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No Brasil, a doença é popularmente conhecida como xistosa, doença do caramujo ou barriga d’água. Gênero Biomphalaria, moluscos de água doce, são os hospedeiros intermediários do Schistosoma mansoni. FORMAS MORFOLÓGICAS Ovos Miracídio Cercária Vermes adultos OVOS 1 semana – se tornam maduros (presença de um miracídio formado); Expectativa de vida: 24h – fezes líquidas 5 dias – fezes sólidas MIRACÍDIO Primeiro estágio de vida livre; Forma infectante para o caramujo → hospedeiro intermediário; 1 miracídio produz 300 mil cercarias; CERCÁRIA Segunda estágio de vida livre; Forma infectante para o hospedeiro definitivo; Sobrevive de 36 a 48 horas, porém sua atividade infectante é maior nas primeiras 8 horas; VERMES ADULTOS Vivem na luz dos vasos sanguíneos do homem; No homem aloja-se no sistema porta, realizando a ovoposição nos ramos terminais da via mesentérica inferior, e principalmente, nas vênulas da parede do intestino, plexo hemorraidário; Vivem em média no organismo humano de cinco a seis anos. Entretanto em alguns casos podem sobreviver até 30 anos. schistosoma mansoni AULA 8 – PARASITOLOGIA CLÍNICA esquistossomose CICLO BIOLÓGICO 1) O ovo do S. mansoni é eliminado pelas fezes de indivíduos infectados; 2) Ao entrarem em contato com a água, os ovos liberam o miracídio estimulado pela ação da temperatura alta, luz intensa e oxigenação da água; 3) Os miracídios, após penetrar o tecido do caracol (Biomphalaria sp.), se transformam em um saco com células germinativas (esporocisto); 4) Os esporocistos iniciam uma intensa multiplicação, que darão origem às cercarias; 5) As cercarias são liberadas pelo caracol na água e ficam livres; 6) As cercarias vão parasitar o homem através de penetração ativa na pele; 7) Após a penetração, por ação mecânica ou lítica, promovem a penetração do corpo cercariano e se tornam esquitossômulos; 8) Os esquitossômulos adaptam-se às condições fisiológicas do meio, migram pelo tecido subcutâneo, ganham circulação venosa, chegando ao sistema porta, podendo seguir a via sanguínea; 9) No sistema porta-hepático a maturação ocorre, originando machos e fêmeas que irão se reproduzir; 10) Os ovos que são eliminados pelas fezes contêm os miracídios viáveis, que eclodem e liberam no meio; 11) As cercarias que saem do caramujo nadam até um novo hospedeiro. HABITAT Vermes adultos – sistema porta intra-hepático Acasalamento e postura – plexo hemorroidário terminais da veia mesentérica inferior TRANSMISSÃO Penetração ativa das cercarias na pele ou mucosas; PATOGENIA Todas as formas do parasita podem desencadear algum tipo de sintomatologia no paciente. CERCÁRIA Comichão (coceira), erupção urticariformes, eritema, edema, pápulas e dor Reinfecções – hipersensibilidade – mastócitos (liberação de histamina) – eosinófilos, sistema complemento e IgE. Dermatite cercariana – imunidade concomitante (memória imunológica) – destruição de cercarias e esquistossômulos (pele e pulmões). ESQUISTOSSÔMULOS Com 3 dias estão no pulmão e com 2 semanas nos vasos do fígado – sistema porta; Linfadenia generalizada, febre, aumento do baço e sintomas pulmonares; VERMES ADULTOS Vermes mortos – lesões extensas e circunscritas – fígado; Espoliam 2,5 mg Fe/dia; VERMES MORTOS Ação mecânica e processos inflamatórios – lesões extensas; OVOS Antígeno solúvel excretado pelos poros do ovo – reação inflamatória granulomatosa. Fase I: necrótica – exsudativa fase necrótica exsudativa – necrose em volta do ovo eosinófilo, neutrófilo e histiócitos material eosinofílico – fenômeno de Hoeppli Fase II: Produtiva ou de reação histiocitária início de reparação da área necrosada Fase III: Cura ou fibrose granuloma endurecido – nódulo calcificação do ovo ou absorção – granuloma desaparece GRANULOMAS ESQUISTOSSOMOSE AGUDA Fase Pré-Postural (10 a 35 dias) Não apresenta sintomatologia clínica Ou quando apresenta, são sintomas brandos como diarreia e febre Acontece a partir da infecção até o momento antes da postura dos ovos Fase Aguda (50 a 120 dias) – Toxêmica Enterocolite aguda Granulomas Emagrecimento, sudorese, calafrios, febre alta Fenômenos alérgicos, diarreia com cólicas Hepatoesplenomegalia discreta Linfadenia, leucocitose com eosinofilia Aumento das globulinas e transaminases ESQUISTOSSOMOSE CRÔNICA Intestino (fibrose alça retossigmóide); Fígado – formação de granuloma – fígado aumentado – fibrose; Esplenomegalia – hiperplasia do tecido reticular e células do SMF (congestão ramo esplênico); Varizes esofagianas – circulação colateral intra- hepática anormal. Esôfago tenta compensar a circulação portal obstruída e diminuir a hipertensão portal; Ascite – formas hepatoesplênicas graves, alterações hemodinâmicas (hipertensão); SCHISTOSOMA MANSONI Forma hepática: No início, o fígado aumentado e doloroso à palpação. Os ovos prendem-se nos espaços porta, com a formação de numerosos granulomas. Endoflebite – fibrose periportal – obstrução dos ramos intra-hepáticos da veia porta – formação de trombos – hipertensão portal. Forma esplênica: devido a congestão do ramo esplênico – esplenomegalia consequências: desenvolvimento da circulação colateral anormal intra-hepática e de anastomoses do plexo hemorroidário, umbigo, esôfago, região inguinal. formação de varizes esofagianas. DIAGNÓSTICO Hoffman; Kato-Katz diagnóstico qualitativo e quantitativo e controle epidemiológico Biópsia da raspagem da mucosa retal; Ultrassonografia; Intradermorreação (0,5 mL Ag) - 1,2cm adultos e 1,0 em crianças; Reação de Fixação do complemento; Hemaglutinação Indireta; RIFI; ELISA; PCR. TRATAMENTO Mansil ® (oxamniquina): é um anti-helmíntico indicado para o tratamento oral de todas as formas de infecções por S. mansoni incluindo todos os estágios de infecções (fase aguda e a fase crônica com comprometimento hepatoesplênico).
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