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DOENÇAS REGIONAIS PARTE 5: ESQUISTOSSOMOSE G I O V A N N E N O B R E P R O D U T O R V E R I F I C A D O D O P A S S E I D I R E T O 2 0 2 3 ESQUISTOSSOMOSE Fisiopatologia Manifestações clínicas Diagnostico Tratamento •’’Xistose’’, ‘’barriga da água’’, doença dos caramujos. •Verminose: trematódeo: Schistosoma mansoni •Verme digenético: (M/F) •Reproduçao assexuada e sexuada (ovos) •Ovos: interior contém o miracídio •Espículas: fator de patogenicidade, auxiliando na fixação dos ovos no sistema porta e mucosa intestinal. •Hospedeiro definitivo: H •Hospedeiro interme- diário: Caramujo Biom- phalaria. •Vetor: água (lagoas) •FR: atividades de pesca- ria, banhos em açudes, atividades em lagoas de ‘’coceira’’ •Ciclo: indivíduo em contato com água conta- minada larva cercaria penetra na pele Disseminam pelo sangue fígado (maturam as formas adultas) reprodução sexu- ada ovos (fezes) miracidios contaminam o caramujo cercarias. •Endêmica em cidades do NE (AL, BA, PB, PE, RN) •Anamnese: banho em lagoas. Interior destes estados. •Doença de notificação compulsória em casos suspeitos e confirmados (semanal). •Areas não endêmicas: notificar qualquer forma •Areas endêmicas: notificar apenas formas graves •Profilaxia: •Melhora das condições sanitárias •Controle dos caramujos •Tratamento precoce dos infectados •Educação em saúde. •AGUDA (Febre de Katayama): 1-Cercarias penetram na pele (mmii) de indivíduos expostos assintomático ou desenvolver dermatite cercariana. 2-Cercarias atingem a corrente sanguínea e lifatico e promovem uma intensa resposta inflama- tória (febre, eosinofilia, linfadenopatia) 3-Passam para a circulação pulmonar pneumonite eosinofilica (tosse seca e dispneia) 4-Migram para a veia porta (maturam em vermes adultos), provocando inflamação intensa (fibrose) e hiper- tensão portal. (hepatoesplenomegalia) 5-Podem migrar para o plexo venoso medular e causar obstrução (mielo- radiculopatia esquistosso- matica). CRÔNICA: deposição de ovos na veia porta, se adere aos tecido e induz resposta inflamatória TH2 e posteriormente fibrose. Os ovos podem ser depositados na veia mesentérica •Os ovos podem ser depositados na veia mesentérica (inflamação- diarreia e dor abdominal) •Ovos depositados na veia porta (inflação e fibrose periportal: fibrose de symmers) •Fibrose pode levar a hipertensão portal (hepatoesplenomegalia, ascite, varizes (esofágicas, retais, gástricas). •Manifestações clínicas da fase crônica: principal e a hipertensão portal •Intra-hepatica (pre- sinusoidal) Manifestaçoes clínicas: •Aumento das pressões nas veias tributarias da porta: •Esplênica: esplenomegalia •Varizes (esofágicas, retais, gástricas) •Cabeça de medusa •Ictericia é rara •Não danifica hepatócitos (transaminasas e albumina normais) •Testes parasitológicos diretos: •Kato-katz: ovos presentes nas fezes (qualitativo e quantitativo) ideal 3 amostras (seriada). •Biopsia retal e hepática: observação dos ovos e do granuloma (fibrose de Symers), invasivo, desuso, indicado quando há dúvida •Testes sorológicos: Imunoflorescencia indireta e ELISA. (uso em áreas de baixa endemicidade) podem apresentar falsos positivos por reação cruzada. • Doença negligenciada •Praziquantel (primeira opção) •Age nos canais de Na e Ca dos vermes, gerando paralisia (vermicida e ovicida) •Efeito na atividade inflamatória e fibrose •Oxaminiquina •Melhor momento para tratamento: fase aguda •Contra-indicações: gestantes, durante amamentação, crianças menores a 2 anos, insuficiência hepática e renal. •Controle de cura: repetir kato-katz após 4 meses (seriada) •Corticoides podem ser utilizados na forma grave ou com mielite esquistossomotica •IBP: para pacientes com risco de HDA