Buscar

CICLO ESTRAL

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CICLO ESTRAL
Ciclo morfológico; funcional e comportamental
Nos mamíferos domésticos, é um ciclo que
representa as chances consecutivas do animal
de se tornar gestante.
- a ciclicidade inicia na puberdade
- duração varia conforme a espécie
- Ciclo estral: período de receptividade
sexual é limitado; diferentemente do
ciclo menstrual
Frequência do ciclo estral:
Poliéstricas estacionais: vários cios numa
época do ano - fotoperíodo ( cabras éguas e
ovelhas
Poliéstricas anuais: Vários cios ao longo do
ano sem influência estacional. Vacas e porcas
Monoéstricas anuais: cadela. Um cio por
semestre.
Monoéstricas estacionais: loba e ursa 1 cio
por ano
#PROESTRO:
Fase preparatória para o cio
- crescimento folicular até dominância
- AUMENTO DE E2 e progesterona
abaixando
- dura em média 5 dias
#ESTRO
Consiste no CIO
- Sinais comportamentais de cio
- Fase de dominância folicular até
pré-ovulatório ou ovulação em
algumas espécies
- PICO DE E2 E LH
- média 2 dias
****Inseminação artificial deve ocorrer no final
de estro, próximo a ovulação
#METAESTRO
Fase de transição folicular para corpo lúteo
- pós ovulação
- formação de corpo hemorrágico--->
corpo lúteo funcional ainda refratário a
prostaglandina F2 alfa
- média de 5 dias
#DIESTRO
Momento em que o corpo lúteo atinge o auge.
Dura em média 10 dias
- ALTA DE PROGESTERONA
- Se emprenhar: Corpo lúteo mantido,
progesterona mantida em alta e
diestro é prolongado “gestacional”
- Ausência de sinalização de gestação:
ocitocina liberada pelo corpo lúteo--->
receptores endometriais de ocitocina =
liberação de prostaglandinas f2 alfa =
luteólise e reciclo.
#ANESTRO
É a fase de inatividade reprodutiva, ausência
de cio.
- Anestro fisiológico: por gestação,
lactação, puerpério ( involução
uterina), animais fora da época de
monta ( ciclo estacional)
- Anestro Patológico: por baixa
condição corporal; baixa leptina;
doenças; estresse
Fases estrogênicas: Pro e estro --- presença de
folículo
Fases progesterônicas: Meta e diestro ----
presença de corpo lúteo
TIPOS DE OVULAÇÃO:
Espontânea: ovulam devido ao pico de LH -
domésticos menos gata
Induzida: gatas por exemplo, necessitam
cópula para ovular
Ovulação Espontânea com Luteinização
induzida: cl só se forma se houver cópula
BOVINOS
Poliéstricas anuais
Duração do ciclo: 21 dias ( 17 a 25
- Estro= dia 0 : Sinais de cio duram em
média 12 horas
- edema de vulva e hiperemia
- animal deixa de comer - reduz
produção de leite
- inquietude
- micção frequente
- mugindo
- se une a animais em cio e
separa dos demais
- permite monta
- comportamento homossexual:
aceita monta de outras vacas/
a que monta está entrando ou
saindo co cio ++ estímulo de
E2
- muco claro
- Metaestro: ovulação
- 12 horas após fim de cio: cio
detectado de manhã
inseminar 12 h depois
- ( 30 horas após início
de estro)
- metaestro dura de 3 a 4 dias
- sangramento meta éstrico
depois de 20 horas do início
Obs. existe um colar de monitoramento que
detecta alimentação, movimentação produção
ruminação; auxilia a detectar cio
BUBALINOS:
Poliéstricas estacionais de dias curtos (
fotoperíodo negativo) ou anuais, dependendo
da região
- Cio bastante discreto, necessita rufião
em geral
- mesma duração de ciclo que bovinos;
estro de 19 a 21 horas ( mais longo)e
ovula 1 a 2 dias depois do início do
estro
SUÍNOS:
Poliéstricas anuais
Duração do ciclo: 21 dias * marras tem ciclos
mais curtos
- ESTRO: o estro das porcas é
relativamente longo 36-72 horas. É
dividido em duas fases: o pré cio e o
cio:
1. Pré-Cio: apresenta-se inquietas;
redução de apetite, vocalização,
edema, hiperemia de vulva, monta em
outras, secreção mucóide, NÃO
ACEITA MONTA ( RTM -)
2. Cio: TOLERA MONTA: a porca fica
receptiva ao macho, fica estática e
com membros afastados para ele; não
salta em outras fêmeas; ainda tem
secreção vulvar; urina frequentemente
- REFLEXO DE TOLERÂNCIA AO
MACHO (+):
fêmea receptiva ao macho, permanece
tolerante por 12 a 48 horas
- REFLEXO DE TOLERÂNCIA AO HOMEM
(+):
fêmea se imobiliza por pressão
lombar do homem
Depois de ovular, PARA de aceitar o
homem
O tempo de tolerância ao macho é
mais prolongado que o tempo de
tolerância ao homem, portanto as
inseminações são feitas ao longo do
período de tolerância ao homem, que o
período que concentra o “ pico de cio”
( basicamente a porca tá tão no cio
que aceita até o humano)
OVULAÇÃO: ocorre durante o cio nas
porcas; entre 38 a 42 horas; como o
cio é prolongado é recomendado
inseminar 2 a 3 vezes durante o estro,
de preferência quando tolerante ao
homem, enquanto estiver aceita
inseminação.
- Corpo lúteo da porca é
refratário a luteólise por até 12
dias de ciclo, não adianta
fazer PGF nesse período
INTERVALO DESMAME CIO:
Porcas em geral retornam ao cio em 4
a 5 dias após desmamarem a
leitegada ( +- um mês em sistema
intensivo)( vacas retornam 40 a 50
dias pós parto )
OVINOS
Poliéstricos estacionais: fotoperíodo negativo
= ocorrem períodos de transição, em que é
mais difícil controlar os cios pois ocorrem
mais oscilações hormonais, com cios de
durações variáveis e menos fertilidade
Duração do ciclo: 17 dias
- Estro: (um dia a um dia e meio)24 a
36 horas, com ovulação no final
MANEJO REPRODUTIVO
1. Efeito carneiro: muito importante para
manejo da espécie. Difícil detecção de
cio na ausência de macho. Separar
macho das ovelhas por 60 dias e
depois recolocá-los ajuda na indução
de cio dentro da fase de transição ou
estação reprodutiva ( dias curtos).
Mesmo macho com pausa ou troca de
macho por um novo.
2. Controle de Fotoperíodo:
suplementação de horas de luz;
prendendo as ovelhas por 16 a 18
horas de luz, de modo que a pineal irá
reduzir produção de melatonina
inibindo a ciclicidade. E então, remover
a luz artificial e em 1 a 2 meses ela irá
ciclar. É uma alternativa ao controle
hormonal do cio na espécie
3. Flushing: relacionado ao número de
ovulações que a ovelha irá ter.
Aumento de aporte nutricional
semanas antes da estação reprodutiva
para maximizar crescimento folicular
+ protocolo hormonal semelhante ao
de bovinos ( fora de estação de
monta) = maior fertilidade e número
de ovulações
a. Ondas foliculares das ovelhas
são 4 e muito próximas; o
flushing pode favorecer o
acúmulo delas e aumentar
taxas de gestações gemelares
b. PGF2alfa = induzir parto,
administração na semana
antes da data esperada de
parto…( em 48 h parto
**parto é induzido por aumento de cortisol
fetal = produção de estrógeno pela placenta e
prostadlandina F2 alfa = regressão de corpo
lúteo = para de manter prenhez
Corticosteroides: mimetizam cortisol fetal
pode associa-los a pgf2
CAPRINOS
Poliéstricos estacionais
Duração do ciclo: 19 a 21 dias
- Estro dura 24 a 48 horas e ovulação é
no fim de estro
Também tem influência do efeito Bode
Sinais de cio: discretos no geral, melhor com
presença de macho
- muco cristalino vira turvo
- inquietude
- vocalização
- procura macho
- balança cauda
- queda de apetite
Rufiação:
➔ rufiões, inteiros com capa + tinta para
marcar fêmeas em cio
➔ rufiões castrados: Aplicar cipionato de
estradiol ( ECP)- 4 a 5 aplicações com
intervalo de 7 dias = comportamentos
de macho inteiro
EQUINO
Poliéstricas estacionais: fotoperíodo positiva
Anestro ------transição ------ciclo estral ( dias
longos)
Duração do ciclo: 21 dias
- Estro de 5 dias emmédia
- ovulação: um a dois dias
antes de finalizar estro
- Onda folicular única
- Metaestro: 5-8 dias Diestro 5-9 e
Proestro 3
Manejo reprodutivo:
➔ Controle de fotoperíodo: fornecer 16
horas de luz diária
➔ Possuem cio do potro: 14 dias depois
de parir reiniciam ciclo; em condições
adequadas pode proporcionar uma
gestação por ano.
➔ Diagnóstico gestacional por US:
observação da dinâmica folicular,
quanto mais redondo e grande ele
estiver maio próximo a ovulação ( min
35mm para inseminar e edema uterino
grau 3.
CANINOS
Monoéstrica anual: um cio a cada seis meses
Ciclo variável
Pro-estro: dura 9 dias, momento em que a
liberação de feromônios é bastante intensa
Estro: 3 a 21 dias ( media de 9)
- ovulação: 1 a 7 dias após começarestro ( ovula durante estro
- Sinais de cio:
- edema e hiperemia vulvar
- aumento de permeabilidade
capilar e fluxo sanguíneo =
secreção serosanguinolenta
Metaestro e Diestro: dura 60 a 120 dias,
regressão de corpo lúteo
Anestro de 4 a 5 meses fisiológico na espécie.
Ovulação múltipla assíncrona: é possível
emprenhar por mais de um macho na mesma
gestação
Identificação do cio: citologia vaginal,
presença de 80% células queratinizadas
GATAS
Poliéstricas estacionais: fotoperíodo positivo,
gata doméstica é poliéstrica anual cicla o ano
todo por luz artificial.
Duração do ciclo: 14 a 21 dias -16
Proestro: liberação de feromônios
Estro: 5; 6 a 7 dias
- ovulação depende do coito durante
estro
- 25 horas depois do coito a gata ovula
- é necessária mais de uma cópula para
indução de ovulação em 50% das gatas
- Sinais de estro: lordose, dócil, mia
bastante, rola no chão, receptiva ao
macho
➔ Ausência de estímulo para ovulação e
ausência de prenhez, reinicia ciclo,
intervalo curto
➔ Ovulação induzida por swab:
reprodução assistida, ou uso de GnRH
I.A. EM PEQUENOS
PUBERDADE
Cães
As fêmeas atingem a puberdade com 6 a 9
meses e no primeiro ano de idade já atingiram
maturidade sexual, por vezes um pouco mais
tardia devido ao desenvolvimento completo
dos orgãos reprodutores
Puberdade no macho:
O macho aos 6-7 meses já possui
espermatozoides no semen mas a maturidade
sexual ocorre também com um ano.
Sinais:
Testículos: só descem para o escroto após um
mês de idade, não sendo recomendado
castrá-lo antes. Na puberdade, eles aumentam
e ficam tenso elásticos devido ao aumento de
células de Leydig = aumento de produção de
testosterona = aumento de espermatozóides
em número
Sinais comportamentais:
O animal apresenta mudanças de
comportamento devido ao aumento de
testosterona circulante; costume de montar
em objetos e marcar território urinando com a
pata levantada. Nem sempre esse
comportamento é perdido após castração pois
se torna habitual.
Não se recomenda usar os animais como
reprodutores no primeiro ano de vida.
Puberdade em gatos:
Os gatos entram em estação reprodutiva com
estímulo de luz, gatas são poliéstricas
estacionais de fotoperiodo positivo. Na gata
doméstica, o ciclo estral é mantido o ano todo
devido a luz artificial dentro do ambiente. Em
vida livre, felinos ciclam em dias longos (
verão).
Raças de pelo curto são mais precoces quando
comparadas a de pelos longos.
➔ Gatos de pelo curto: atingem
puberdade em média de 6 meses,
siameses por exemplo
➔ Gatos de pelo longo: em média após
dos dois anos de idade; persas maine
Sinais comportamentais: gatos vocalizam
bastante, querem sair de casa, rolam,
lateralizam cauda
EXAME ANDROLÓGICO
Importante avaliar machos pois geram mais
produtos que a fêmea.
O exame andrológico permite selecionar os
machos aptos a deixar descendentes
1. Exame Clínico: identificar, realizar
anamnese, exame clínico e saúde
hereditária.
2. Exame clínico especial: Andrológico
3. Exame morfológico dos órgão:
externos e internos
4. Exame funcional: além da libido, o
animal precisa ser capaz de detectar a
fêmea no cio, copular e depositar
sêmen
5. Exame do sêmen: coleta e avaliação
da qualidade
6. Exames complementares: dependem
da suspeita
Exame clínico geral: outros sistemas além do
genital influenciam na potência do macho.
- Aparelho locomotor
- Sistema urinário
- Sistema digestivo
*deve-se obter informações sobre o uso de
terapia farmacológica recente ou
concomitante , pois existem medicamentos
que podem interferir na qualidade do sêmen e
libido, como cetoconazol, corticóides,
anestésicos, anticarcinogênicos e
anfotericina B; ingestão deste 60 dias antes
do exame do semen podem interferir na
qualidade
SISTEMA UROGENITAL DOS CÃES
Testículos: inguinal, na diagonal, oblíquos e
geralmente um na frente do outro
Próstata: bem desenvolvida ao redor da uretra
Osso peniano: na glande do animal
Glande do cão: base grande e tem estrutura
chamada Bulbo da Glande. Quando o animal é
excitado, o bulbo incha de sangue e prende o
pênis do animal na vulva da cadela.
- bulbo não deve inchar antes de ser
introduzido: Cão só deve ter a ereção
total do pênis após penetração,
possibilitada pelo osso peniano
- não deve inchar dentro do prepúcio,
pode lesionar: para coleta de sêmen,
importante expor o pênis
SISTEMA UROGENITAL DOS GATOS
Testículos mais caudais, na região subanal
Próstata: bem menor que no cão e não são
comuns problemas de próstata na espécie.
Glândulas Bulbouretrais presentes
Pênis está voltado caudalmente, é projetado
cranialmente para cópula por um ligamento
do ápice do pênis.
Glande: muito pequena , possui osso peniano
e possui espículos, responsáveis por indução
da ovulação na fêmea.
- animais castrados perdem os
espículos gradualmente, a presença
delta concentração de testosterona é
responsável pela presença de
espículos
- queda de testos circulante também
pode ocasionar diminuição dos
músculos da bochecha dos gatos (
bucinador e masseter
1. AVALIAÇÃO DOS TESTÍCULOS E
BOLSA ESCROTAL
A. Presença na bolsa
B. Simetria e tamanho
C. Consistência: deve ser tenso elástica
D. Sensibilidade e dor
E. Mobilidade individual: deve estar
presente
*Mensuração: feita com paquímetro, quanto
maior maior produção de testos e maior
produção de espermatozoides
Inspeção e palpação:
Ovais e com eixo oblíquos
Mobilidade: ausente se houver aderência por
inflamação crônica = acomete termorregulação
bilateral
Presença na bolsa:
- Criptorquidismo: condição genética,
ausência de descenso testicular ( em
condições normais ocorre no 7 a 10 dia);
um ou dois testículos retidos na cavidade
abdominal, predispostos a neoplasias e
causar problemas prostáticos.
O animal apresenta libído mas é incapaz
de reproduzir se bilateral; e férteis se a
condição for unilateral, no entanto a
condição é genética e o animal não deve
ser usado para reprodução
O libído está presente devido a produção
de testosterona pelo testículo; o
diagnóstico é feito com administração de
GnRH e coleta de amostras antes e após
60 minutos.
- Monorquidismo: presença de apenas um
testículo na bolsa; sem retenção na
cavidade. Em geral por agenesia, mas
pode ser também por acidente vascular
Tamanho testicular:
- Hipoplasia: falha de desenvolvimento
testicular, uni ou bilateral. Associada a
fator genético, também é causador de
hipoplasia ovariana nas fêmeas; não
devem ser utilizados na reprodução.
Também pode estar associada a falha na
gestão, no manejo alimentar por exemplo.
- Atrofia: condição adquirida, testículo foi
formado e regrediu, seja por
medicamentos, inflamação, infecção,
trauma etc
- Neoplasias: Sertolioma, mais comum em
cães, baixo índice metastático,
crescimento local; fatal
***Sertolioma: neoplasia de células de Sertoli, a
mais comum nos cães. É uma neoplasia ativa,
produtora de estrógenos levando a feminização do
animal; dentre os sinais pode se citar
ginecomastia, prepúcio pendular, alopecia,
hiperpigmentação e espessamento de pele ( clínica
de hiperestrogenismo).
O excesso de estrógeno circulante inibe GnRH que
contribui para atrapalhar a função reprodutiva do
animal, que se torna infertil e o testículo sofre
atrofia..
A condição também acomete a medula óssea,
impedindo a proliferação de células tronco (aplasia
de medula); animal se torna anemico, adquire
leucopenia e trombocitopenia e essas condições o
levam a morte
➔ Diagnóstico: dosagem de E2 /
Laparotomia / US e Raio x; massa
testicular
➔ Tratamento: castração, inefetiva se a
medula já está comprometida; transfusões
e transplante de medula
➔ Animais criptorquidas são predispostos a
desenvolver neoplasia.
Consistência testicular:
- Orquite: inicialmente, flacidez edema e
dor; em casos crônicos, testículo firme,
atrofiado e sensibilidade reduzida
- Cistos: flacidez; presença de líquido
- Neoplasia: consistência alterada, firmes
ou flácidos, irregularidades
Sensibilidade:
- Aumentada: orquites agudas, torções/
condições agudas
- Diminuída: lesões mais crônicas
ORQUITE
Inflamação dos testículos
Etiologias:
Brucellacanis- agente transmissível entre os
cães e cadelas, causador de aborto, doenças
no trato genital e infecções ascendentes
sistêmicas ( sistema circulatório e septcemia
podem ocorrer).
Traumática
Autoimune
Aguda:
➔ Edema
➔ Dor
➔ Calor
➔ Firmeza
➔ Irregular
➔ Astenozoospermia = diminuição de motilidade
espermática
➔ Azoospermia = ausência de espermatozóides
no ejaculado
➔ Sinais sistêmicos: vômito, anorexia, prostração
Crônica:
➔ Testículo duro e firme
➔ Sinais sistêmicos e sensibilidade ausentes
➔ Fibrose e atrofia
➔ infertilidade
➔ Orquiectomia é recomendada
2. AVALIAÇÃO DO PREPÚCIO E PÊNIS
A. Diâmetro de orifício prepucial -
tratamento é cirúrgico
a. Fimose: não expõe
b. Parafimose: não retorna
B. Presença de secreções
a. Balanopostites: inflamação do
prepúcio e glande - qualquer
corte ou trauma
b. Balanite: inflamação da
glande
c. Podem levar a fimoses e para
fimoses ( + em bovinos com
prepúcio pendular
C. Aderências
D. Neoplasias
a. Tumor Venéreo Transmissível
TVT
E. Frênulo persistente
a. Jovens - estrutura do ápice
ddo pênis preso na glande;
pode romper na primeira
excitação, se não, cortar.
F. Hipospadia e Epispadia
a. condição rara em que a uretra
abre em local errado
b. Uretra não tem fechamento
adequado do canal
c. Condição hereditária e
tratamento é cirúrgico, por
vezes penectomia
G. Fratura do Osso peniano
a. colocar no local e repousar
animal
b. não estimular excitação
c. calos ósseos: pode comprimir
uretra e gerar piores
problemas
No Gato: inspecionar pênis e visualizar
espículos e coloração rosácea
3. AVALIAÇÃO DA PRÓSTATA
Exame de próstata não é rotineiro em cães, só
é realizado caso ocorra alguma alteração que
possa estar associada a problemas na
próstata:
- ejaculado com sangue
- dificuldade de urinar
- defecar em fita
Hiperplasia Prostática Benigna HPB:
condição comum em animais de idade
avançada >9 anos; e >5 anos em casos de
criptorquidismo
Etiologia: favorecida por desequilíbrio
hormonal: estrogeno aumentado = mais
receptores para andrógenos/ Aumento da
produção de di-hidrotestosterona na glândula.
Clínica:
- hiperplasia da próstata comprime
uretra e reto, gerando quadro clínico;
em geral não é um quadro doloroso
- Compressão de uretra: pode levar a
retenção de urina e uremia pós renal,
pouco comum
- Compressão do reto: tenesmo e
disquezia, hérnia perineal, defeca em
fita
- Comum sangue no ejaculado na
primeira e terceira fração deste
Tratamento:
● Castração, para diminuir testosterona
circulante
● Finasterida ( inibidor de testos - caso
animal não possa ser submetido a
cirurgia; usar até castrar
● Prostatectomia
Abscesso e Cistos prostáticos: abscesso por
infecções ascendentes ( prostatites) e os
cistos (++por HPB, que geraram oclusão de
canais de drenagem = cistos de retenção.
Drenagem guiada por US e ATB.
Palpação Retal:
feita com inserção de um dedo no reto;
➔ Aumento de tamanho
➔ Irregularidade: pensar em neoplasia
➔ Consistência:
◆ homogeneamente firme: HPB
◆ flutuante: abscesso cisto
◆ Irregular: diferentes
consistências, neoplasias
◆ Flácida: prostatite, bastante
dolorida
➔ Sensibilidade
◆ Aumentada em prostatites
4. AVALIAÇÃO DA CÓPULA E LIBIDO
Antes da monta, o macho realiza o cortejo
relativamente prolongado, e lambe a vulva da
cadela antes de montá-la. A cadela no cio se
mantém apoiada; desloca cauda lateralmente,
expondo a vulva para o macho. Ele realiza a
penetração sem ereção, graças ao osso
peniano e após penetra-lo o pênis ingurgita, o
bulbo da glande aumenta e o animal faz
movimentos pélvicos para estimular
ejaculação..
Após ejacular o animal passa o membro por
cima da cadela e se mantém de costas para
ela até que o bulbo reduza ao tamanho
normal; o animal fica preso por 5 a 60
minutos ( media de 20 min). Isso impede
refluxo de ejaculado.
A ejaculação continua nesse período, e é nesse
momento que é rico em esperma.
Gatos: a fêmea eleva o posterior e lateraliza
cauda; macho morde cernelha e a cobre
múltiplas vezes, estimulando a ovulação
COLETA SEMINAL
Manipulação digital:
➔ Por cima do prepúcio
➔ Estimular o macho com uma cadela
no cio ou apenas um swab vagina de
cadela no cio
➔ Quando o animal está excitado, puxar
prepúcio caudal a região do bulbo e
estimular o bulbo.
➔ O sêmen deve ser coletado com
auxílio de funil ou tubo que não
encoste no pênis.
Porções espermáticas:
➔ Primeira: porção das uretrais, limpa
uretra. Não coletar
➔ Segunda: coletar. rica em
espermatozóides
➔ Terceira: secreção prostática,
translúcida, dilui sêmen. Não coletar
MOTILIDADE: progressiva em cada
porção
2,5 a 80 mL devem ser coletados,
variando com porte e espécie
Após coleta, manter o animal isolado e distraí lo
para não lesionar a mucosa até que passe o
ingurgitamento
Outros métodos:
➔ Eletroejaculador: usado muito em
selvagens
➔ Vagina artificial: coleta todas as fazes
seminais
➔ Coleta epididimária, pela cauda do
epidídimo
CONSERVAÇÃO DO SEMEN CANINO
Sêmen Fresco: Ideal uso imediato
- Dose: 150 a 200 x 10^6 sptz ; dividir
em 2 a 3 i.a.
- taxas similares a monta natural
Diluir e resfriar a 5 graus: viável 48h e taxa de
prenhez é boa
- taxas de prenhez acima de 70%
Congelado: apenas para IA intrauterina, dura
por tempo indeterminado
- Intrauterino: deve sedar; cateterizar
vagina
- Dose: 35 x 10^6 sptz
LOCAL DE INSEMINAÇÃO
1. Intravaginal: porção cranial da vagina,
com sonda rígida + elevar posterior da
cadela
2. Intrauterina: cateterismo transcervical,
requer sedação, pode usar semên
congelado
3. Cirúrgico: laparotomia ou
laparoscopia: não se faz pois difícil
identificar melhor momento para
inseminar.
DETERMINAÇÃO DO PERÍODO FÉRTIL DA
CADELA
A alteração de comportamento da fêmea
ajuda a identificar o momento ideal de
inseminação, porém diferentemente de outros
animais, pode não ser tão nítida. Portanto se
utiliza de modificações anatômicas para maior
certeza de que ela está em período fértil
PROESTRO:
FSH / E2 ALTO
P4/ LH BAIXO
Nessa fase, ocorre edema hiperemia vulvar; a
cadela libera feromônios mas não aceita o
macho; aqui ocorrem descargas
sanguinolentas por aproximadamente 7 dias
ESTRO:
QUEDA E2 / FSH
ALTA LH / P4
diminuição dos sinais de pró estro, cadela
aceita monta por 7 dias. Quanto mais longo o
pro, mais longo o estro.
Dia 0 = o máximo de E2, difícil identificar pois
é gradativo
Dia 1 a 4 = ovulação
+ 48h para sair da metáfase 1 para 2 e
ser apto a fecundação
DOSAGEM HORMONAL:
Pode ser feita para conhecimento da fase do
ciclo estral que a cadela está.
Níveis de progesterona sérico: aumento
gradual de pró para estro
Pós pico de LH: 1,5 a 2 ng de progesterona /
mL sangue após pico de LH e continuam a
subir durante estro. A concentração de
progesterona é padronizada independente da
espécie e raça.
A partir dessa detecção, vai dosando até
valores próximos a 10ng/mL serem atingidos,
inseminação nesse momento.
O pico ocorre 13-28 dias depois.
Para identificar o pico de LH seria necessário
coletas de sangue diárias; a progesterona
pode ser dosada com uma única gota de
sangue a cada 2 a 3 dias, é muito mais viável.
CITOLOGIA VAGINAL
Outro método de identificar a fase de cio é a
citologia vaginal; avalia as consecutivas
mudanças no número e características
morfológicas das células epiteliais vaginais,
que refletem as alterações endócrinas e da
atividade ovariana.
Técnica:
1. Realizar swab com água destilada na
região interna da vagina, inserir com
45 graus de angulação e remover
horizontalmente
2. adicionar a lâmina, por esgotamento
3. corar com corante panótico rápido e
leitura no microscópio
Proestro:
● Células parabasais e intermediárias
diminui
● Células superficiais aumentam
● Hemácias durante todo proestro,
desaparecem gradativamente na
transição pra estro ( não confiar pq
podem persistir )
● Progressão: aumento de
queratinizadas superficiais chega a
60-80% na transição para estro.
● Queratinizadas aumentam 5-10% / dia
ESTRO:
Queratinizadas 70%
Hemácias podem ou não estar presentes
METAESTRO:
Queda dramática do número de superficiais
Reaparecem leucócitos ( neutrófilosEm geral ocorre 8 a 10 dias após ovulação (
não tem valor para manejo reprodutivo pq
indica que vc já perdeu o momento de
inseminarkkkkkkkkk
DIESTRO:
50% das queratinizadas diminui
Intermediárias e superficiais predominam
Neutrófilos podem estar presentes
Diestro é a fase em que corpo lúteo atinge
auge com alta P4; reduz em 60 dias se não
houver prenhez, que são 60 dias de anestro.
Anestro= parabasais e intermediárias, em
pequenas quantidades
FALSO POSITIVO: swab inadequado- coleta da
cavidade clitoriana, não sofre mudança
durante ciclo e está sempre mais
queratinizado pois é mais exposto.
MOMENTO DE INSEMINAR:
Duas inseminações: Dia 3 a 5 após o pico de
LH, ou seja, durante o estro, que seria o
momento de receptividade da fêmea em
condições naturais.
Inseminação única: Dia 4 após o pico de LH,
pois depois deste inicia o aumento de
progesterona e todas as ovulações vão ter
ocorrido. ( Tudo que tinha para ovular já ovulou)
Óvulo dura 24h e sptz dura 48h
COLETA SEMINAL EM GATOS
● Vagina artificial: tubo 1,5 ml
● Eletroejaculação: selvagens
● Epidídimo: em debilitados, velhos etc..
remoção de testículos amarrados,
guarda num pacote e refrigerar.
Viabilidade de até 14 dias
● Lavagem Vaginal: coleta semen
intravaginal após a cruza com a gata
sedada
● Coleta farmacológica: Keta e
medetomidina - 15 a 20 min sêmen vai
pra uretra por relaxamento - coletar
por sonda
● Teratospermia: quando 40% dos sptz
estão anormais
CONSERVAÇÃO
Não diluído: 37 graus dura uma hora; 23 graus
dura 140 min
Refrigerado: a 4-5 graus dura 14 dias; diluido
com tris gema
Congelado: indeterminado
INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL EM GATAS
Pode ser realizada em estro natural ou estro
induzido
Estro natural: CIO = período de proestro e
estro ; seguido de um período curto de
inatividade sexual “interestro” e E2 reduz a
concentrações basais por regressão do
folículo não ovulado. Sem cópula esse ciclo se
repete até fim de estação de monta e depois
um anestro fora de estação de monta ( dias
curtos). Não observa-se em gatos domésticos
por exposição constante a luz artificial.
Sinais de ESTRO: vocalização, laterização de
cauda, roçar cabeça, patinar, rolamento,
secreção vaginal, tremores.
Estro silencioso: A citologia vaginal pode ser
feita 80% de queratinizadas indica estro.
Induzi-la com cotonete ou escova interdental.
Sêmen dura 25-30h, pois na cópula natural o
timing condiz com o momento de ovulação;
Inseminação 24 h depois, garante mais
Estro induzido: com FSH ou ECG + HCG
(1000UI) ou cotonete
Dia 0 = após indução, ovulação ocorre 25 a 30
horas depois, ovulado já apto para fecundação.
Induzir com cotonete, esfregar região de
clitóris, 2-3 vezes ou mais para induzir
ovulação. Inseminar um dia depois com o
animal sedado, sonda intravaginal e seringa de
1 mL. Gata deitada, não ocorre refluxo.
➔ Intrauterina: laparotomia + semen
congelado
➔ Intrauterina Não cirúrgica: sonda
uretral adaptada, transcervical

Continue navegando