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Lara de Aquino Santos SEMINÁRIO INTERDISCIPLINAR – NP1 PERGUNTAS DISCENTES ATENÇÃO AO PACIENTE COM NECESSIDADES ESPECIAIS E GERIÁTRICO 01. Durante a anamnese, Paula informou que Joãozinho faz tratamento para diabetes utilizando insulina NPH, porém tem muita dificuldade em controlar seu filho quanto à alimentação. O mesmo não a obedece quanto ao consumo de chicletes, chocolates e não aceita uso de adoçante em suas refeições. Tendo em vista essas informações, qual exame o Cirurgião-Dentista Carlos deve solicitar para avaliação da condição do paciente em questão? Discorra sobre a importância dessa conduta. RESPOSTA: Glicemia glicada (HbA1c), pois esse exame permite avaliar como esteve a glicemia do paciente nos últimos 3 a 4 meses, ajudando a perceber falhas no tratamento e encaminhar para o serviço médico caso estes se mostrem alterados. A conduta de Dr. Carlos se faz necessária, pois os níveis glicêmicos persistentemente elevados são danosos ao organismo e o descontrole prolongado resulta em danos a diversos tecidos. Pacientes descompensados apresentam risco de hemorragia durante o procedimento odontológico, bem como adquirir infecções e apresentar um atraso na cicatrização. 02. Sabendo que Joãozinho apresenta diabetes mellitus, quais cuidados o cirurgião-dentista deve adotar ao realizar as suas consultas? RESPOSTA: Para evitar o aparecimento de desequilíbrios metabólicos indesejáveis durante o procedimento, é importante que o cirurgião-dentista tome devidas precauções como: • Instruir o paciente com quanto à necessidade de alimentar-se e ingerir a medicação adequadamente antes da consulta odontológica, minimizando assim, a chance de desenvolver crise hipoglicêmica; • Checar a glicemia capilar com glicosímetro antes, durante e após a consulta; Lara de Aquino Santos • Efetuar o atendimento no período matutino, momento em que os níveis de glicose se encontram, geralmente, mais elevados, além de reduzir o estresse físico e emocional, evitando consultas prolongadas que mantenham o paciente em longos períodos de jejum; • Reduzir o risco infecção, efetuando instrução de higiene oral; • Efetuar orientações de dieta adequada; • Aferir a pressão arterial (PA) antes e depois das consultas e pulsação antes, durante e depois da anestesia; • Prescrever agentes estimulantes da saliva, como gomas de mascar com xilitol, ou ainda recomendar o uso de saliva artificial para aliviar os sintomas da xerostomia; • Avaliar a necessidade de profilaxia antibiótica prévia ao procedimento, para evitar a bacteremia transitória, que ocorre em procedimentos agressivos, devido à vulnerabilidade para infecções e resposta inflamatória acentuada.
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