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2006 - Lei de Drogas II

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Art. 32. As plantações ilícitas serão imediatamente destruídas pelo
delegado de polícia na forma do art. 50-A, que recolherá quantidade
suficiente para exame pericial, de tudo lavrando auto de
levantamento das condições encontradas, com a delimitação do
local, asseguradas as medidas necessárias para a preservação da
prova. (Redação dada pela Lei nº 12.961, de 2014)
Não requer autorização judicial
Não requer MP
Art. 50-A. A destruição das drogas apreendidas sem a
ocorrência de prisão em flagrante será feita por incineração, no
prazo máximo de 30 (trinta) dias contados da data da apreensão,
guardando-se amostra necessária à realização do laudo
definitivo. (Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019)
Art. 50. Ocorrendo prisão em flagrante, a autoridade de polícia judiciária fará, imediatamente,
comunicação ao juiz competente, remetendo-lhe cópia do auto lavrado, do qual será dada
vista ao órgão do Ministério Público, em 24 (vinte e quatro) horas. § 1º Para efeito da lavratura
do auto de prisão em flagrante e estabelecimento da materialidade do delito, é suficiente o
laudo de constatação da natureza e quantidade da droga, firmado por perito oficial ou, na
falta deste, por pessoa idônea. § 2º O perito que subscrever o laudo a que se refere o § 1º
deste artigo não ficará impedido de participar da elaboração do laudo definitivo. § 3º
Recebida cópia do auto de prisão em flagrante, o juiz, no prazo de 10 (dez) dias, certificará a
regularidade formal do laudo de constatação e determinará a destruição das drogas
apreendidas, guardando-se amostra necessária à realização do laudo definitivo. (Incluído pela
Lei nº 12.961, de 2014) § 4º A destruição das drogas será executada pelo delegado de polícia
competente no prazo de 15 (quinze) dias na presença do Ministério Público e da autoridade
sanitária. (Incluído pela Lei nº 12.961, de 2014) § 5º O local será vistoriado antes e depois de
efetivada a destruição das drogas referida no § 3º , sendo lavrado auto circunstanciado pelo
delegado de polícia, certificando-se neste a destruição total delas. (Incluído pela Lei nº 12.961,
de 2014).
ARTIGO 50 – APREENSÃO DE DROGAS
PLANTAÇÕES ILÍCITAS DROGAS - COM FLAGRANTE DROGAS - SEM FLAGRANTE
* As plantações ilícitas serão 
imediatamente destruídas pelo 
Delegado de Polícia;
* Antes de fazer a destruição, o 
Delegado deverá recolher parte da 
plantação para ser submetida à 
perícia, que irá confirmar (ou não) 
que se trata de plantio ilícito;
*Para fazer a destruição das
Plantações ilícitas, o Delegado de 
Polícia não precisa de prévia 
autorização judicial;
*Não é necessário que a destruição 
seja executada na presença do 
membro do Ministério Público.
STJ REPONSABILIDADE OBJETIVA
STF SUBJETIVA +/-
Pode bem de família?
*Haverá a apreensão da droga e prisão em 
flagrante das pessoas responsáveis;
*A substância encontrada deverá ser 
submetida à perícia para que se confirme se 
realmente é droga. Essa confirmação é feita por 
meio de um laudo de constatação provisório da 
natureza e quantidade da droga, realizado por 
perito oficial ou, na falta deste, por pessoa 
idônea;
*De posse do laudo e dos depoimentos do 
condutor, das testemunhas e do flagranteado, a 
autoridade policial comunicará a prisão ao juiz 
competente, remetendo-lhe cópia do auto 
lavrado;
*Após receber o auto de prisão em flagrante, o 
juiz deverá, no prazo de 10 dias, verificar se o 
laudo de constatação provisório está 
formalmente regular e, em caso positivo, 
determinará a destruição das drogas 
apreendidas, guardando-se amostra necessária 
à realização do laudo definitivo;
*A destruição das drogas será executada 
pelo Delegado de Polícia competente no 
prazo de 15 dias na presença do Ministério 
Público e da autoridade sanitária;
*A substância encontrada, em 
uma situação não flagrancial,
deverá ser submetida à perícia, 
elaborando-se laudo de constatação 
provisório.
*A droga deverá ser destruída, por 
incineração, no prazo máximo de 30 
dias, contados da data da apreensão, 
guardando-se amostra necessária à 
realização do laudo definitivo.
*A destruição prevista nesta 
situação deverá ser feita pelo
Delegado de Polícia, sem que 
haja necessidade de autorização
judicial, na presença do Ministério 
Público e da autoridade sanitária.
ART. 33, CAPUT, § 1º , ART. 34, ART. 36 e ART. 37 – TRÁFICO DE DROGAS
Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender,
expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar,
prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que
gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou
regulamentar.
§ 1o Nas mesmas penas incorre quem:
I - importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire, vende, expõe à venda, oferece,
fornece, tem em depósito, transporta, traz consigo ou guarda, ainda que
gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou
regulamentar, matéria-prima, insumo ou produto químico destinado à preparação de
drogas;
II - semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autorização ou em desacordo com
determinação legal ou regulamentar, de plantas que se constituam em matéria-prima
para a preparação de drogas;
III - utiliza local ou bem de qualquer natureza de que tem a propriedade, posse,
administração, guarda ou vigilância, ou consente que outrem dele se utilize, ainda
que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou
regulamentar, para o tráfico ilícito de drogas.
Classificação: Crime próprio no verbo prescrever e crime
comum nos demais verbos, formal, doloso (consciência e
vontade), comissivo, de perigo abstrato (sujeito passivo é a
coletividade), tipo misto alternativo, não cabe o princípio da
insignificância.
MODALIDADES PERMANENTES
EXPOR À VENDA
TER EM DEPÓSITO
TRANSPORTAR
TRAZER CONSIGO
GUARDAR
PRISÃO EM FLAGRANTE?
PROBABLE CAUSE
Circunstancias que permitam que uma pessoa razoável acreditar, ou ao
menos suspeitar, COM ELEMENTOS CONCRETOS, que um crime está
sendo cometido do interior da residência.
STF = não há ilegalidade quando o flagrante se der baseado em notícia
anônima.
Fundadas razões – verificadas a posteriori
STJ – Mera intuição não configura justa causa, fundada UNICAMENTE em
sua fuga de local supostamente conhecido pelo tráfico
ENCONTRO FORTUITO
Se o MBA se destinar a buscar um animal, e os agentes passem a 
vasculhar gavetas e outros, e vindo a encontrar provas, ela seria 
ilícita, pois não relacionadas ao objeto de busca e apreensão.
Para RBL no caso de flagrante de delito, ou seja, se neste mesmo 
contexto eu encontro drogas, estaria essa apreensão valida, 
pois o flagrante autoriza a violação domiciliar.
HC 663.055
No precedente mais incisivo, a 6ª Turma definiu que a invasão só 
pode ocorrer sem mandado judicial e perante a autorização do 
morador, se ela for filmada e, se possível, registrada em papel. A 5ª 
Turma também adotou a tese. Nesse ponto, a ordem foi anulada por 
decisão monocrática do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo 
Tribunal Federal, em dezembro de 2021.
Além disso, em outras situações, o STJ entendeu ilícita a invasão nas 
hipóteses em que a abordagem é motivada por denúncia anônima, 
pela fama de traficante do suspeito, por tráfico praticado na calçada, 
por atitude suspeita e nervosismo, cão farejador, perseguição a 
carro ou apreensão de grande quantidade de drogas.
https://www.conjur.com.br/2021-mar-03/policiais-gravar-autorizacao-morador-entrar-casa
https://www.conjur.com.br/2021-abr-01/cabe-policia-provar-suspeito-autorizou-entrada-casa
https://www.conjur.com.br/2021-dez-02/moraes-derruba-ordem-stj-obrigou-aparelhamento-policias
https://www.conjur.com.br/2020-jul-03/denuncia-anonima-si-nao-legitima-invasao-policial-casa
https://www.conjur.com.br/2020-jul-02/fama-traficante-nao-justifica-invasao-casa-mandado
https://www.conjur.com.br/2020-dez-09/venda-drogas-frente-casa-nao-autoriza-invasao-mandado
https://www.conjur.com.br/2020-jul-01/nervosismo-nao-justifica-revista-guarda-civil-stjhttps://www.conjur.com.br/2020-jun-25/invasao-domicilio-motivada-cao-farejador-ilegal-stj
https://www.conjur.com.br/2020-jun-18/perseguicao-policial-carro-nao-justifica-invasao-domicilio-stj
https://www.conjur.com.br/2021-out-01/apreensao-nao-justifica-invasao-domicilio-autorizacao
Por outro lado, é lícita quando há autorização do morador ou em 
situações já julgadas, como quando ninguém mora no local, se 
há denúncia de disparo de arma de fogo na residência 
ou flagrante de posse de arma na frente da casa, se é feita 
para encontrar arma usada em outro crime — ainda que por fim 
não a encontre — ou se o policial, de fora da casa, sente cheiro 
de maconha, por exemplo.
https://www.conjur.com.br/2020-set-01/invasao-domicilio-mandado-valida-ninguem-mora-local
https://www.conjur.com.br/2020-out-14/denuncia-disparo-arma-valida-invasao-domicilio-stj
https://www.conjur.com.br/2021-ago-30/flagra-arma-fogo-rua-justifica-invasao-domicilio
https://www.conjur.com.br/2020-nov-23/busca-arma-usada-crime-autoriza-invasao-domicilio-stj
https://www.conjur.com.br/2018-fev-26/valida-busca-mandado-policial-sentir-cheiro-maconha
“A descoberta a posteriori de uma situação de flagrante decorreu 
de ingresso ilícito na moradia do acusado, em violação da norma 
constitucional que consagra direito fundamental à inviolabilidade 
do domicílio, o que torna imprestável, no caso concreto, a prova 
ilicitamente obtida e, por conseguinte, todos os atos dela 
decorrentes”
“Admitir a entrada na residência especificamente para efetuar 
uma prisão não significa conceder um salvo-conduto para que 
todo o seu interior seja vasculhado indistintamente, em 
verdadeira pescaria probatória (fishing expedition)”
STJ: Ingresso em casa após agentes verem manipulação de droga 
é ilegal
6ª turma considerou ilegal a entrada forçada de policiais em 
uma casa em São Paulo para a apuração de crime de tráfico de 
drogas.
Observações relevantes:
Propriedade da droga é irrelevante (para o crime consumar-se, não é
necessário que a droga seja do agente). Logo, agente que guarda
drogas em sua residência em nome de terceiro, pratica o delito de
tráfico.
Adquirir droga para outra pessoa, configura o delito de tráfico.
A conduta de negociar a aquisição de droga por telefone é o suficiente
para a configuração do delito de tráfico consumado na modalidade
adquirir, mesmo que haja a intervenção policial e a consequente
apreensão da droga, fazendo com que ela não chegue até o agente.
(STF, HC 71.853/RJ)
Súmula 630 do STJ: “A incidência da atenuante da confissão 
espontânea no crime de tráfico ilícito de entorpecentes exige 
o reconhecimento da traficância pelo acusado, não bastando 
a mera admissão da posse ou propriedade para uso próprio”.
FIGURAS EQUIPARADAS AO TRÁFICO
PARÁGRAFO PRIMEIRO
TODOS OS INCISOS, EMBORA A ALTERAÇÃO DO INC. IV TROUXE 
NOVIDADE PROCESSUAL – MEIO DE OBTENÇÃO DE PROVA
A importação de sementes de maconha é crime?
Não configura crime a importação de pequena quantidade de sementes
de maconha.
STF. 2ª Turma. HC 144161/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 11/9/2018 (Info 915).
Ministro Gilmar Mendes assentou: “... a matéria-prima ou insumo devem
ter condições e qualidades químicas para, mediante transformação ou
adição, por exemplo, produzirem a droga ilícita, o que não é o caso das
sementes da planta Cannabis sativa, que não possuem a substância
psicoativa (THC)”.
A importação de pequenas quantidades de sementes de maconha configura tráfico de drogas?
5ª Turma: SIM 6ª Turma: NÃO
A importação clandestina de sementes
de cannabis
sativa linneu (maconha) configura o tipo penal
descrito no art. 33, § 1º, I, da Lei nº
11.343/2006.
Não é possível aplicar o princípio da
insignificância.
STJ. 5ª Turma. REsp 1723739/SP, Rel. Min. Jorge
Mussi, julgado em 23/10/2018.
Tratando-se de pequena quantidade de sementes e
inexistindo expressa previsão normativa que
criminaliza entre as condutas do art. 28 da Lei de
Drogas, a importação de pequena quantidade de
matéria prima ou insumo destinado à preparação de
droga para consumo pessoal, forçoso reconhecer a
atipicidade do fato.
STJ. 6ª Turma. AgRg no AgInt no REsp 1616707/CE, Rel. Min.
Antonio Saldanha Palheiro, julgado em 26/06/2018.

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