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Estudo da AVC 2 – THIPOA 2 Tecnologia, higiene e inspeção de ovos · Formação do ovo · Infundíbulo: recepção de óvulo e fertilização (15min) · Magno: secreção de albumina (3hrs) · Ístimo: secreção de membrana interna e externa da casca (1h e 30min) · Útero: produção da casca (20hrs) · Vagina e cloaca: transporte de ovo (1min) · Definição de ovos · Ovo líquido ovo sem casa, que conserva as mesmas proporções de clara e gema de um ovo (pasteurização) · Ovo integral pasteurizado ovo sem casca, que conserva as mesmas proporções de clara e gema de um ovo (homogeneizado e submetido ao processo de pasteurização · Mistura de ovos ovo sem casca, submetido a pasteurização, em que não se conservam as mesmas proporções de casca e gema de um ovo, resultando em uma mistura homogênea) · Gema produto obtido do ovo sem casca e separado da clara ou albumina · Clara produto obtido do ovo desprovido da casca e separado da gema · Estabelecimentos de ovos e derivados · Granja avícola produção – ovoscopia – classificação – condiciomnamento – rotulagem – armazenagem · Expedição de ovos oriundos, exclusivamente, de produção própria destinada a comercialização direta · Unidade de beneficiamento de ovos e derivados produção – ovoscopia – classificação – industrialização – rotulagem – armazenagem – expedição de ovos e derivados · Ovo resfriado: conservado pelo frio industrial (0 e 8ºC), não podendo voltar a temperatura ambiente · Ovo liofilizado: secagem do ovos, através de frio e vácuo – água retirada do alimento por meio de sublimação · Conserva de ovos tratamento térmico (cozimento) do ovo – descasque manual ou automático (samoura ácida e adicionada ou não de outros ingredientes); colocado em recipiente hermético fechado e conservado a temperatura ambiente, com ph não superior a 4,5 · Semiconserva tratamento térmico (cozimento) do ovo – descasque manual ou automático (samoura ácida), com ph não superior a 3 e conservado sob refrigeração em temperaturas inferiores a 5ºC · Pré-seleção: retirar os ovos trincado e sujos · Lavagem em água (35ºC): não é permitido a recirculação da água (renovada constantemente); o equipamento deve ser higienizado ao final de cada turno (4hrs) · Operação continua e rápida (não é permitido lavar os ovos por imersão) · A água é mantida em temperaturas de 35 a 45ºC e deve ser pelo menos 10ºC superior a temperatura dos ovos a serem lavados · Permitida: utilização de sanitizante na água de lavagem e deve-se utilizar equipamento dosador · Secagem dos ovos: devem ser secados mecanicamente; não irá secar os ovos quebrados ou processados imediatamente após a lavagem (não pode ter risco de contaminação do conteúdo interno do ovo pela água de lavagem, durante o processo de quebra) · Ovoscopia: avaliação das características internas e externas do ovos, assegurando a classificação das suas características qualitativas e a segregação dos ovos impróprios · É realizada com os ovos em movimento de rotação, em câmara escurecida com incidência indireta de luz · Classificação (RIISPOA – 2020) · Categoria “A” I. casca e cutícula de forma normal, lisas, limpas e intactas · II. Camara de ar com altura não superior a 6mm e imóvel · III. Gema visível na ovoscopia (forma de sombra), movendo-se ligeiramente em caso de rotação do ovo e voltando a posição central · IV. Clara limpa e translucida, consistente, sem manchas ou turvação e com calazas intactas · V. Cicatricula com desenvolvimento imperceptível · Tipos de ovos: jumbo; extra; grande; pequeno · Categoria “B” (destinados a industrialização) considerados inócuos, sem que enquadrem na categoria “A” · Manchas sanguíneas pequenas e pouco numerosas na clara e na gema; provenientes de estabelecimentos avícolas de reprodução que não foram submetidas ao processo de incubação · Tipos de ovos: industrial; liquido resfriado / congelado; gema de ovo congelada / resfriada; clara de ovo resfriada / congelada · Ovos frescos: não flutuam na água com sal; clara espessa; pequena câmara de ar; gema centralizada e redonda; quebrado (ocupa pouca área) e casca opaca e áspera · Ovos velhos: flutuam na água com sal; clara fluída (aguada); aumento da câmara de ar (saída de co2 do ovos); gema espalhada e achatada; quebrado (esparramado – ocupa muita área) e casca brilhante e lisa · Ovos impróprios para o consumo alterações da gema e da clara (gema arrebentada, manchas escuras, presença de sangue na clara); mumificação (ovo seco); podridão (vermelha, negra ou branca); presença de fungos, externa ou interna; cor, odor ou sabor anormais; rompimento da casca e da membrana testácea · Qualquer produto que o ovos seja a principal matéria prima, só poderá ser dado ao consumo após o exame bacteriológico · Na embalagem de ovos, com ou sem casca é proibido acondicionar em um mesmo envase, caixa ou volume (ovos se espécies diferentes, frescos e conservados, de classe ou categoria diferente) · É permitido o comércio internacional de ovos sem casca em embalagem adotada pelo país importador · Procedimento de inspeção: limpeza das instalações e equipamentos; ovoscopia e classificação; materiais adequados para embalagem e rotulagem; eficácia do equipamento de lavagem de ovos, em relação a potabilidade e temperatura da água de lavagem; secagem dos ovos com a ovoscopia · Filtragem – homogeneização: produz a desintegração da clara e melhora velocidade de formação da mistura uniforme · Pasteurização: ovos integrais (60ºC – 3,5min); albumen (56,7ºC – 3,5 min / 55,5ºC – 6min); gema (61ºC – 3,5min / 60º - 6,2min) · Desidratação: processo denominado de Spray Dryer, que em síntese consiste na pulverização do líquido e contato das gotículas com calor, que leva a desidratação do produto Manejo ante mortem e abate de suínos Fluxograma do abate de suínos (NÃO TEM ESFOLA) · Pré-abate · Manejo na propriedade rural embarque transporte desembarque manejo no frigorifico abate · Abate · Insensibilização sangria escaldagem (PCC) depilação evisceração (PCC); Resfriamento desossa cortes comerciais 1. Embarque: prevenção de acidentes e contusões; cuidados apropriados e ação imediata; deve ser realizado cuidadosamente (pessoas treinadas e capacitadas) · Usar métodos alternativos de controle dos suínos (bastões elétricos e uso de força) e deve priorizar as lonas, pranchas e chocalhos · O embarque é feito após 10hrs de jejum (retirar a comida e deixar a água) – antes de ir para o frigorifico; grupos de 10 a 15 animais 2. Transporte: manter a velocidade moderada e constante, realizar as curvas suavemente (evitando reduções e paradas bruscas); evitar paradas durante o percurso, por aumentar o tempo de transporte e dificultar a ventilação · Cuidado: exposição dos suínos ao sol (ganho de calor por radiação agrava o estresse térmico) e para evitar o estresse térmico, deve-se molhar os animais em dias quentes 3. Recepção: desembarque manejo calmo e tranquilo; pouco estresse; dar tempo para que o primeiro suíno reconheça o ambiente e os demais o sigam; inicia-se logo após a chegada do caminhão no frigorifico e os animais que não conseguirem ser removidos do caminhão, devem ser abatidos com o abate emergencial · Pocilgas (divisão dos animais) de chegada e seleção: recebimento, pesagem e classificação dos suínos para formação de lotes de acordo com a procedência · Pocilgas de matança (animais que não apresentam nenhuma emergência – mediata ou imediata): cobertas e arejadas; entre 15 e 18ºC · Matança de emergência imediata: animais fraturas ou que o exame físico recomende o abate imediato (X no centro da testa) · Matança mediata (abate sanitário): abatidos após matança normal ou na sala de necropsia (podem esperar a matança normal) · Pocilgas de sequestro: suínos que foram excluídos da matança normal por necessitarem de exame clínico e observação mais acurada antes do abate 4. Área de descanso: jejum alimentar; dieta hídrica; separação de lotes; redução do estresse térmico pelo calor (ventiladores e aspersores), piso antiderrapante e uniforme; jejum alimentar inicia-se na grande e os animais permanecemde 2 a 4hrs no frigorifico; bem estar animal; evitar a má qualidade da carne (queda do ph) e descanso >24h (alimentação) Procedimentos do abate (SUÍNO NÃO TEM ESFOLA) 1. Insensibilização (método de atordoamento para garantir que o animal não sinta dor) métodos mecânicos (pistola de dardo cativo penetrante / não penetrante); métodos elétricos (insensibilização elétrica com aplicação da corrente apenas cabeça / corpo); métodos de atmosfera controlada (dióxido de carbono, associado a gazes inertes; gazes inerteis: agonio e nitrogênio; dióxido de carbono em concentração elevada) · Insensibilização com aplicação da corrente apenas na cabeça (eletronarcose): baixa voltagem (250-750V); 6 a 10seg; retirada de 60% de sangue total · Para abates com velocidade acima de 120 suínos / hora (equipamentos de contenção – Restrainer) 2. Sangria (cortes dos grandes vasos – veias jugulares e artérias carótidas) realizada imediatamente após a insensibilização (máximo de 30seg entre a insensibilização e a sangria – ideal de 10 a 15seg) – avaliação de inconsciência do suíno (ausência de respiração rítmica / reflexo corneal / sensibilidade a estímulos dolorosos · Realizada com duas facas: uma para o corte da pele e outra para os grandes vasos · Suíno é içado pelo membro posterior esquerdo após a sangria 3. Lavagem (carcaças são lavadas com água potável hiperclorada) após a sangria o animal é preso pelo membro posterior esquerdo com o auxilio de ganchos, seguindo pela nórea até os chuveiros, onde é levado e o excesso de sangue é retirada · Sistema tubular de chuveiros dispostos lateralmente com jatos orientados para o centro do corredor (protegidos por um box de aço inoxidável 4. Retirada dos pelos · Escaldagem (primeiro processo realizado para a remoção de pelos da carcaça) mergulha a carcaça em banho de água quente para abrir os poros e facilitar a remoção dos pelos e dos cascos · 62 – 72ºC – 2 a 5min; geralmente ocorre imersão da carcaça em água a 62ºC (2-5min) · Facilita a remoção dos pelos e dos cascos, pois ocorre amolecimento dos poros, cerdas e cascos · Depilação (segundo processo realizado para remoção de pelos da carcaça) remoção dos pelos em maquinas (permanência de 30seg) · Chamuscagem (terceiro processo realizado para remoção de pelos da carcaça, completamente a depilação) a carcaça recebe um equipamento que tem chamas e durante alguns segundos a carcaça passa para remover o restante dos pelos · Processo que remove todos os pelos; chamuscador a 300ºC por 3 a 5 seg · Toalete final – limpeza das carcaças (remoção de pelos remanescente e dos cascos) remoção de unhas e cascos manualmente e remoção dos pelos que sobraram 5. Procedimento de abertura da carcaça (inspeção pós-mortem) – operações de abate (evisceração, carimbagem, pesagem e lavagem das carcaças) oclusão do reto e esôfago; abertura da papada, abertura torácica e deslocamento da traqueia, língua e cabeça; evisceração · Evisceração (abertura do abdômen para a retirada das vísceras – estomago e depois abdominais) · Não é retirada a cabeça do porco · Toda carcaça consumida é inspecionada · Inspeção das carcaças · Linhas de inspeção pós mortem carcaças, vísceras e órgãos com aspecto normal seguem pela linha de abate normalmente ou quando alterações são observados deve-se direciona-las para o D.I.F para uma inspeção detalhada por um fiscal · A – cabeça e papada; B – Intestinos, estômagos, baço, pâncreas e bexiga; C – coração e língua; D – fígado (Cirrose hepática e Aflatoxincose) e pulmões (congestão e pneumonia necrosante); F – rins (nefrite, hidronefrose); G – cérebro · Lavagem das carcaças: jatos de água clorada (5ppm – 38ºC – 3atm); remove as sujidades e reduz a contaminação · Resfriamento (atividade enzimática – transformação de músculo em carne): 12-24hrs até que o interior atinja 1ºC e ao atingir 7ºC na profundidade das massas musculares, poderá dar entrada na desossa · Temperatura da câmara – 0 a 5ºC; altura mínima – 3 metros; densidade – 4 meias-carcaças / m · Desossa / cortes comerciais (retirada dos ossos e realização dos cortes comerciais): realizada em sala climatizada (temperatura máxima de 10ºC) · Tuneis de congelamento rápido congelamento rápido das carcaças, cortes, recortes de carnes em geral e miúdos comestíveis (temperatura entre 35 a 40ºC) · Câmaras para estocagem de congelados estocagem de congelados, sendo exigida capacidade de câmaras suficiente ao atendimento dos trabalho diário (temperatura superior a -18ºC) 6. Expedição transporte das carnes para o comércio MEL Abelhas · Abelhas são extremamente organizadas e sociais · Abelha africanizada maior adaptabilidade as condições climáticas do país; agressivas; alta produtividade; tolerância a doenças; adaptação a climas frios, continuando o trabalho em temperaturas baixas, enquanto que as europeias não recolhem nessas épocas · Abelha sem ferrão (jatai) pequeno porte; Tetragonisca angustula · Colônias de abelhas uma rainha; zangões (50-80 dias); faxineiras (1 a 3 dias); nutrizes (alimentar larvas – 4 a 8 dias); corte real (9 a 12 dias); engenheiras (13 a 18 dias); sentinelas (19 a 20 dias); campeiras (21 a 42 dias) · Busca florada dança do requebrado em formato de 8 (alimento a + de 100 metro) e em circulo (a menos de 100 metros) · Fatores de atração cor brilhante; aroma; refletir ultravioleta; quantidade e aroma (pólen) · Pólen contidos os gametas para fecundar os óvulos das plantas; polinização; rico em proteínas; usado como alimento pelas abelhas na fase larval e abelhas adultas com até 18 dias de idade · As abelhas se alimentam de néctar e do pólen das flores · Cera construção dos favos e fechamento dos alvéolos, produzida por glândulas ceriferas, situadas no abdômen das abelhas operarias · Própolis substancia resinosa (cor castanha ou amarelo – esverdeada); contém cera e óleos essenciais · Funções na colônia: tapar buracos; entrada (assegurar a desinfecção da abelha) e higiene da colmeia; grandes insetos (mortos e embalsamados) – evitar decomposição e proliferação de microrganismos; manter a temperatura estável (colmeia); antibiótico natural · Composição média resinas e bálsamos (55%); ceras (30%); óleos voláteis (10%) e pólen (5%) · Geleia real produzido pelas glândulas hipofaringeanas e mandibulares das operárias (14 dias de idade); usada como alimento das larvas (3 dias) e da rainha · Constituída de água, carboidratos, proteínas, lipídios e vitaminas (viscosa, cor branco-leitosa e sabor ácido forte) · Composição: substancia pastosa, odor sui generis, ácida (ph de 3,5 a 4,5) · A geleia real é o alimento mais completo e equilibrado encontrado na natureza · Vitaminas: B1, B2, ácido nicotínico / pantotenico, B6, B12, Biotina, ácido fólico, acetilcolina, inositol · Minerais: K, Na, Ca, Cu, Fe, Zn, Mg · Apitoxina veneno das abelhas operárias purificado · Constituído de proteínas, polipeptídios e constituintes aromáticos; produzido pelas glândulas nas duas primeiras semanas de vida da operária e armazenado no “saco de veneno” situado na base do ferrão · Proteína – melitina MEL · Composição do mel: néctar (alta porcentagem de água) · Classificação · Por sua origem · Mel floral: obtido dos néctares das flores a) Mel unifloral ou monofloral produto procede das origem de flores de uma mesma família, gênero ou espécie e possua características, físico-quimicas e microscópicas próprias b) Mel multifloral ou polifloral mel obtido de diferentes origens florais · Melato ou mel de melato mel obtido de secreções das partes vivas das plantas ou de excreções de insetos segadores de plantas que se encontram sobre elas · Segundo o procedimento de obtenção do mel do favo · Mel escorrido obtido por escorrimento dos favos desoperculados, sem larvas · Mel prensado obtido por prensagem dos favos, sem larvas · Mel centrifugado obtido por centrifugação dos favos desoperculados, sem larvas · Segundo sua apresentação e/ou processamento · Mel em favos ou mel em secções armazenado pelas abelhas em células operculadas de favos novos, construídos porelas mesmas, que não tenham larvas e comercializado em favos inteiros ou em secções · Mel com pedaços de favo contém um ou mais pedaços de favo com mel, sem larvas · Mel cristalizado ou granulado sofreu um processo natural de solidificação, como consequência da cristalização dos açucares · Mel cremoso tem uma estrutura cristalina fina e que pode ter sido submetido a um processo físico, que lhe confira estrutura e que o torne fácil de untar · Mel filtrado submetido a um processo de filtração, sem alterar o seu valor nutritivo · Água viscosidade, maturidade, cristalização, conservação · Influenciam a viscosidade, higroscopicidade, granulação e valor energético · Açucares glicose (31%) e flutose (38%), dissacarídeos (7,5% - maltose / sacarose) · Outras informações previne a carência de vitamina C; favorece as funções intestinais; fortalecedor do coração; auxilia no combate as gripes e resfriados; fortalece o aparelho respiratório · O mel em temperaturas que sejam de 10 a 20ºC menores que as temperaturas da colmeia (temperatura ambienta – 14 a 24ºC) se tornará uma solução supersaturada (processo de cristalização) · O crescimento dos cristais leva a formação de duas fases: 1) Sólida (constituída de glicose cristalizada) 2) Fase rica em água e frutose: · Se o mel for pobre em água, as duas fases não se separam e o mel cristalizado forma uma filtragem em que a parte liquida ocupa os interstícios · Se o mel tiver um teor de água superior a 18ºC, a fase sólida separa-se da fase líquida e forma uma espessa camada no fundo do recipiente · A cristalização a 14ºC é rápida e cessa a 25ºC · Altas temperaturas levam a dissolução dos cristais que desaparecem totalmente a 78ºC · Cristalização quanto maior o teor de glicose, maior a tendência do mel cristalizar e quanto menor a quantidade de água, maior a tendência á cristalização · Características físico-químicas: maturidade reação Fehling (método de detecção de açucares redutores – calculados como açúcar invertido) · Deterioração o mel não deve ter indícios de fermentação · Higiene deve estar de acordo com o regulamento técnico do Mercosul · Macroscópicos e microscópicos: o mel não deve conter substancias estranhas (insetos, larvas, grãos de areia e outros) Botulismo infantil · Crianças com menos de 1 ano de idade não devem consumir mel · Pode conter esporo do clostridium (não entra na forma vegetativa · Somente nas crianças o esporo consegue sair da forma de esporo, começa a se multiplicar e produz toxina dentro do intestino Fraudes · Adulterações com xarope invertido / de milho e de beterraba · Métodos analíticos – usados para pesquisa de fraude · Teste de fiehe (adição de glicose comercial) baseia-se na detecção qualitativa do hidroximetilfurfural (HMF) resultante da desidratação da flutose, obtida por hidrólise ácida da sacarose (coloração varia do rosa ao vermelho) – positivo: coloração avermelhada (quanto mais vermelha, mais glicose foi adicionada) · Teste de Lugol (adição de glicose comercial) o iodo e o iodeto de potássio reagem na presença de glicose, resultando uma solução de coloração vermelho violeta a azul – a intensidade da cor depende das dextrinas presentes na glicose – positiva: coloração violeta ou azul · Reação de Lund (presença de proteínas no mel, servindo para determinar se houve adição de água ou outro diluidor) precipitação de proteínas naturais do mel pelo ácido tânico – leitura realizada após 24hrs (observa-se o precipitado no fundo da proveta) – positivo: 0,6 a 3,0 no fundo da proveta Carne mecanicamente separada (CMS) · É a carne obtida por processo mecânico de moagem e separação de ossos de animais de açougue, destinada a elaboração de produtos cárneos específicos (para uso industrial) · Classificação: produto resfriado ou congelado · Exemplos: carne mecanicamente separada de ave, bovino, suíno · Composição é utilizado ossos, carcaças ou partes de carcaças de animais de açougue (aves, bovinos e suínos) que tenham sido aprovados para consumo humano pelo SIF (não poderá ser utilizado cabeças, pés e patas) – ingrediente obrigatório: carne · Matéria prima a qualidade físico-quimica é afetada pelo tipo de matéria prima utilizada, pois diferentes regiões anatomias irão compor a CMS (diferentes composições químicas) · Relação carne/osso quanto maior a quantidade de carne, maior o valor proteico · Idade do animal aumento ou diminuição da quantidade de gordura · Pressão e tipo de desossador alteração dos teores de gordura, umidade e proteínas (depende da pressão empregada) · A CMS deve seguir para a refrigeração ou congelamento (IMEDIATAMENTE!) · Sala de separação mecânica deve ser apenas para essa finalidade (temperatura – superior a 10ºC) · Características sensoriais: cor / odor característico e textura pastosa · Acondicionamento acondicionada em recipiente / embalagens adequadas que garantam as condições de armazenamento e estocagem e tenham uma proteção adequada contra a contaminação microbiana e de materiais tóxicas · Características físico-quimicas a pressão que a carne é submetido promove o rompimento celular, incorporação da medula óssea – aeração do produto – consistência pastosa; ocorre aumento nos teores de gordura, cinzas, ferro, redução nos níveis de umidade e proteínas em comparação com a carne desossada manualmente · Equipamentos desossadores mecânicos (cinta / peneira): equipamento japonês, pioneiros na atividade e inicialmente utilizados para extrair a carne aderida aos ossos provenientes da filetagem de pesixes · Desossadores mecânicos (rosca sem fim / peneira): a rosca sem fim no interior do cilindro empurra a carne através de estruturas que funcionam como peneiras · Desossadores mecânicos (prensa / peneira): trabalha com auxilio de pistões que comprimem a matéria-prima no interior do cilindro e empurram o exterior através de orifícios, onde é recuperada já em forma de CMS e em blocos compactos, formados por ossos e cartilagem · Produtos Linguiça cozida; salsicha; mortadela; mortadela tipo Bologna / de carne de ave; almondega cozida; hambuguer cozido; Fiambre Embutidos · Produtos elaborados com carne ou órgãos comestíveis curados ou não, condimentados, cozidos ou não defumados e dessecados ou não, tendo como envoltório tripla, bexiga ou membrana animal · Na carne suína, emprega-se carne bovina ou combinações de ambas as carnes · A carne é transformada em massa fina para as salsichas e mortadelas, em pedaços para as linguiças, ou em peças para os produtos · Exemplos de embutidos: Salsicha cozida (língua, bochecha, viscera, rins, coração); linguiça fresca ou defumada (carne suína, bovina, frango, cordeiros, vegetarianas / veganas); salame (carne suína / suína + bovina com touchinho ou salgada ressecada e crua); peperoni (carne suína / suína + bovina ou temperado com páprica picante e seco); copa (carne suína nuca ou sobrepaleta / salgada ressecada e crua); mortadela (emulsão cozida); presunto cozido (carne do pernil suíno – pata traseira / parte nobre – presunto tipo parma: suínos mais pesado (130kg)); apresuntado (pernil / paleta); rosbife (carne bovina assada com o centro mal passado ou cru – filé mignon / lagarto); morcela / chouriço (embutidos de sangue, gordura e condimentos – com ou sem carne) · Frescos: o período de consumo varia de 1 a 6 dias · Secos: embutidos crus submetidos a um processo de desidratação para favorecer a conservação por um tempo prolongado · Cozidos: sofrem um processo de cozimento, seja em estufa ou água · Processamento · Mistura da carne especiarias e outros condimentos – os ingredientes especialmente os sair de cura e os condimentos devem ser distribuídos o mais uniforme possível · Trituração alguns são compostos de carne picada grosseiramente e outros fina – os equipamentos utilizados são picadores ou trituradoras, “cutters” e moinhos – nas carnes submetidas a grande fricção pode ocorrer um aumento da temperatura de emulsão que reduz sua estabilidade · Emulsão cárnea (união de gordura e água, atreves de proteínas solubilizadas) · As emulsões geralmentesão instáveis, se não possuírem outro composto como agente – quando a gordura entra em contato com a água, existe uma grande tensão interfacial entre ambas as fases e os agente emulsionantes atuam reduzindo esta tensão e permitindo a formação de uma emulsão com menor energia interna, aumentando a sua instabilidade · Os agente emulsionantes tem afinidade tanto pela água quanto pela gordura – porções hidrofílicas tem afinidade pela água e as hidrofóbicas pela gordura · Principais mortadela e salsicha · Preparo da emulsão cárnea proteínas miofibrilares (actina e miosina), porque somente solubilizadas, são capazes de emulsionar a gordura; forma com a água uma rede e envolve a gordura ligando, desta forma, a gordura e a água; para solubilizar as proteínas deve-se cortar a carne no cutter e tratar com sal / salmoura · Fases da emulsão 1. Fase dispersa (formada por partículas de gordura sólida ou líquida); 2. Fase continua por água (contém dissolvidas e suspensas proteínas solúveis) · A maioria das gorduras, contém alguma fase líquida e temperatura inferiores a 22ºC e a temperatura de 34 – 52ºC, praticamente toda a gordura é convertida em líquido · A temperatura da emulsão NÃO DEVE atingir 16ºC · Fatores que afetam a formação e estabilidade da emulsão temperatura, tamanho das partículas de gordura, ph, quantidade e tipo de proteínas, viscosidade da emulsão 7 · Cocção da emulsão temperatura de 72ºC no interior da massa; iniciar com 60ºC até atingir 78 – 82ºC · Finalidade do cozimento dar consistência ao produto pela coagulação e desidratação parcial do produto; aumenta o tempo de prateleira; acelera a formação da cor; fixação da cor (desnaturação da mioglobina) · Durante a trituração e emulsificação, a temperatura da emulsão aumente em consequência da fricção na picadora ou moinho e pode acontecer um certo aquecimento para ajudar na liberação da proteína solúvel e acelera o desenvolvimento da cor de cura, mas se a temperatura aumenta demasiadamente durante a fase emulficando, a emulsão se rompe no tratamento térmico · Temperaturas excessivas podem desnaturar as proteínas · Salga as proteínas miofibrilares são insolúveis em água e soluções salinas diluídas, mas são solúveis em solução salina mais concentrada, uma das funções do sal é solubilizar as proteínas na fase aquosa para que se encontrem em condições de recobrir as partículas de gordura · O sal e a trituração causam ruptura das paredes celulares e as proteínas solúveis em sal são extraídas · Substâncias de cura: sal comum; nitratos, nitritos, ascorbatos, fosfatos, açucares · Condimentos conferem sabor aos produtos cárneos (monossódico, alho, cebola e especiarias como: pimentas, cravo, gengibre, noz moscada, cominho e mostarda em pó) · Defumação exposição do alimento a fumaça (compostos químicos) – madeiras usadas: carvalho, carvão, eucalipto, serragem ou madeira de arvores frutíferas (evitar madeiras resinosas) – diminui o teor de água do alimento / população de bactérias; melhora o sabor da carne · Envoltórios é permitido o uso de partículas artificiais no preparo de embutidos (comestíveis ou não) · Tripas naturais de suínos é utilizado tripas redondas ou pequenas (intestino delgado), tripas médias (parte central do intestino grosso), bexiga e estômagos; de bovinos é utilizado esôfago, intestino delgado, ceco e bexiga · A maioria são comestíveis e podem ser digeridos · Desvantagens: irregularidade de tamanho, desfavorável na higiene, qualidade variável, alto custo de trabalho e falta de adaptação a mecanização · Tripas artificiais colágeno reconstituído; celulose (tripa e hidrato de celulose e tripas fibrosas); sintéticas (poliamida, poliéster e cloreto de polivinildeno) · Tripas de colágeno (comestíveis ou não): são extraídas da pele e do couro · Vantagens: uniformidade de diâmetro, pouca carga microbiana, emprego fácil; condições de higiene favoráveis, fácil mecanização · Desvantagem: imagem artificial para alguns consumidores e geralmente não são comestíveis · Moldes metálicos pode-se ser de diversas formas (arredondadas, retangular, quadrada...) · Os embutidos preparados com moldes metálicos devem ser submetidos a um tratamento térmico para que se coagulem as proteínas do produto e conservem a forma do molde (geralmente é realizado com água) · Embutidos maturados tem sabor intenso e em muitos casos a textura é peculiar – fabricados com carne de suíno, mistura de carne de suíno e bovino ou com carne bovina; o sabor característico é produzido por uma fermentação bacteriana que determina a acumulação de ácido lático e produtos de fermentação pouco conhecidos (Ph de 4,8 a 5,4) · Finalidade: desenvolvimento de aroma, mudanças de textura, cura, dessecação e endurecimento do produto, microorganismos responsáveis por essa formação são bactérias produtoras de ácido lático · Principais ingredientes · Água junto com o sal / salmora para solubilizar as proteínas; impedir a elevação da temperatura da massa no cutter; solubilizar as proteínas solúveis em água; água adicionada melhor a maciez e quando adicionada em forma de gelo, ajuda a manter a baixa temperatura do produto durante a emulsificação · Enchedores vegetais (amigo, fécula de mandioca e batata, farinha de trigo e proteína texturizada de soja) e animais (emulsão de pele, leite em pós desnatados e plasma sanguíneo) · Função dos ligadores melhora a estabilidade da emulsão, aumenta o rendimento; produto barato, melhora as características de cor Carnes salgadas · Carne de sol cortada / salgada (sal fino) / locais cobertos e bem ventilados · Em dias quentes pode ser colocada na geladeira, durante a maturação · Secagem rápida, formando uma capa protetora que conserva a parte de dentro da carne úmida e macia (cozinha com mais rapidez); não precisa ficar de molho para reidratar ou dessalgar · Temperatura ambiente é de 3 a 4 dias e conservada por até 10 dias · Carne seca as mantas de carne, são constantemente mudadas de posição para facilitar a evaporação e são estendidas em varais, ao sol, até completar a desidratação · Utiliza-se carnes de parte dianteira e ponta-de-agulha em seu processamento · Temperatura ambiente: 2 meses · Charque maior quantidade de sal e de exposição ao sol garante uma boa durabilidade – utiliza-se carnes de parte dianteira de ponta-de-agulha em seu processamento – temperatura ambiente: 3 a 4 meses · Jerked Beef semelhante ao do charque, porém adiciona-se nitrito e nitrato de sódio durante o seu preparo e é comercializado em embalagem a vácuo – utiliza-se parte dianteira e ponta-de-agulha – temperatura ambiente: 6 meses Higiene e inspeção de pescado · Conteúdo varia de acordo com o habitat, qualidade da água e da alimentação · Pescado: fonte de iodo, selênio, zinco, lítio e arsênio · Animais de vida marinha extravismo ou criação com o objetivo de alimentação humano (marinho e culcicolas) · Peixes marinhos: sardinha, anchova, badejo, corvina, linguado – conservação em baixas temperaturas (resfriamento – 0 a 3ºC e congelamento - -20ºC) · Tilapia consistência e renda; peixe pequeno e com muito espinho; raçoes com testosterona (machos); altas temperaturas (37ºC) · Salmão nasce em água doce e desloca-se para o mar · Obrigatória a lavagem do pescado para retirar as sujidades; renovação da água · Utilização de caminhões isotérmicos para a refrigeração · Causas de rápida decomposição do pescado em comparação a outras carnes menor quantidade de tecido conjuntivo; maior quantidade de água, degradação de ATP é mais rápida, maior quantidade de catepsinas e maior quantidade de ácidos graxos insaturados · Processo de deterioração do peixe (4 estágios) · Pode ocorrer de forma rápida ou lenta: contaminação durante o processamento; temperaturas de transporte e estocagem; espécies, condições fisiológicas; populações microbianas presentes no ambiente aquático · Enzimas presentes no pescado atuam após a sua morte (causam alterações químicas e físicas irreversíveis) ATP ADP AMP IMP Inosina (odor insipado) hipoxantina xantina ácido úrico ureia amônia· Alergia pode dar fechamento da glote · Espécies com alto teor de histidina (histamina) com microrganismos contaminantes + perda de temperatura em algum ponto da cadeia – atum, acavala, sardinha e cação · O pescado proveniente da fonte produtora não pode ser destinado a venta direta ao consumidor, sem em que haja prévia fiscalização · Pescado pode ser: fresco, refrigerado, congelado · Assim que pescar, deve botar no gelo · Pescado congelado (-18ºC) · Pescado fresco não foi submetido a qualquer processo de conservação a não ser por ação do gelo · Pescado congelado processo rápido · Congelado salmourado em embarcação destinado a conserva · Pescado processado · SORUMI congelado a partir do CMS, submetida a lavagens sucessivas e adicionado de aditivos · Pescado empanado congelado, elaborado a partir de pescado com adição ou não de ingredientes, moldado ou não e com cobertura que o caracterize · Este processo auxilia na conservação, diminuindo a oxidação do produto e controla a umidade · Pescado em conserva produzido de pescado, com ingrediente e envasado em embalagens hermeticamente fechados e submetidos a esterilização comercial · Estabelecimentos que podem manipular: barco fábrica; abatedouro frigorifico de pescado; unidade de beneficiamento de pescado e produtos de pescado; estação depuradora de moluscos bivalentes · Depuração = filtração em água potável (não retira todas as toxinas) · Estabelecimentos de pescado responsável por garantir a identidade, qualidade e a rastreabilidade do pescado · É obrigatória a lavagem prévia do pescado utilizado como matéria-prima para consumo humano direto ou para industrialização de forma a promover a limpeza e a remoção de sujidades · Análises sensoriais, indicadores de frescor, controle de histamina, controle de biotoxinas ou de outras toxinas perigosas para a saúde humana, controle de parasitas · Avaliações dos atributos de frescor do pescado 1. Devem ser verificadas as seguintes características sensoriais a) Superfície do corpo limpa, com relativo brilho metálico e reflexos multicores próprios da espécie, sem qualquer pigmentação estranha; b) Olhos claros, vivos, brilhantes, luzentes, convexos, transparentes, ocupando toda a cavidade orbitária c) Brânquias ou guelras róseas ou vermelhas, úmidas e brilhantes com odor natural, próprio e suave d) Abdômen com forma normal, firme, não deixando impressão duradoura à pressão dos dedos; e) Escamas brilhantes, bem aderentes à pele, e nadadeiras apresentando certa resistência aos movimentos provocados; f) Carne firme, consistência elástica, da cor própria da espécie g) Vísceras íntegras, perfeitamente diferenciadas, peritônio aderente à parede da cavidade celomática h) Ânus fechado; i) Odor próprio, característico da espécie · Crustáceos a) Aspecto geral brilhante,úmido b) Corpo em curvatura natural, rígida, artículos firmes e resistentes; c) Carapaça bem aderente ao corpo; d) Coloração própria da espécie, sem qualquer pigmentação estranha; e) Olhos vivos, proeminentes; f) Odor próprio e suave; e g) Lagostas, siris e caranguejos, estarem vivos e vigorosos · Moluscos 1) Bivalves a) Estarem vivos, com valvas fechadas e com retenção de água incolor e límpida nas conchas b) Odor próprio e suave c) Carne úmida, bem aderente à concha, de aspecto esponjoso, da cor característica de cada espécie II. Cefalópodes (polvo) a) Pele lisa e úmida; b) Olhos vivos, proeminentes nas órbitas; c) Carne firme e elástica; d) Ausência de qualquer pigmentação estranha à espécie; e e) Odor próprio I. Gastrópodes (conchas – caracóis) a) Carne úmida, aderida a concha, de cor característica de cada espécie b) Odor próprio e suave c) Estarem vivos e vigorosos · Anfíbios · Carne de rã · Odor suave e característico da espécie · Cor rosa pálida na carne, branca e brilhante nas proximidades das articulações · Ausência de lesões e elementos estranhos · Textura firme, elástica e tenra · Répteis · Carne de jacaré · Odor característico da espécie · Cor branca rosada · Ausência de lesões e elementos estranhos; · Textura macia com fibras musculares dispostas uniformemente; · Pescado fresco não tem prejuízo das características sensoriais · Parasitose (prevenção) os produtos de pesca que forem contaminados com endoparasitas não podem ser destinados ao consumo cru sem sejam submetidos ao congelamento (temperatura de -20ºC por 24hrs ou a -35ºC por 15hrs) · Nos casos em que o pescado tiver infestado por endoparasitas da família Anisakidae, os produtos poderão ser destinado ao consumo cru, após serem submetidos ao congelamento a temperatura de -20ºC por 7 dias ou -35ºC por 15 horas