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Art. 32. As plantações ilícitas serão imediatamente destruídas pelo delegado de polícia na forma do art. 50-A, que recolherá quantidade suficiente para exame pericial, de tudo lavrando auto de levantamento das condições encontradas, com a delimitação do local, asseguradas as medidas necessárias para a preservação da prova. (Redação dada pela Lei nº 12.961, de 2014) Não requer autorização judicial Não requer MP Art. 50-A. A destruição das drogas apreendidas sem a ocorrência de prisão em flagrante será feita por incineração, no prazo máximo de 30 (trinta) dias contados da data da apreensão, guardando-se amostra necessária à realização do laudo definitivo. (Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019) Art. 50. Ocorrendo prisão em flagrante, a autoridade de polícia judiciária fará, imediatamente, comunicação ao juiz competente, remetendo-lhe cópia do auto lavrado, do qual será dada vista ao órgão do Ministério Público, em 24 (vinte e quatro) horas. § 1º Para efeito da lavratura do auto de prisão em flagrante e estabelecimento da materialidade do delito, é suficiente o laudo de constatação da natureza e quantidade da droga, firmado por perito oficial ou, na falta deste, por pessoa idônea. § 2º O perito que subscrever o laudo a que se refere o § 1º deste artigo não ficará impedido de participar da elaboração do laudo definitivo. § 3º Recebida cópia do auto de prisão em flagrante, o juiz, no prazo de 10 (dez) dias, certificará a regularidade formal do laudo de constatação e determinará a destruição das drogas apreendidas, guardando-se amostra necessária à realização do laudo definitivo. (Incluído pela Lei nº 12.961, de 2014) § 4º A destruição das drogas será executada pelo delegado de polícia competente no prazo de 15 (quinze) dias na presença do Ministério Público e da autoridade sanitária. (Incluído pela Lei nº 12.961, de 2014) § 5º O local será vistoriado antes e depois de efetivada a destruição das drogas referida no § 3º , sendo lavrado auto circunstanciado pelo delegado de polícia, certificando-se neste a destruição total delas. (Incluído pela Lei nº 12.961, de 2014). ARTIGO 50 – APREENSÃO DE DROGAS PLANTAÇÕES ILÍCITAS DROGAS - COM FLAGRANTE DROGAS - SEM FLAGRANTE * As plantações ilícitas serão imediatamente destruídas pelo Delegado de Polícia; * Antes de fazer a destruição, o Delegado deverá recolher parte da plantação para ser submetida à perícia, que irá confirmar (ou não) que se trata de plantio ilícito; *Para fazer a destruição das Plantações ilícitas, o Delegado de Polícia não precisa de prévia autorização judicial; *Não é necessário que a destruição seja executada na presença do membro do Ministério Público. STJ REPONSABILIDADE OBJETIVA STF SUBJETIVA +/- Pode bem de família? *Haverá a apreensão da droga e prisão em flagrante das pessoas responsáveis; *A substância encontrada deverá ser submetida à perícia para que se confirme se realmente é droga. Essa confirmação é feita por meio de um laudo de constatação provisório da natureza e quantidade da droga, realizado por perito oficial ou, na falta deste, por pessoa idônea; *De posse do laudo e dos depoimentos do condutor, das testemunhas e do flagranteado, a autoridade policial comunicará a prisão ao juiz competente, remetendo-lhe cópia do auto lavrado; *Após receber o auto de prisão em flagrante, o juiz deverá, no prazo de 10 dias, verificar se o laudo de constatação provisório está formalmente regular e, em caso positivo, determinará a destruição das drogas apreendidas, guardando-se amostra necessária à realização do laudo definitivo; *A destruição das drogas será executada pelo Delegado de Polícia competente no prazo de 15 dias na presença do Ministério Público e da autoridade sanitária; *A substância encontrada, em uma situação não flagrancial, deverá ser submetida à perícia, elaborando-se laudo de constatação provisório. *A droga deverá ser destruída, por incineração, no prazo máximo de 30 dias, contados da data da apreensão, guardando-se amostra necessária à realização do laudo definitivo. *A destruição prevista nesta situação deverá ser feita pelo Delegado de Polícia, sem que haja necessidade de autorização judicial, na presença do Ministério Público e da autoridade sanitária. ART. 33, CAPUT, § 1º , ART. 34, ART. 36 e ART. 37 – TRÁFICO DE DROGAS Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar. § 1o Nas mesmas penas incorre quem: I - importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire, vende, expõe à venda, oferece, fornece, tem em depósito, transporta, traz consigo ou guarda, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, matéria-prima, insumo ou produto químico destinado à preparação de drogas; II - semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, de plantas que se constituam em matéria-prima para a preparação de drogas; III - utiliza local ou bem de qualquer natureza de que tem a propriedade, posse, administração, guarda ou vigilância, ou consente que outrem dele se utilize, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, para o tráfico ilícito de drogas. Classificação: Crime próprio no verbo prescrever e crime comum nos demais verbos, formal, doloso (consciência e vontade), comissivo, de perigo abstrato (sujeito passivo é a coletividade), tipo misto alternativo, não cabe o princípio da insignificância. MODALIDADES PERMANENTES EXPOR À VENDA TER EM DEPÓSITO TRANSPORTAR TRAZER CONSIGO GUARDAR PRISÃO EM FLAGRANTE? PROBABLE CAUSE Circunstancias que permitam que uma pessoa razoável acreditar, ou ao menos suspeitar, COM ELEMENTOS CONCRETOS, que um crime está sendo cometido do interior da residência. STF = não há ilegalidade quando o flagrante se der baseado em notícia anônima. Fundadas razões – verificadas a posteriori STJ – Mera intuição não configura justa causa, fundada UNICAMENTE em sua fuga de local supostamente conhecido pelo tráfico ENCONTRO FORTUITO Se o MBA se destinar a buscar um animal, e os agentes passem a vasculhar gavetas e outros, e vindo a encontrar provas, ela seria ilícita, pois não relacionadas ao objeto de busca e apreensão. Para RBL no caso de flagrante de delito, ou seja, se neste mesmo contexto eu encontro drogas, estaria essa apreensão valida, pois o flagrante autoriza a violação domiciliar. HC 663.055 No precedente mais incisivo, a 6ª Turma definiu que a invasão só pode ocorrer sem mandado judicial e perante a autorização do morador, se ela for filmada e, se possível, registrada em papel. A 5ª Turma também adotou a tese. Nesse ponto, a ordem foi anulada por decisão monocrática do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, em dezembro de 2021. Além disso, em outras situações, o STJ entendeu ilícita a invasão nas hipóteses em que a abordagem é motivada por denúncia anônima, pela fama de traficante do suspeito, por tráfico praticado na calçada, por atitude suspeita e nervosismo, cão farejador, perseguição a carro ou apreensão de grande quantidade de drogas. https://www.conjur.com.br/2021-mar-03/policiais-gravar-autorizacao-morador-entrar-casa https://www.conjur.com.br/2021-abr-01/cabe-policia-provar-suspeito-autorizou-entrada-casa https://www.conjur.com.br/2021-dez-02/moraes-derruba-ordem-stj-obrigou-aparelhamento-policias https://www.conjur.com.br/2020-jul-03/denuncia-anonima-si-nao-legitima-invasao-policial-casa https://www.conjur.com.br/2020-jul-02/fama-traficante-nao-justifica-invasao-casa-mandado https://www.conjur.com.br/2020-dez-09/venda-drogas-frente-casa-nao-autoriza-invasao-mandado https://www.conjur.com.br/2020-jul-01/nervosismo-nao-justifica-revista-guarda-civil-stjhttps://www.conjur.com.br/2020-jun-25/invasao-domicilio-motivada-cao-farejador-ilegal-stj https://www.conjur.com.br/2020-jun-18/perseguicao-policial-carro-nao-justifica-invasao-domicilio-stj https://www.conjur.com.br/2021-out-01/apreensao-nao-justifica-invasao-domicilio-autorizacao Por outro lado, é lícita quando há autorização do morador ou em situações já julgadas, como quando ninguém mora no local, se há denúncia de disparo de arma de fogo na residência ou flagrante de posse de arma na frente da casa, se é feita para encontrar arma usada em outro crime — ainda que por fim não a encontre — ou se o policial, de fora da casa, sente cheiro de maconha, por exemplo. https://www.conjur.com.br/2020-set-01/invasao-domicilio-mandado-valida-ninguem-mora-local https://www.conjur.com.br/2020-out-14/denuncia-disparo-arma-valida-invasao-domicilio-stj https://www.conjur.com.br/2021-ago-30/flagra-arma-fogo-rua-justifica-invasao-domicilio https://www.conjur.com.br/2020-nov-23/busca-arma-usada-crime-autoriza-invasao-domicilio-stj https://www.conjur.com.br/2018-fev-26/valida-busca-mandado-policial-sentir-cheiro-maconha “A descoberta a posteriori de uma situação de flagrante decorreu de ingresso ilícito na moradia do acusado, em violação da norma constitucional que consagra direito fundamental à inviolabilidade do domicílio, o que torna imprestável, no caso concreto, a prova ilicitamente obtida e, por conseguinte, todos os atos dela decorrentes” “Admitir a entrada na residência especificamente para efetuar uma prisão não significa conceder um salvo-conduto para que todo o seu interior seja vasculhado indistintamente, em verdadeira pescaria probatória (fishing expedition)” STJ: Ingresso em casa após agentes verem manipulação de droga é ilegal 6ª turma considerou ilegal a entrada forçada de policiais em uma casa em São Paulo para a apuração de crime de tráfico de drogas. Observações relevantes: Propriedade da droga é irrelevante (para o crime consumar-se, não é necessário que a droga seja do agente). Logo, agente que guarda drogas em sua residência em nome de terceiro, pratica o delito de tráfico. Adquirir droga para outra pessoa, configura o delito de tráfico. A conduta de negociar a aquisição de droga por telefone é o suficiente para a configuração do delito de tráfico consumado na modalidade adquirir, mesmo que haja a intervenção policial e a consequente apreensão da droga, fazendo com que ela não chegue até o agente. (STF, HC 71.853/RJ) Súmula 630 do STJ: “A incidência da atenuante da confissão espontânea no crime de tráfico ilícito de entorpecentes exige o reconhecimento da traficância pelo acusado, não bastando a mera admissão da posse ou propriedade para uso próprio”. FIGURAS EQUIPARADAS AO TRÁFICO PARÁGRAFO PRIMEIRO TODOS OS INCISOS, EMBORA A ALTERAÇÃO DO INC. IV TROUXE NOVIDADE PROCESSUAL – MEIO DE OBTENÇÃO DE PROVA A importação de sementes de maconha é crime? Não configura crime a importação de pequena quantidade de sementes de maconha. STF. 2ª Turma. HC 144161/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 11/9/2018 (Info 915). Ministro Gilmar Mendes assentou: “... a matéria-prima ou insumo devem ter condições e qualidades químicas para, mediante transformação ou adição, por exemplo, produzirem a droga ilícita, o que não é o caso das sementes da planta Cannabis sativa, que não possuem a substância psicoativa (THC)”. A importação de pequenas quantidades de sementes de maconha configura tráfico de drogas? 5ª Turma: SIM 6ª Turma: NÃO A importação clandestina de sementes de cannabis sativa linneu (maconha) configura o tipo penal descrito no art. 33, § 1º, I, da Lei nº 11.343/2006. Não é possível aplicar o princípio da insignificância. STJ. 5ª Turma. REsp 1723739/SP, Rel. Min. Jorge Mussi, julgado em 23/10/2018. Tratando-se de pequena quantidade de sementes e inexistindo expressa previsão normativa que criminaliza entre as condutas do art. 28 da Lei de Drogas, a importação de pequena quantidade de matéria prima ou insumo destinado à preparação de droga para consumo pessoal, forçoso reconhecer a atipicidade do fato. STJ. 6ª Turma. AgRg no AgInt no REsp 1616707/CE, Rel. Min. Antonio Saldanha Palheiro, julgado em 26/06/2018.
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