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Cursos Superiores de Licenciatura História da Educação Brasileira – Material 5 Prof. Douglas Lemos Educação no Brasil Império 1º período – 1800 - 1830. • No século XIX, não há política de educação sistemática - mudanças para resolução de problemas imediatos; • Criados cursos para atender às novas necessidades: Academia Real da Marinha (1808), Academia Real Militar (1810), Cursos médico- cirúrgicos (1808), Cursos Avulsos - economia, agricultura, Cursos Jurídicos (1827); Educação no Brasil Império 1º período – 1800 - 1830. • Em 1824 é outorgada a primeira Constituição brasileira. O Art. 179 desta Lei Magna dizia que a "instrução primária e gratuita para todos os cidadãos“; • Institui-se o Método Lancaster, ou do "ensino mútuo", onde um aluno treinado (decurião) ensina um grupo de dez alunos (decúria) sob a rígida vigilância de um inspetor. • Em 1826, um Decreto institui quatro graus de instrução: Pedagogias (escolas primárias), Liceus, Ginásios e Academias; • Em 1834, o Ato Adicional à Constituição dispõe que as províncias passariam a ser responsáveis pela administração do ensino primário e secundário; • Em 1872, Brasil contava com uma população de 10 milhões de habitantes e apenas 150.000 alunos matriculados em escolas primárias. O índice de analfabetismo era de 66,4%; Educação no Brasil Império A ênfase está no Ensino Superior • Descaso com outros níveis de educação; • Ainda assim, cursos superiores permanecem isolados, não havendo a formação de universidades; • Educação - elitista e aristocrática; • Enobrecimento da educação - distância do trabalho físico (escravo) do erudito; • Ensino elementar e médio se arrastam por todo o século XIX de forma desagregada. Educação no Brasil Império 2º Período –1830 a 1860. • Relatórios Lino Coutinho (1831-1834): vídeo na Midiateca; • Reforma do Ensino (1834): poder central promove e regulamenta o ensino superior, e as províncias promovem à educação elementar e secundária - descentralização do ensino; Educação da elite - Cargo da coroa; Educação do povo - Cargo das províncias; • Fracionamento da educação, sem eixo unitário - dualidade de sistemas; Educação no Brasil Império 2º Período – 1830 a 1860. • Não há currículo mínimo, escolha de disciplinas é aleatória, não há exigências de se completar um curso para se iniciar outro; • São as exigências do ensino superior que irão determinar as disciplinas do ensino médio - preparação à faculdade; • Ensino Médio: 1º) professores particulares, em aulas avulsas; 2º) Liceus provinciais. Educação no Brasil Império 2º Período – 1830 a 1860. • Em 1837 é fundado Colégio D. Pedro II, a cargo da Coroa - padrão de ensino; • Único autorizado a realizar os exames necessários, indispensáveis ao acesso aos cursos superiores. Educação no Brasil Império 3º Período – 1860 a 1890. • Iniciativa particular se organiza - colégios católicos; • Educação leiga (desorganizada e em nº reduzido) e educação particular e religiosa; • Grande parte da população é analfabeta; • Educação não é meta prioritária; • Constituição de 1824: sistema nacional de educação - instrução elementar (ler, escrever e contar); Educação no Brasil Império 3º Período – 1860 a 1890. • Fundadas as Escolas Normais - melhorar a formação de mestres; • Ensino técnico é precário; • Descaso pela educação popular e profissional; • Educação feminina: desperta algum interesse apenas no final do século; maioria das mulheres vivia em situação de dependência e inferioridade; Educação no Brasil Império 3º Período – 1860 a 1890. • Famílias mais abastadas - cuidavam da instrução de suas mulheres - noções de leitura, prendas domésticas, boas maneiras; • Escolas religiosas - se ocupam da educação feminina; • Mesmo as escolas normais, logo que surgiram, eram destinadas aos rapazes; só em 1876 foi criada sua seção feminina; Educação no Brasil Império 3º Período – 1860 a 1890. • Final do Império: Na última parte do século ocorreu surto industrial, fortalecimento da burguesia urbana, política imigratória, abolição da escravatura, queda da monarquia e proclamação da República; • Ideologicamente, a ideologia católica enfrenta oposição do positivismo e ideologia liberal leiga - libertação dos escravos e proclamação da República; Educação no Brasil Império 3º Período – 1860 a 1890. • Na educação, positivismo intensifica a luta pela escola pública, leiga e gratuita - Benjamin Constant, Luís Pereira Barreto, Miguel Lemos e Teixeira Mendes; • No fim do Império, apesar das esperanças, a educação continua em situação muito precária. Educação no Brasil República Primeira República (1889 – 1930). • Na organização escolar, percebe-se influência da filosofia positivista; • A Reforma de Benjamin Constant tinha como princípios orientadores a liberdade e laicidade do ensino, como também a gratuidade da escola primária. Esses princípios seguiam a orientação do que estava estipulado na Constituição brasileira; • Substituir a predominância literária pela científica; • Percentual de analfabetos no ano de 1900, segundo o Anuário Estatístico do Brasil, do Instituto Nacional de Estatística, era de 75%; • É fundada a Academia Brasileira de Letras por Machado de Assis. Educação no Brasil República Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova • O "Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova" consolidava a visão de um segmento da elite intelectual que, embora com diferentes posições ideológicas, vislumbrava a possibilidade de interferir na organização da sociedade brasileira do ponto de vista da educação. • Redigido por Fernando de Azevedo, o texto foi assinado por 26 intelectuais, entre os quais Anísio Teixeira, Afrânio Peixoto, Lourenço Filho, Roquette Pinto, Delgado de Carvalho, Hermes Lima e Cecília Meireles. • Ao ser lançado, em meio ao processo de reordenação política resultante da Revolução de 30, o documento se tornou o marco inaugural do projeto de renovação educacional do país. • Além de constatar a desorganização do aparelho escolar, propunha que o Estado organizasse um plano geral de educação e defendia a bandeira de uma escola única, pública, laica, obrigatória e gratuita. • O movimento reformador foi alvo da crítica forte e continuada da Igreja Católica, que naquela conjuntura era forte concorrente do Estado na expectativa de educar a população, e tinha sob seu controle a propriedade e orientação de parcela expressiva das escolas da rede privada. Educação no Brasil República Era Vargas (1937 - 1945). • Outorgada a Constituição de 1937, refletindo tendências fascistas, sugerindo a preparação de um maior contingente de mão de obra para as novas atividades abertas pelo mercado, enfatizando o ensino pré- vocacional e profissional; • Propõe que a arte, a ciência e o ensino sejam livres à iniciativa individual e à associação ou pessoas coletivas públicas e particulares, tirando do Estado o dever da educação; • Mantém a gratuidade e a obrigatoriedade do ensino primário, obrigando o ensino de trabalhos manuais em todas as escolas normais, primárias e secundárias; • Clara distinção entre trabalho intelectual para as classes mais favorecidas e o trabalho manual (ensino profissional) para as classes mais desfavorecidas; • Criadas as Leis Orgânicas do Ensino (Reforma Capanema - estruturou o ensino industrial e reformou o ensino comercial); • Criado o SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (ensino profissionalizante).