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Hipertireoidismo Introdução É a principal endocrinopatia em felinos, caracterizada pelo distúrbio metabólico multissistêmico resultante da excessiva produção de T3 e T4 pela glândula tireoide. Os animais acometidos possuem uma idade média de 13 anos e não há predileção sexual. Ocorre devido a uma hiperplasia adenomatosa da tireoide por fatores genéticos, ambientais ou dieta, os quais estimulam a glândula a produzir hormônios por si só. Efeitos biológicos dos hormônios da tireoide Aumento da taxa metabólica Efeito inotrópico e cronotrópico positivo Aumento da resposta às catecolaminas Aumento da afinidade a receptores beta adrenérgicos Efeitos catabólicos em músculos e gordura Estimulação da eritropoiese Essenciais para desenvolvimento neurológico em animais jovens Envolvido na cinética celular auxiliando no crescimento piloso Patogenia Animal extremamente magro devido ao aumento exacerbado da taxa metabólica Tendência a taquicardia devido ao inotropismo e cronotropismo excessivo Pelagem opaca e sem brilho devido ao exagero dos efeitos catabólicos em músculos e gorduras Cardiomiopatia hipertrófica devido ao efeito exacerbado inotrópico e cronotrópico positivo Aumento de vasoconstrição causando hipertensão arterial devido ao aumento da resposta às catecolaminas, e com isso pode ter hipertrofia do coração porque o ventrículo precisa de muito mais força para ejetar o sangue para a artéria Sinais clínicos Perda de peso Polifagia Agitação (hiperatividade) Poliúria e polidipsia: devido a ação metabólica excessiva aumentando a taxa de filtração glomerular Êmese e diarreia Hipertireoidismo apático Acomete cerca de 10% dos casos de felinos com hipertireoidismo, o qual se diferencia devido a característica de que a hiperexcitabilidade é substituída por depressão, letargia e anorexia. Exame físico Massa tireoidiana em 90% dos casos Taquipneia e dispneia com contenção Estado de magreza Taquicardia Sopro cardíaco e ritmo de galope associados a insuficiência cardíaca Hipertensão arterial sistêmica Exames complementares Aumento discreto de hematócrito no hemograma devido ao estímulo da eritropoiese Aumento de ALT, AST e FA Aferição da pressão arterial Exames de função renal: sempre considerar a DRC como uma importante comorbidade. Elevação de T4 total e T4 livre Radiografia de tórax pode se observar edema difuso Eletrocardiograma pode-se observar taquicardia sinusal Ecocardiograma é importante para avaliar o grau de hipertrofia Tratamento Metimazol Tratamento farmacológico que inibe a peroxidase tireoidiana que é uma enzima que converte iodeto para iodo, logo, impede a formação de T4 e T3. Os efeitos colaterais são anorexia, vômito e letargia. Tireoidectomia Importante uma avaliação cautelosa. Deve realizar uma estabilização prévia com metimazol. Vide técnicas cirúrgicas tendo cuidado para não tornar um animal com hipotireoidismo. Iodo radioativo (I127) O tecido adenomatoso está produzindo os hormônios da tireoide por si só, então realiza a administração intravenosa do iodo radioativo que irá emitir partículas beta e gama (partículas hiperplásicas) que irão promover a destruição tecidual. É o melhor tipo de tratamento, no entanto precisa de instalações especificas para trabalhar com radioatividade. Alta de 7 a 10 dias.
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