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7-Hipertireoidismo (18 04 2023)

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Hipertireoidismo 
Introdução 
É a principal endocrinopatia em felinos, 
caracterizada pelo distúrbio metabólico 
multissistêmico resultante da excessiva 
produção de T3 e T4 pela glândula 
tireoide. Os animais acometidos 
possuem uma idade média de 13 anos e 
não há predileção sexual. 
Ocorre devido a uma hiperplasia 
adenomatosa da tireoide por fatores 
genéticos, ambientais ou dieta, os quais 
estimulam a glândula a produzir 
hormônios por si só. 
Efeitos biológicos dos hormônios da 
tireoide 
Aumento da taxa metabólica 
Efeito inotrópico e cronotrópico positivo 
Aumento da resposta às catecolaminas 
Aumento da afinidade a receptores beta 
adrenérgicos 
Efeitos catabólicos em músculos e 
gordura 
Estimulação da eritropoiese 
Essenciais para desenvolvimento 
neurológico em animais jovens 
Envolvido na cinética celular auxiliando 
no crescimento piloso 
Patogenia 
 
Animal extremamente magro devido ao 
aumento exacerbado da taxa metabólica 
Tendência a taquicardia devido ao 
inotropismo e cronotropismo excessivo 
Pelagem opaca e sem brilho devido ao 
exagero dos efeitos catabólicos em 
músculos e gorduras 
Cardiomiopatia hipertrófica devido ao 
efeito exacerbado inotrópico e 
cronotrópico positivo 
Aumento de vasoconstrição causando 
hipertensão arterial devido ao aumento 
da resposta às catecolaminas, e com isso 
pode ter hipertrofia do coração porque o 
ventrículo precisa de muito mais força 
para ejetar o sangue para a artéria 
Sinais clínicos 
Perda de peso 
Polifagia 
Agitação (hiperatividade) 
Poliúria e polidipsia: devido a ação 
metabólica excessiva aumentando a taxa 
de filtração glomerular 
Êmese e diarreia 
Hipertireoidismo apático 
Acomete cerca de 10% dos casos de 
felinos com hipertireoidismo, o qual se 
diferencia devido a característica de que 
a hiperexcitabilidade é substituída por 
depressão, letargia e anorexia. 
Exame físico 
Massa tireoidiana em 90% dos casos 
Taquipneia e dispneia com contenção 
Estado de magreza 
Taquicardia 
Sopro cardíaco e ritmo de galope 
associados a insuficiência cardíaca 
Hipertensão arterial sistêmica 
Exames complementares 
Aumento discreto de hematócrito no 
hemograma devido ao estímulo da 
eritropoiese 
Aumento de ALT, AST e FA 
Aferição da pressão arterial 
Exames de função renal: sempre 
considerar a DRC como uma importante 
comorbidade. 
Elevação de T4 total e T4 livre 
Radiografia de tórax pode se observar 
edema difuso 
Eletrocardiograma pode-se observar 
taquicardia sinusal 
Ecocardiograma é importante para 
avaliar o grau de hipertrofia 
Tratamento 
Metimazol 
Tratamento farmacológico que inibe a 
peroxidase tireoidiana que é uma enzima 
que converte iodeto para iodo, logo, 
impede a formação de T4 e T3. 
Os efeitos colaterais são anorexia, 
vômito e letargia. 
Tireoidectomia 
Importante uma avaliação cautelosa. 
Deve realizar uma estabilização prévia 
com metimazol. Vide técnicas cirúrgicas 
tendo cuidado para não tornar um 
animal com hipotireoidismo. 
Iodo radioativo (I127) 
O tecido adenomatoso está produzindo 
os hormônios da tireoide por si só, então 
realiza a administração intravenosa do 
iodo radioativo que irá emitir partículas 
beta e gama (partículas hiperplásicas) 
que irão promover a destruição tecidual. 
É o melhor tipo de tratamento, no 
entanto precisa de instalações 
especificas para trabalhar com 
radioatividade. Alta de 7 a 10 dias.

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