Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CICLO ESTRAL Ciclo morfológico; funcional e comportamental Nos mamíferos domésticos, é um ciclo que representa as chances consecutivas do animal de se tornar gestante. - a ciclicidade inicia na puberdade - duração varia conforme a espécie - Ciclo estral: período de receptividade sexual é limitado; diferentemente do ciclo menstrual Frequência do ciclo estral: Poliéstricas estacionais: vários cios numa época do ano - fotoperíodo ( cabras éguas e ovelhas Poliéstricas anuais: Vários cios ao longo do ano sem influência estacional. Vacas e porcas Monoéstricas anuais: cadela. Um cio por semestre. Monoéstricas estacionais: loba e ursa 1 cio por ano #PROESTRO: Fase preparatória para o cio - crescimento folicular até dominância - AUMENTO DE E2 e progesterona abaixando - dura em média 5 dias #ESTRO Consiste no CIO - Sinais comportamentais de cio - Fase de dominância folicular até pré-ovulatório ou ovulação em algumas espécies - PICO DE E2 E LH - média 2 dias ****Inseminação artificial deve ocorrer no final de estro, próximo a ovulação #METAESTRO Fase de transição folicular para corpo lúteo - pós ovulação - formação de corpo hemorrágico---> corpo lúteo funcional ainda refratário a prostaglandina F2 alfa - média de 5 dias #DIESTRO Momento em que o corpo lúteo atinge o auge. Dura em média 10 dias - ALTA DE PROGESTERONA - Se emprenhar: Corpo lúteo mantido, progesterona mantida em alta e diestro é prolongado “gestacional” - Ausência de sinalização de gestação: ocitocina liberada pelo corpo lúteo---> receptores endometriais de ocitocina = liberação de prostaglandinas f2 alfa = luteólise e reciclo. #ANESTRO É a fase de inatividade reprodutiva, ausência de cio. - Anestro fisiológico: por gestação, lactação, puerpério ( involução uterina), animais fora da época de monta ( ciclo estacional) - Anestro Patológico: por baixa condição corporal; baixa leptina; doenças; estresse Fases estrogênicas: Pro e estro --- presença de folículo Fases progesterônicas: Meta e diestro ---- presença de corpo lúteo TIPOS DE OVULAÇÃO: Espontânea: ovulam devido ao pico de LH - domésticos menos gata Induzida: gatas por exemplo, necessitam cópula para ovular Ovulação Espontânea com Luteinização induzida: cl só se forma se houver cópula BOVINOS Poliéstricas anuais Duração do ciclo: 21 dias ( 17 a 25 - Estro= dia 0 : Sinais de cio duram em média 12 horas - edema de vulva e hiperemia - animal deixa de comer - reduz produção de leite - inquietude - micção frequente - mugindo - se une a animais em cio e separa dos demais - permite monta - comportamento homossexual: aceita monta de outras vacas/ a que monta está entrando ou saindo co cio ++ estímulo de E2 - muco claro - Metaestro: ovulação - 12 horas após fim de cio: cio detectado de manhã inseminar 12 h depois - ( 30 horas após início de estro) - metaestro dura de 3 a 4 dias - sangramento meta éstrico depois de 20 horas do início Obs. existe um colar de monitoramento que detecta alimentação, movimentação produção ruminação; auxilia a detectar cio BUBALINOS: Poliéstricas estacionais de dias curtos ( fotoperíodo negativo) ou anuais, dependendo da região - Cio bastante discreto, necessita rufião em geral - mesma duração de ciclo que bovinos; estro de 19 a 21 horas ( mais longo)e ovula 1 a 2 dias depois do início do estro SUÍNOS: Poliéstricas anuais Duração do ciclo: 21 dias * marras tem ciclos mais curtos - ESTRO: o estro das porcas é relativamente longo 36-72 horas. É dividido em duas fases: o pré cio e o cio: 1. Pré-Cio: apresenta-se inquietas; redução de apetite, vocalização, edema, hiperemia de vulva, monta em outras, secreção mucóide, NÃO ACEITA MONTA ( RTM -) 2. Cio: TOLERA MONTA: a porca fica receptiva ao macho, fica estática e com membros afastados para ele; não salta em outras fêmeas; ainda tem secreção vulvar; urina frequentemente - REFLEXO DE TOLERÂNCIA AO MACHO (+): fêmea receptiva ao macho, permanece tolerante por 12 a 48 horas - REFLEXO DE TOLERÂNCIA AO HOMEM (+): fêmea se imobiliza por pressão lombar do homem Depois de ovular, PARA de aceitar o homem O tempo de tolerância ao macho é mais prolongado que o tempo de tolerância ao homem, portanto as inseminações são feitas ao longo do período de tolerância ao homem, que o período que concentra o “ pico de cio” ( basicamente a porca tá tão no cio que aceita até o humano) OVULAÇÃO: ocorre durante o cio nas porcas; entre 38 a 42 horas; como o cio é prolongado é recomendado inseminar 2 a 3 vezes durante o estro, de preferência quando tolerante ao homem, enquanto estiver aceita inseminação. - Corpo lúteo da porca é refratário a luteólise por até 12 dias de ciclo, não adianta fazer PGF nesse período INTERVALO DESMAME CIO: Porcas em geral retornam ao cio em 4 a 5 dias após desmamarem a leitegada ( +- um mês em sistema intensivo)( vacas retornam 40 a 50 dias pós parto ) OVINOS Poliéstricos estacionais: fotoperíodo negativo = ocorrem períodos de transição, em que é mais difícil controlar os cios pois ocorrem mais oscilações hormonais, com cios de durações variáveis e menos fertilidade Duração do ciclo: 17 dias - Estro: (um dia a um dia e meio)24 a 36 horas, com ovulação no final MANEJO REPRODUTIVO 1. Efeito carneiro: muito importante para manejo da espécie. Difícil detecção de cio na ausência de macho. Separar macho das ovelhas por 60 dias e depois recolocá-los ajuda na indução de cio dentro da fase de transição ou estação reprodutiva ( dias curtos). Mesmo macho com pausa ou troca de macho por um novo. 2. Controle de Fotoperíodo: suplementação de horas de luz; prendendo as ovelhas por 16 a 18 horas de luz, de modo que a pineal irá reduzir produção de melatonina inibindo a ciclicidade. E então, remover a luz artificial e em 1 a 2 meses ela irá ciclar. É uma alternativa ao controle hormonal do cio na espécie 3. Flushing: relacionado ao número de ovulações que a ovelha irá ter. Aumento de aporte nutricional semanas antes da estação reprodutiva para maximizar crescimento folicular + protocolo hormonal semelhante ao de bovinos ( fora de estação de monta) = maior fertilidade e número de ovulações a. Ondas foliculares das ovelhas são 4 e muito próximas; o flushing pode favorecer o acúmulo delas e aumentar taxas de gestações gemelares b. PGF2alfa = induzir parto, administração na semana antes da data esperada de parto…( em 48 h parto **parto é induzido por aumento de cortisol fetal = produção de estrógeno pela placenta e prostadlandina F2 alfa = regressão de corpo lúteo = para de manter prenhez Corticosteroides: mimetizam cortisol fetal pode associa-los a pgf2 CAPRINOS Poliéstricos estacionais Duração do ciclo: 19 a 21 dias - Estro dura 24 a 48 horas e ovulação é no fim de estro Também tem influência do efeito Bode Sinais de cio: discretos no geral, melhor com presença de macho - muco cristalino vira turvo - inquietude - vocalização - procura macho - balança cauda - queda de apetite Rufiação: ➔ rufiões, inteiros com capa + tinta para marcar fêmeas em cio ➔ rufiões castrados: Aplicar cipionato de estradiol ( ECP)- 4 a 5 aplicações com intervalo de 7 dias = comportamentos de macho inteiro EQUINO Poliéstricas estacionais: fotoperíodo positiva Anestro ------transição ------ciclo estral ( dias longos) Duração do ciclo: 21 dias - Estro de 5 dias emmédia - ovulação: um a dois dias antes de finalizar estro - Onda folicular única - Metaestro: 5-8 dias Diestro 5-9 e Proestro 3 Manejo reprodutivo: ➔ Controle de fotoperíodo: fornecer 16 horas de luz diária ➔ Possuem cio do potro: 14 dias depois de parir reiniciam ciclo; em condições adequadas pode proporcionar uma gestação por ano. ➔ Diagnóstico gestacional por US: observação da dinâmica folicular, quanto mais redondo e grande ele estiver maio próximo a ovulação ( min 35mm para inseminar e edema uterino grau 3. CANINOS Monoéstrica anual: um cio a cada seis meses Ciclo variável Pro-estro: dura 9 dias, momento em que a liberação de feromônios é bastante intensa Estro: 3 a 21 dias ( media de 9) - ovulação: 1 a 7 dias após começarestro ( ovula durante estro - Sinais de cio: - edema e hiperemia vulvar - aumento de permeabilidade capilar e fluxo sanguíneo = secreção serosanguinolenta Metaestro e Diestro: dura 60 a 120 dias, regressão de corpo lúteo Anestro de 4 a 5 meses fisiológico na espécie. Ovulação múltipla assíncrona: é possível emprenhar por mais de um macho na mesma gestação Identificação do cio: citologia vaginal, presença de 80% células queratinizadas GATAS Poliéstricas estacionais: fotoperíodo positivo, gata doméstica é poliéstrica anual cicla o ano todo por luz artificial. Duração do ciclo: 14 a 21 dias -16 Proestro: liberação de feromônios Estro: 5; 6 a 7 dias - ovulação depende do coito durante estro - 25 horas depois do coito a gata ovula - é necessária mais de uma cópula para indução de ovulação em 50% das gatas - Sinais de estro: lordose, dócil, mia bastante, rola no chão, receptiva ao macho ➔ Ausência de estímulo para ovulação e ausência de prenhez, reinicia ciclo, intervalo curto ➔ Ovulação induzida por swab: reprodução assistida, ou uso de GnRH I.A. EM PEQUENOS PUBERDADE Cães As fêmeas atingem a puberdade com 6 a 9 meses e no primeiro ano de idade já atingiram maturidade sexual, por vezes um pouco mais tardia devido ao desenvolvimento completo dos orgãos reprodutores Puberdade no macho: O macho aos 6-7 meses já possui espermatozoides no semen mas a maturidade sexual ocorre também com um ano. Sinais: Testículos: só descem para o escroto após um mês de idade, não sendo recomendado castrá-lo antes. Na puberdade, eles aumentam e ficam tenso elásticos devido ao aumento de células de Leydig = aumento de produção de testosterona = aumento de espermatozóides em número Sinais comportamentais: O animal apresenta mudanças de comportamento devido ao aumento de testosterona circulante; costume de montar em objetos e marcar território urinando com a pata levantada. Nem sempre esse comportamento é perdido após castração pois se torna habitual. Não se recomenda usar os animais como reprodutores no primeiro ano de vida. Puberdade em gatos: Os gatos entram em estação reprodutiva com estímulo de luz, gatas são poliéstricas estacionais de fotoperiodo positivo. Na gata doméstica, o ciclo estral é mantido o ano todo devido a luz artificial dentro do ambiente. Em vida livre, felinos ciclam em dias longos ( verão). Raças de pelo curto são mais precoces quando comparadas a de pelos longos. ➔ Gatos de pelo curto: atingem puberdade em média de 6 meses, siameses por exemplo ➔ Gatos de pelo longo: em média após dos dois anos de idade; persas maine Sinais comportamentais: gatos vocalizam bastante, querem sair de casa, rolam, lateralizam cauda EXAME ANDROLÓGICO Importante avaliar machos pois geram mais produtos que a fêmea. O exame andrológico permite selecionar os machos aptos a deixar descendentes 1. Exame Clínico: identificar, realizar anamnese, exame clínico e saúde hereditária. 2. Exame clínico especial: Andrológico 3. Exame morfológico dos órgão: externos e internos 4. Exame funcional: além da libido, o animal precisa ser capaz de detectar a fêmea no cio, copular e depositar sêmen 5. Exame do sêmen: coleta e avaliação da qualidade 6. Exames complementares: dependem da suspeita Exame clínico geral: outros sistemas além do genital influenciam na potência do macho. - Aparelho locomotor - Sistema urinário - Sistema digestivo *deve-se obter informações sobre o uso de terapia farmacológica recente ou concomitante , pois existem medicamentos que podem interferir na qualidade do sêmen e libido, como cetoconazol, corticóides, anestésicos, anticarcinogênicos e anfotericina B; ingestão deste 60 dias antes do exame do semen podem interferir na qualidade SISTEMA UROGENITAL DOS CÃES Testículos: inguinal, na diagonal, oblíquos e geralmente um na frente do outro Próstata: bem desenvolvida ao redor da uretra Osso peniano: na glande do animal Glande do cão: base grande e tem estrutura chamada Bulbo da Glande. Quando o animal é excitado, o bulbo incha de sangue e prende o pênis do animal na vulva da cadela. - bulbo não deve inchar antes de ser introduzido: Cão só deve ter a ereção total do pênis após penetração, possibilitada pelo osso peniano - não deve inchar dentro do prepúcio, pode lesionar: para coleta de sêmen, importante expor o pênis SISTEMA UROGENITAL DOS GATOS Testículos mais caudais, na região subanal Próstata: bem menor que no cão e não são comuns problemas de próstata na espécie. Glândulas Bulbouretrais presentes Pênis está voltado caudalmente, é projetado cranialmente para cópula por um ligamento do ápice do pênis. Glande: muito pequena , possui osso peniano e possui espículos, responsáveis por indução da ovulação na fêmea. - animais castrados perdem os espículos gradualmente, a presença delta concentração de testosterona é responsável pela presença de espículos - queda de testos circulante também pode ocasionar diminuição dos músculos da bochecha dos gatos ( bucinador e masseter 1. AVALIAÇÃO DOS TESTÍCULOS E BOLSA ESCROTAL A. Presença na bolsa B. Simetria e tamanho C. Consistência: deve ser tenso elástica D. Sensibilidade e dor E. Mobilidade individual: deve estar presente *Mensuração: feita com paquímetro, quanto maior maior produção de testos e maior produção de espermatozoides Inspeção e palpação: Ovais e com eixo oblíquos Mobilidade: ausente se houver aderência por inflamação crônica = acomete termorregulação bilateral Presença na bolsa: - Criptorquidismo: condição genética, ausência de descenso testicular ( em condições normais ocorre no 7 a 10 dia); um ou dois testículos retidos na cavidade abdominal, predispostos a neoplasias e causar problemas prostáticos. O animal apresenta libído mas é incapaz de reproduzir se bilateral; e férteis se a condição for unilateral, no entanto a condição é genética e o animal não deve ser usado para reprodução O libído está presente devido a produção de testosterona pelo testículo; o diagnóstico é feito com administração de GnRH e coleta de amostras antes e após 60 minutos. - Monorquidismo: presença de apenas um testículo na bolsa; sem retenção na cavidade. Em geral por agenesia, mas pode ser também por acidente vascular Tamanho testicular: - Hipoplasia: falha de desenvolvimento testicular, uni ou bilateral. Associada a fator genético, também é causador de hipoplasia ovariana nas fêmeas; não devem ser utilizados na reprodução. Também pode estar associada a falha na gestão, no manejo alimentar por exemplo. - Atrofia: condição adquirida, testículo foi formado e regrediu, seja por medicamentos, inflamação, infecção, trauma etc - Neoplasias: Sertolioma, mais comum em cães, baixo índice metastático, crescimento local; fatal ***Sertolioma: neoplasia de células de Sertoli, a mais comum nos cães. É uma neoplasia ativa, produtora de estrógenos levando a feminização do animal; dentre os sinais pode se citar ginecomastia, prepúcio pendular, alopecia, hiperpigmentação e espessamento de pele ( clínica de hiperestrogenismo). O excesso de estrógeno circulante inibe GnRH que contribui para atrapalhar a função reprodutiva do animal, que se torna infertil e o testículo sofre atrofia.. A condição também acomete a medula óssea, impedindo a proliferação de células tronco (aplasia de medula); animal se torna anemico, adquire leucopenia e trombocitopenia e essas condições o levam a morte ➔ Diagnóstico: dosagem de E2 / Laparotomia / US e Raio x; massa testicular ➔ Tratamento: castração, inefetiva se a medula já está comprometida; transfusões e transplante de medula ➔ Animais criptorquidas são predispostos a desenvolver neoplasia. Consistência testicular: - Orquite: inicialmente, flacidez edema e dor; em casos crônicos, testículo firme, atrofiado e sensibilidade reduzida - Cistos: flacidez; presença de líquido - Neoplasia: consistência alterada, firmes ou flácidos, irregularidades Sensibilidade: - Aumentada: orquites agudas, torções/ condições agudas - Diminuída: lesões mais crônicas ORQUITE Inflamação dos testículos Etiologias: Brucellacanis- agente transmissível entre os cães e cadelas, causador de aborto, doenças no trato genital e infecções ascendentes sistêmicas ( sistema circulatório e septcemia podem ocorrer). Traumática Autoimune Aguda: ➔ Edema ➔ Dor ➔ Calor ➔ Firmeza ➔ Irregular ➔ Astenozoospermia = diminuição de motilidade espermática ➔ Azoospermia = ausência de espermatozóides no ejaculado ➔ Sinais sistêmicos: vômito, anorexia, prostração Crônica: ➔ Testículo duro e firme ➔ Sinais sistêmicos e sensibilidade ausentes ➔ Fibrose e atrofia ➔ infertilidade ➔ Orquiectomia é recomendada 2. AVALIAÇÃO DO PREPÚCIO E PÊNIS A. Diâmetro de orifício prepucial - tratamento é cirúrgico a. Fimose: não expõe b. Parafimose: não retorna B. Presença de secreções a. Balanopostites: inflamação do prepúcio e glande - qualquer corte ou trauma b. Balanite: inflamação da glande c. Podem levar a fimoses e para fimoses ( + em bovinos com prepúcio pendular C. Aderências D. Neoplasias a. Tumor Venéreo Transmissível TVT E. Frênulo persistente a. Jovens - estrutura do ápice ddo pênis preso na glande; pode romper na primeira excitação, se não, cortar. F. Hipospadia e Epispadia a. condição rara em que a uretra abre em local errado b. Uretra não tem fechamento adequado do canal c. Condição hereditária e tratamento é cirúrgico, por vezes penectomia G. Fratura do Osso peniano a. colocar no local e repousar animal b. não estimular excitação c. calos ósseos: pode comprimir uretra e gerar piores problemas No Gato: inspecionar pênis e visualizar espículos e coloração rosácea 3. AVALIAÇÃO DA PRÓSTATA Exame de próstata não é rotineiro em cães, só é realizado caso ocorra alguma alteração que possa estar associada a problemas na próstata: - ejaculado com sangue - dificuldade de urinar - defecar em fita Hiperplasia Prostática Benigna HPB: condição comum em animais de idade avançada >9 anos; e >5 anos em casos de criptorquidismo Etiologia: favorecida por desequilíbrio hormonal: estrogeno aumentado = mais receptores para andrógenos/ Aumento da produção de di-hidrotestosterona na glândula. Clínica: - hiperplasia da próstata comprime uretra e reto, gerando quadro clínico; em geral não é um quadro doloroso - Compressão de uretra: pode levar a retenção de urina e uremia pós renal, pouco comum - Compressão do reto: tenesmo e disquezia, hérnia perineal, defeca em fita - Comum sangue no ejaculado na primeira e terceira fração deste Tratamento: ● Castração, para diminuir testosterona circulante ● Finasterida ( inibidor de testos - caso animal não possa ser submetido a cirurgia; usar até castrar ● Prostatectomia Abscesso e Cistos prostáticos: abscesso por infecções ascendentes ( prostatites) e os cistos (++por HPB, que geraram oclusão de canais de drenagem = cistos de retenção. Drenagem guiada por US e ATB. Palpação Retal: feita com inserção de um dedo no reto; ➔ Aumento de tamanho ➔ Irregularidade: pensar em neoplasia ➔ Consistência: ◆ homogeneamente firme: HPB ◆ flutuante: abscesso cisto ◆ Irregular: diferentes consistências, neoplasias ◆ Flácida: prostatite, bastante dolorida ➔ Sensibilidade ◆ Aumentada em prostatites 4. AVALIAÇÃO DA CÓPULA E LIBIDO Antes da monta, o macho realiza o cortejo relativamente prolongado, e lambe a vulva da cadela antes de montá-la. A cadela no cio se mantém apoiada; desloca cauda lateralmente, expondo a vulva para o macho. Ele realiza a penetração sem ereção, graças ao osso peniano e após penetra-lo o pênis ingurgita, o bulbo da glande aumenta e o animal faz movimentos pélvicos para estimular ejaculação.. Após ejacular o animal passa o membro por cima da cadela e se mantém de costas para ela até que o bulbo reduza ao tamanho normal; o animal fica preso por 5 a 60 minutos ( media de 20 min). Isso impede refluxo de ejaculado. A ejaculação continua nesse período, e é nesse momento que é rico em esperma. Gatos: a fêmea eleva o posterior e lateraliza cauda; macho morde cernelha e a cobre múltiplas vezes, estimulando a ovulação COLETA SEMINAL Manipulação digital: ➔ Por cima do prepúcio ➔ Estimular o macho com uma cadela no cio ou apenas um swab vagina de cadela no cio ➔ Quando o animal está excitado, puxar prepúcio caudal a região do bulbo e estimular o bulbo. ➔ O sêmen deve ser coletado com auxílio de funil ou tubo que não encoste no pênis. Porções espermáticas: ➔ Primeira: porção das uretrais, limpa uretra. Não coletar ➔ Segunda: coletar. rica em espermatozóides ➔ Terceira: secreção prostática, translúcida, dilui sêmen. Não coletar MOTILIDADE: progressiva em cada porção 2,5 a 80 mL devem ser coletados, variando com porte e espécie Após coleta, manter o animal isolado e distraí lo para não lesionar a mucosa até que passe o ingurgitamento Outros métodos: ➔ Eletroejaculador: usado muito em selvagens ➔ Vagina artificial: coleta todas as fazes seminais ➔ Coleta epididimária, pela cauda do epidídimo CONSERVAÇÃO DO SEMEN CANINO Sêmen Fresco: Ideal uso imediato - Dose: 150 a 200 x 10^6 sptz ; dividir em 2 a 3 i.a. - taxas similares a monta natural Diluir e resfriar a 5 graus: viável 48h e taxa de prenhez é boa - taxas de prenhez acima de 70% Congelado: apenas para IA intrauterina, dura por tempo indeterminado - Intrauterino: deve sedar; cateterizar vagina - Dose: 35 x 10^6 sptz LOCAL DE INSEMINAÇÃO 1. Intravaginal: porção cranial da vagina, com sonda rígida + elevar posterior da cadela 2. Intrauterina: cateterismo transcervical, requer sedação, pode usar semên congelado 3. Cirúrgico: laparotomia ou laparoscopia: não se faz pois difícil identificar melhor momento para inseminar. DETERMINAÇÃO DO PERÍODO FÉRTIL DA CADELA A alteração de comportamento da fêmea ajuda a identificar o momento ideal de inseminação, porém diferentemente de outros animais, pode não ser tão nítida. Portanto se utiliza de modificações anatômicas para maior certeza de que ela está em período fértil PROESTRO: FSH / E2 ALTO P4/ LH BAIXO Nessa fase, ocorre edema hiperemia vulvar; a cadela libera feromônios mas não aceita o macho; aqui ocorrem descargas sanguinolentas por aproximadamente 7 dias ESTRO: QUEDA E2 / FSH ALTA LH / P4 diminuição dos sinais de pró estro, cadela aceita monta por 7 dias. Quanto mais longo o pro, mais longo o estro. Dia 0 = o máximo de E2, difícil identificar pois é gradativo Dia 1 a 4 = ovulação + 48h para sair da metáfase 1 para 2 e ser apto a fecundação DOSAGEM HORMONAL: Pode ser feita para conhecimento da fase do ciclo estral que a cadela está. Níveis de progesterona sérico: aumento gradual de pró para estro Pós pico de LH: 1,5 a 2 ng de progesterona / mL sangue após pico de LH e continuam a subir durante estro. A concentração de progesterona é padronizada independente da espécie e raça. A partir dessa detecção, vai dosando até valores próximos a 10ng/mL serem atingidos, inseminação nesse momento. O pico ocorre 13-28 dias depois. Para identificar o pico de LH seria necessário coletas de sangue diárias; a progesterona pode ser dosada com uma única gota de sangue a cada 2 a 3 dias, é muito mais viável. CITOLOGIA VAGINAL Outro método de identificar a fase de cio é a citologia vaginal; avalia as consecutivas mudanças no número e características morfológicas das células epiteliais vaginais, que refletem as alterações endócrinas e da atividade ovariana. Técnica: 1. Realizar swab com água destilada na região interna da vagina, inserir com 45 graus de angulação e remover horizontalmente 2. adicionar a lâmina, por esgotamento 3. corar com corante panótico rápido e leitura no microscópio Proestro: ● Células parabasais e intermediárias diminui ● Células superficiais aumentam ● Hemácias durante todo proestro, desaparecem gradativamente na transição pra estro ( não confiar pq podem persistir ) ● Progressão: aumento de queratinizadas superficiais chega a 60-80% na transição para estro. ● Queratinizadas aumentam 5-10% / dia ESTRO: Queratinizadas 70% Hemácias podem ou não estar presentes METAESTRO: Queda dramática do número de superficiais Reaparecem leucócitos ( neutrófilosEm geral ocorre 8 a 10 dias após ovulação ( não tem valor para manejo reprodutivo pq indica que vc já perdeu o momento de inseminarkkkkkkkkk DIESTRO: 50% das queratinizadas diminui Intermediárias e superficiais predominam Neutrófilos podem estar presentes Diestro é a fase em que corpo lúteo atinge auge com alta P4; reduz em 60 dias se não houver prenhez, que são 60 dias de anestro. Anestro= parabasais e intermediárias, em pequenas quantidades FALSO POSITIVO: swab inadequado- coleta da cavidade clitoriana, não sofre mudança durante ciclo e está sempre mais queratinizado pois é mais exposto. MOMENTO DE INSEMINAR: Duas inseminações: Dia 3 a 5 após o pico de LH, ou seja, durante o estro, que seria o momento de receptividade da fêmea em condições naturais. Inseminação única: Dia 4 após o pico de LH, pois depois deste inicia o aumento de progesterona e todas as ovulações vão ter ocorrido. ( Tudo que tinha para ovular já ovulou) Óvulo dura 24h e sptz dura 48h COLETA SEMINAL EM GATOS ● Vagina artificial: tubo 1,5 ml ● Eletroejaculação: selvagens ● Epidídimo: em debilitados, velhos etc.. remoção de testículos amarrados, guarda num pacote e refrigerar. Viabilidade de até 14 dias ● Lavagem Vaginal: coleta semen intravaginal após a cruza com a gata sedada ● Coleta farmacológica: Keta e medetomidina - 15 a 20 min sêmen vai pra uretra por relaxamento - coletar por sonda ● Teratospermia: quando 40% dos sptz estão anormais CONSERVAÇÃO Não diluído: 37 graus dura uma hora; 23 graus dura 140 min Refrigerado: a 4-5 graus dura 14 dias; diluido com tris gema Congelado: indeterminado INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL EM GATAS Pode ser realizada em estro natural ou estro induzido Estro natural: CIO = período de proestro e estro ; seguido de um período curto de inatividade sexual “interestro” e E2 reduz a concentrações basais por regressão do folículo não ovulado. Sem cópula esse ciclo se repete até fim de estação de monta e depois um anestro fora de estação de monta ( dias curtos). Não observa-se em gatos domésticos por exposição constante a luz artificial. Sinais de ESTRO: vocalização, laterização de cauda, roçar cabeça, patinar, rolamento, secreção vaginal, tremores. Estro silencioso: A citologia vaginal pode ser feita 80% de queratinizadas indica estro. Induzi-la com cotonete ou escova interdental. Sêmen dura 25-30h, pois na cópula natural o timing condiz com o momento de ovulação; Inseminação 24 h depois, garante mais Estro induzido: com FSH ou ECG + HCG (1000UI) ou cotonete Dia 0 = após indução, ovulação ocorre 25 a 30 horas depois, ovulado já apto para fecundação. Induzir com cotonete, esfregar região de clitóris, 2-3 vezes ou mais para induzir ovulação. Inseminar um dia depois com o animal sedado, sonda intravaginal e seringa de 1 mL. Gata deitada, não ocorre refluxo. ➔ Intrauterina: laparotomia + semen congelado ➔ Intrauterina Não cirúrgica: sonda uretral adaptada, transcervical
Compartilhar