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Olfato e gustacao

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Filipe Libano – Universidade Nove de Julho 
 1 
Olfato e gustação 
SISTEMA OLFATÓRIO 
Composto pelo epitélio respiratório, o qual contêm 
neurônios receptores, bulbo olfatório, trato 
olfatório e córtex cerebral. 
- Único em que os neurônios primários são células 
bipolares (localizadas no epitélio de revestimento 
da cavidade superior da cavidade nasal). 
Neurônio bipolar → Sinapse com o neurônio com 
os neurônios olfatórios secundários (bulbo) → 
Córtex e sistema límbico (não passa no tálamo). 
 
NERVO CRANINANO I (olfatório): origem craniana 
(lâmina cribriforme), origem real (concha nasal 
superior) e origem encefálica (bulbo olfatório). 
EPITÉLIO RESPIRATÓRIO: no teto da cavidade nasal 
e é ele quem detecta os odores. 
- Células olfatórias: neurônios 
primários (bi), entremeados com 
células de sustentação e tronco. 
- Células basais: formadas por 
células tronco do epitélio 
olfatório e elas permitem a regeneração do epitélio 
- Células de sustentação: nutre, protege e auxiliam 
os neurônios olfatórios. 
- Lipofuscina: faz a “limpeza” e os cílios do epitélio 
estão imersos em muco produzido pelas glândulas 
olfatórias (glândulas de Bowman). 
TRANSDUÇÃO DO SINAL OLFATÓRIO 
Receptor acoplado a proteína G: são os receptores 
para as substâncias odoríferas. 
- No epitélio respiratório a substância se liga no 
receptor e induz ativação da proteína G, a qual 
ativa o adenilato ciclase → Produz AMPc, ativando 
os canais de cálcio e sódio (influxo de íons), 
induzindo a despolarização e produção de PA. 
 
Neurônios olfatórios primários 
enviam sinal para o bulbo 
olfatório, que é formado por célula 
mitral (multipolar e neurônio II), 
células em tufo e interneurônios 
(periglomerulares e granulares). 
Mecanismo: substância odorífera se liga no 
receptor e causa despolarização da células → Sinais 
são transduzidos para o NP2, no glomérulo do 
bulbo olfatório (neurônio olfatório 1º faz sinapse 
com as células mitrais e células em tufo). 
- Célula periglomerular e granular fazem sinapse 
inibitória pela inibição das células mitrais e em tufo 
(células de 1º e 2º ordem) modulando a via. 
Olfato e gustação trabalham juntos, um 
potencializa o outro. 
TRAJETO DA VIA OLFATÓRIA 
Estímulos da estria olfatória latera vão para a área 
34 de Brodmann (uncus) e depois para o giro 
parahipocampal. 
- Célula olfatória (NP1) → Lâmina cribriforme → 
Bulbo olfatório (glomérulo) → Célula mitral e em 
tufo (NP2) → Trato olfatório → Trígono olfatório → 
Estria olfatória lateral → Córtex piriforme (córtex 
olfatório primário) → Região anterior do uncus e 
do giro parahipocampal. 
CÓRTEX ENTORRINAL (SISTEMA LÍMBICO) 
Circuito de PAPEZ (relacionado com a memória): 
esse circuito é a associado do sistema límbico 
(memória) e o sistema olfatório. 
Hipocampo → Fórnix → Corpo 
mamilar (trato) → Núcleos 
anteriores do tálamo → Giro do 
cíngulo (posterior) → Giro para-hipocampal → 
Hipocampo (amigdala, Accumbens, área tegmental 
e ventral). 
REPERCUSSÃO CLÍNICA 
I. Anosmia: perda de sensibilidade olfatória 
(sinusite, lesões, traumas e doenças – 
Alzheimer). 
II. Hiposmia: sensibilidade olfatória 
diminuída. 
III. Disosmia: sentido olfatório, tornado os 
odores inócuos desagradáveis (pode ser 
uma parosmia – quando o estimula é 
existente – ou fantosmia). 
IV. Cacosmia: alucinações olfatórias (cheiros 
desagradáveis – podre, estragado, 
queimado), comum em crises epiléticas. 
 
Filipe Libano – Universidade Nove de Julho 
 2 
Gustação e paladar 
ANATOMIA DA LÍNGUA 
Fica presa no osso hioide, é um órgãos muscular 
esquelético voluntário, que tem a finalidade de 
articular as palavras, movimentar o alimento na 
cavidade da boca (não é oral), deglutir alimentos 
para faringe e perceber os sabores 
(principalmente). 
Porções anatômicas: ápice, corpo e raiz. 
Gosto é uma sensação química que depende dos 
receptores gustativos nas papilas gustativas (língua 
e palato mole, faringe e laringe). 
- São agrupados em botões gustatórios, chamados 
de papilas filiformes, fungiformes e circunvaladas. 
 
- Filiformes: botões gustatórios e são as + comuns. 
- Fungiformes: distribuídas de forma variada. 
- Circunvaladas: na porção posterior da língua. 
Essas papilas remetem a todos os estímulos de 
gustação. 
Dor e temperatura (geral/sensibilidade somática): 
trigêmeo (2/3 anterior) e 1/3 posterior pelo 
glossofaríngeo e epiglote (vago). 
Gutação (sensibilidade especial): facial (2/3 
anteriores), 1/3 posterior pelo glossofaríngeo e 
epiglote (vago). 
Motricidade: hipoglosso. 
 
ESTRUTURA DOS BOTÕES GUSTATÓRIOS 
São estruturas ovais formadas por células de 
sustentação, células basais e células sensoriais. 
- Células basais: responsáveis pela regeneração (a 
cada 10 dias) dos botões gustatórios. 
- Células sensoriais: responsáveis por perceber os 
sabores e converter em potenciais de ação. 
Cada botão tem um orifício (poro), que é onde as 
moléculas associadas aos sabores serão acopladas. 
- Cada botão gustatório estimula os NP1 da via de 
gustação pela liberação de ATP e serotonina. 
TRANSDUÇÃO DO SINAL GUSTATÓRIO 
Os sinais químicos liberados pelas células 
receptoras gustatórias ativam os neurônios 
sensoriais primários (gustatórios), cujo axônios 
seguem no NC. VII, IX e X para o bulbo, onde é feita 
a sinapse. Informação sensorial vai ao córtex 
gustatório através do tálamo. 
• Doce, amargo e umami é associado á ativação 
de receptores acoplados a proteína G. 
• Salgados é azedos são transduzidos por canais 
iônicos. 
TRANSDUÇÃO PARA O AMARGO, DOCE E UMAMI 
Receptores acoplados 
a proteína G se ligam 
ao ligante amargo, 
doce e umami e 
liberam ATP como 
molécula sinalizadora. 
A fosfolipase C induz 3 
processos . 
I. Liberação de cálcio da reserva IC. 
II. Abertura dos canais de sódio (causando 
a despolarização). 
III. Abertura dos canais de cálcio (liberação 
de neurotransmissores na fenda 
sináptica entre o botão gustatório e 
NP1 – facial, vago ou glossofaríngeo). 
• Ao mesmo tempo que tem despolarização, tem 
liberação de cálcio para exocitose de NT. 
TRANSDUÇÃO DO GOSTO AZEDO 
I. Abertura dos canais 
de hidrogênio. 
II. Fechamento dos 
canais de potássio. 
III. Abertura dos canais 
de cálcio para 
promover uma 
maior liberação de 
neurotransmissores na fenda sináptica 
entre o botão gustatório e o neurônio 
de primeira ordem. 
TRANSDUÇÃO PARA O SALGADO 
I. Abertura dos canais de 
sódio. 
II. Abertura dos canais de 
cálcio para promover a 
maior liberação de NT na 
fenda sináptica. 
Filipe Libano – Universidade Nove de Julho 
 3 
VIA DA GUSTAÇÃO 
Envolve basicamente 3 neurônios 
NP1: forma o nervos facial, glossofaríngeo e vago. 
NP2: forma o nucleo do trato solitário. Axônios de 
segunda ordem ascendem o tálamo, formando 
fibras solitário-talâmicas (não trato-talâmicas 
porque o trajeto é curto). 
NP3: localizados no núcleo ventral póstero-medial 
e seguem em direção ao giro pós-central e ao lobo 
da ínsula para a percepção de sinal. 
GLÂNDULAS SALIVARES 
Saliva é produzida pelas glândulas parótidas, 
submandibulares e sublinguais. 
 
Glândula submandibular e sublingual: inervadas 
pela parte autonômica facial (NC. VII) no núcleo 
salivatório superior. 
Glândula parótida: inervada pelo núcleo salivatório 
inferior, parte autônoma do NC. IX. 
REPERCUSSÃO CLÍNICA 
Ageusia: perda da sensibilidade gustatória (perda 
total é rara). 
Hipogeusia: sensibilidade gustatória diminuída. 
Disgeusia: alteração da gustação (ex: drogas).

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