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Semiologia do sistema urinário

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1 
 
 
Introdução: 
- Os órgãos urinários incluem os rins, os ureteres, a 
vesícula urinaria e a uretra. 
- Os rins produzem a urina que, por meio dos ureteres, 
chega à bexiga, onde é temporariamente armazenada 
e segue para a uretra. 
Rins: 
Função: 
Produção de urina: filtram o plasma, extraindo grande 
quantidade de um liquido chamado ultrafiltrado, que 
é, então, processado para reabsorção de substâncias 
úteis e concentração dos rejeitos a serem eliminados. 
Localização: repouso sob os músculos sub lombares 
localização retroperitoneal, com a superfície dorsal em 
contato com os músculos sub lombares. 
Equino: 
− Rim direito tem formato de triângulo 
equilátero e mede de 13 a 15 cm 
− Localiza-se entre a 15º costela e a apófise 
transversa da 1º vertebra lombar 
− Rim esquerdo formato de feijão 
− Mede de 15 a 20 cm 
− Tem variação na sua localização 
Ruminante: 
− Nos bovinos, os rins são lobulados 
− Direito varia de 18 a 24 cm e esquerdo entre 
19 e 24 cm 
− Os ovinos e os caprinos têm os rins muito 
semelhantes aos cães (formato de feijão) 
com comprimento variando entre 5,5 e 7 cm 
− Localização variável 
Cães e gatos: 
− Os rins de cães e gatos têm o formato típico 
de feijão 
− No cão, o rim direito é localizado entre a 13/] 
vértebra torácica e a 1 vértebra lombar, 
enquanto o rim esquerdo, cuja posição pode 
variar mais, está localizado no espaço 
correspondente ao intervalo entre as 2º e 4º 
vértebras lombares. 
− Nos gatos, o rim esquerdo ocupa posição 
ligeiramente pendulosa, o que facilita ainda 
mais a palpação. O rim direito ocupa o espaço 
compreendido entre as 1º e a 4º vértebra 
lombar. 
 
 
 
 
Ureteres: 
Função: 
− Transportam urina dos rins para a bexiga 
− Chegam aos rins através do hilo, onde se 
conectam à pelve renal ou a uma estrutura 
equivalente. 
Rim com formato de 
feijão de carnívoros e 
ruminantes. 
Rim direito com 
formato de coração 
em equinos. 
2 
 
Caminho: aderência a bexiga obliquamente, 
percorrendo um trajeto entre a camada muscular da 
parede vesical e, finalmente, abrem-se para o lúmen. 
Composição: composto por três camadas adventícia 
externa, muscular média, e mucosa interna. 
 
Vesícula urinária: 
Função: reservatória temporário da urina produzida 
pelos rins. 
Composição: colo que se conecta com a uretra, o corpo 
e a vértice cranial. 
 
Ruminantes: a bexiga projeta-se cranialmente e, 
quando cheia, fica em contato com a parede ventral 
do abdômen. 
Equinos: Contraída: periforme, 8 a 10 cm de diâmetro 
e repousa inteiramente sobre a porção ventral da 
cavidade pélvica. Cheia: pende sobre a rima pélvica. 
Capacidade de 2,8 a 3,8 L. 
Cães e gatos: 
− O tamanho e a posição da bexiga variam de 
acordo com a quantidade de urina nela 
contida, cabem de 100 a 120 ml. No cão e 
localiza-se quase inteiramente pélvica. 
− No gato, entretanto, esse órgão estende-se 
amplamente para a cavidade abdominal, 
mesmo quando vazia. 
Uretra: 
- A uretra do macho leva urina, sêmen e secreções 
seminais para o orifício uretral externo, na 
extremidade distal do pênis. 
- A uretra feminina origina-se na bexiga e segue em 
sentido caudo dorsal, e adentra o trato genital 
caudalmente à junção vaginovestibular na linha média 
superfície ventral da vagina. 
Cães e gatos: 
− Cão adulto: 25 cm mas pode variar na micção 
e na ejaculação. 
− Na cadela, a uretra tem 0,5 cm de diâmetro 
por 6 a 10 cm. 
− Os gatos machos, por sua vez, apresentam 
afunilamento da uretra em direção à 
extremidade do pênis. 
Ruminantes: 
− Bovinos machos: de 2 a 3 cm encaixado no 
sulco localizado do lado direito da 
extremidade peniana. 
− 10 a 13 cm na vaca, 4 a 5 cm na ovelha e 5 a 
6 cm na cabra. 
Equinos: 
− A uretra dos machos é bastante longa, mas a 
uretra pélvica mede apenas de 10 a 12 cm. 
− Nas fêmeas, a uretra mede de 5 a 7,5 cm, e 
o lúmen é suficientemente largo para permitir 
a introdução de um dedo. 
Controle da micção: 
A micção compreende o processo fisiológico de 
armazenagem e eliminação da urina. A bexiga urinaria 
e a uretra, em ação conjunta formam a fase de 
armazenamento e fase de eliminação de urina. 
É uma ação integrada de vias parassimpáticas, 
simpáticas e somáticas. 
Controle voluntário da micção. 
Exame do paciente: 
Identificação, anamnese e exame físico geral. 
3 
 
Anamnese: 
 
Exames específicos e complementares do trato 
urinário: 
Exame físico: 
Geral: 
− Peso corporal, temperatura, frequência de 
pulso e respiratória, mucosas (coloração e 
estado dos vasos), grau de hidratação. 
− Boca (úlceras, alterações da língua, inserção 
dos dentes, aumento maxilar, hálito urêmico) 
− Exame geral dos demais órgãos e sistemas 
Específicos: 
Rins: 
− Ambos são palpáveis? 
− Tamanho, simetria e posição? 
− Forma, contorno e consistência? 
− Dor? 
Bexiga: 
− Posição? 
− Tamanho, formato, consistência? 
− Cálculos ou massas palpáveis? 
− Espessura da parede? 
− Dor? 
Próstata (importante em cães): 
− Posição, tamanho, simetria, consistência? 
− Dor? 
Uretra dos machos: 
− Meato urinário 
− Secreção uretral ou prepucial? 
− Tamanho, formato e consistência das porções 
palpáveis? 
− Anormalidades periuretrais? 
Micção: 
− Frequência? 
− Disúria? 
− Retenção? 
− Incontinência? 
Exame dos rins: 
- Exame físico de ambos os órgãos, sempre que 
possível 
4 
 
- Produto mais acessível, é a urina 
- Possibilidades: a de existência de origem de alguma 
doença renal em curso, sem comprometimento 
importante da função e de haver déficit da função 
renal. 
- No caso de déficit funcional com comprometimento 
da função de depuração (redução grave da filtração 
glomerular). 
- Azotemia, uremia e glomerulonefrite. 
Palpação: 
A palpação dos rins é difícil no cão e mais simples no 
gato, pode-se descobrir alterações no tamanho, 
superfície, consistência e posição. 
A palpação externa dos rins é feito com as gemas dos 
dedos, posicionados um junto ao outro e ligeiramente 
flexionados. 
Tamanho: 
− Aumentado: nefrite, hidronefrose, pielonefrite, 
tumor 
− Diminuído: muito difícil de descobrir (IRC, 
esclerose renal). 
− Superfície: difícil de descobrir (tumor, 
hidronefrose...) 
− Consistência: difícil de descobrir (duro, 
flutuante) 
− Posição: distopia renal 
Exame dos ureteres: 
- A palpação externa da bexiga pode ser feita 
seguindo a mesma orientação das manobras já 
descritas para a palpação renal. 
- Durante a palpação vesical, verificam-se localização, 
volume, forma, consistência (cistite, neoplasia, 
cálculos), tensão e sensibilidade (à palpação no caso 
de irritação). 
- Nos equinos e bovinos, a bexiga pode ser examinada 
por palpação retal; nas fêmeas é possível examinar a 
bexiga por palpação vaginal. 
 
Avaliação da micção: 
− As alterações da micção podem estar 
relacionadas com vários problemas que 
incluem tanto afecções do trato urinário como 
afecções extra urinárias. 
− Disúria 
− Micção dolorosa 
− Estranguria 
− Tenesmo vesical 
Frequência: 
− A frequência de micção indicada pelo número 
de vezes que o animal urina em 24h, deve ser 
proporcional ao volume de urina produzida no 
mesmo período. 
− Polaquiuria ou polociúria 
− Oligosúria 
− Iscúria ou retenção de urina 
− Incontinência urinária 
Volume: 
− Poliúria, oligúria (pouca ou pouquíssima urina) 
ou anúria (quantidade desprezível ou 
nenhuma urina) 
− Acompanhamento por 24h com mensuração 
de todos os volumes eliminados 
− Número de vezes que o animal está urinando 
por dia e os tamanhos das “peças” de urina 
formadas. 
Aspecto: 
− Hematúria 
− Hemoglobinúria: hemoglobina na urina 
− Mioglobinúria: mioglobina na urina 
5 
 
 
Postura durante a micção: 
− Disúria 
− Estranguria 
− Tenesmo vesical 
Urinálise: 
Indicações básicas para a solicitação de um exame 
de urina: 
− Sinais clínicos de problemas urinários ou 
renais; 
− Suspeita de doenças generalizadas 
envolvendo outros órgãos; 
− Exame de triagem paracirurgias e 
internações; 
− Complementação de diagnóstico. 
Informações importantes sobre o animal: 
− Aumento recente na ingestão de água comum 
em indivíduos com problemas renais; 
− Estado do animal durante a colheita da urina, 
se estava em jejum ou medicado, ou ainda se 
faz uso de medicamentos; 
− Método de armazenamento utilizado; 
− A quantidade diária de urina eliminada pelo 
animal; 
− Se há dificuldade para urinar; 
− Momento da colheita, primeiro jato ou não, 
hora do dia.... 
− Os frascos para a colheita devem ser limpos 
Métodos de colheita: 
1) Micção espontânea 
É o melhor método de colheita, porém é o mais difícil 
para o proprietário. Pode-se fazer uma leve massagem 
na bexiga para indução da micção, mas deve-se ter 
cuidado para que não haja a ruptura desta. 
 
2) Cateterismo 
É o método mais indicado, porém causa desconforto 
para o animal. O cateter deve ser estéril, deve se ter 
cuidado para não causar lesões durante sua 
introdução e este deve ter calibre adequado. Deve-se 
ter atenção com a existência do osso peniano em 
cães. 
3) Cistocentese 
A punção direta da bexiga ou cistocentese é cada vez 
mais utilizada, mas exige cuidado para que não haja 
ruptura ou extravasamento de liquido para a cavidade 
peritoneal. 
− Para a obtenção da amostra deve-se ter 
cuidado na manipulação, uma vez que a urina 
é um material biológico. O frasco deve estar 
limpo, seco e à prova de vazamentos. O exame 
deve ser feito o mais rápido possível, devido à 
possibilidade de alterações químicas, físicas e 
de sedimento. 
Algumas consequências da demora na realização do 
exame: 
− Multiplicação bacteriana com a produção de 
amônia; 
− Alcalinização do pH; 
− Alteração na coloração e aumento na turbidez; 
− Corpos cetônicos são voláteis e podem sumir 
da amostra; 
− Aumento do nitrato devido à multiplicação 
bacteriana; 
− Redução de bilirrubina e urobilinogênio; 
− Dissolução de cilindros e hemácias 
eventualmente presente; 
− Diminuição da glicosúria (glicose na urina), 
devido à utilização desta por bactérias 
presentes na amostra. 
Em caso de impossibilidade de se realizar o exame 
com rapidez, pode-se acrescentar à amostra algum 
conservante, como a Formalina, Tonueno, Timo, entre 
outros. Lembrar que todo conservante leva a 
alterações na amostra. Também pode-se armazenar a 
amostra. Também pode-se armazenar a amostra na 
geladeira, mas a amostra deve ser reconduzida a 
6 
 
temperatura ambiente para a realizações na 
densidade do liquido. Outro cuidado é a proteção da 
amostra à luz, devido a instabilidade dos pigmentos 
biliares. A temperatura de armazenamento é de 2 a 
8C. 
Exame físico da urina: 
Itens pesquisados no exame físico da urina: 
1. Cor / odor 
2. Aspecto 
3. Densidade 
4. Formação de sedimento 
Tipos de amostra de urina: 
1. Primeira amostra da manhã (ideal para a 
triagem de urina) 
2. Aleatória 
3. Cateterizada 
Poliúria X Oligúria: 
Podem ser tanto fisiológicas quanto patológicas. A 
condição fisiológica é consequência de fatores 
externos, não relacionados à problemas renais ou 
outras doenças. Já a condição patológica pode ser por 
problemas renais e/ou urinários ou problemas em 
outros órgãos. 
 
 
 
 
 
Poliúria fisiológica: 
Causas: 
− Aumento da ingestão de líquidos; 
− Administração de diuréticos; 
− Fluidoterapia; 
− Frio. 
Poliúria patológica: 
Tipos e causas: 
− Disfunção renal; 
− Nefrose nefrotóxica; 
− Nefrite generalizada; 
− Pielonefrite; 
− Amiloidose; 
− Hipoplasia renal cortical. 
Outros problemas: 
− Diabetes; 
− Doença hepática; 
− Empiema uterino em cadelas; 
− Hipoadrenocorticismo. 
Oligúria fisiológica: 
Causas: 
− Diminuição da ingestão de líquidos; 
− Após exercício físico intenso 
Oligúria patológica: 
Causas: 
− Nefrite aguda generalizada; 
− Fase terminal de qualquer doença renal; 
− Outras doenças extra renais. 
Aspectos físicos analisados: 
Cor da urina: 
A cor da urina amarelada se dá pela presença dos 
urocromos (pigmentos biliares: Urobilinogênio / 
Urobilina/ Bilirrubina conjugada). Mudanças se dão 
devido à eliminação de substancias (drogas ou 
produtos metabólicos orgânicos) com propriedades 
tintoriais. 
1. Amarelo citrino/ claro: 
Há variações. Lembra suco de limão. Em poliúria pode 
variar para incolor. 
2. Amarelo âmbar/ escuro: 
Lembra a cor de mel, típico em casos de Oligúria 
3. Amarelo avermelhado/ castanho escuro: 
Ocorre em hematúria, hemoglobinúria, pela ingestão 
de algumas drogas e até beterraba. 
Poliúria – urina com cor pálida e densidade 
mais baixa. 
Oligúria – urina com cor mais escura e 
densidade elevada. 
7 
 
4. Amarelo esverdeado/ castanho claro: 
Ocorre devido ao aumento de pigmentos biliares 
(bilirrubina ou urobilinogênio). 
5. Marrom escuro: 
Ocorre na mioglobinúria, metahemoglobinúria, casos 
de acúmulo de melanina. 
6. Azul esverdeado: 
Produzida pelo azul de metileno, utilizado em vários 
antissépticos. 
7. Branco leitoso: 
É vista na porção final da micção de cavalos velhos 
com retenção urinária devido à precipitação de 
carbonatos na bexiga. 
Aspecto da urina: 
Límpida: aspecto normal para as espécies com 
exceção dos equídeos. 
Turva: 
− Amostra em repouso por muito tempo; 
− Baixa temperatura; 
− Presença de células epiteliais, leucócitos e 
eritrócitos; 
− Presença de muco e cristais; 
− Presença de bactérias. 
Odor da urina: 
− Suis generis (normal) 
− Frutado, doce (corpos cetônicos, comum em 
diabéticos) 
− Amoniacal 
− Putrefeito 
− Outros 
Densidade (ou gravidade) especifica da urina (DEU): 
- Mede grau de solutos existentes na amostra e 
indiretamente a capacidade renal de concentração da 
urina. 
- Aponta o grau de hidratação do indivíduo. 
Densidade elevada = urinas concentradas ou 
hipertônicas (oligúrias). 
Densidade diminuída = urinas diluídas ou hipotônicas 
(poliúria). 
- O aumento da densidade indica diminuição da 
filtração glomerular e/ou aumento da reabsorção de 
água. 
- A densidade é obtida usando-se o sobrenadante da 
amostra que foi centrifugada para obter o sedimento. 
Deve-se medir a DEU de animais antes da aplicação 
de qualquer medicação, principalmente líquidos 
parenterais. Partículas em suspensão como muco, 
cristais e células não afetam a DEU, pois não se 
dissolvem. Contudo, podem causar à dificuldade na 
leitura no refratômetro devido à sua turbidez. 
Métodos de determinação da densidade urinária: 
1. Via urodensímetro: 
Caiu em desuso devido a maior quantidade necessária 
de amostras. 
2. Via refretômetro: 
Deve ser calibrado com água destilada antes de usar. 
3. Via tiras reagentes: 
É, no entanto, um método químico. 
Fatores que levam a diminuição da densidade: 
− Nefrite intersticial crônica; 
− Uremia; 
− Diabetes insípidus; 
− Empiema (piometra); 
− Isostenúria (alteração renal que indica perda 
da capacidade de concentração ou diluição 
renal. A isostenúria deve ser diferenciada de 
outras causas de diminuição da DEU. 
Fatores que levam ao aumento da densidade: 
− Nefrite intersticial aguda; 
− Nefrite generalizada aguda; 
− Desidratação; 
− Febre; 
− Edema; 
− Choque. 
 
8 
 
Exame químico da urina: 
É o tipo qualitativo e semi-quantitativo e é feito na 
rotina com uso de tiras reagentes. A leitura pode ser 
manual ou automatizada. 
Itens pesquisados no exame químico: 
− PH 
− Proteína 
− Sangue 
− Glicose 
− Corpos cetônicos 
− Bilirrubina 
− Urobilinogênio 
− Nitrito 
As tiras não fornecem um valor muito preciso e não 
são sensíveis a alterações da densidade pela presença 
de glicose ou ureia, além de estarem suscetíveis a um 
falso positivo em amostras alcalinas. 
Cuidados a serem tomados com o uso de tiras 
reagentes: 
− Estocar com dessecante em um recipiente 
opaco e bem fechado; 
− Manter as tiras abaixo de 30 C, mas não 
congelar; 
− Não as usar após a data de vencimento; 
− Não usar as tiras reagentes que tiverem 
perdido a cor; 
− Não cortar as tiras;− Estar alerta para a presença de substancias 
interferentes. 
PH urinário: 
Os rins são um dos componentes do organismo 
responsáveis pela manutenção do pH sanguíneo, seja 
pela excreção ou manutenção de ácidos ou bases no 
organismo. Para manter o pH sanguíneo constante 
entre 7,35-7,45, haverá alteração do pH urinário 
As alterações do pH urinário geralmente indicam mais 
uma alteração sistêmica do que um processo 
localizado o nível de sistema urinário. 
Proteína na urina: 
Em condições fisiológicas, as proteínas são 100% 
mantidas no sangue durante a filtração glomerular e 
a reabsorção tubular, não estando presentes na urina 
ou presentes em traços, não sendo detectadas pelas 
tiras reagentes. Porém, em casos de urina muito 
concentrada, tipo de coleta, categoria do animal (cães 
machos), pode-se encontrar uma leve proteinúria, que 
é a eliminação de proteínas na urina. Para que não 
haja dúvida em relação ao motivo da proteinúria (trato 
urinário baixo como bexiga e uretra ou problemas 
renais), deve-se buscar a origem desse achado. A 
presença de proteínas na urina deve ser avaliada 
levando-se em conta a densidade especifica da urina, 
o sedimento e achados clínicos. A proteinúria 
geralmente é transitaria e mais comum na primeira 
urina. Pode ser fisiológica ou patológica. As tiras 
reagentes são mais sensíveis à albumina. 
Causas fisiológicas: 
− Exercício muscular excessivo 
− Convulsões 
− Ingestão excessiva de proteínas 
− Função renal alterada nos primeiros dias de 
vida 
− Proestro 
− Estresse 
Causas patológicas: 
Proteinúria pré-renal: 
Decorrente de alterações não renais como febre, 
convulsões ou exercício muscular intenso. A 
hipertensão glomerular pode levar a proteinúria 
branda, como ocorre no hiperadrenocorticismo canino. 
Também pode estar associada à perda glomerular de 
proteínas de baixo peso molecular, como as 
produzidas nos plasmócitos (síndrome nefrótica). 
Proteinúria renal: 
É quando os rins perdem a capacidade de filtração 
por sofrerem uma alteração de permeabilidade 
capilar, como ocorre em algumas doenças com 
deposição de imunocomplexos nas microvasculaturas, 
causando lesão endotelial. 
− Exemplos: glomerulonefrite e amiloidose renal. 
9 
 
A proteinúria renal glomerular, indica um aumento na 
permeabilidade vascular, enquanto a proteinúria 
tubular revela uma diminuição da reabsorção. Os 
achados comuns da condição são: cilindros, células 
renais no sedimento, densidade urinaria baixa e 
azotemia. 
Proteinúria pós-renal: 
Ocorre em doenças do trato urinário inferior, como 
cistites e uretrites. Geralmente está acompanhada de 
eritrócitos, leucócitos e células epiteliais do trato 
urinário baixo e ausência de cilindros. A densidade é 
normal. Geralmente há disúria, polaquiúria e 
estrangúria. 
Em geral a proteína presente na urina é a albumina. 
Existem ocasiões, no entanto, em que há suspeita da 
existência de globulinas ou de outras substâncias que 
podem dar reação positiva. A diferenciação nesses 
casos, é feita através do Eletroforese ou por alguns 
métodos específicos para detecção da albumina. 
Glicose na urina: 
Em condições normais a glicose está ausente na urina, 
devido ao fato desta ser totalmente reabsorvida nos 
túbulos proximais renais. A glicosúria, a eliminação de 
glicose na urina, pode ser fisiológica ou patológica. As 
provas de glicose na urina baseiam-se no poder 
redutor dos açucares, que podem ser mascarados por 
outras substancias também redutoras. A presença de 
corpos cetônicos, por outro lado, pode mascarar o 
resultado do exame. 
Glicosúria fisiológica: 
A glicosúria fisiológica é transitória, pode ocorrer num 
momento pós-prandial ou em casos de estresse, como 
que ocorre em felinos, com a liberação de adrenalina. 
Glicosúria patológica: 
1- Glicosúria + normoglicemia: pode ser adquirida 
ou congênita (síndrome de Fanconi) 
2- Glicosúria + hiperglicemia: distúrbio 
metabólico. 
Principais distúrbios metabólicos que levam à 
glicosúria: 
− Diabetes Mellitus 
− Hipertireoidismo 
− Pancreatite aguda 
− Glicocorticóides 
− Fluidoterapia 
− Injuria tubular 
− Choque pós anestesia geral 
− Síndrome de Fanconi 
− Doença hepática crônica 
A glicosúria é comum em bovinos devido ao seu baixo 
limiar renal à glicose e também porque esses animais 
podem desenvolver facilmente hiperglicemia por 
estresse. 
Corpos cetônicos na urina: 
Corpos cetônicos são intermediários do metabolismo. 
Principais causas de cetonuria: 
− Diabetes Mellitus 
− Hipertireoidismo 
− Inanição, anorexia 
− Toxemia e prenhez 
− Cetose em bovinos 
− Vômitos e diarreias prolongadas 
− Baixa ingestão de carboidratos 
Sangue na urina: 
Em um resultado normal não há presença de sangue 
na urina. A presença de sangue pode ser devido a 
uma hematúria, que é a presença de eritrócitos na 
urina. Hemoglobinúria, presença de hemoglobina na 
urina; ou ainda Mioglobinúria, muito diluídas (< 1.007) 
e/ou alcalinas, provavelmente causarão a lise de 
células sanguíneas, podendo mascarar a hematúria. Na 
hematúria e hemoglobinúria há eritrócitos na urina, 
mas na mioglobinúria não há eritrócitos na urina. 
Hematúria: 
- Pode ser fisiológica ou patológica. Pode se dar devido 
à uma hemorragia no trato urogenital ou até devido a 
forma de colheita, no caso de cateterização. 
- Outras causas de origem patológicas são: 
− Glomerulonefrite 
10 
 
− Vasculite 
− Infarto renal 
− Traumatismos 
Hemoglobinúria: 
- Geralmente é resultado de hemólise intravascular, 
mas também pode se dar pela ruptura de eritrócitos, 
em caso de demora na realização da analise ou 
manipulação imprópria da amostra, que é chamada 
também de hematúria mascarada de hemoglobinúria. 
- Outras causas de fundo patológicos são: 
− Hemólise intravascular disseminada 
− Incompatibilidade de transfusões 
− Doença hemolítica do recém-nascido 
− Veneno ofídico 
− Plantas tóxicas 
− Toxemia por cobre, mercúrio 
Diferença entre hematúria e hemoglobinúria na urina: 
Hematúria: turvo/ depósito após a centrifugação. 
Hemoglobinúria: aspecto translucido / igual após a 
centrifugação. 
Mioglobinúira: ocorre em distúrbios musculares 
graves, como lesão muscular, rabdomiólise, traumas... 
sendo detectada com o aumento da atividade serica 
da enzima CK. 
Bilirrubina e urobilinogênio na urina: 
Fisiologicamente não há presença de bilirrubina na 
urina, com a exceção de cães machos com urina 
concentrada, pois eles apresentam baixo limiar para a 
excreção da bilirrubina. A bilirrubina provém da 
degradação de eritrócitos, enquanto que o 
urbilinogênio é a forma reduzida de bilirrubina 
conjugada. A bilirrubinúria deve ser sempre 
interpretada em associação à densidade especifica. A 
eliminação de uma pequena parte do urbilinogênio 
pela urina é normal, sendo ele o principal pigmento 
que dá cor amarelada ou diminuído na urina. Caso 
exista suspeita de interferência com substancias, é 
interessante utilizar o Ictotest. A bilirrubinúria indica 
a possibilidade de doenças hepáticas ou hemólise e 
em geral está mais associada à colestase. Qualquer 
possibilidade do teste em gatos é considerada 
anormal e requer futuras investigações. A 
bilirrubinúria precede a bilirrubinemia e a icterícia, 
podendo ser utilizada como indicador precoce de 
doenças hepáticas. 
Causas patológicas de bilirrubinúria e/ou 
urobilinogenúria: 
1) Problemas pré-hepáticas (hemólise): 
− Entravascular = bilirrubinúria + 
urobilinogenúria 
− Extravascular = urobilinogenúria 
 
2) Problemas hepáticos: 
− Bilirrubinúria + urobilinogenúria 
− O fígado incapacitado de remover 
urobilinogênio pela circulação porta/ fígado 
lesado, incapacidade de conjugar a bilirrubina 
adequadamente e/ou excrerá-la 
adequadamente, levando a um aumento sérico 
da bilirrubina. 
 
3) Problemas pós-hepáticos: 
− Bilirrubinúria 
− Obstrução dos ductos biliares ou canal biliar, 
impedindo a chegada da bile ao intestino e a 
sua conversão para urobilinogênio, ocorrendorefluxo (aumento da taxa de bilirrubina 
conjugada plasmática) para o sangue e 
excreção de bilirrubina. 
Nitrito na urina: 
O exame de urina normal não é positivo para nitrito. 
Os nitritos podem ser produzidos por bactérias 
eventualmente presentes na urina, principalmente 
quando estas estão aumentadas em número. A 
presença de nitritúria pode ser, portanto, indicativa de 
infecção urinária. Bactérias gram-negativas. 
Leucócitos na urina: 
As causas de leucócitos na urina podem ser 
inflamações renais como: 
− Nefrite 
− Glomerulonefrite 
− Pielonefrite 
11 
 
Inflamação do trato urinário inferior, como: 
− Uretrite 
− Cistite 
Inflamações do trato genital, como: 
− Vaginite 
− Prostatite 
− Metrite 
A PIÚRIA é a presença de leucócitos degenerados na 
urina. 
Análise do sedimento em urinálise: 
O sedimento urinário é composto pelos elementos 
sólidos existentes na urina. 
São eles: 
− Tipos celulares diversos 
− Eritrócitos e/ou leucócitos 
− Bactérias 
− Cilindros 
− Cristais 
− Outros 
Realização da análise do sedimento: 
1. Colheita da amostra de urina 
2. Centrifugação 
3. Despreza-se o sobre nadante 
4. Fixação da gota do sedimento em lâminas 
5. Análise microscópica 
Tipos celulares encontrados: 
- Células epiteliais 
Em pequeno número são normais no sedimento 
urinário, principalmente em fêmeas, devido ao epitélio 
vaginal. 
Podem ser dos tipos: 
Células epiteliais transicionais: revestem a mucosa da 
pelve renal até a uretra. Em condições normais 
encontram-se em número reduzido. Seu aumento 
relaciona-se com inflamações, irritações ou neoplasias. 
Células epiteliais tubulares renais: em condições 
normais não devem aparecer. Degeneram-se com 
rapidez, melhor identificadas no interior de cilindros. 
Indicam lesão tubular. 
Células epiteliais descamativas ou escamosas: 
oriundas da camada superficial da uretra (terço final) 
e vagina, são as maiores células que aprecem no 
sedimento. Podem estar aumentadas devido ao cio. 
Leucócito e eritrócitos: 
Leucócitos são comuns em amostras anormais e seu 
número varia conforme o método de colheita. 
Piúria: exame de sedimento corado e de cultura 
Piúria + cilindros leucócitos: inflamação renal 
Obs: o tratamento prolongado com corticoides pode 
levar a inflamação, porém sem reação leucocitária 
relevante. 
Eritrócitos são comuns em exame de urina normal de 
acordo com o método de colheita, aparecendo em 
maior ou menor número, como os leucócitos. Quando 
em maior número, indicam hematúria. Em amostras 
não tão frescas, podem ficar incolores devido à 
dissolução da hemoglobina. 
Cilindros: 
- São constituídos de proteína e mucoproteína, que se 
aderem ou não a outras estruturas. 
- É normal que estejam ausentes 
- O baixo fluxo urinário e a alta concentração de sais 
favorecem a formação de cilindros. Quando os 
cilindros aparecem de forma repetida na urina, eles 
indicam uma doença renal e têm importante valor 
diagnóstico. 
- A identificação do tipo de cilindro ajuda na 
identificação da doença. 
→ De modo geral, os cilindros de menor diâmetro 
são provenientes do néfron e indicadores de uma 
alteração aguda. Já os cilindros de maior diâmetro são 
provenientes dos túbulos coletores e indicam uma 
lesão mais avançada e importante para o prognostico, 
que neste caso geralmente é desfavorável. 
Outros achados na urina: 
12 
 
− Ovos de parasitas (contaminação/ presença 
de parasitas no aparelho urinário) 
− Espermatozoides 
− Gotículas de gordura (comumente 
encontradas na urina de gatos. Raramente 
têm importância clínica em gatos) 
Cristais: 
− São produtos finais da alimentação do 
indivíduo e dependem do pH urinário para sua 
formação. Raramente significantes 
− O pH é o grande regulador da formação dos 
cristais. 
Fatores que levam a formação de cristais in vivo (na 
bexiga): 
− pH urinário 
− Concentração e solubilidade de substancias 
cristalogênicas 
− presença de promotores e inibidores 
− Excreção de agentes terapêuticos ou 
contrastes 
− Fatores individuais de espécie e raça 
Fatores que levam a formação de cristais in vitro: 
− Temperatura 
− Evaporação 
− pH urinário 
− Técnica de preparo da amostra 
UROLITÍASE: 
É uma formação de sedimento ou precipitado, 
constituído de um ou mais cristaloides, pouco solúveis 
no trato urinário, chamados de cálculos urinários ou 
cálculos renais. Estes cálculos se formam nos rins a 
partir de sais minerais presentes na urina. 
Os cálculos do sistema urinário são classificados de 
acordo com a sua localização e composição. 
 
 
 
 
Perfil renal: 
Azotemia: é uma alteração bioquímica caracterizada 
pela elevação plasmática dos noveis de compostos 
nitrogenados no sangue, ureia e creatinina, que são 
normalmente excretados pela urina. Isso se deve a 
diminuição da taxa de filtração glomerular e 
consequentemente redução na excreção urinaria 
desses compostos. 
Fatores pré-renais: 
Diminuição do fluxo sanguíneo, desidratação, 
hipotensão, insuficiência cardíaca, hemorragias. 
Fatores renais: 
Doença renal aguda ou crônica, Glomerulonefrite, 
constrição de arteríolas aferentes. 
Fatores pós-renais: 
Obstruções renais, uroterais, uretrais, tumores. 
Azotemia X Uremia: 
O paciente sem sinais clínicos, mas com elevação na 
concentração sanguínea de compostos nitrogenados 
não proteicos é considerado Azotêmico e não Urêmico. 
Uremia: 
É a manifestação clinica severa da azotemia, ou seja, 
quando ocorrem os sinais cínicos da insuficiência 
renal em um paciente azotêmico. Tais sinais incluem 
anorexia, vômito, diarreia, hemorragia gastrointestinal, 
estomatites ulcerativas, letargia, tremores musculares, 
hálito amoniacal, etc. 
Insuficiência renal X Falência renal: 
A insuficiência renal designa quadros em que há 
perda irreversível de função renal, mas que ainda há 
a tentativa de compensação por meio reserva 
funcional dos rins. Na falência renal há disfunção do 
órgão. 
 
 
Rins → Nefrolitíase 
Ureter → Uroterolitíase 
Uretra → Utrolitíase 
Bexiga → Cistolitíase 
 
13 
 
Indicativos de doença renal observados na urinálise: 
1- Exame físico: 
Atenção à baixas densidades (isostenúria) 
2- Exame químico: 
Atenção a proteinúria 
− Em animais sadios não há perda de proteínas 
= glomérulos normais 
− Animais com nefropatias = há perda de 
proteína, 60% dos glomérulos lesionados 
− Animais com falência renal = 80% dos 
glomérulos destruídos 
 
3- Exame de sedimento: 
Atenção à presença de cilindros e células tubulares. 
Enzimas urinárias: 
As enzimas encontradas na urina podem ter duas 
origens: filtradas pelo glomérulo ou produzidas pelo 
epitélio tubular. Existem enzimas que são muito 
grandes para serem filtradas pelo glomérulo e, nesses 
casos, o dano ao epitélio tubular promove a sua 
liberação, sendo uteis para detectar lesão tubular 
aguda antes do desenvolvimento da azotemia. 
As duas enzimas que têm essas características são a 
gamaglutamil transferase (GGT) e a N-acetil- 
glucosaminidase (NAG). A GGT é ligada à membrana 
e a NAG é uma enzima lisossomal. Embora as duas 
enzimas sejam produzidas em outros tecidos, 
nenhuma é filtrada pelo glomérulo e, portanto, 
qualquer quantidade encontrada na urina reflete a 
liberação tubular. 
Exames laboratoriais para diagnósticos: 
Hemograma: 
− Anemia normocítica normocrômica 
Urinálise: 
− Cilindrúria/ proteinúria / isostenúria 
Bioquímica: 
− Azotemia / hiperfosfatemia / hipocalcemia 
Adicionais: 
− USG e RX / diagnóstico por imagem 
Síndrome nefrótica: 
Definida pelos achados de: 
− Proteinúria 
− Hipoproteinemia 
− Hipoalbuminemia 
− Ascite 
− Hipercolesterolemia 
− Com ou sem azotemia 
A combinação de proteinúria, hipoproteinemia, 
hipoalbuminemia, ascite e hipercolesterolemia é 
característica clássica da síndrome nefrótica, mas 
nem sempre está presente em todos os casos. A 
ascite e o edema podem não estar presentes, mas, 
mesmo assim, se todas as outras alteraçõesestiverem 
presentes, o termo síndrome nefrótica pode ser 
utilizado. 
A síndrome nefrótica implica que a lesão esteja no 
glomérulo, tanto por amiloidose quanto por 
glomerulonefrite. Se a lesão for grave e crônica, 
poderá existir edema periférico e algum 
desenvolvimento de trombos pela diminuição da 
antitrombina III em cães.

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