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UNIVERSIDADE DE RIO VERDE (UniRV) 
FACULDADE DE ODONTOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
MARCELA POSSEBOM SCHULER 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CIRURGIA PARENDODÔNTICA: MODALIDADES CIRÚRGICAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RIO VERDE-GO 
2020 
MARCELA POSSEBOM SCHULER 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CIRURGIA PARENDODÔNTICA: MODALIDADES CIRÚRGICAS 
Monografia apresentada à banca 
examinadora da Faculdade de Odontologia da 
Universidade de Rio Verde (UniRV) como 
exigência parcial para à obtenção do título de 
Bacharelado em Odontologia. 
Orientador: Prof. Dr. Alessandro Rogério 
Giovani. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RIO VERDE-GO 
2020 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação-- (CIP) 
 
S416c 
 
Schuler, Marcela Possebom 
 
 Cirurgia parendodôntica: modalidade cirúrgicas. / Marcela Possebom 
Schuler. — 2020. 
 33f. : il. 
 
 Orientador: Prof°. Dr. Alessandro Rogério Giovani. 
 
 Monografia (Graduação) — Universidade de Rio Verde - UniRV, Faculdade 
de Odontologia, 2020. 
 Inclui figuras. 
 
 1. Cirurgia parendodôntica. 2. Apicectomia. 3. Modalidades cirúrgicas. I. 
Giovani, Alessandro Rogério. 
 
 CDD: 617.605 
 
 
 
 
 
MARCELA POSSEBOM SCHULER 
 
 
 
 
CIRURGIA PARENDODÔNTICA: MODALIDADES CIRÚRGICAS. 
 
MONOGRAFIA APRESENTADA À BANCA EXAMINADORA DO CURSO DE 
ODONTOLOGIA DA UNIVERSIDADE DE RIO VERDE (UNIRV) COMO 
EXIGÊNCIA PARCIAL PARA À OBTENÇÃO DO TÍTULO DE BACHAREL EM 
ODONTOLOGIA. 
 
 
 
Rio Verde, GO, ............. de ..................................... de 2020. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
 
 
 
.......................................................................................... 
Prof. Dr. Alessandro Rogério Giovani (orientador) 
Universidade de Rio Verde (UniRV) 
 
 
 
 
.......................................................................................... 
Prof. Me. Julia Dantas Mazão (convidado) 
Universidade de Rio Verde (UniRV) 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Primeiramente, o meu agradecimento é para Deus, pois ele me permitiu chegar 
até aqui, por me ajudar a ultrapassar todos os obstáculos encontrados, durante esta 
caminhada e realizar este sonho. 
Aos meus pais e irmão. Eles que sempre me incentivaram e acreditaram em 
mim. Ao meu pai que hoje não está mais presente fisicamente, mas sei que está sempre 
comigo, o sonho era nosso, lembro-me que sempre quando eu saia de casa para ir à 
escola ele dizia: estuda minha filha. Hoje com certeza tudo valeu a pena, tenho certeza 
que ele está muito feliz por mim. 
A minha mãe, que por muitas vezes tirou da boca dela para dar para mim, 
trabalhou duro esses cinco anos, para a realização disso tudo, ela é uma guerreira e 
minha inspiração, devo tudo à essa mulher! 
Ao meu irmão, que sempre foi meu melhor amigo e incentivador. 
Aos meus amigos, que sempre estiveram ao meu lado, pela amizade 
incondicional e pelo apoio demonstrado, ao longo de todo o período de tempo em que 
me dediquei. Dos muitos que se fizeram minha família na cidade, minhas colegas de 
sala, que aprendi muito com elas: Atrísia, Bruna, Letícia, Monara. A Isadora que foi 
minha dupla de faculdade e de vida, sou grata por nossa amizade, a Thariny, que é 
minha melhor amiga, desde a época de escola, pois amizade não precisa estar e sim 
ser. As minhas amizades que foram construídas fora da faculdade: Amanda, Alélia, 
Hellen e Mariana, minhas irmãs do coração. Aos meus vizinhos, que sempre fizeram 
parte da minha vida pessoal e acadêmica. 
Aos meus professores, Victor e Alessandro, por terem sido meus orientadores e 
terem desempenhado tal função com: paciência, dedicação e amizade. 
A minha convidada professora Julia, que é uma mulher inspiradora, linda por 
dentro e por fora. Grata por todo carinho para comigo! 
E a todos que se fizeram presente diretamente ou indiretamente nessa jornada. 
 
 
RESUMO 
O tratamento endodôntico tem evoluído com o passar dos anos. No entanto, a cirurgia 
parendodôntica é uma técnica cirúrgica, que deve ser considerada como opção de 
tratamento, para a resolução de problemas periapicais. A cirurgia parendodôntica 
correlacionada a Endodontia é a possibilidade de tratamento, quando não se consegue 
eliminar o agente etiológico do processo inflamatório periapical de maneira 
conservadora, ou seja, pelo tratamento endodôntico convencional. Entretanto, há uma 
diversidade de técnicas cirúrgicas, que podem ser executadas, há que se avaliar: o 
diagnóstico, indicações, contraindicações, limitações e a técnica que deve ser empregada, 
em cada situação. Este trabalho teve como objetivo realizar uma revisão bibliográfica 
descritiva da cirurgia parendodôntica enfocando de quando e como fazê-la. 
 
Palavras-chaves: Cirurgia parendôntica. Modalidades cirúrgicas. Apicectomia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
Endodontic treatment has evolved over the years. However, parendodontic surgery is a 
surgical technique that should be considered as a treatment option for the resolution of 
periapical problems. Parendodontic surgery correlated to endodontics is the possibility of 
treatment when the etiologic agent of the periapical inflammatory process cannot be 
eliminated conservatively, i.e., by conventional endodontic treatment. However, there is 
a diversity of surgical techniques that can be performed, it is necessary to evaluate the 
diagnosis, indications, contraindications, limitations and the technique that should be 
used for each situation. This work aims to present surgical techniques and describe them 
in which clinical situations will be performed. This work aims to present surgical 
techniques and describe them in which clinical situations will be performed. This study 
was conducted through descriptive research, conducting a literature review. 
 
Keywords: Parendontic surgery. Surgical modalities. Apicectomy 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
FIGURA 1 Infecções Odontogênicas..................................................................12 
FIGURA 2 Infecções Odontogênicas - Drenagem..............................................13 
FIGURA 3 Apicectomia – Remoção do ápice radicular com ângulo aproximado 
de 45 graus e a verificação do vedamento do canal após a 
apicectomia........................................................................................................15 
FIGURA 4 Cirurgia com obturação simultânea do canal.....................................16 
FIGURA 5 Retroinstrumentação com Retro-Obturação.....................................18 
FIGURA 6 Retroinstrumentação com Retro-Obturação Associada à Obturação 
Retrógrada.........................................................................................................19 
FIGURA 7 Odontosecção...................................................................................21 
FIGURA 8 Marsupialização................................................................................24 
FIGURA 9 Fase II – Enucleação.........................................................................25 
FIGURA 10 Descompressão..............................................................................26 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................09 
2 REVISÃO DE LITERATURA..................................................................................09 
 2.1 CIRURGIA PARENDODÔNTICA........................................................................09 
 2.2 MODALIDADES CIRÚRGICAS..........................................................................102.2.1 Drenagem cirúrgica........................................................................................11 
 2.2.2 Curetagem perirradicular...............................................................................13 
 2.2.3 Apicectomia...................................................................................................14 
 2.2.4 Cirurgia com obturação simultânea do canal.................................................15 
 2.2.5 Obturação retrógrada......................................................................................16 
 2.2.6 Retroinstrumentação com retro-obturação.....................................................17 
 2.2.7Retroinstrumentação com retro-obturação associada à obturação 
retrógrada.............................................................................................................18 
 2.2.8 Canalização....................................................................................................20 
 2.2.9 Rizectomia......................................................................................................20 
 2.2.10 Odontosecção...............................................................................................21 
 2.2.11 Tratamento cirúrgico dos cistos....................................................................22 
3 OBJETIVO..................................................................................................................26 
4 MATERIAIS E MÉTODOS.......................................................................................26 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS.....................................................................................27 
REFERÊNCIAS.............................................................................................................28 
 
9 
 
1 INTRODUÇÃO 
A cirurgia parendodôntica é um procedimento cirúrgico seguro e 
adequado, para o tratamento de dentes com lesões periapicais, que não 
respondem ao tratamento endodôntico convencional, ou quando o retratamento 
não é possível de ser realizado (HARRISON, 1992). A cirurgia parendodôntica é 
uma técnica cirúrgica que deve ser considerada como opção de tratamento para 
resolução de problemas periapicais. É uma alternativa para evitar extrações 
dentárias, sendo uma opção de tratamento quando o procedimento endodôntico 
conservador falhou. 
Consiste na remoção do agente etiológico, sendo a presença de bactérias 
e outros irritantes microbianos, nos canais radiculares, a mais frequente consiste 
em vedar, todos os orifícios de entrada disponíveis no sistema de canais 
radiculares. A cirurgia parendodôntica está indicada, em casos de persistência 
de inflamação periapical crônica, com extensas áreas radiolúcidas apicais, 
acessos coronais até o ápice radicular restritos, devido a um insuficiente 
selamento retrógrado ou pinos radiculares impossibilitados de remoção, 
perfuração e fratura do terço apical radicular, além de calcificações pulpares, no 
terço radicular, entre outros. 
Portanto a escolha da realização da cirurgia parendodôntica deve ser 
baseada, na avaliação de cada caso, sendo indicada somente quando todas as 
possibilidades de terapia endodôntica convencional estiverem esgotadas. 
2 REVISÃO DE LITERATURA 
2.1 CIRURGIA PARENDODÔNTICA 
A cirurgia parendodôntica associada a Endodontia é opção de tratamento 
quando não se consegue eliminar o agente etiológico, do processo inflamatório 
periapical de maneira conservadora, ou seja, pelo tratamento endodôntico 
convencional (ORSO; FILHO, 2006). 
10 
 
Bramante e Berbert (1990, conceituaram a cirurgia parendodôntica como 
o procedimento cirúrgico realizado, para resolver dificuldades provenientes de 
um tratamento endodôntico ou não solucionáveis por ele. O sucesso da cirurgia 
é mais alto, quando ela é suplementada pelo retratamento do canal radicular 
(PURICELLI, 1992; CHANDLER; KOSHY, 2006). 
As cirurgias da região periapical recebem nomes que as diferenciam, de 
acordo com o que se almeja de seus resultados (PESSOA et al., 1995). Para 
Cohen e Hargreaves (2007), a cirurgia paraendodôntica é baseada em dois 
objetivos, sendo que o primeiro visa à remoção do fator etiológico; e o segundo, 
evitar a recontaminação dos tecidos periodontais após a remoção do agente 
etiológico. 
Inúmeros são os casos, que utilizam a cirurgia parendodôntica, sendo 
suas principais indicações: complicações anatômicas, drenagem, alivio de dor, 
problemas iatrogênicos, traumatismos, problemas periodontais, necessidade de 
biopsia, elementos estranhos na região apical, ápices incompletos ou dilatados, 
procedimentos protéticos após endodontia, falhas ou problemas no decorrer do 
tratamento, como perfuração radicular, canais não localizados, extravasamento 
de materiais, não regressão de lesões periapicais, entre outros (FAGUNDES et 
al., 2011). 
O planejamento ideal para a cirurgia parendodôntica demanda alguns 
fatores essenciais para o diagnóstico e manobra cirúrgica da lesão. Os exames 
complementares são indispensáveis à qualidade de informações necessárias 
para a remoção da lesão, como: o tamanho e extensão, a sua relação com 
estruturas anatômicas próximas, bem como o estado de comprometimento 
ósseo (JUNQUEIRA et al., 2011). 
2.2 MODALIDADES CIRÚRGICAS 
Diversas são as modalidades cirúrgicas que podem ser efetuadas, 
destacando-se: 
• Drenagem cirúrgica; 
• Curetagem perirradicular; 
11 
 
• Apicectomia; 
• Cirurgia com obturação simultânea do canal; 
• Obturação retrógrada; 
• Retroinstrumentação com retro-obturação; 
• Retroinstrumentação com retro-obturação associada à obturação 
retrógrada; 
• Canalização; 
• Rizectomia; 
• Odontosecção e 
• Tratamento cirúrgico dos cistos. 
O profissional deve avaliar cuidadosamente o caso para decidir qual 
modalidade cirúrgica será realizada (BERGER, 2018). 
2.2.1 Drenagem cirúrgica 
As infecções odontogênicas constituem um dos problemas mais difíceis 
de se tratar em Odontologia, podem variar desde infecções bem localizadas, de 
baixa intensidade, que exigem apenas tratamento mínimo, a infecções graves 
nos espaços fasciais que causam risco de vida (PETERSON et al., 2000). Na 
Medicina e na Odontologia, a resposta imune tem papel fundamental, na defesa 
contra agentes infecciosos e se constitui no principal impedimento, para a 
ocorrência de infecções disseminadas, habitualmente associadas, ao alto índice 
de mortalidade (JANEWAY, 2001). 
As infecções odontogênicas possuem duas origens principais: a 
periapical, em conseqüência da necrose pulpar e invasão bacteriana 
subseqüente do tecido periapical, e periodontal, resultante de uma bolsa 
periodontal profunda, que possibilita a inoculação das bactérias nos tecidos 
subjacentes (PETERSON et al., 2000). 
O objetivo principal é a eliminação do agente causal, a drenagem de pus 
e o desbridamento ou remoção de restos necróticos. O tratamento local diminui 
a população bacteriana, reduz a tensão nos tecidos melhorando o fluxo 
sanguíneo, melhora a condição local para atuação das defesas do hospedeiro e 
facilita a chegada de antibióticos (ARAÚJO; GABRIELLI; MEDEIROS, 2007). 
12 
 
Segundo Araújo, Gabrielli e Medeiros (2007), o tratamento cirúrgico é uma 
etapa fundamental, na abordagem inicial, do paciente portador de abcessos 
dentoalveolar e celulites severas. Nas celulites leves a moderadas, em pacientes 
saudáveis, não existe a necessidade de drenagem, pois apenas a eliminação da 
causa com antibioticoterapia associada promoverá a involução do processo. As 
incisões, quando indicadas, devem obedecer a determinados princípios: 
• ser realizada no ponto de flutuação, o mais inferiormente possível; 
• ser perpendicular à direção das fibras musculares; 
 • ser ampla o suficientepara possibilitar uma drenagem efetiva e abranger todos 
os espaços envolvidos. A regra geral é uma incisão por espaço acometido para 
se obter uma drenagem adequada e 
• envolver apenas pele e tecido celular subcutâneo ou mucosa oral. 
Essas infecções podem se tornar de difícil tratamento, quando estiverem 
associadas, com alguma alteração sistêmica, que permita menor eficácia das 
células de defesa do paciente (TONNESEN; KEHLET, 1999). 
 
FIGURA 1 – Infecções Odontogênicas. 
 
 
 
JARDIM et al., 2011. 
 
 
13 
 
FIGURA 2 – Infecções Odontogênicas – Drenagem. 
 
 
 
JARDIM et al., 2011. 
2.2.2 Curetagem perirradicular 
A curetagem perirradicular consiste na remoção de tecido patológico ou 
corpo estranho (material obturador extravasado e fragmento de instrumento) 
junto à área apical que está perturbando o reparo (BRAMANTE; BERBET, 1990). 
Segundo Verri (1981), curetagem ou curetagem perirradicular, consiste na 
remoção cirúrgica do tecido periapical, sem reduzir o comprimento da raiz. 
Bernabé e Holland (2004), Leal, Bampa, Poliseli (2005), reportaram que é 
um procedimento cirúrgico que tem a finalidade de remover tecido patológico em 
uma lesão no nível apical de um dente ou corpos estranhos na região periapical. 
Em algumas situações, em caso de necrose pulpar e lesão perirradicular, há 
formação de um biofilme periapical de difícil eliminação pelos procedimentos e 
medicamentos endodônticos convencionais. Essa camada é colonizada por 
bactérias, que podem perpetuar a lesão perirradicular. Desse modo, deve-se 
realizar a curetagem periapical a fim de remover o biofilme microbiano (KUGA; 
TANOMARU, 2005). 
A curetagem periapical é um procedimento bastante importante, tendo em 
vista que proporciona a remoção dos tecidos patológicos infectados, 
contaminados e necróticos. A análise histopatológica do material biológico 
14 
 
removido por curetagem é fundamental para a definição de um correto 
diagnóstico para a doença (SOUZA; FARIA; GOMES, 2012). 
Tal procedimento pode promover a drenagem de secreções e alívio da 
dor, além de contemplar: alterações anatômicas, problemas iatrogênicos, 
traumatismos, defeitos endo-periodontais e falhas em tratamento anteriormente 
realizado. Promove ainda, a possibilidade de contornar questões como a 
necessidade de fornecer material para biópsias (PENNA, 2011). 
2.2.3 Apicectomia 
A apicectomia é um procedimento cirúrgico recomendado por inúmeros 
autores para eliminar os deltas apicais, nem sempre visíveis nas radiografias e 
passíveis de estarem contaminados ou abrigarem material necrótico. Essas 
ramificações do canal principal têm sido citadas como uma importante causa de 
falhas após o tratamento endodôntico (INGLE, 1994). 
A apicectomia é a remoção cirúrgica da porção apical de um dente (LEAL; 
BAMPA; POLISELI, 2005). É indicada em inúmeras situações clínicas, tais como: 
lesões periapicais persistentes ao tratamento convencional, perfurações, 
instrumentos fraturados, remoção de deltas apicais (BERNABÉ; HOLLAND, 
2004). 
O corte da raiz é feito com broca troncocônica, disposta perpendicular ao 
eixo radicular, cortando-se o mínimo possível e efetuando o corte de distal para 
mesial em movimento de introdução e remoção, como se estivesse serrando a 
raiz. É importante lembrar que durante o corte, a broca deve ser refrigerada por 
meio de irrigação com soro fisiológico, evitando o aquecimento, o que pode levar 
à necrose da dentina e cemento da região apical, com futura reabsorção dessas 
estruturas. Concluído o corte, por meio de lima apical tipo Bramante, realiza-se 
alisamento na estrutura da extremidade da raiz, procurando dar a ela uma 
anatomia próxima à original. A guta-percha, que se apresenta no interior do canal 
deve ser ligeiramente aquecida e condensada para o interior deste, ficando a 1 
mm do extremo corte, evitando assim que, caso ocorra reabsorção apical, a guta-
percha fique extruída do nível radicular (BERGER et al., 2018). 
15 
 
FIGURA 3 – Apicectomia – Remoção do ápice radicular com ângulo aproximado de 
45 graus e a verificação do vedamento do canal após a apicectomia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OLIVEIRA et al., 2017. 
 
2.2.4Cirurgia com obturação simultânea do canal 
A obturação do canal radicular simultânea ao ato cirúrgico compreende 
a obturação tridimensional do canal radicular concomitante à exposição cirúrgica 
do ápice dental. Essa modalidade cirúrgica representa um importante recurso a 
ser empregado, dentro da cirurgia parendodôntica, desde que bem indicada 
(KUGA et al., 1992). 
A obturação do canal radicular simultânea, ao ato cirúrgico vem resolver 
aqueles casos rebeldes de extensas lesões periapicais crônicas, em que, além 
de estar o canal radicular bem instrumentado, já foram feitas várias trocas de 
curativo de pasta de hidróxido de cálcio, terapia antibiótica sistêmica e, mesmo 
assim, há a presença de exsudato inflamatório persistente, impedindo a 
conclusão do caso (LEONARDO; LEAL, 1998). 
A exposição cirúrgica do ápice facilita a biomecânica do canal radicular, 
permite uma obturação mais eficiente, com condensação vigorosa sem a 
preocupação de extravasamento de material obturador. Removendo-se o 
16 
 
material patológico do periápice, obtém-se um conduto ausente de exsudação, 
permitindo a completa obturação e regeneração do tecido de sustentação. O 
acesso cirúrgico ao ápice permite a eliminação de elementos estranhos, na 
região, como material obturador extravasado ou instrumento fraturado, ou ainda 
a remoção do ápice radicular fraturado (LEONARDO; LEAL, 1998; KUGA, 1992). 
 
FIGURA 4 – Cirurgia com obturação simultânea do canal. A - Radiografia panorâmica 
mostrando o dente 36 com gigantismo radicular e tratamento endodôntico insatisfatório. 
B - Obturação dos canais radiculares no momento da cirurgia.C - Radiografia Periapical 
de 8 meses em que se observa neoformação óssea completa na região exposta. 
 
 
SETTE-DIAS, MALTOS, AGUIAR, 2010. 
2.2.5 Obturação retrógrada 
A obturação retrógrada é uma técnica indicada em casos de 
inacessibilidade pela via coronária, pela obstrução por núcleo metálico, 
fragmentos de intrumentos, material obturador, defeitos de instrumentação, má 
formação anatômica e reabsorções internas. Essas alterações impedem o 
acesso ao canal radicular, resultando no comprometimento da cirurgia 
paraendodôntica mais simples, como a apicectomia (BERNARDINELI, 1993). 
A técnica de obturação retrógrada consiste na ressecção da porção apical 
radicular, seguida da confecção de uma cavidade e preenchimento da mesma 
com um material retrobturador (BERNABÉ; HOLLAND, 1998). 
De acordo com Zuolo, Ferreira e Gutmann (2000), o preparo apical 
remove os irritantes residuais, da porção apical do canal. Walton (2000) 
complementou que ele pode ser feito com instrumentos rotatórios ou por pontas 
17 
 
ultra-sônicas. Xavier e Zambrano (2001) relataram alto índice de sucesso 
quando a cavidade retrógrada era realizada com ultra-som. Danin et al., (1999) 
e Tobón et al., (2002) citaram em seus trabalhos o uso de brocas e Zuolo Ferreira 
e Gutmann (2000), pontas ultra-sônicas. As pontas ultra-sônicas apresentam 
vantagens de controle e facilidade de uso, e às vezes possibilitam uma menor 
remoção do ápice (MC DONALD; HOVLAND, 1997. WALTON, 2000). Segundo 
Chandler e Koshy (2006), o retropreparo ultra-sônico supre as principais 
deficiências dos preparos convencionais. 
O material retroobturador deverá selar hermeticamente o ápice 
seccionado e aprisionar os irritantes remanescentes, no interior do sistema de 
canais, promovendo o reparo cementogênico apical (MC DONALD; HOVLAND, 
1997; AZOUBEL, 1998; DANIN et al., 1999; CARR; BENTKOVER, 2000; 
WALTON, 2000; XAVIER; ZAMBRANO, 2001; CHANDLER; KOSHY, 2002). 
O material retroobturador deverá ser colocado mais profundo do que o 
limite mais coronal do bisel, para que os túbulos dentinários expostos desta área 
secomuniquem com o material retroobturador e não com o canal radicular, 
minimizando a infiltração apical (BARALDI; PURICELLI, 2000; XAVIER; 
ZAMBRANO, 2001; CHANDLER; KOSKY, 2002; CUNHA FILHO, 2003). 
2.2.6 Retroinstrumentação com retro-obturação 
A retroinstrumentação associada a retrobturação constitui uma das 
modalidades cirúrgicas empregadas, em que se realiza a instrumentação e a 
obturação do canal radicular por via apical, sendo utilizada principalmente em 
dentes portadores de lesão periapical cujo canal está deficientemente vedado e 
inacessível pelas vias convencionais (BRAMANTE, BERBERT, 
BERNARDINELI, 1992). 
Bramante et al. (1986), apresentaram uma técnica de retroinstrumentação 
com retrobturação na qual, após a instrumentação via apical, com limas 
endodônticas, a retrobturação é realizada com cone de guta-percha, selecionado 
de acordo, com o diâmetro do canal, envolvido pelo cimento obturador de 
escolha. 
18 
 
A retroinstrumentação com retrobturação está indicada, quando o acesso 
ao sistema de canais radiculares está inacessível pelas vias convencionais, 
tendo uma considerável extensão do conduto radicular não preparada e/ou 
obturada. Buscando aproveitar as boas qualidades biológicas e físico-químicas 
dos cimentos, que contêm hidróxido de cálcio ou óxido de cálcio em sua 
composição, podemos crer que eles seriam de grande utilidade nas cirurgias 
parendodônticas (BRAMANTE, BERBERT, BERNARDINELI, 1992; 
TONOMARU et al., 1993). 
 
FIGURA 5 – Retroinstrumentação com Retro-Obturação. 
 
 
 
Fonte: https://www.angelofreireendodontia.com.br/tratamentos/endodontia-cirurgica.html 
2.2.7 Retroinstrumentação com retro-obturação associada à 
obturação retrógada 
Com o intuito de alcançar um melhor vedamento apical e ao mesmo tempo 
selar a maior extensão possível do canal radicular Bramante, Berbert, 
BernardinelIi (1992), propuseram uma associação da técnica de retrobturação à 
obturação retrógrada. A vantagem dessa técnica sobre a anterior é que ela 
corrige algum defeito, que tenha persistido, com a retrobturação. 
19 
 
Ela é feita para conseguir melhor selamento apical, do que aquela que 
usa apenas obturação retrógrada ou a retrointrumentação com retro-obturação. 
Após a instrumentação e a obturação do canal, via apical, no local 
correspondente ao canal prepara-se a cavidade retrógrada e seu selamento com 
material retro-obturador (EBA, MTA). Esta modalidade é superior à anterior por 
propiciar duplo selamento na região apical (BERGER, 2018). 
O propósito da utilização de um material retrobturador é de selar ou vedar 
o remanescente radicular, para que não ocorram infiltrações, nem que resíduos 
de microrganismos migrem para o periápice. O material retrobturador deve 
possuir características ideais como não tóxico, não-mutagênico, biocompatível e 
insolúvel, uma boa adesão à estrutura dentária, capacidade seladora de longa 
duração, fácil, manipulação, radiopaco, estabilidade dimensional e não se alterar 
na presença de umidade (WINIK et al., 2006). 
Gonçalves e Bramante em um estudo comparativo em 2002 concluíram 
que na técnica de retroobturação observa-se que o cone de guta-percha é 
colocado passivamente no canal, fazendo com que o selamento marginal 
dependa da adaptação do cimento obturador entre o cone de guta-percha às 
paredes do canal, entretanto, na obturação retrógrada, a condensação do 
material retroobturador sobre a cavidade apical é mais efetiva, podendo-se 
relacionar a sua melhor capacidade seladora. 
FIGURA 6 - Retroinstrumentação com Retro-Obturação Associada à Obturação Retrógrada. 
 
 
 
Fonte: https://www.angelofreireendodontia.com.br/tratamentos/endodontia-cirurgica.html. 
20 
 
2.2.8 Canalização 
Canalização é uma modalidade cirúrgica, sendo uma variação da 
obturação retrógrada e está indicada para aqueles casos em que, por excesso 
de instrumentação em nível apical, ocorre a perda da parede vestibular do canal 
em grande extensão e na qual a apicectomia, com corte muito extenso da raiz, 
poderia comprometer a estabilidade do dente (BERGER, 2018). 
Na presença de desvio acentuado de instrumentação e em casos de 
perfurações, em forma de rasgos outra técnica de selamento retrógrado, 
conhecida como canalização, está indicada. É realizada pela remoção da parede 
vestibular do canal radicular com a confecção de uma canaleta - cavidade 
retrógrada classe II (VALE, BRAMANTE 1999). Será preenchida pelo material 
retrobturador (BRAMANTE, BERBERT 2000). 
2.2.9 Rizectomia 
A amputação radicular pode ser definida, como o ato de remover uma ou 
mais raízes dentárias, por meio de procedimentos cirúrgicos, executados em 
dentes implantados em seus alvéolos (CORTELLI et al.,2005). O procedimento 
cirúrgico de amputação radicular, a qual uma ou mais raízes serão removidas 
com o intuito de se eliminar a doença para preservação do elemento dental 
(LINDHE et al., 2010; GOLDMAN, ROSS, GOTEINER, 1986). 
Segundo Berger (2018), essa técnica está indicada quando uma das 
raízes se apresenta comprometida por uma perfuração cervical grande, 
reabsorção cervical, perda óssea acentuada e esse dente é parte integrante de 
uma prótese fixa. 
Essa técnica exige tratamento endodôntico do dente envolvido, o qual 
deve preferencialmente ser executado, antes da cirurgia ressectiva. Porém, 
como não há alterações morfológicas coronárias, esse tipo de procedimento não 
exige necessariamente reconstrução protética posterior (CATTABRIGA; 
PEDRAZZOLI; WILSON, 2000). 
21 
 
2.2.10 Odontosecção 
É outra modalidade bastante empregada, pela periodontia e tem as 
mesmas indicações, que a rizectomia. Neste caso, no entanto, secciona-se a 
raiz e a coroa, transformando, por exemplo, um molar em um pré-molar 
(BERGER 2018). 
Também está indicada para dentes multiradiculares. No caso dos molares 
inferiores, remove-se a raiz mesial ou a distal, dependendo daquela, que estiver 
comprometida. Nos molares superiores, em geral a remoção é da raiz 
mesiovestibular ou distovestibular, também dependendo daquela que estiver 
comprometida (BERGER 2018). 
 
FIGURA 7 – Odontosecção. A - Aspecto inicial, B- RX periapical inicial, C – Rx após ‘ 
Hemissecção dental. D – Aspecto final. 
 
 
 
 
PEREIRA et al., 2004. 
 
 
 
 
 
22 
 
2.2.11 Tratamento cirúrgico dos cistos 
As lesões císticas são tratadas de duas formas: tratamento endodôntico 
(conservador) e cirúrgico, sendo esse dividido em: enucleação, marsupialização 
e a descompressão (RIBEIRO et al., 2004). O tratamento endodôntico limita-se 
na maioria das vezes em resolução de pequenas lesões císticas ou como 
maneira de regressão parcial das lesões para o posterior tratamento cirúrgico. 
Já a enucleação é forma de eliminar totalmente a lesão, em um único tempo 
cirúrgico. 
A descompressão e a marsupialização se resumem, em um passo para o 
tratamento definitivo, em que o objetivo maior destas técnicas é realizar a 
redução do cisto para posterior enucleação (RIBEIRO et al., 2004). 
A enucleação consiste na retirada por completo da lesão cística, sem 
ruptura da cápsula fibrosa. Esta técnica deve ser realizada com cuidado, pois a 
remoção da peça por inteiro diminui as chances de recidiva. Sua principal 
vantagem é permitir o exame histopatológico integral da lesão além de 
proporcionar o tratamento adequado da lesão (FREITAS; ROSA; SOUSA, 2000; 
PETERSON et al., 2005). É um método pelo qual a lesão cística é movida, por 
inteira, sem que ocorra a ruptura. É o tratamento de escolha e deve ser 
empregada, em qualquer tipo de cisto dos maxilares, que possa ser removido 
sem sacrificar, desnecessariamente, as estruturas adjacentes (SHAFER, HINE, 
LEVY,1987). 
O tratamento dos cistos radiculares (> 3 cm) de grandes proporções 
consiste da aplicação da técnica de marsupialização. Trata-se da criação de uma 
janela cirúrgica, na parede do cisto de forma a promover esvaziamento do seu 
conteúdo e manutenção da continuidadeentre a lesão e a cavidade oral, seio 
maxilar ou cavidade nasal (MARZOLA, 2008). Este processo diminui a pressão 
intracística e promove a regressão da lesão e neoformação óssea (MARZOLA, 
2008). Está indicada em situações, em que há riscos de lesão às estruturas 
nobres (vasos, nervos, entre outras) e aos dentes vizinhos, bem como quando 
há possibilidade de fragilização de estruturas ósseas (IGREJA et al., 2005). A 
técnica cirúrgica é considerada simples: realiza-se uma incisão geralmente 
23 
 
circular e cria-se uma janela ampla, para comunicação da lesão com a cavidade 
oral, que é suturada junto à mucosa adjacente, e ao retirar parte da cápsula da 
lesão, ela já fornece material para o exame histopatológico (PETERSON, 2000) 
A técnica da descompressão consiste, na instalação de dispositivo 
cilíndrico ou dreno cirúrgico rígido e estéril adjacente à lesão, prevenindo a 
oclusão da mucosa, para que sejam realizadas irrigações intralesionais, para 
diminuir sua pressão interna, evitar o crescimento da lesão e estimular sua 
neoformação óssea (LAUREANO, CAMARGO, 2003). 
Segundo Pogrel (2004), o que difere as duas técnicas de marsupialização e 
descompressão é que na descompressão é necessária, a instalação de um 
artifício (dispositivo), para manutenção da abertura cirúrgica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
FIGURA 8 – Marsupialização – A- Radiografia inicial, B radiografia oclusal, C- Aspiração do 
conteúdo cistico, D – Cristal de colesterol proviniente da aspiração do conteúdo da lesão, E – 
Acesso a lesão cística, F – Estabelecimento da loja óssea e sutura da membrana do cisto com a 
mucosa, após a remo;cão de aproximadamente 1 cm de mucosa, tecido ósse e cápsula cística. 
G e H . Instalação de gaze idoformada no interior da loja cística 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FARIA et al,. 2013. 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
FIGURA 9 – Fase II – Enucleação. A- Aspecto inicial da área marsupializada do cisto, B – 
Descolamento mucoperiostal sobre a loja cística, C - Curetagem da lesão, D - Lesão cística 
removida completamente, E – Loja óssea pós tratamento de bordas e irrigação, F – Sutura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FARIA et al,. 2013. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
FIGURA 10 – Descompressão – A Radiografia ortopantomográfica inicial evidenciando lesão 
extensa em região mandibular, B – Fenestração óssea, C – Sonda Foley no 8 sutirada para 
descompressão, D- Radiografia ortopantomográfica (8 meses pós-operátorio). 
 
 
 
MENDONÇA et al., 2015. 
 
 
 
 
 
MENDONÇA et al., 2015. 
3 OBJETIVO 
Mencionar e descrever as possíveis técnicas cirúrgicas de cirurgia 
parendodôntica. 
4 MATERIAIS E MÉTODOS 
Este trabalho foi conduzido, por meio de pesquisa descritiva, realizando 
uma revisão de literatura na Universidade de Rio Verde (UNIRV - GO), entre os 
meses de fevereiro de 2020 até novembro de 2020, para a identificação dos 
estudos incluídos e considerados nessa revisão, realizou-se uma estratégia de 
busca detalhada nos bancos de dados: PubMed-Medline da United 
StatesNational Library of Medicine, Scielo – ScientificElectronic Library Online e 
Google Acadêmico. Foram usadas as palavras chaves: “cirurgia 
parendodôntica”, “modalidades cirúrgicas”, “apicectomia” e “parendodontic 
sugery”. Os critérios de inclusão foram artigos escritos, em língua portuguesa e 
estrangeira, sendo excluídos da pesquisa apenas os trabalhos que não 
descrevam as modalidades cirúrgica e os protocolos de tratamentos que fujam 
27 
 
do tema proposto e não demonstrem clareza do assunto pesquisado. Também 
foram utilizados livros disponibilizados em PDF na biblioteca da UNIRV. 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Esse trabalho teve como objetivo geral mencionar e descrever, as diversas 
modalidades cirúrgicas, na área parendodôntica, para sanar um problema, que não foi 
possível eliminar, com um tratamento endodôntico convencional, na tentativa de manter 
o elemento dentário. 
Através de um diagnóstico correto e a partir da técnica escolhida, para realizar o 
tratamento cirúrgico, é possível ter sucesso na cirurgia e um ótimo prognóstico. Sendo 
que qualquer técnica é válida, desde que se obtenha a finalidade, que é a eliminação 
do agente causal. 
Portanto, quanto aos índices de sucesso das cirurgias parendodônticas, são 
dependentes de inúmeros fatores: indicação da modalidade cirúrgica, materiais 
retrobturadores, qualidade prévia da obturação do canal radicular, tratamento da loja 
cirúrgica, execução da técnica cirúrgica, condições periodontais, entre outros aspectos. 
Em decorrência de todas as possibilidades de cirurgias citadas, é uma opção de 
tratamento válida, por ser mais conservadora, para o paciente que queira preservar a 
naturalidade dele mesmo, assim como também, sendo viável financeiramente 
comparando à outras opções de tratamentos. 
 
 
 
 
28 
 
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