Adequação de recursos de informática: teclado, mouse, ponteira de cabeça, 
Programas especiais, acionadores, entre outros. 
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e) Uso de mobiliário adequado: os professores especializados devem solicitar à 
Secretaria de Educação adequações de mobiliário escolar, conforme 
especificações de especialistas na área: mesas, cadeiras, quadro, entre outros, 
bem como os recursos de auxílio à mobilidade: cadeiras de rodas, andadores, 
entre outros. 
São os professores especializados os responsáveis pelo Atendimento 
Educacional Especializado, tendo por função a provisão de recursos para acesso ao 
conhecimento e ambiente escolar. Proporcionam, ao educando com deficiência, 
maior qualidade na vida escolar, independência na realização de suas tarefas, 
ampliação de sua mobilidade, comunicação e habilidades de seu aprendizado. 
Esses professores, apoiados pelos diretores escolares, estabelecem parcerias 
com outras áreas do conhecimento tais como: arquitetura, engenharia, terapia 
ocupacional, fisioterapia, fonoaudiologia, entre outras, para que desenvolvam 
serviços e recursos adequados a esses educandos. 
No caso de educandos com graves comprometimentos motores, que 
necessitam de cuidados na alimentação, na locomoção e no uso de aparelhos ou 
equipamentos médicos, faz-se necessário a presença de um acompanhante no 
período em que frequenta a classe comum. São esses recursos humanos que 
possibilitam aos alunos com deficiência física a autonomia, a segurança e a 
comunicação, para que eles possam ser inseridos em turmas do ensino regular. 
Muitas são as dificuldades e barreiras que as crianças com deficiência física 
encontram na escola, por isso nem todas vão à escola por não ter a acessibilidade. 
Figueiredo (2009, p.121), afirma que a Educação Infantil é a porta de entrada para 
inclusão escolar, sendo “este nível de ensino marcado pelo desenvolvimento das 
aquisições linguísticas, atitudinais, afetivas, sociais e psicomotoras, em que as 
crianças interagem com muito mais liberdade.” O ambiente escolar é para qualquer 
criança o espaço por natureza de interação de uns com os outros. É nesse espaço que 
vemos estabelecer a comunicação e sentir a necessidade de se locomover. O 
aprendizado de habilidades ganha muito mais sentido quando a criança está imersa 
em um ambiente compartilhado que permite o convívio e a participação. A inclusão 
escolar é a oportunidadepara que de fato a criança com deficiência física não esteja 
à parte, realizando atividades meramente condicionadas e sem sentido. 
O aluno da educação especial é aquele que por apresentar necessidades 
diferentes dos demais alunos no domínio da aprendizagem requer recursos 
pedagógicos e metodológicos educacionais específicos. Inserir esses alunos no 
ensino regular, garantindo o direito à educação, é o que chamamos de inclusão, ou 
seja, é acolher estes indivíduos e oferecer às pessoas com deficiência oportunidades 
educacionais, nas mesmas condições acessíveis aos outros. 
Para Dischinge e Machado (2006), deficiência é o termo usado pela 
Internatiol Classification of Impairmet, Disabillities and Handicaps (ICIDH), 
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traduzida em português como Classificação Internacional de Deficiências, 
Incapacidades e Desvantagens, trazendo termos avançados em relação a épocas 
anteriores. Essa classificação foi lançada em 1976 em Assembleia Mundial da 
Organização Mundial da Saúde para definição da deficiência que é Entendida como 
uma manifestação corporal ou como a perda de uma estrutura ou função do corpo, 
a incapacidade refere-se ao plano funcional, desempenho individual e a 
desvantagem diz a respeito à condição social de prejuízo, resultante da deficiência 
ou da incapacidade. 
A expressão pessoa com deficiência pode ser aplicada referindo-se a qualquer 
pessoa que possua uma deficiência e que estão sob o amparo de uma determinada 
legislação. 
O termo deficiente para denominar pessoas com deficiência tem sido 
considerado por algumas ONGs e cientistas sociais inadequado, pois leva consigo 
uma carga negativa depreciativa da pessoa, fato que foi ao longo dos anos se 
tornando cada vez mais rejeitado pelos especialistas da área e em especial pelos 
próprios indivíduos. 
Segundo Nogueira (2008), na história da humanidade o deficiente sempre foi 
vítima de segregação. No século XV crianças deformadas eram jogadas nos esgotos 
da Roma Antiga, deixados em abrigos na Igreja isolados da humanidade. Na idade 
Média que estes sujeitos adquiriram um status Humano sendo assumidos pelas 
famílias e pela Igreja. 
Na idade contemporânea o homem na sociedade passa ser conteúdo central 
de questionamento, com base nesta compreensão, as atitudes com os deficientes se 
modificam, são oferecidas oportunidades educacionais e de integração social até 
chegar aos dias de hoje. 
O movimento de assistência à criança com deficiência são uma realidade, 
muitas foram às ações em busca pelo direito da Pessoa com Deficiência tendo 
conquistas e derrotas. Na sociedade do Brasil Colônia, não existia uma política de 
atendimento e nem de tratamento com estas crianças com deficiência. 
No Brasil, o atendimento às pessoas com deficiência teve início na época do 
Império, com a criação de duas instituições: o Imperial Instituto dos Meninos 
Instituto dos Cegos, em 1854, atual Instituto Benjamin Constant – IBC, e os Surdos 
Mudos, em 1857, hoje denominados Instituto Nacional da Educação dos Surdos – 
INES, ambos no Rio de Janeiro. No início do século XX é fundado o Instituto 
Pestalozzi (1926), instituição especializada no atendimento às pessoas com 
deficiência mental; em 1954, é fundada a primeira Associação de Pais e Amigos dos 
Excepcionais – APAE; e, em 1945, é criado o primeiro atendimento educacional 
especializado às pessoas com superdotação na Sociedade Pestalozzi, por Helena 
Antipoff (MAZZOTTA, 1996, p. 75). 
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Segundo Bobbio (1992), as mudanças foram a partir do século XX, quando as 
pessoas com deficiências passam a ser vistos como cidadãos com direitos e deveres 
de participação na sociedade, a primeira diretriz política aparece em 1948 com a 
Declaração Universal dos Direitos Humanos, cujo o primeiro artigo diz “todas as 
pessoas nascem livres e iguais em dignidade e em direito”. (BOBBIO,1992, p.262). 
Nos anos 60 surgem às primeiras críticas e segregação, defendendo a 
normatização, a adequação do deficiente à sociedade permitindo sua integração. A 
Educação Especial no Brasil aparece pela primeira vez na Lei de Diretrizes e Bases nº. 
4.024, de 1961. (BRASIL,1961). 
Nos anos 80 e 90 declarações e tratados passam a defender a inclusão. 
A Constituição promulgada em 1988, traz no artigo 3º, inciso IV um dos 
objetivos fundamentais: 
“promover o bem para todos, sem preconceito de origem, raça, cor, sexo, idade e 
quaisquer outras formas de discriminação. Garante atendimento as pessoas com 
deficiência preferencialmente na rede regular de ensino.” (BRASIL,1988, p.2) 
No decreto nº 3.298 de 1999, da legislação brasileira encontra-se o conceito 
de deficiência física: 
Art. 4ª – Deficiência Física – alteração completa ou parcial e uma ou mais segmentos 
do corpo humano acarretando o comprometimento da função física, apresentado 
sob forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, 
tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, amputação ou ausência 
do membro, paralisia cerebral, membros com deformidades congênitas ou 
adquiridas, exceto as deformidades estéticas e que não produzam dificuldades para 
o desempenho de funções. (BRASIL, 1999, p.23) 
Deficiente físico é o indivíduo que apresenta comprometimento da 
capacidade motora, nos padrões considerados normais para a espécie humana, pode 
ser definido como uma desvantagem, pois resulta de uma incapacidade, que limita 
ou impede o desempenho motor de uma determinada pessoa. 
Os tipos de deficiência física são: 
deficiência física O que é 
Hemiplegia paralisia da parte direita ou esquerda do corpo 
Paraplegia paralisia dos membros inferiores, ou seja, das pernas 
Tetraplegia paralisia dos quatro membros, sendo assim dos braços e pernas 
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Várias podem ser as causas da deficiência física sejam elas: pré- natais como 
problemas durante a gestação, perinatais ocasionadas por problemas respiratórios 
na hora do nascimento, pós-natais tais como: parada cardíaca, infecção hospitalar, 
doenças infectocontagiosas, traumatismo ocasionado por queda forte, assim 
melhor esclarecido (BRASIL, 2006, p.22): 
 Paralisia Cerebral: por prematuridade; anóxia perinatal; desnutrição 
materna; rubéola; toxoplasmose; trauma de parto; subnutrição; 
outras. 
 Hemiplegias: por acidente vascular cerebral; aneurisma cerebral; 
tumor cerebral e outras. 
 Lesão medular: por ferimento por arma de fogo; ferimento por arma 
branca; acidentes de trânsito; mergulho em águas rasas. 
Traumatismos diretos; quedas; processos infecciosos; processos 
degenerativos e outros. 
 Amputações: causas vasculares; traumas; malformações congênitas; 
causas metabólicas e outras. 
 Febre reumática: doença grave que pode afetar o coração; 
 Câncer; 
 Miastenias graves (consistem num grave enfraquecimento muscular 
sem atrofia). 
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei nº 8.069/90, no artigo 55, 
reforça os dispositivos legais citados ao determinar que “os pais ou responsáveis têm 
a obrigação de matricular seus filhos ou pupilos na rede regular de ensino”. (BRASIL, 
2001a, p.21). 
O Plano Nacional de Educação (PNE), Lei nº 10.172, é uma determinação 
prevista na Constituição de 1988 e na LDBEN Lei n. 9.934/96 que apresenta em seu 
histórico a necessidade de estabelecer diretrizes e metas para a educação, 
documento como Declaração Mundial de Educação para Todos em 1990, assegura o 
acesso e a permanênciade todos na escola, com o objetivo de satisfazer as 
necessidades básicas da aprendizagem de todas as crianças, jovens e adultos devem 
estar em condições de aproveitar as oportunidades educativas voltadas para 
satisfazer suas necessidades básicas de aprendizagem. Essas necessidades 
compreendem tanto os instrumentos essenciais para a aprendizagem (como a 
leitura e a escrita, a expressão oral, o cálculo, a solução de problemas), quanto os 
conteúdos básicos da aprendizagem (como conhecimentos, habilidades, valores e 
atitudes), necessários para que os seres humanos possam sobreviver desenvolver 
plenamente suas potencialidades, viver e trabalhar com dignidade, participar 
plenamente do desenvolvimento, melhorar a qualidade de vida, tomar decisões 
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fundamentadas e continuar aprendendo. Junto, a Declaração de Salamanca (BRASIL, 
1994) passam a influenciar a formulação das políticas públicas da educação 
inclusiva. 
Em 1994, a Declaração de Salamanca proclama que as escolas regulares com 
orientação inclusiva constituem os meios mais eficazes de combater atitudes 
discriminatórias e que alunos com necessidades educacionais especiais devem ter 
acesso à escola regular, tendo como princípio orientador que: 
“as escolas deveriam acomodar todas as crianças independentemente de suas 
condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas ou outras” (BRASIL, 
1994, p.330) 
A Convenção da Guatemala (1999), promulgada no Brasil pelo Decreto nº 
3.956/2001, afirma que as pessoas com deficiência têm os mesmos direitos 
humanos e liberdades fundamentais que as demais pessoas, definindo como 
discriminação com base na deficiência toda diferenciação ou exclusão que possa 
impedir ou anular o exercício dos direitos humanos e de suas liberdades 
fundamentais. BRASIL (2001), este documento tem importante repercussão na 
educação, exigindo uma reinterpretação da educação especial, compreendida no 
contexto da diferenciação, adotado para promover a eliminação das barreiras que 
impedem o acesso à escolarização. 
A pessoa com deficiência geralmente precisa de atendimento especializado, 
seja para fins terapêuticos, como fisioterapia ou estimulação motora, seja para que 
possa aprender a lidar com a deficiência e a desenvolver as potencialidades. A 
Educação especial tem se organizado para atender específica e exclusivamente 
alunos com deficiências tem sido uma das áreas que tem desenvolvido estudos 
científicos para melhor atender estas pessoas. A educação regular passou a se ocupar 
também do atendimento a essas pessoas, o que inclui pessoas com deficiência além 
das necessidades comportamentais, emocionais ou sociais. 
Educação inclusiva segundo Sassaki (1997) é um processo no qual se amplia 
a participação de todas as pessoas com deficiência na educação. Trata-se de uma 
reestruturação da cultura, da prática e das políticas vivenciadas nas escolas de modo 
que estas respondam à diversidade de alunos como um direito de todos. 
As escolas brasileiras já deveriam estar capacitadas para a inclusão, porém a 
realidade que enfrentamos é outra, pois na verdade a etapa de adaptação dessa nova 
realidade já deveria ter sido superada. As escolas deveriam estar adequadas as 
necessidades de todos as crianças, porém como estas crianças necessitam dessas 
adaptações representam uma minoria dentro das escolas. 
Para um aluno que apresenta sequela motora ter acesso a rede regular de 
ensino é necessário transporte para a escola, se a família não tiver condução própria 
e ele não puder andar de ônibus, equipamento que necessite para frequentar as 
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aulas, como uma cadeira de rodas; eliminação barreiras arquitetônicas e do 
preconceito do professor em relação com a pessoa com deficiência, a exigência de 
um cuidador acompanhando o aluno em sala de aula, no caso de a família não puder 
atendê-la. Para que os alunos tenham acesso à rede regular de ensino é 
imprescindível a compreensão concreta dos alunos que apresentam sequelas 
motoras. Não há possibilidade desse aluno frequentar uma sala de aula sem que 
sejam atendidas a essas necessidades, que não são especiais e fazem parte da luta 
pelo seu acesso e pela permanência. 
A educação das pessoas com deficiência física precisa ser repensada a partir 
dessa contextualização como uma questão histórica, buscando superar uma leitura 
abstrata da mesma. É preciso que consideremos o conjunto de características físicas 
ao interagirmos com o indivíduo com deficiência física, que saibamos favorecer o 
seu desenvolvimento humano, caso contrário contribuiremos para o 
desenvolvimento da deficiência. 
Vygotsky (1984) considera que o desenvolvimento e a aprendizagem estão 
interligados desde os primeiros dias de vida, sendo que a aprendizagem impulsiona 
e promove o desenvolvimento. Pois quanto mais cedo e estimulada a criança for, 
menos evidentes serão suas deficiências. 
Um defeito ou problema físico, qualquer que seja sua natureza, desafia o 
organismo. Assim o resultado de um defeito é invariavelmente duplo e 
contraditório. Por um lado, ele enfraquece o organismo, mina suas atividades e age 
como uma força negativa. Por outro lado, precisamente porque torna a atividade do 
organismo difícil, o defeito age como um incentivo para aumentar o 
desenvolvimento de outras funções no organismo; ele ativa, desperta o organismo 
para redobrar atividade, que compensará o defeito e superará a dificuldade. 
(VYGOTSKY, 1984, p.233) 
O autor deixa transparecer a capacidade de se transformar do organismo e 
do ser humano, na capacidade do indivíduo criar processos adaptativos com intuito 
de superar os impedimentos que encontra. A capacidade de superação só se realiza a 
partir da interação com fatores ambientais, pois o desenvolvimento se dá no 
entrelaçamento de fatores externos e internos. 
A Educação Infantil proposta nos espaços da creche e pré-escola, deve 
possibilitar que a criança com deficiência experimente aquilo que outros alunos da 
mesma idade vivenciam: brincadeiras corporais, sensoriais, músicas, estórias, 
cores, formas, tempo e espaço e afeto. Buscando construir bases e alicerces para o 
aprendizado, a criança pequena com deficiência também necessita experimentar, 
movimentar-se e deslocar-se mesmo do seu jeito diferente; necessita tocar, perceber 
e comparar; entrar, sair, compor e desfazer; necessita significar o que percebe com 
os sentidos, como qualquer outra criança de sua idade. 
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O mundo caminha para a construção de uma sociedade para incluir cada vez 
mais estas pessoas com deficiência. Sinais desse processo de construção são visíveis 
nas escolas, na mídia, nas nossas vizinhanças e nos programas e serviços. Muitos 
países já adotaram a abordagem inclusiva, o Brasil já começou a buscar o seu 
caminho, mesmo com pouca ajuda técnica e financeira os resultados ainda são 
pequenos. As escolas brasileiras já deveriam estar capacitadas para inclusão, porém 
a realidade que enfrentamos é outra. 
Os professores principalmente e outros profissionais ligados na área da 
educação enfrentam o desafio da inclusão, o que não poderia ser chamado assim, 
pois na verdade a etapa da adaptação a essa nossa realidade já deveria ter sido 
superada. As escolas deveriam estar adequadas ás necessidades de todos os alunos 
que necessitam dessas adaptações e apresentam a minoria dentro das escolas. Essas 
adequações vêm de encontroà acessibilidade, de acordo com Dischinger e Machado 
(2006), esta se apresenta nas seguintes dimensões: 
• Acessibilidade arquitetônica, sem barreiras ambientais físicas em 
todos os recintos internos e esternos da escola e nos transportes 
coletivos. 
• Acessibilidade comunicacional, sem barreiras na comunicação 
interpessoal (face-face, língua de sinais, linguagem corporal 
linguagem gestual, etc.), na comunicação escrita e na comunicação 
virtual (acessibilidade digital). 
• Acessibilidade metodológica, sem barreiras nos métodos e técnicas de 
estudo(adaptações curriculares, aulas baseadas nas inteligências 
múltiplas, uso de todos os estilos de aprendizagem, participação de 
todos de cada aluno, novo conceito de avaliação de aprendizagem, 
novo conceito de educação, novo conceito de didática), de ação 
comunitária (metodologia social, cultural, artística etc. baseada em 
participação ativa) e de educação dos filhos (novos métodos e técnicas 
nas relações familiares etc.). 
• Acessibilidade instrumental, sem barreiras nos instrumentos e 
utensílios de estudo (lápis, caneta, régua, teclado do computador, 
materiais pedagógicos), de atividade da vida diária, esporte e recreação 
(dispositivos que atendam às limitações sensoriais, físicas e mentais, 
etc.). 
• Acessibilidade programática, sem barreiras invisíveis embutidas em 
políticas públicas, em regulamentos. E em normas de um modo geral. 
• Acessibilidade atitudinal, por meio de programas e práticas de 
sensibilização e de conscientização das pessoas em geral e da 
convivência na diversidade humana resultado em quebra de 
preconceito estigmas, estereótipos e discriminações 
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Quanto aos requisitos das pessoas com deficiência física nas escolas 
verificamos também as determinações do Ministério da Educação através da 
Portaria nº 1679 de 2 de dezembro de 1999 que estabelece as condições básicas de 
acesso as instituições de ensino. 
Art. 2º A Secretaria de Educação deste Mistério, com apoio técnico da Secretaria de 
Educação Especial estabelecera os requisitos, tendo como referência a Norma Brasil 
9050, da Associação brasileira de Normas e Técnicas, que trata da Acessibilidade de 
pessoas com deficiências, edificações, espaço, mobiliário, equipamentos urbanos. 
Parágrafo Único. Os requisitos estabelecidos na forma do caput deverão contemplar 
no mínimo: 
-para alunos com deficiência física: eliminação de barreiras arquitetônicas 
para circulação do estudante, permitindo acesso nos espaços de uso coletivos, 
reserva de vagas nas em estacionamentos nas proximidades das unidades de serviço 
construção de rampas com corrimãos ou colocação de elevadores, facilitando a 
circulação de cadeiras de rodas, adaptação de portas e banheiros para permitir o 
acesso de cadeira de rodas; colocação de barras de apoio nas paredes dos banheiros; 
instalação de lavabos, bebedouros e telefones públicos em altura acessível aos 
usuários de cadeira de rodas. (BRASIL, 1999, p.25) 
Existem muitas adaptações a serem feitas para favorecer as crianças com 
deficiência física, com relação à acessibilidade, a realidade é que muitas escolas 
brasileiras infelizmente apresentam obstáculos a inclusão, são muitas barreiras 
encontradas dificultando o acesso e permanência destas crianças no espaço escolar. 
O papel do professor também é fundamental. Ele deve ser capaz de identificar 
as necessidades da sala de aula e as peculiaridades de cada um do grupo. Esta é uma 
dificuldade real daqueles que trabalham com a inclusão, pois é um cuidado que se 
deve ter ao valorizar as diferenças como singularidade. 
O professor precisa ter conhecimento bem construído em sua área de 
atuação, além de se manter em permanente atualização, buscar informações e 
aprender a selecioná-las são novas habilidades que o professor não pode deixar de 
desenvolver, assim como aperfeiçoar o conhecimento especifico, conhecer teorias 
pedagógicas e técnicas didáticas bastante variadas é fundamental. 
Mas atualmente é necessário ter mais do que isto, é preciso estar disposto a 
entrar em contato com o conhecimento em geral, com o que está acontecendo 
dentro e fora do meio, pressupondo uma atitude diferenciada. 
Todos sabem que a inclusão embora garantida por lei, não se concretiza por 
si só. Para se tornar uma prática real, a inclusão depende da disponibilidade interna 
dos que estão envolvidos, inclusive da família e que constitui uma instituição de 
extrema importância na formação e na educação das crianças, juntamente com a 
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escola, onde é desenvolvida a educação e formação sistematizada delas. Porém, é no 
ambiente familiar que a criança tem seu primeiro contato com a sociedade. 
Daí a importância da união dessas duas instituições sociais na formação 
educacional das crianças com deficiência. Embora a maioria dos sistemas 
educacionais defenda a posição de que a educação inicial é de responsabilidade da 
família, pelo fato de considerar esse ambiente familiar como ideal para o 
desenvolvimento e educação das crianças, porém os pais precisam conhecer e 
discutir os objetivos da proposta pedagógica e os meios organizados para atingi-los, 
além de trocar opiniões sobre como o cotidiano escolar e em casa. 
A prática de reunir os pais periodicamente, para informá-los e discutir 
algumas mudanças a serem feitas no cotidiano das crianças, pode garantir que suas 
famílias apoiem os filhos de forma tranquila, assegurando o processo educacional 
dos filhos, uma vez que a educação, para ser integral precisa ser conduzida por essas 
duas instituições sociais essenciais ao desenvolvimento da criança – família e escola. 
 
 
 
 
 
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Então veja estes meus outros materiais: 
 
IPEMIG - Deficiência Intelectual e o papel do 
professor 
 
IPEMIG - Deficiência Visual e o papel do 
professor 
 
 
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