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1) Em quais das fases analíticas temos mais erros por quê? Cite alguns mais comuns. Os erros acontecem mais fácil na fase pré-analítica pois são vários os fatores que implicam no sucesso dessa fase, principalmente porque parte dos fatores pré-analíticos ocorre fora do laboratório sendo difícil o seu monitoramento e controle. Ex: Troca de tubo na hora da coleta, grafia ilegível do médico na solicitação, erro na identificação do paciente, troca de amostras. 2) Quem é responsável por absorver e metabolizar glicose? A glicose é filtrada pelos glomérulos nos rins e quase totalmente reabsorvida pelos túbulos renais. 3) Como chama-se a transformação de armazenamento de glicose pelo fígado? Glicogênese é o processo no qual a glicose se transforma em glicogênio, o açúcar de reserva energética. A glicogenólise é o processo inverso, ou seja, pega o glicogênio e transforma em glicose para o organismo. 4) Qual a taxa de glicose para Identificação na urina? Glicose na faixa de 160 a 180mg/dl 5) Quais hormônios são responsáveis pela regulação de glicose e onde são produzidos? Os hormônios que participam da regulação são: Insulina (células BETA das Ilhotas de Langerhans- pâncreas), Glucagon (células ALFA do pâncreas) e Epinefrina (medula das glândulas suprarrenais). O cortisol e o GH (hormônio do crescimento também atuam modulando a concentração. A insulina é responsável por diminuir os níveis séricos e os demais por aumentar 6) Cite algumas ações da insulina no sangue. A insulina serve para manter a homeostase da glicose, para que isso ocorra, ela age: - aumentando a síntese de glicogênio; -aumenta a síntese e a esterificação de ácidos graxos; - diminui a degradação de proteínas (proteinólise); -diminui a gliconeogênese; -reduz a conversão dos estoques lipídicos em ácidos graxos (lipólise); -aumenta a absorção de AA circulantes pelas células; - aumenta a absorção de potássio sérico pelas células; - promove o relaxamento muscular, aumentando assim o fluxo sanguíneo. 7) O que é diabetes mellitus e está envolvida com quais metabolismos? A DM é uma doença metabólica que gera hiperglicemia crônica devido a deficiência na secreção de insulina ou na ação dela, junto ou separadamente. A doença afeta o metabolismo dos carboidratos, lipídeos e proteínas. 8) Classifique as diabete (I, II e gestacional) e diferencie-as. DM I ou insulino-dependente : geralmente se inicia na infância ou adolescência e nesse subtipo há pouca ou nenhuma produção de insulina devido a destruição das células beta do pâncreas. Sua frequência é maior entre jovens e crianças, nesses casos as injeções de insulina são indispensáveis. DM II: seu mecanismo fisiopatológico não é conhecido mas ao que tudo indica ocorre uma diminuição na resposta dos receptores de glicose presentes no tecido periférico gerando assim uma resistência à insulina. O pâncreas aumenta muito a sua produção mas como ela não age corretamente, com o passar dos anos o órgão para de produzir. Geralmente ocorre na vida adulta e pode estar associada a obesidade, uso prolongado de corticoides e demais fatores. Diabetes gestacional: pode ser temporária ou não, em alguns casos as mulheres desenvolvem DM II mais tarde. É gerada por uma falta de secreção juntamente com uma insulina deficiente, parecida com a DM II. Apenas 2-5% das gestantes desenvolvem e se não tratadas podem afetar o feto (incluindo seu sistema nervoso e respiratório). Urina com glicose acima de 180mg/dl = diabetes. 9) Fale sobre os exames laboratoriais utilizados para investigação de diabetes - Glicose plasmática em jejum: determina a glicose com o paciente em jejum de 12-14h, não podendo excluir distúrbios metabólicos de carboidratos. - Glicose plasmática pós-prandial de 2horas: ocorre adm de 75g de glicose e a amostra é colhida após 2h. Entre 140-200mg/dl = tolerância a glicose aterada/diminuída. Mais de 200mg/dl = DM - Teste de O’Sullivan: verifica diabetes gestacional, realiza-se na entre a 24-28 semana, é feita a adm de 50g de glicose e o sangue é coletado 1h após. Resultado igual ou superior a 140mg/dl mostra necessidade de exame completo. - Teste oral de tolerância a glicose (TOTG): é feita a adm de 75g glicose anidra em sol. aquosa e feitas medidas de glicose no tempo 0,30,60,90 e 120 min, se no último teste der acima e 200mg/dl = diabético(a) ( em gestantes a dose adm é maior (100g) e as amostras são colhidas no tempo 0,60,120 e 180 min, o diagnóstico da diabetes gestacional ocorre quando dois dos limites forem atingidos ou ultrapassados). 10)Por que a hemoglobina glicada ou hemoglobina glicosilada é utilizada para monitoramento de glicose principalmente por diabéticos? Esse exame é usado pois a glicose se liga na hemácia e só irá se desgrudar quando a célula morrer, ou seja, em aproximadamente 120 dias. O exame permite verificar a medida da subfração HbA1c e dessa forma pode-se analisar se o paciente se cuidou na 8 a 10 semanas precedentes ao teste. O exame de glicose sanguínea só serve para mostrar o controle das últimas 24h. 11)Quando utilizamos o teste de Frutosamina em vez do teste de hemoglobina glicada? Por quê? A substituição deve ser realizada para pacientes com hemoglobinopatias pois a frutosamina não sofre interferências de variantes de hemoglobinas, porém o exame é sensível a variações nos níveis de proteínas séricas e por isso não é indicado concomitantemente com alimentação parenteral e estados hipoproteinêicos devido a possíveis resultados falsos. VR= 1,8 a 2,8mmol/L; 12)Fale sobre a bilirrubina, conjugada e não conjugada. A bilirrubina é o componente essencial dos pigmentos biliares, sendo o produto do catabolismo da hemoglobina e outras hemoproteínas. A bile indireta/não conjulgada é a primeira a ser produzida, é apolar, hidrofóbica e lipofílica (afinidade pelo cérebro). A bilirrubina conjugada é o resultado da metabolização hepática da não conjugada, se origina após a ação da enzima glicuronil transferase, porém essa é polar e hidrofílica, ou seja, tem afinidade por membranas. 13)O que é icterícia e do que ela é resultada? Icterícia é a condição de coloração amarelada do plasma, pele e mucosas, determinada pelo acúmulo dos pigmentos biliares, ela pode ser o primeiro ou o único sinal de uma hepatopatia. Geralmente diagnosticada quando a bilirrubina é acima de 2,5 a 3mg/dl. 14)Diferencie a icterícia por acumulação de bilirrubina conjugada(direta) da bilirrubina não conjugada (indireta)? A icterícia por acumulação de bilirrubina conjugada deve-se a uma colestase. Deste modo a bilirrubina não pode ser excretada pelo colédoco indo parar na corrente sanguínea. Como já foi referido a bilirrubina conjugada pode ser excretada pela urina resultando assim uma urina escura, cor coca-cola, com espuma amarela chamada colúria. A icterícia por bilirrubina indireta gera aumento na quantidade de sais biliares, e consequentemente a quantidade de bilirrubina transformada em urobilinogênio pelas bactérias intestinais, o que provoca umas fezes bastante escuras. Além disso também aumenta a reabsorção entérica urobilinogênio e a sua consequente excreção pela urina escurecendo-a. 15)Por que no recém-nascido temos acumulo de bilirrubina? Quais as consequências de acumulo de bilirrubina no recém-nascido? Como tratar? Há pouca ou nenhuma atividade da enzima uridina-difosfatoglicose (UDP-glicose) no fígado do feto, havendo assim uma habilidade muito limitada para a conjugação da bilirrubina. Por isso, a bilirrubina isolada é transferida através da placenta à circulação materna, onde é processada pelo fígado da mãe. possuem acúmulo devido a maior porcentagem de hemoglobina fetal. As consequências são: deposito no tecido nervoso levando ao risco de lesão neurológica denominada Kernicterus (do alemão: amarelo nuclear), hemólise, hipóxia e hipoglicemia. O tratamento consiste em banhos de luz para transformar a bile não conjulgada em bile conjulgada. 16)Bilirrubina encontrada em maior quantidade no RN e no adulto? RN: não conjulgada/indireta 17)Quais produtos são formados a partirda bilirrubina no adulto saudável? Depois de ser conjugada a bilirrubina torna-se hidrossolúvel de modo que pode ser excretada pela urina, posteriormente degradada pelas bactérias dos intestinos em urobilinogênio, que dá cor às fezes e por sua vez é parcialmente reabsorvido no intestino e excretado pela urina conferindo-lhe também um pouco de coloração. 18)Fale sobre urobilinogênio na urina e nas fezes. Qualquer processo patológico que aumenta as concentrações do urobilinogênio no sistema digestório resulta em alterações da quantidade do composto excretado na urina. Icterícia hemolítica – aumenta a excreção de urobilinogênio; Doenças hepáticas, obstruções intra-hepáticas ou extra-hepáticas – diminuem a concentração de urobilinogênio na urina. Valores de referência para urobilinogênio urinário: 0-4mg/dL; O exame visual da amostra fecal com urobilinogênio reduzido revela cor cinza ou argila. A ausência de urobilinogênio nas fezes causa umas deposições brancas chamadas acolia. 19)Quais marcadores para avariar a função renal? Ureia (Valores de referência para uréia: 15-39mg/dl 20)Por que fazemos avaliação no soro e não na urina de marcadores renais? 21)De onde é proveniente a ureia dosada no soro e quais as principais interferências na avaliação da mesma? O nível de uréia no plasma é afetado pela função renal, conteúdo protéico da dieta e teor do catabolismo protéico, estado de hidratação do paciente e presença de sangramento intestinal 22)Por que é limitada o uso da uréia como indicador da função renal? é limitada pela variedade nos resultados causados por fatores não-renais. Teores aumentados de uréia são de três tipos: pré-renal, renal e pósrenal. 23)Como é produzida a creatinina? A creatinina é produzida como resultado da desidratação não enzimática da creatina muscular. A creatina, por sua vez, é sintetizada no fígado, rim e pâncreas e é transportada para as células musculares e cérebro, onde é fosforilada a creatina-fosfato (substância que atua como reservatório de energia). 24)Por que avaliação da creatinina é mais confiável do que a da ureia? Como a velocidade de excreção da creatinina é relativamente constante e a sua produção não é influenciada pelo metabolismo protéico ou outros fatores externos, a concentração da creatinina sérica é uma excelente medida para avaliar a função renal. Os teores de creatinina sérica são mais sensíveis e específicos do que a medida da concentração da uréia plasmática no estudo da velocidade de filtração glomerular reduzida. 25)Qual é o teste que avalia a velocidade de filtração glomerular? Quais sua limitações Depuração da Creatinina Endógena (DCE), os valores aumentados para a depuração carecem de significação clínica. Erros na coleta da urina e/ou o não esvaziamento completo da bexiga antes de iniciar o teste promovem taxas elevadas de depuração.
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