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Tendências Pedagógicas 1549-1759 •Primeiro período •Monopólio da vertente religiosa da pedagogia tradicional 1759-1932 •Segundo período •Coexistência entre as vertentes religiosa e leiga da pedagogia tradicional 1932-1969 •Terceiro período •Predomínio da pedagogia nova 1969-2001 •Quarto período •Configuração da concepção pedagógica produtivista Para entender... 1500 Chegada dos Portugueses 1549 Jesuítas Humanismo clássico 1759 Expulsão dos Jesuítas Ensino Laico Educação Tradicional Escola Nova 1920 1549 Não diretiva 1960 1964 Tecnicista Libertadora Libertária Crítico Social dos conteúdos 1970 1808 1º Constituição 1985 Fim da ditadura militar https://youtu.be/qxXk9ZWrXTc 1760 Aulas Régias 1932 Manifesto dos Pioneiros 1961 LDBEN 4024/61 1964 Ditadura Militar https://www.youtube.com/watch?v=13ojrNgMChk https://youtu.be/qxXk9ZWrXTc https://www.youtube.com/watch?v=13ojrNgMChk Início de tudo... • Qual o objetivo? "Devemos olhar para a história da Educação pelo tripé de quem faz (o homem), o contexto e o produto (o que foi feito), sempre com a perspectiva de entender o presente", ressalta Gisela Wajskop Período Jesuítico • Qual o objetivo? • Quem era o responsável? • De quem era o interesse? • Era para todos? O Padre Manoel da Nóbrega e mais 4 jesuítas. Em 1553 chegou ao Brasil o Pe. José de Anchieta, o santo da terra brasileira, colonizador, bandeirante, educador, poeta, missionário. Outro jesuíta historicamente importante, nesse início de vida brasileira, foi o Pe. Antônio Vieira, sem dúvida o maior orador sacro do século XVII. oram responsáveis pela fundação de colégios, escolas, igrejas, capelas – onde os nativos e descendentes de portugueses recebiam instrução e formação. Em 200 anos de desenvolvimento pacífico, a Companhia de Jesus tornou-se a maior educadora e missionária do Brasil. No ano de 1750, a Província dos Jesuítas no Brasil contava com 131 casas, sendo delas 17 colégios. Havia 55 missões entre os índios. Não havia uma formação específica para que um padre se tornasse professor. "Bastava saber ler e escrever, mas principalmente conhecer as Sagradas Escrituras, já que a escola era quase um sinônimo de sacristia e estudar significava se tornar um bom cristão", comenta Marisa. O método consistia em ouvir e repetir o que os sacerdotes ensinavam. "Quanto mais fiel aos ensinamentos, melhor", complementa Ferreira Jr. Ratio Studiorum 1759 – Expulsão dos Jesuítas • Qual o objetivo? • Quem era o responsável? • De quem era o interesse? • Qual foi o motivo? Sebastião José de Carvalho e Melo A medida em que crescia a influência dos jesuítas na ordem social da colônia, bem como seu poder econômico nos aldeamentos, os jesuítas foram ficando cada vez mais autônomos em relação ao Estado e à própria Igreja Católica. Por esse motivo, a Coroa portuguesa passou a ver neles uma ameaça ao seu poderio. Os conflitos foram crescendo em intensidade. Os jesuítas encontravam-se dessa forma isolados. Assim, no ano de 1759, centenas de jesuítas foram expulsos do Brasil, pelo secretário de estado português: o Marques de Pombal. O que acabou desestruturando por completo a ordem dos jesuítas no Brasil, gerando grandes prejuízos para os aldeamentos indígenas, para a educação e o ensino na colônia. O Marquês de Pombal eliminou os métodos de ensino da Companhia de Jesus, que o mesmo dizia ser detentora de um poder e uma autonomia econômica que deveria ser devolvido à Portugal; e ainda, os jesuítas educavam os colonizadores cristãos a serviço da ordem religiosa da Igreja, não dando muita importância as verdadeiros interesses da Coroa Portuguesa. Os 22.589 jesuítas que trabalhavam em 669 Colégios e Universidades, em 61 noviciados, 340 residências religiosas, 171 seminários, 1.542 igrejas e 271 missões em todo o mundo foram proibidos de viver em comunidade e, em certos casos, até de exercer o seu ministério sacerdotal. A Companhia de Jesus teve que permanecer oculta e inativa durante 41 anos. 1774 – Aulas Régias Em 1760, foi realizado o primeiro concurso para professores públicos (ou régios), em Recife (leia a linha do tempo na página seguinte), mas as nomeações demoraram e o início oficial das aulas só ocorreu em 1774, no Rio de Janeiro. Diante disso, quem tinha condições recorria a professores particulares. Depois que o ensino engrenou, a etapa inicial, chamada de "estudos menores", era formada pelas aulas de ler, escrever, contar e humanidades (gramática latina, grego etc.). Era a primeira vez que a Educação era responsabilidade estatal e objetivava ser laica, mas o catolicismo ainda continuava muito presente. Para se tornar professor, não havia uma formação específica. Por isso, eram selecionados os que tinham alguma instrução, muitas vezes padres. O ensino se torna estatal e os professores são muito cobrados, mas pouco recompensados 1808– Chegada da família Real A partir de 1808, com a chegada da família real, a educação começou a tomar novo rumo, isso porque a Corte portuguesa, instalada no Brasil, precisava criar estrutura para dar suporte à nova administração da Colônia. Poucas foram as realizações nesse seguimento, mas importantes para aquele momento político. Na fase monárquica, de 1808 a 1889, a educação não era prioridade para o Estado, uma vez que homens letrados colocavam em risco a própria soberania. Somente a partir de 1889, com a Proclamação da República, a educação passou a ser prioritária, em decorrência do nível de desenvolvimento da época, que exigia cidadãos preparados, intelectualmente, para ocupar cargos na administração pública e também no setor privado. Novas classes sociais se engendravam e demandavam ensino de qualidade para seus filhos. 1889– Proclamação da República Com a Proclamação da República, o Brasil adotou o federalismo e o poder, até então centralizado no imperador, foi dividido entre o presidente e os governos estaduais. O período foi marcado pelo desenvolvimento da indústria, pela reestruturação da força de trabalho - não mais escrava - , pelas greves operárias e pela Semana de Arte Moderna. No mundo, aconteceu a Revolução Russa, a Primeira Guerra Mundial e a queda da bolsa de Nova York. Essas transformações tiveram ecos na Educação. A ideia do ensino como direito público se fortaleceu e surgiram modelos que se perpetuaram. o Brasil, com a Constituição de 1891, a União ficou responsável apenas pela Educação no Distrito Federal (então, o Rio de Janeiro). Primeira República: um período de reformas Linha do tempo 1500 Chegada dos Portugueses 1549 Jesuítas Humanismo clássico 1759 Expulsão dos Jesuítas Ensino Laico 1599 Ratio Studiorum Ensino tradicional 1760 1º Concurso para professores 1808 Chegada da família Real 1889 Proclamação da República /novo modelo de escola Ensino propedêutico e elitista 1824 1ª Constituição 1827 Escolas de primeiras letras 1891 Estados responsáveis pela educação básica e União pelo Ensino Superior Nos três séculos de colonização portuguesa no Brasil, novas identidades culturais foram forjadas graças à atuação da Igreja Católica. A Educação, considerada como prática cultural, apresentou as seguintes características, EXCETO: (A) a Educação esteve sob a tutela dos jesuítas que aplicaram um método de ensino que valorizava a gramática, a expressão culta e a memorização com vistas a inserir os colonos na cultura portuguesa; (B) a ação da Igreja Católica é marcada por uma relação entre catequese e Educação, sendo que esta apresenta o objetivo de aculturar as populações indígenas; (C) o código de ensino Ratio Studiorum pautou a organização do ensino dos colégios fundados e dirigidos pela Companhia de Jesus no Brasil colonial; (D) Anchieta produziu poesiae teatro fundamentados no respeito à diversidade cultural indígena, o que garantiu a preservação dos mitos e práticas culturais desses povos; (E) as Ordens Beneditinas e Franciscanas também participaram no processo de Educação, porém sem o apoio oficial da Coroa portuguesa e sem recursos suficientes que garantissem uma ação sistemática “Bora” pensar... Nos três séculos de colonização portuguesa no Brasil, novas identidades culturais foram forjadas graças à atuação da Igreja Católica. A Educação, considerada como prática cultural, apresentou as seguintes características, EXCETO: (A) a Educação esteve sob a tutela dos jesuítas que aplicaram um método de ensino que valorizava a gramática, a expressão culta e a memorização com vistas a inserir os colonos na cultura portuguesa; (B) a ação da Igreja Católica é marcada por uma relação entre catequese e Educação, sendo que esta apresenta o objetivo de aculturar as populações indígenas; (C) o código de ensino Ratio Studiorum pautou a organização do ensino dos colégios fundados e dirigidos pela Companhia de Jesus no Brasil colonial; (D) Anchieta produziu poesia e teatro fundamentados no respeito à diversidade cultural indígena, o que garantiu a preservação dos mitos e práticas culturais desses povos; (E) as Ordens Beneditinas e Franciscanas também participaram no processo de Educação, porém sem o apoio oficial da Coroa portuguesa e sem recursos suficientes que garantissem uma ação sistemática “Bora” pensar... A respeito da história da organização da Educação brasileira é correto afirmar que: (A) As primeiras escolas de ler e escrever brasileiras foram criadas pelos missionários protestantes que chegaram ao Brasil; (B) O ensino jesuítico visou um ensino baseado em aulas régias; (C) No período imperial, são criadas as primeiras escolas normais para a formação de professores; (D) No período da ditadura militar, a política da Educação brasileira primava por um ensino libertador e crítico; (E) A LDB 9394/96 é a quinta LDB promulgada no Brasil. “Bora” pensar... A respeito da história da organização da Educação brasileira é correto afirmar que: (A) As primeiras escolas de ler e escrever brasileiras foram criadas pelos missionários protestantes que chegaram ao Brasil; (B) O ensino jesuítico visou um ensino baseado em aulas régias; (C) No período imperial, são criadas as primeiras escolas normais para a formação de professores; (D) No período da ditadura militar, a política da Educação brasileira primava por um ensino libertador e crítico; (E) A LDB 9394/96 é a quinta LDB promulgada no Brasil. “Bora” pensar... As ideias positivistas ganharam força com a reforma de 1890, organizada por Benjamin Constant (1833-1891). Adepto das teses do filósofo francês Auguste Comte (1798-1857), ele foi nomeado chefe do Ministério da Instrução Pública, Correios e Telégrafos - primeiro órgão desse nível a se ocupar da Educação. Propôs mudanças nos ensinos primário (de 7 a 13 anos) e secundário (de 13 a 15 anos) do Distrito Federal, priorizando disciplinas científicas como Matemática e Física, em detrimentos das humanas - que eram o foco das escolas de primeiras letras, criadas no Império. A resistência da elite e da Igreja católica impediram que o projeto de Constant avançasse, mas ele abriu espaço para outras propostas. A que alcançou maior êxito foi a reforma paulista, implementada de 1892 a 1896. Ela tinha como base a criação dos grupos escolares. Esse modelo - que foi replicado na maioria dos estados - reunia em um mesmo espaço as antigas escolas de primeiras letras. O ensino passou a ser organizado em séries e os estudantes foram divididos por faixa etária. Ideias positivistas O Positivismo é uma corrente filosófica que surgiu na França no início do século XIX. Ela defende a ideia de que o conhecimento científico seria a única forma de conhecimento verdadeiro. A partir desse saber, pode-se explicar coisas práticas como das leis da física, das relações sociais e da ética Escola Nova Educação para todos A ideia de uma Educação para todos só ganhou força na década de 1920. Nesse período, se destacaram os pioneiros da Escola Nova - Anísio Teixeira (1900-1971), Fernando de Azevedo (1894-1974), Lourenço Filho (1897-1970) e outros -, que defendiam a escola pública e laica, igualitária e sem privilégios. Preocupado com o fato de metade da população de 7 a 12 anos estar fora da escola e com um baixo orçamento, ele propôs uma etapa inicial de dois anos (equivalente ao começo do Ensino Fundamental atual), gratuita e obrigatória. Incomodada com a perda de espaço, a Igreja católica também orquestrou uma reação, pressionou os governos para o restabelecimento do ensino religioso, publicou livros didáticos e artigos em revistas e jornais e continuou a atuar na formação de professores. Da mesma maneira, as elites tentavam reconquistar seu poder. De outro lado, os escolanovistas cresciam cada vez mais e se preparavam para a publicação do Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, em 1932, já no governo de Getúlio Vargas (1882-1945). Anísio Teixeira Em 1920 o analfabetismo atingia 80%. O principal mérito do manifesto foi trazer à tona o debate sobre a escola para toda a população independentemente da classe social. Refere-se a um documento escrito por 26 educadores, em 1932, com o título A reconstrução educacional no Brasil: ao povo e ao governo. Circulou em âmbito nacional com a finalidade de oferecer diretrizes para uma política de educação. Manifesto dos Pioneiros O grande nome do movimento na América foi o filósofo e pedagogo John Dewey (1859-1952). John Dewey, filósofo norte americano influenciou a elite brasileira com o movimento da Escola Nova. Para John Dewey a Educação, é uma necessidade social. http://www.histedbr.fe.unicamp.br/revista/edicoes/22e/doc1_22e.pdf http://www.histedbr.fe.unicamp.br/revista/edicoes/22e/doc1_22e.pdf 1932 O Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova defende a Educação gratuita e laica. 1937 Inspirado pelo totalitarismo europeu, Vargas inicia o Estado Novo, que segue até 1945. 1946 A nova Constituição define que a União legisle sobre a Educação. 1962 Paulo Freire alfabetiza 300 agricultores em 45 dias no estado de Pernambuco. 1964 O golpe militar instaura a ditadura e anos de forte repressão. Linha do tempo... A bandeira de luta por uma "escola única, pública, laica e gratuita" foi erguida pelos assim chamados pioneiros da Escola Nova. Sobre esse movimento, é CORRETO afirmar: (A) Tem no pragmatismo, no progressismo e no misticismo protestante suas bases teóricas. (B) Propunha um retorno aos estudos de latim e grego no curso secundário, sob a inspiração do Ratio Studiorum dos jesuítas. (C) Trata-se de uma escolha explícita do referencial didático de Comênius. (D) Sua influência no Brasil deve-se a Anísio Teixeira, Lourenço Filho e outros. (E) Foi lançado por Benjamin Constant, primeiro titular da pasta de Educação da República Velha. “Bora” pensar... A bandeira de luta por uma "escola única, pública, laica e gratuita" foi erguida pelos assim chamados pioneiros da Escola Nova. Sobre esse movimento, é CORRETO afirmar: (A) Tem no pragmatismo, no progressismo e no misticismo protestante suas bases teóricas. (B) Propunha um retorno aos estudos de latim e grego no curso secundário, sob a inspiração do Ratio Studiorum dos jesuítas. (C) Trata-se de uma escolha explícita do referencial didático de Comênius. (D) Sua influência no Brasil deve-se a Anísio Teixeira, Lourenço Filho e outros. (E) Foi lançado por Benjamin Constant, primeiro titular da pasta de Educação da República Velha. “Bora” pensar... “Bora” pensar... Quanto ao processo educativo no Brasil, em perspectiva histórica, assinale a alternativa correta. (A) Os jesuítas que chegaram ao Brasil em 1549 tinham como missão a catequese dos índios e assumiram, também, a tarefa da Educação da elitecolonial. Os fundamentos do método de ensino dos jesuítas foram sistematizados por Comenius, na obra Didática Magna. (B) A pedagogia tecnicista surgiu, no Brasil, na década de 1960, quando se atribuiu à Educação de baixa qualidade a responsabilidade pela inexistência de trabalhadores qualificados. Sua consolidação, por meio da LDBEN 9394/96, abriu caminho para a melhoria significativa da qualidade de ensino no Brasil. (C) Na década de 1980, foi difundida, no Brasil, a pedagogia histórico-crítica com a pretensão de formar cidadãos capazes de combater a ditadura militar, que havia sido implantada no Brasil nesse período. (D) Com o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, em 1932, passou a ser difundida, no Brasil, a Pedagogia escolanovista, com foco da ação educativa na aprendizagem do aluno. Embora tenha havido a adoção de algumas práticas isoladas, sem uma compreensão real dos princípios que a fundamentavam, não foi suficiente para transformar práticas consolidadas da Pedagogia tradicional. (E) No início do século 21, novas demandas têm sido impostas à escola e ao professor, suscitando inquietações sobre como desenvolver o ensino e possibilitar a aprendizagem num contexto caracterizado pelo imperativo da tecnologia. No entanto, é consenso entre os professores que o uso das novas tecnologias em aula, por si só, irá solucionar todos os problemas relacionados ao ensino e à aprendizagem. “Bora” pensar... Quanto ao processo educativo no Brasil, em perspectiva histórica, assinale a alternativa correta. (A) Os jesuítas que chegaram ao Brasil em 1549 tinham como missão a catequese dos índios e assumiram, também, a tarefa da Educação da elite colonial. Os fundamentos do método de ensino dos jesuítas foram sistematizados por Comenius, na obra Didática Magna. (B) A pedagogia tecnicista surgiu, no Brasil, na década de 1960, quando se atribuiu à Educação de baixa qualidade a responsabilidade pela inexistência de trabalhadores qualificados. Sua consolidação, por meio da LDBEN 9394/96, abriu caminho para a melhoria significativa da qualidade de ensino no Brasil. (C) Na década de 1980, foi difundida, no Brasil, a pedagogia histórico-crítica com a pretensão de formar cidadãos capazes de combater a ditadura militar, que havia sido implantada no Brasil nesse período. (D) Com o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, em 1932, passou a ser difundida, no Brasil, a Pedagogia escolanovista, com foco da ação educativa na aprendizagem do aluno. Embora tenha havido a adoção de algumas práticas isoladas, sem uma compreensão real dos princípios que a fundamentavam, não foi suficiente para transformar práticas consolidadas da Pedagogia tradicional. (E) No início do século 21, novas demandas têm sido impostas à escola e ao professor, suscitando inquietações sobre como desenvolver o ensino e possibilitar a aprendizagem num contexto caracterizado pelo imperativo da tecnologia. No entanto, é consenso entre os professores que o uso das novas tecnologias em aula, por si só, irá solucionar todos os problemas relacionados ao ensino e à aprendizagem. LDBEN 4024/1961 Regulamentar o ensino primário; Criação do ensino supletivo; Prever planejamento escolar; Repasse de recursos; Estruturar a carreira docente; Regulamentação do curso de formação de professores; Reestruturação do ensino secundário (4 anos de ginásio e 3 anos de colegial) Levou 13 anos para ser aprovada; Nasce então defasada; Mantém muitas propostas da Reforma Capanema; Agrega ideias da escolanova; Pluralidade do currículo; Foco do Estado é na educação pública e privadas Reforma Capanema Durante o Estado Novo (1937-1945) a regulamentação do ensino foi levada a efeito a partir de 1942, com a Reforma Capanema, sob o nome de Leis Orgânicas do Ensino, que estruturou o ensino industrial, reformou o ensino comercial e criou o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI, como também trouxe mudanças no ensino secundário. Gustavo Capanema esteve à frente do Ministério da Educação durante o governo Getúlio Vargas, entre 1934 e 1945. Foram esses os decretos-lei: Decreto-lei n. 4.073, de 30 de janeiro de 1942, que organizou o ensino industrial; Decreto-lei n. 4.048, de 22 de janeiro de 1942, que instituiu o SENAI; Decreto-lei n.4.244 de 9 de abril de 1942, que organizou o ensino secundário em dois ciclos: o ginasial, com quatro anos, e o colegial, com três anos; Decreto-lei n.6.141, de 28 de dezembro de 1943, que reformou o ensino comercial. Em 1946, já no fim do Estado Novo e durante o Governo Provisório, a Lei Orgânica do Ensino Primário organizou esse nível de ensino com diretrizes gerais, que continuou a ser de responsabilidade dos estados; organizou o ensino primário supletivo, com duração de dois anos, destinado a adolescentes a partir dos 13 anos e adultos; a legislação de ensino organizou também o ensino normal e o ensino agrícola e criou o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial - SENAC. Nesse momento o Ministério da Educação estava a cargo de Raul Leitão da Cunha. Foram esses os Decretos-lei: Decreto-lei n. 8.529, de 02 de janeiro de 1946, que organizou o ensino primário a nível nacional; Decreto-lei 8.530, de 02 de janeiro de 1946, que organizou o ensino normal; Decretos-lei n 8.621 e 8.622, de 10 de janeiro de 1946, que criaram o SENAC; Decreto-lei n. 9.613 de 20 de agosto de 1946, que organizou o ensino agrícola. Leis Orgânicas do Ensino Regulamentar o ensino primário; Criação do ensino supletivo; Prever planejamento escolar; Repasse de recursos; Estruturar a carreira docente; Regulamentação do curso de formação de professores; Reestruturação do ensino secundário (4 anos de ginásio e 3 anos de colegial) 1964 – Ditadura Militar As propostas de uma Educação mais democrática foram abandonadas com o início do regime militar, em 1964. Paulo Freire (1921-1997) foi exilado no Chile e a Escola Nova deixou de ser considerada para as políticas públicas. O novo governo manteve a preocupação com a industrialização crescente e o foco em formar um povo capaz de executar tarefas, mas não necessariamente de pensar sobre elas. Também foram assinados acordos entre os governos brasileiro e norte-americano que vinham sendo discutidos há alguns anos e previam a vinda de técnicos para treinar professores. Na Educação de adultos, as ideias de Freire deram lugar a um modelo assistencialista por meio do Movimento Brasileiro de Alfabetização (Mobral). A leitura passou a ser tratada como uma habilidade instrumental, sem contextualização. Os alunos aprendiam palavras acompanhadas de imagens, faziam a divisão silábica e, por último, trabalhavam com frases e textos. Também eram estudados os cálculos matemáticos, a escrita e hábitos para a melhoria da qualidade de vida Decreto-lei 477 - 1969 No fim de 1968, o general Arthur da Costa e Silva (1902-1969), na presidência, promulgou o Ato Institucional nº 5 (AI-5), que deu a ele poderes de legislativo e executivo e permitiu o confisco dos bens de quem fosse incriminado por corrupção. E, no ano seguinte, o Decreto-lei nº 477 determinou que "comete infração disciplinar o professor, aluno, funcionário ou empregado de estabelecimento de ensino público ou particular que pratique atos destinados à organização de movimentos subversivos, passeatas, desfiles ou comícios não autorizados". O incentivo ao patriotismo era uma marca forte nas escolas públicas. Uma vez por semana, meninos e meninas se posicionavam com a mão direita no peito, observavam a bandeira ser hasteada e cantavam o Hino Nacional. Um desejo desde o início do regime, a disciplina de Educação Moral e Cívica (EMC) foi tornada obrigatória em 1969. A maior parte dos que a lecionaram era militar ou religioso e lia na aula cartilhas com temas como cidadania, patriotismo, famíliae religião. Mas alguns conseguiam burlar o controle e introduzir conteúdos diferenciados. Reformas Tecnicistas / acordos MEC USAID Em julho de 1971, o ministro da Educação e Cultura Jarbas Passarinho oficializou o vestibular classificatório nas universidades, algo que se mantem até hoje. No mês seguinte, foi aprovada a Lei nº 5.692 que determinava a organização do ensino em 1º e 2º graus em vez de primário, ginásio e colegial. A obrigatoriedade escolar foi ampliada até os 14 anos de idade e o exame de admissão necessário para entrar no ginásio foi extinto. A lei ainda estabeleceu a inclusão da disciplina de Estudos Sociais, com conteúdos que seriam de História e Geografia, nos anos iniciais do 1º grau. Os professores polivalentes que atuavam nesse segmento, passaram a ser formados no Magistério, com nível de 2º grau, e as escolas normais foram extintas. Extinção de filosofia, sociologia, literatura (matérias que promoviam a reflexão). Pilares do período militar Educação e desenvolvimento (mão de obra); Educação e segurança (cidadão consciente-moral e cívica); Escola e comunidade (conselhos de empresários e mestres) 1968 O AI-5 é assinado e aumenta a repressão a atos públicos. 1969 A disciplina de Educação Moral e Cívica se torna obrigatória em todas as etapas. 1970 O Mobral é implementado com foco na alfabetização de adultos. 1975 Começa o processo de transição do regime para a democracia. 1985 Tancredo Neves é eleito e morre antes de assumir. Linha do tempo... “Bora” pensar... De acordo com a história da Educação brasileira é incorreto afirmar: (A) Os jesuítas, que chegaram ao Brasil liderados por Manuel da Nóbrega, foram os responsáveis pela criação das primeiras escolas do país. (B) No período da ditadura militar é incentivada a criação de órgãos de representação estudantil em âmbito nacional. (C) A era pombalina é marcada pela implantação do sistema de aulas régias de disciplinas isoladas. (D) Um dos objetivos do Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova era defender a Educação obrigatória, leiga, pública e gratuita. (E) O ensino jesuítico centrava-se na formação humanística. “Bora” pensar... De acordo com a história da Educação brasileira é incorreto afirmar: (A) Os jesuítas, que chegaram ao Brasil liderados por Manuel da Nóbrega, foram os responsáveis pela criação das primeiras escolas do país. (B) No período da ditadura militar é incentivada a criação de órgãos de representação estudantil em âmbito nacional. (C) A era pombalina é marcada pela implantação do sistema de aulas régias de disciplinas isoladas. (D) Um dos objetivos do Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova era defender a Educação obrigatória, leiga, pública e gratuita. (E) O ensino jesuítico centrava-se na formação humanística. 1985 – Fim da Ditadura Militar Nos primeiros três anos da Nova República, o foco esteve na elaboração da Constituição. Pensando nela, os participantes da 4ª Conferência Brasileira de Educação, realizada pela Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped), a Associação Nacional de Educação (Ande) e o Centro de Estudos Educação e Sociedade (Cedes), em Goiânia, em 1986, finalizaram o evento com uma lista de propostas que incluía a efetivação do direito de todos os cidadãos ao ensino e o dever do Estado em garanti-lo. Em 5 de outubro de 1988, a nova Constituição Federal foi finalmente aprovada , entre as principais conquistas,, estava o reconhecimento da Educação como direito subjetivo de todos. A legislação tornou urgente a tomada de providências como a abertura de mais escolas e a formação de docentes, o que acarretou a necessidade de investimentos. Para isso, a lei indicava a aplicação na área de no mínimo 18% da receita dos impostos pela União e 25% pelos estados e municípios. Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; Ensino fundamental obrigatório e gratuito; Expansão do ensino obrigatório e gratuito, progressivamente, ao ensino médio; Atendimento em creches e pré-escolas às crianças de 0 a 6 anos (alterada em 2013 ) Ensino obrigatório e gratuito como direito subjetivo; Valorização dos profissionais de ensino; Autonomia universitária; Aplicação anual pela União de nunca menos de 18% e pelos estados, F e municípios de 25%, no mínimo, da receita resultante de impostos, na manutenção e desenvolvimento do ensino Plano Nacional de educação visando à articulação e ao desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis. Lei 12796/13 | Lei nº 12.796, de 4 de abril de 2013 I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, organizada da seguinte forma: a) pré-escola; b) ensino fundamental; c) ensino médio; II - educação infantil gratuita às crianças de até 5 (cinco) anos de idade; III - atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, transversal a todos os níveis, etapas e modalidades, preferencialmente na rede regular de ensino; IV - acesso público e gratuito aos ensinos fundamental e médio para todos os que não os concluíram na idade própria; .............................................................................................. VIII - atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde; LDB 9394/96 Educação compreendida como processo de formação humana; A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Princípios: I- igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber; III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas; IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância; V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; VII - valorização do profissional da educação escolar; VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino; IX - garantia de padrão de qualidade; X - valorização da experiência extra-escolar; XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais. XII - consideração com a diversidade étnico-racial. (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013) XIII - garantia do direito à educação e à aprendizagem ao longo da vida. (Incluído pela Lei nº 13.632, de 2018) Linha do tempo... Linha do tempo 1988 A nova Constituição Federal é promulgada com atenção à Educação. 1990 Declaração Mundial sobre Educação para Todos é aprovada na Tailândia. 1996 A LDB indica que docentes tenham formação em nível superior. 2001 Entra em vigor o PNE, com metas para a universalização do ensino. 2010 É aprovado o piso salarial nacional para os docentes. Acerca da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), 9394/96. Analise as afirmações abaixo: I. Língua Portuguesa e Matemática são matérias obrigatórias dos currículos do Ensino Fundamental e Médio. II. A Educação Básica é composta dos níveis de Ensino Fundamental e Médio, excluindo-se a Educação Infantil. III. A LDB contempla a inclusão das crianças com necessidades educacionais especiais em classes normais e o acesso a serviços especiais quando essa inclusão não for possível. IV. Segundo a LDB, a formação mínima exigida do professor de 1ª a 4ª séries é o Ensino Fundamental. Após análise das afirmações acima podemos concluir que: (A) Apenas I e III estão corretas. (B) Apenas II e IV estãocorretas. (C) Apenas I, II e III estão corretas. (D) Apenas II, III e IV estão corretas. “Bora” pensar... Acerca da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), 9394/96. Analise as afirmações abaixo: I. Língua Portuguesa e Matemática são matérias obrigatórias dos currículos do Ensino Fundamental e Médio. II. A Educação Básica é composta dos níveis de Ensino Fundamental e Médio, excluindo-se a Educação Infantil. III. A LDB contempla a inclusão das crianças com necessidades educacionais especiais em classes normais e o acesso a serviços especiais quando essa inclusão não for possível. IV. Segundo a LDB, a formação mínima exigida do professor de 1ª a 4ª séries é o Ensino Fundamental. Após análise das afirmações acima podemos concluir que: (A) Apenas I e III estão corretas. (B) Apenas II e IV estão corretas. (C) Apenas I, II e III estão corretas. (D) Apenas II, III e IV estão corretas. “Bora” pensar...
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