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DOENÇAS REGIONAIS PARTE 4: FEBRE AMARELA G I O V A N N E N O B R E P R O D U T O R V E R I F I C A D O D O P A S S E I D I R E T O 2 0 2 3 FEBRE AMARELA Fisiopatologia Manifestações clínicas Diagnostico Tratamento •SFIHA: doenças que cursam com sinais e sintomas semelhantes (FA, dengue, hantavirose, leptospirose e malária) •Transmissão: Arbovirose •flavivírus (RNA) •Há dois ciclos de transmissão: o silvestre e o urbano. •Brasil (Silvestre) •Silvestre: primatas não humanos são os principais hospedeiros e a transmi- ssão ocorre por meio de picadas de mosquitos Haemagogus e Sabethes. (Homem: hospedeiro acidental) •Urbano: seres humanos são os principais hospe- deiros e o vetor é o mosquito Aedes aegypti. •Mosquitos são transmi- ssores e reservatórios da FA (uma vez infectados podem transmitir por toda a vida) •Periodo de Incubação: 3- 6 dias em média podendo chegar até 15 dias. •Viremia: 2 dias antes dos sintomas até 5 dia doença. •Período de infecção •Período de toxemia •Período de remissão •Viscerotrópico, principal- mente, fígado e pouco neurotrópico. •São fagocitadas e atingem sangue, linfonodos (viremia), •No fígado, afeta células de Kupffer < 24h, gera esteatose e apoptose (cor- púsculos de Councilman) •Cai no sangue, infecta baço, coração e rins, provoca vasculite infecciosa, lesa microcirculação, gera alterações hemodinâmicas por hipóxia e extravasa plasma. •Nos rins, há necrose, apoptose e oligúria secundária à necrose tubular (albuminúria). •No coração, há lesão direta miocárdica, contribui ao choque. • Amplo espectro: casos assintomáticos até casos graves e fatais. •Aproximadamente 50% assintomático, porém 20- 40% pode desenvolver quadro grave. •Apresentação bifásica: No início, há febre alta e pulso lento em relação à temperatura (sinal de Faget), calafrios, cefaleia intensa, mialgias, prostra- ção, náuseas e vômitos, durando cerca de 3 dias. Após esse quadro inicial, há remissão da febre e melhora dos sintomas (hrs- 2 dias). Em casos graves, surgem, a seguir, icterícia, fenômenos hemorrágicos e choque. •Periodo de incubação Periodo de infecção (2-4d) Sintomas inespecíficos (febre, cefaleia, mialgia, lombalgia, vômitos e sinal de Faget). Periodo de remissão (4-6hrs) Pode evoluir para cura ou Periodo toxemico: insufi- ciência hepatorrenal, icterícia, sangramentos, choque, intensificação dos sintomas. Sinal de Faget •Êndemica na Amazônia legal. •Epizootias extra- amazonicas (centro-oeste, sudeste e nordeste-Bahia) Fatores relacionados aos surtos: altas temperaturas, pluviosidade, alta densidade de hospedeiros e vetores e falta de cobertura vacinal. •Sazonalidade: dezembro a maio. •PCR (método de escolha): realizado até o 10 dia de sintomas •Apartir do sétimo dia a sorologia pode ser empregada para detecção de anticorpos específicos. •A alteração mais típica é certamente a elevação das aminotransferases (TGO>TGP) •Elevação de bilirrubinas (Bilirrubina Direta) •Hemograma: leucopenia e plaquetopenia •Dano renal (elevação de creatinina e ureia) •Insuficiencia hepatorrenal: icterícia, oliguria, albuminuria. •Caso suspeito: não vacinado com quadro febril agudo e exposição a área de risco (15dias) •Controle dos sintomas e hidratação, além de terapia de suporte em casos graves. Tratamento suportivo: analgesia (evitar paraceta- mol), hemodiálise e ventilação protetora. IBP (evitar sangramento do trato difestivo), transfusão de hemoderivados. •Não há antiviral eficaz para o tratamento. •Ácido acetilsalicílico (AAS) e anti-inflamatórios não esteroidais são sempre contraindicados. •Vacina para FA (vírus vivo atenuado) •Casos leves (s/sinais de alarme e gravidade): UBS e ambulatorial e reavaliados após 48 horas de cessar a febre. •Casos moderados (sinais de alarme: vômitos, diarreia, dor abdominal): internação hospitalar •Casos graves (sinais de gravidade: oliguria, coma, convulsão, sangramento, dispneia, hipotensão): UTI
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