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Sistema Urinário_Patologias

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Universidade Federal do Rio Grande do Sul 
Faculdade Veterinária 
Departamento de Patologia Clínica Veterinária 
SETOR DE PATOLOGIA VETERINÁRIA 
 
 
PATOLOGIAS DO SISTEMA URINÁRIO 
 
Prof. Angelica Barth Wouters- 2011 
 
ESTRUTURA E FUNÇÃO DO SISTEMA URINÁRIO 
O sistema urinário é composto de rins, ureteres, bexiga e uretra. 
Os rins têm como funções mais importantes: 
- formação da urina, através da qual são eliminados resíduos metabólicos indesejáveis ao organismo, 
como ureia e creatinina; 
- homeostase ácido-básica, principalmente através da reciclagem de bicarbonato do filtrado glomerular, 
- equilíbrio hídrico, 
- manutenção da concentração extracelular de íons potássio 
- funções endócrinas – síntese de eritropoetina, renina e conversão da vitamina D para a sua forma mais 
ativa (1,25-di-hidroxicolecalciferol), síntese de prostaglandina. 
A unidade funcional dos rins é o néfron, e cada néfron é composto por corpúsculos renais (compreendem 
cápsula glomerular e glomérulo), túbulo contorcido proximal, alça de Henle, túbulo contorcido distal e ducto 
coletor. Em muitas situações de perda de néfrons lesados há possibilidade de manutenção de função renal 
graças à capacidade de hipertrofia compensatória de túbulos remanescentes. 
 
EXAME DO SISTEMA URINÁRIO. Todos os componentes – rins, ureteres, bexiga e uretra devem ser 
examinados criteriosamente na necropsia. Os procedimentos estão descritos no polígrafo de Técnica de 
necropsia. Em animais de porte pequeno pode ser difícil a abertura dos ureteres; nesse caso proceder ao 
menos a palpação ao longo de sua extensão. 
Determinadas peculiaridades anatômicas frequentemente são confundidas com lesões. Os rins dos 
felinos apresentam cortical pálida amarelada e depressões na superfície seguindo o trajeto dos vasos 
sanguíneos, o que é normal. Rins de fetos e animais recém-nascidos tem cortical proporcionalmente delgada 
em relação à medular, comparados a rins de animais mais velhos. A superfície interna da uretra de diferentes 
espécies, machos e fêmeas, é avermelhada, o que não pode ser confundido com uretrite; neste caso 
provavelmente a superfície está opaca e com fibrina. A região de pelve renal de equinos normais apresenta 
muco, bem como o conteúdo vesical. 
Alguns achados de necropsia podem ocasionalmente ser interpretados de forma errônea. Rins podem 
estar muito congestos em casos de intoxicação, mas pode ser congestão hipostática, por isso é sempre 
importante comparar os dois; a hipostase ocorre apenas no rim do mesmo lado do decúbito. Bexiga com 
parede espessa pode ser cistite crônica, mas se está vazia a parede vai estar naturalmente espessa. Cápsula 
renal aderida à superfície cortical é um indicativo de lesão renal crônica, com fibrose, mas em casos de 
desidratação, após congelamento ou mesmo por falta de prática a cápsula pode estar aderida à cortical. Rins 
amolecidos e com coloração lembrando vinho tinto são achados importantes em rins de ovinos com 
Enterotoxemia (por isso também denominada “Doença do rim polposo”), doença grave e fatal de ovinos 
jovens, bem alimentados e em ótimo estado corporal, mas este achado é frequente em animais de diferentes 
espécies com alterações pós-mortais avançadas, o que já gerou muitas vezes diagnóstico equivocado de 
enterotoxemia em ruminantes no Brasil. Pseudomelanose é uma mancha pós-mortal escura a enegrecida 
observada na face ventral de um ou ambos os rins, e não deve ser confundida com lesão. 
 
 
 
 
 2 
INSUFICIÊNCIA RENAL 
Significa a perda da capacidade renal em exercer suas funções metabólicas e endócrinas. A insuficiência 
pode ser desencadeada por fatores pré-renais, como na hipoperfusão renal; por doença renal; ou por fatores 
pós-renais, como na obstrução do trato urinário inferior. Resulta na retenção de constituintes plasmáticos 
normalmente removidos do organismo pelos rins, ocorrendo, consequentemente: 
- Azotemia, que corresponde ao aumento dos níveis de produtos nitrogenados no sangue, derivados do 
catabolismo protéico. É identificada pela dosagem sérica de ureia e creatinina. 
- Uremia refere-se à elevação dos produtos nitrogenados no sangue associada a manifestações clínicas e 
lesões extra-renais. A uremia pode ser aguda ou crônica. Na aguda são observadas poucas lesões associadas, 
já na uremia crônica há abundância de manifestações clínicas e de lesões. Uremia é causa importante de 
doença e morte em caninos, principalmente nos mais velhos. 
Várias manifestações clínicas podem ser observadas em animais com uremia. Melena ocorre pela 
perda de sangue para a luz gástrica, que fica pelo menos parcialmente digerido, daí a coloração escura das 
fezes. Na manifestação de melena em caninos adultos sempre se deve suspeitar de uremia, pela sua 
frequência na espécie. Pode ocorrer diarreia e às vezes também intussuscepção intestinal. Vômitos escuros, 
lembrando borra de café, e com odor fétido, por causa do sangue digerido e da liberação de amônia para a 
luz gástrica, são frequentemente observados. Cães com uremia muitas vezes apresentam mau hálito, pois 
em caninos e felinos urêmicos ocorre estomatite com liberação de amônia pela saliva. Úlceras podem ser 
observadas na mucosa oral e na língua, sendo importante a inspeção da boca durante exame clínico. É 
frequente a apresentação de dificuldade respiratória, relacionada a pneumopatia urêmica. Podem ser 
observadas mucosas pálidas, relacionada a anemia. Pode haver oligúria, anúria ou poliúria, dependendo da 
alteração renal presente. 
Em bovinos e equinos podem ser constatadas fezes escuras e com sangue, pois nessas espécies ocorre 
liberação de amônia na mucosa do intestino grosso, principalmente do cólon. Nas nefropatias tóxicas de 
bovinos pode haver aumento de volume na região posterior do animal, por edema entre massas musculares e 
no subcutâneo dessa região. 
 Lesões extra-renais associadas a uremia são mais evidentes na uremia crônica. Em cães e gatos 
ocorre estomatite ulcerativa, com lesões mais frequentes na língua, principalmente em suas bordas laterais 
mais facilmente observadas na face ventral. Essas úlceras decorrem da lesão vascular em arteríolas e da ação 
de amônia produzida por bactérias a partir da eliminação de ureia na saliva. No estômago ocorre a 
denominada gastropatia urêmica, relacionada aos mesmos mecanismos, com extravasamento de sangue 
para a luz. Macroscopicamente o estômago tem parede espessada e edemaciada, mucosa intensamente 
avermelhada, podem ocorrer erosões e ulcerações, além de conteúdo escuro e forte odor amoniacal. Nos 
pulmões ocorre pneumopatia urêmica, com edema pulmonar difuso e acentuado, rico em proteínas e 
ocasionais neutrófilos e macrófagos, por causa do aumento da permeabilidade vascular e, em casos crônicos, 
há também calcificação de septos interalveolares, de forma que os pulmões não colabam quando da abertura 
da cavidade torácica na necropsia, isto é, ficam "armados", e por isso denominados pulmões com aspecto de 
pedra pomes. Em caninos com uremia crônica ocorre também lesão em pleura, com calcificação em faixas 
paralelas na pleura parietal nos os espaços intercostais craniais, afetando inclusive porção superficial dos 
músculos intercostais, lembrando degraus de uma escada. A retenção de fósforo em rins lesados induz a 
diminuição relativa do cálcio ionizado no sangue; adicionalmente há deficiência na formação de 1,25-di-
hidroxicolecalciferol pelos rins danificados, resultando em hiperplasia de paratireoides e 
hiperparatireoidismo secundário, com aumento da secreção de paratormônio, remoção de cálcio dos ossos 
por osteólise osteocítica e, consequentemente, hipercalcemia. Ocorre osteodistrofia fibrosa de origem 
renal, sendo que, em casos graves, a remoção óssea pode ser tão acentuada a ponto de levar à maleabilidade 
da mandíbula, denominada então de “mandíbula de borracha”. Calcificações em tecidos moles, 
representadas tanto por calcificação distrófica(há hipercalcemia mas também lesão tecidual, esta induzida 
pela elevação dos produtos nitrogenados no sangue) quanto metastática, ocorrem em diferentes locais, como 
parede do estômago, pulmões, pleura, endocárdio e rins (nefrocalcinose) Nos casos crônicos há anemia não 
regenerativa, devida a redução na produção de hemácias, pois na doença renal crônica há deficiente síntese 
de eritropoetina pelos rins, consequentemente falta estimulação da medula óssea. Há também fragilização 
das hemácias relacionada a elevação dos produtos nitrogenados no sangue com lise precoce; além da perda 
por hemorragias, principalmente no trato digestório. Pode ocorrer pericardite fibrinosa, por aumento da 
permeabilidade vascular. Endocardite ulcerativa do átrio esquerdo, frequentemente com trombose mural, 
 3 
é frequente em cães urêmicos e, eventualmente, há lesão endotelial e subendotelial também na aorta e até 
mesmo na artéria pulmonar e infartos em diferentes órgãos. Podem ser observados edemas cavitários e de 
subcutâneo das partes baixas, decorrentes da retenção renal de sódio e água ou de hipoproteinemia, 
relacionada à proteinúria, especialmente em casos de lesões glomerulares crônicas. 
A morte de animais com uremia deve-se a elevação dos níveis de potássio no sangue (= hipercalemia), 
por afetar a função cardíaca, à acidose metabólica e ao edema pulmonar. 
 
Anomalias do desenvolvimento renal: 
• Agenesia renal (ausência de formação), aplasia (rudimentos renais estão presentes) e hipoplasia (estão 
presentes néfrons mas em número reduzido, geralmente há estrutura com conformação de rim, mas em 
dimensões menores) são anomalias relativamente pouco frequentes. Se a lesão for unilateral geralmente 
há compensação pelo rim contralateral, mas se bilateral é incompatível com a vida 
• Displasia renal, anomalia pouco frequente, se caracteriza por desenvolvimento desorganizado do 
parênquima renal, com diferenciação anormal de estruturas histológicas renais. O rim afetado está 
reduzido de volume e pálido, com superfície irregular, e ao exame histológico apresenta néfrons e 
túbulos primitivos. 
• Rins ectópicos. Podem ser encontrados na cavidade pélvica. São funcionalmente normais, desde que 
sua posição não impeça o escoamento da urina formada. 
• Rins fundidos / em ferradura: parecem um grande rim ligado a dois ureteres, podem ser unidos por um 
dos pólos. Geralmente são funcionalmente normais. 
• Cistos renais. Podem ser poucos ou muitos cistos, neste caso os rins são denominados policísticos, 
cujos cistos podem comprimir o parênquima adjacente, resultando em prejuízo funcional. Cistos renais 
simples são achados incidentais frequentes no abate de bovinos e suínos. Os cistos podem ser 
congênitos, quando há falha na organogênese, um caráter herdável em felinos Persa e em caninos Bull 
Terrier; ou podem ser adquiridos relacionados a obstrução do fluxo urinário. Ocorre hiperplasia focal 
epitélio tubular induzindo obstrução. 
 
• Nefropatia juvenil progressiva. Ocorre em várias raças caninas. Está relacionada a alterações em 
genes recessivos. Ocorre em Samoieda, Shih Tzu, Lhasa Apso, Poodle, Cocker, Chow-Chow, Pinscher, 
Pastor Alemão e pode ocorrer também em Rottweiler. Manifesta-se em animais de 4 a 24 meses, com 
poliúria, polidipsia, emagrecimento e sinais de uremia. Na necropsia os rins estão pálidos, têm seu 
volume reduzido, superfície irregular e com faixas de fibrose. 
 
Amiloidose: Ocorre deposição de amiloide nos glomérulos renais, induzindo destruição do tufo glomerular, 
com desaparecimento de capilares do tufo. Nos animais a deposição do amiloide geralmente é sistêmica, 
mas é mais importante nos rins, pela probabilidade de alteração glomerular com resultante proteinúria, e 
perda da função renal. Mais frequentemente é secundária a doenças inflamatórias crônicas (amiloide AA), 
mas gatos abissínio, cães Shar-Pei e, mais raramente, Beagle tem predisposição a amiloidose com deposição 
de amiloide AA. Macroscopicamente os rins estão aumentados de volume, pálidos e túrgidos. A 
confirmação de amiloidose pode ser feita corando-se os rins com solução de lugol e ácido sulfúrico na 
necropsia em que os locais com amiloide apresentam-se arroxeados a escuros (à semelhança da coloração do 
amido quando aplicada solução de lugol, daí o nome amiloide), e na coloração histológica dos mesmos com 
vermelho congo, em que o amiloide se cora em vermelho-alaranjado. 
 
Distúrbios circulatórios 
Hemorragia. Hemorragias multifocais ocorrem nos rins em uma variedade de enfermidades importantes 
nos animais domésticos, daí a importância de sua observação na necropsia. 
Septicemia em qualquer espécie cursa com hemorragias multifocais, inclusive nos rins. Hemorragias 
multifocais em cortical renal são um achado em caninos recém-nascidos com infecção por Streptococcus 
canis, os quais podem apresentar também necrose em extremidades, como necrose da cauda e coxins, e 
pneumonia. 
⇨ Caninos jovens de até 14 dias infectados por Herpesvírus Canino tipo 1 apresentam hemorragias 
multifocais nos rins. Esses animais mais provavelmente se infectam no útero ou por ocasião do nascimento. 
Clinicamente manifestam anorexia, vômitos, taquipneia e dor abdominal, com gemidos. A mortalidade é 
 4 
elevada, muitas vezes de ninhadas inteiras. Os achados mais frequentes na necropsia são hemorragias 
renais e pulmonares multifocais e edema pulmonar. Ao exame histológico se evidencia necrose multifocal 
associada a corpúsculos de inclusão intranucleares nos rins, nos pulmões e, às vezes, também no fígado. No 
entanto em alguns casos podem não ser observados os corpúsculos de inclusão, nesses casos o uso da técnica 
de IHQ pode ser importante para a confirmação diagnóstica, com marcação das células infectadas. A 
confirmação pode ser feita também por isolamento viral. 
Múltiplas hemorragias são observadas nos rins de suínos em casos de Peste Suína Clássica, doença de 
notificação obrigatória. A região sul é atualmente considerada de livre de PSC. 
Hemorragias renais acentuadas podem estar presentes em animais que sofreram trauma, como caninos e 
felinos atropelados ou atacados por cães, que podem apresentar clinicamente hematúria, caso sobrevivam 
mais tempo. 
 
Congestão. Observada em casos de insuficiência cardíaca congestiva e em intoxicações agudas, como na 
intoxicação por carbamato e por organofosforado. 
 
Infartos renais: Podem ser encontrados em qualquer espécie animal, no início são vermelhos tornando-se 
infartos brancos com o passar dos dias. Seu formato e sua distribuição dependem do(s) vaso(s) acometido(s). 
Apresentam delimitação evidente, são mais vermelhos nos primeiros dias, depois com halo avermelhado 
relacionado a vasodilatação na área adjacente como reação ao tecido necrótico. Após alguns dias o halo 
empalidece, pelo acesso leucocitário. Sempre que houver trombose em átrio ou ventrículos esquerdos há 
risco de infartos renais, pelo grande volume de sangue filtrado pelos rins e probabilidade de isquemia devido 
ao tipo de vascularização local, que é terminal. São situações que favorecem a ocorrência de infartos renais; 
endocardite bacteriana, trombos sépticos e isquemia renal (são exemplos que resultam em isquemia renal; 
ruptura da artéria renal, insuficiência cardíaca, choque circulatório), e êmbolos tumorais. Caso o animal 
sobreviva por mais tempo, as áreas infartadas sofrem retração cicatricial ou, se forem infartos sépticos, há 
formação de abscessos. 
 
PROCESSOS DEGENERATIVO-NECRÓTICOS QUE AFETAM OS RINS 
Necrose tubular aguda (NTA) ou NEFROSE: 
Necrose tubular aguda ou nefrose é a causa mais importante de insuficiência renal aguda. O epitélio 
tubular é sensível a hipóxia e a substâncias tóxicas, e a vulnerabilidade do epitélio tubular favorece a necrose 
tubular. Como os túbulos contorcidos proximais têm atividade metabólica mais complexa são mais 
vulneráveis à hipóxia e a insultos tóxicos. Clinicamentea nefrose manifesta-se por redução do volume 
urinário, o que se explica pela difusão da urina para o interstício quando há lesão tubular acentuada e pelo 
desprendimento de células necróticas que caem na luz dos túbulos, obstruindo-os. Além disso, quando há 
hipóxia ocorre ativação do sistema renina-angiotensina com retenção renal de sódio, consequentemente de 
água, reduzindo o volume urinário. Na necropsia os rins apresentam-se túrgidos e pálidos. 
As consequências dependem da intensidade e da duração do quadro, e se a membrana basal foi lesada 
ou não. 
As causas da nefrose são hipóxia e substâncias tóxicas. 
- Necrose tubular isquêmica: ocorre em um grande número de situações que resultam em redução na 
perfusão renal, como no choque endotóxico e coagulação intravascular disseminada (CID). Há necrose 
isquêmica, pode envolver toda a cortical ou sua porção externa. Na necropsia a cortical vai estar mais pálida 
ou salpicada de hemorragias multifocais. É frequentemente acompanhada de lesão da membrana basal, então 
denominada tubulorrexia. Se não há dano à membrana basal a lesão é seguida de regeneração, mas se a 
membrana basal está comprometida ocorre cicatrização, com fibrose renal, desde que o indivíduo sobreviva 
tempo suficiente para que este processo ocorra. 
* Nefrose hemoglobinúrica/mioglobinúrica/colêmica. A impregnação dos rins por hemoglobina, 
mioglobina ou pigmento biliar é um constituinte a mais para a lesão tubular, em cuja patogenia é mais 
importante a redução da perfusão renal. Hemoglobinúria e impregnação renal por hemoglobina ocorrem, 
por exemplo, na leptospirose em cães, na intoxicação por cobre em ovinos, na babesiose em bovinos e 
equinos, na anemia infecciosa equina. Várias doenças de animais domésticos cursam com mioglobinúria, 
relacionadas com ação de substâncias miotóxicas como antibióticos ionóforos e plantas tais como Senna 
 5 
occidentalis (=Cassia occidentalis) ou mesmo miopatias traumáticas/hipóxicas extensas, como a miopatia 
de decúbito. 
Equinos submetidos a exercício intenso sem preparação prévia podem apresentar rabdomiólise, com 
resultantes mioglobinúria e fraqueza muscular, patologia popularmente denominada “mal da segunda-
feira”. Ocorre em equinos Quarto de milha, Árabe e de raças de tração, e estudos recentes evidenciam que 
a rabdomiólise não é primariamente por esforço; os cavalos afetados apresentam uma miopatia subjacente, 
relacionada a acúmulo de polissacarídeo, homeostase anormal de cálcio nos músculos esqueléticos ou 
mesmo lesão oxidativa de membranas musculares que precipitam a rabdomiólise. 
Em animais selvagens pode ocorrer miopatia de captura, com impregnação dos rins por mioglobina liberada 
dos miócitos lesados. 
Em casos de picadas de abelhas, o veneno inoculado (melitina e fosfolipase), induzem necrose muscular, 
hemorragias e nefrotoxicidade de pigmentos, com degeneração e necrose tubular renal. 
 
Nefrose colêmica é a denominação para a lesão renal hipóxica associada a deposição de bilirrubina nos rins, 
o que pode ocorrer em doença hepática e pré-hepática, em que aumenta a bilirrubina circulante. É também 
denominada Síndrome hepato-renal, mas a lesão renal é devida principalmente à perfusão renal reduzida. 
 
* Intoxicação crônica por cobre em ovinos. Pode ocorrer de forma primária quando há excesso de 
cobre no alimento fornecido aos ovinos, o que frequentemente é observado no uso de sal mineral e/ou 
concentrado elaborados para bovinos na alimentação de ovinos, bem como no uso de ração indicada para 
equinos ou suínos. Pode também ocorrer quando do pastejo de ovinos em áreas de pomar e cafezais em que 
fungicidas à base de cobre são usados para controle de doenças das culturas desse pomar, com contaminação 
das forrageiras ali presentes por cobre, ou na realização de adubações ricas em cobre (por exemplo cama de 
aviário). Além disso, casos de intoxicação têm sido relatados quando do uso de cama de aviário na 
alimentação de ovinos, prática atualmente condenada como medida de prevenção à transmissão de doenças 
por príon. A intoxicação também pode ocorrer no uso de forrageiras com níveis muito baixos de molibdênio, 
elemento antagonista do cobre, especialmente leguminosas, classificada como intoxicação secundária 
fitógena por cobre. Neste caso a intoxicação ocorre mesmo com níveis normais de cobre na dieta (10 a 20 
ppm). Outra situação é a intoxicação de ovinos por alcaloides pirrolizidínicos, que provocam dano aos 
hepatócitos e que nessa espécie induz alteração na capacidade de armazenamento de cobre, com intoxicação 
por cobre mesmo quando os níveis de cobre na dieta são normais, classificada como intoxicação secundária 
hepatógena por cobre. Há ainda relatos de intoxicação quando do uso de pedilúvio com sulfato de cobre em 
ovinos com muita sede, favorecendo a ingestão da solução rica em cobre. O cobre é armazenado nos 
hepatócitos, mas o limiar de cobre nos hepatócitos é baixo em ovinos e, quando excedido esse limiar, ocorre 
hemólise, necrose hepatocitária e tubular renal. A lesão renal está relacionada à menor perfusão renal, com 
deposição de cobre no epitélio tubular. A doença é denominada intoxicação crônica pelo tempo necessário 
para que se exceda o limiar hepatócitário de armazenamento do cobre e, uma vez excedido esse limiar, causa 
doença aguda e grave, com icterícia, hemoglobinúria, apatia, anorexia, conjuntivas avermelhadas e morte em 
um a quatro dias. A crise hemolítica pode ser precipitada em situações de estresse como tosquia e parto. Na 
necropsia os achados mais importantes são icterícia, fígado alaranjado, rins escurecidos, urina com “aspecto 
de coca-cola”. 
Para o tratamento de animais afetados é indicado o uso de molibdato de amônio. 
 
- Necrose tubular nefrotóxica: decorre da ação de substâncias, principalmente ingeridas ou injetadas, sobre 
os túbulos uriníferos. Os túbulos contorcidos proximais são os mais sensíveis. Em bovinos com doença 
nefrotóxica há manifestação de edema na região posterior (glútea), atonia rumenal, diarreia, corrimento 
nasal sero-hemorrágico. Bovinos e equinos podem apresentar fezes enegrecidas, com sangue digerido, 
anorexia, apatia. 
Na necropsia são observados edema perirrenal, rins túrgidos, pálidos ou amarelados, pontos pálidos 
entremeados por áreas de hemorragia. Pode haver líquido seroso nas cavidades abdominal e torácica, lesões 
ulcerativas lineares em esôfago, espessamento e avermelhamento da mucosa do cólon. Na histopatologia há 
necrose de coagulação acentuada nos túbulos. Regeneração tubular é mais provável que na nefrose 
isquêmica, pela preservação de membranas basais, embora muitas substâncias nefrotóxicas levem à morte 
antes que ocorra regeneração. 
 6 
São substâncias nefrotóxicas: 
- Metais Pesados, como mercúrio, o qual intoxica pela ingestão de sementes tratadas, por exemplo. O 
chumbo, presente em tintas, baterias, pastagens em áreas de treinamento militar e próximas de fábricas de 
recondicionamento de baterias, causa lesão neuronal mas também pode induzir nefrose, com corpúsculos de 
inclusão intranucleares em células epiteliais dos túbulos renais. Arsênico, antigamente usado em controle de 
ectoparasitas de animais e em controle de pragas de lavoura, pode ainda ser ingerido acidentalmente, e 
também induz necrose tubular. 
- Determinados antibióticos são nefrotóxicos, causando lesões quando de erros de dosagem ou tratamento 
prolongado. Aminoglicosídeos (gentamicina, neomicina, tobramicina, estreptomicina, canamicina e 
amicacina), tetraciclina, sulfonamidas, anfotericina B são os mais importantes. 
- Micotoxinas nefrotóxicas: Especialmente a ocratoxina, mais importante em suínos, e a citrinina. Em 
substratos apropriados com umidade elevada há proliferação de fungos, por exemplo, milho colhido 
armazenado úmido apresenta crescimento de fungos como Aspergillus e Penicillium. Quedas de temperatura 
ambiente a menos de 16ºC favorecem asíntese de micotoxinas. É importante lembrar que os grãos 
permanecem impregnados com micotoxinas mesmo depois que o fungo que as produziu foi eliminado e 
pode ter aspecto externo normal e que as micotoxinas são termoestáveis. 
- Plantas nefrotóxicas: Diversas plantas são nefrotóxicas para animais domésticos, com importância para 
bovinos e suínos. No Brasil são importantes Amaranthus spp. (nome popular “caruru”), especialmente A. 
retroflexus, com registros de intoxicação de bovinos e suínos, principalmente na Região Sul. Essa planta 
tem exigência de solo fértil, crescendo bem em lavouras, sendo a intoxicação mais frequente quando 
bovinos são introduzidos em lavouras após colheita de grãos (restos culturais, resteva ou palhada), 
principalmente no outono. Em suínos a intoxicação pode ocorrer pela prática de fornecer plantas verdes aos 
animais (caruru é popularmente conhecido como “forragem” para porcos). No Sudeste há descrição de surto 
de intoxicação em ovinos. 
Thiloa glaucocarpa é a planta nefrotóxica mais importante no Nordeste. É a primeira planta que brota 
após início das chuvas e, como ela fica verde enquanto as outras forrageiras ainda não brotaram, sua 
ingestão é facilitada, favorecendo a intoxicação. A doença é denominada “Doença da popa inchada”, 
relacionado ao edema na região posterior das coxas e no períneo, e “Doença da rama murcha”, pois após as 
primeiras chuvas é frequente um período de estiagem, em que os ramos brotados murcham. Derrubadas e 
queimadas na caatinga são responsáveis por aumento na frequência da intoxicação, pois esta espécie rebrota 
facilmente, aumentando a probabilidade de ser consumida pelos bovinos. 
Dimorphandra mollis, popularmente denominada “faveira”, é uma árvore que ocorre principalmente na 
Região Centro-Oeste. Apresenta vagens (=favas) que caem ao solo e são ingeridas pelos bovinos, 
principalmente em período de seca, mas doses tóxicas mais provavelmente são ingeridas quando do acesso 
de bovinos a pastos vedados em que há muitas favas no chão. 
Na necropsia de bovinos intoxicados por plantas nefrotóxicas podem ser encontrados edemas na região 
posterior e perirrenal, rins pálidos e túrgidos, especialmente na cortical, mucosa do intestino grosso 
avermelhada e edemaciada e conteúdo liquefeito. 
- Oxalato: Cristais de oxalato, presentes em algumas plantas, como Setaria anceps, Panicum maximum, 
também induzem necrose tubular, pois os oxalatos ligam-se a íons cálcio formando complexos insolúveis, 
que se depositam nos rins. 
 
Necrose papilar ou da crista medular: é afetada a parte mais interna da medula renal, bastante sensível à 
hipóxia por causa de sua irrigação limitada. Pode estar associada a trombose, cálculos renais, hidronefrose, 
pielite, anti-inflamatórios não esteroides (AINES). No uso de AINES ocorre hipóxia da medular por inibição 
da síntese de prostaglandinas, estas potentes vasodilatadores, o que prejudica a irrigação da medular. O risco 
de necrose de papila renal é maior em animais desidratados. As papilas renais ficam pálidas amarelo-
acinzentadas, até acastanhadas, podendo se desprender do tecido viável e servir como ninho inicial para 
formação de cálculos. Normalmente são achados incidentais de necropsia, mas em algumas situações podem 
resultar em insuficiência renal progressiva. 
 
Hidronefrose: Dilatação da pelve renal com acúmulo de urina, que resulta em atrofia de parênquima renal, 
uni ou bilateral. Pode estar associada a inflamação crônica, neoplasia em ureter, bexiga ou uretra; cálculos 
uretrais ou ureteres; malformações congênitas (obstrução do fluxo) ou ligação cirúrgica de ureter. Quanto à 
 7 
patogenia, há colapso dos vasos locais, redução do fluxo sanguíneo local e isquemia do parênquima por 
pressão, com apoptose, necrose e atrofia do epitélio tubular, e fibrose. Se for bilateral a dilatação observada 
na necropsia geralmente não é muito acentuada, pois a morte do animal ocorre antes da dilatação acentuada. 
Aumento da pressão na pelve em situações de obstrução, por cálculo ou em alteração de posição de bexiga 
são causas de hidronefrose. 
 
PROCESSOS INFLAMATÓRIOS 
Inflamações renais são genericamente denominadas nefrites, no entanto, na maioria dos casos há 
envolvimento predominante de uma parte dos rins, com classificação das alterações renais inflamatórias em 
glomerulite/glomerulonefrite, nefrite embólica, nefrite intersticial, pielonefrite, e ainda nefrite 
granulomatosa, por causa do infiltrado específico. 
 
Processos inflamatórios glomerulares 
Os glomérulos são constituídos por tufos de capilares fenestrados, mesângio e células mesangiais, 
membrana basal, células epiteliais viscerais ou podócitos, envoltos pela cápsula de Bowman. A barreira 
glomerular é constituída pelas células endoteliais, pela membrana basal e espaços de filtração entre os 
podócitos. Quando de alterações glomerulares significativas há manifestação clínica de poliúria. 
 
- Glomerulite embólica supurativa: Ocorre em animais jovens com infecção via umbilical. Observado na 
infecção por Actinobacillus equuli em potros recém-nascidos, com formação de microabscessos na região 
glomerular e morte logo após o nascimento. Em bovinos ocorre glomerulite na infecção por E. coli quando 
não foi feita cura adequada do umbigo. 
 
- Glomerulonefrite imunomediada: relacionada à formação de imunocomplexos quando há 
persistência de antígenos no organismo. Os imunocomplexos são formados na circulação e são depositados 
nos glomérulos, mas também podem ser formados na membrana basal dos glomérulos. Esta forma de 
glomerulonefrite pode ocorrer em cadelas com piometra, em casos de hepatite infecciosa subaguda a 
crônica, erliquiose crônica, leishmaniose, infecção por Dirofilaria immitis. Em felinos pode ocorrer 
associada a PIF ou leucemia felina. Em equinos pode estar associada a anemia infecciosa equina e a 
infecção por Streptococcus sp., em suínos é observada associada a Peste suína clássica e, em bovinos, na 
BVD e outras doenças inflamatórias crônicas como mastites crônicas. 
Na necropsia as alterações discretas ou ausentes, geralmente com rins discretamente aumentados de 
volume, coloração normal ou pálida e pontos na cortical que correspondem aos glomérulos 
 
A Glomerulonefrite imunomediada é histologicamente classificada em proliferativa, membranosa e 
membrana proliferativa e, em casos mais crônicos e graves, pode haver glomeruloesclerose. Na 
glomerulonefrite proliferativa há muitos leucócitos e células mesangiais, com aumento na celularidade. A 
membranosa apresenta pouca celularidade mas tem aumento de membrana basal e mesângio, sendo mais 
frequentemente observada em felinos. Na membranoproliferativa há aumento na celularidade e 
espessamento das membranas basais, mais frequente nos caninos. Como consequências há menor 
capacidade de filtração glomerular, resultando em aumento de volume urinário com proteinúria. 
 
- Nefrite intersticial: Caracteriza-se por infiltrado inflamatório mononuclear entre túbulos renais, difuso 
ou multifocal, e macroscopicamente os rins apresentam focos pálidos branco-acinzentados no córtex, 
principalmente próximos à junção corticomedular. Pode evoluir para fibrose renal, com volume renal 
reduzido, superfície renal irregular e estrias brancacentas ao corte. 
Ocorre em doenças como leptospirose, Circovirose suína, Anemia infecciosa equina, Erliquiose, Febre 
catarral maligna e em septicemias, como a causada por Escherichia coli em terneiros. 
A Leptospirose tem distribuição mundial, causada por Leptospira sp., sendo o gênero formado por oito 
genomoespécies patogênicas, distribuídas em 26 sorogrupos e 250 sorovares. Sorovar ou variante sorológica 
é a unidade taxonômica do gênero. Existe predileção de sorovares por determinadas espécies animais, mas 
um mesmo hospedeiro pode ser infectado por mais de uma espécie de leptospira. As leptospiras conseguem 
penetrar mucosa intacta e pele lesada ouumedecida, com posterior leptospiremia. Nos animais que 
conseguem sobreviver à fase aguda ocorre leptospirúria. 
 8 
É enfermidade importante em caninos. O sorovar L. icterohaemorragiae induz principalmente hemólise 
e tendência a hemorragias. L. icterohaemorragiae tem ratos (Rattus norvegicus, ratazana ou rato de esgoto) 
como reservatório, dado importante quanto à epidemiologia da doença, e humanos também são infectados e 
podem apresentar doença grave, até mesmo fatal. A infecção por L. canicola tem como efeito mais 
importante lesão renal. 
Há eliminação de leptospira na urina de animais infectados, mesmo após recuperação clínica e, no 
ambiente, as leptospiras conseguem sobreviver por meses em ambientes quentes, úmidos e com pH próximo 
a neutralidade. 
Clinicamente os cães apresentam-se febris, com mucosas pálidas e/ou amareladas, e pode haver 
hemoglobinúria, bem como alterações relacionadas à uremia. 
Na necropsia os achados são de doença hemolítica, com evidências de uremia na infecção por L. 
canicola além de hemorragias disseminadas na infecção por L. icterohaemorragiae. Hemorragias 
disseminadas e pulmonares acentuadas são achados frequentes na necropsia de caninos afetados, e muitas 
vezes há também intussuscepção intestinal. Icterícia acentuada frequentemente é observada, mas pode ser 
discreta quando outras alterações precipitaram a morte do animal, como insuficiência respiratória ou 
intussuscepção intestinal. 
Os achados histológicos são característicos. São constituídos de nefrite intersticial linfoplasmocitária, 
com ou sem degeneração e necrose do epitélio tubular, e no fígado há dissociação de hepatócitos. 
Histoquímica com impregnação pela prata pode auxiliar na confirmação diagnóstica ao evidenciar as 
espiroquetas em rins e fígado. Para confirmação do diagnóstico clínico pode ser usada microaglutinação, 
com provas pareadas. 
Em bovinos no Brasil a leptospirose é causada principalmente pelos sorovares Leptospira interrogans 
sorovares hardjo, hardjobovis e wolffi, sendo importante como doença reprodutiva, manifesta 
principalmente por abortos e infertilidade, e raramente como doença sistêmica. Em suínos e equinos a 
leptospirose também é mais importante como doença reprodutiva. Em suínos o sorovar L. pomona é o mais 
comum no Brasil. 
 
* Nefrite intersticial ocorre em bezerros com septicemia por E. coli. Acúmulos de infiltrado inflamatório 
linfoplasmocitário nos interstícios podem resultar no aspecto denominado “rins manchados de branco”. 
* Na Febre catarral maligna são observados focos pálidos bem definidos disseminados pelo córtex renal, 
que se caracterizam por infiltrado inflamatório mononuclear acentuado, especialmente associado a vasos. 
* Circovirose suína, doença viral sistêmica, com manifestações clínicas de animais refugos, diarreia, 
sinais respiratórios, neurológicos, úlcera gástrica, lesões de pele. São comuns as infecções secundárias, 
relacionadas a imunossupressão que a infecção induz. Mais frequentemente há nefrite intersticial, mas pode 
haver glomerulonefrite, fibrinoexsudativa em casos agudos. 
 
- Nefrite granulomatosa: Os rins apresentam infiltrado inflamatório granulomatoso multifocal, que podem 
ser evidentes macroscopicamente como pequenos nódulos brancacentos de distribuição aleatória, mais 
frequentes no córtex renal. Ocorre na forma crônica da PIF, causada por Coronavirus felino, doença 
sistêmica em cuja forma crônica pode haver hipersensibilidade do tipo IV, com infiltrados inflamatórios 
associados a vasos sanguíneos, principalmente na superfície cortical renal e podem ocorrer na forma de 
piogranulomas. Infecção sistêmica por fungos como Aspergillus sp., Histoplasma e a alga Prototheca, e por 
bacilos como Mycobacterium bovis induzem a formação de nódulos granulomatosos multifocais. A 
migração somática de larvas de Toxocara canis pode induzir formação de nódulos de 0,2 a 0,3 cm de 
diâmetro, brancacentos, aleatórios, com pequenas elevações na superfície renal de cães, que correspondem a 
granulomas ricos em eosinófilos. 
Na ingestão de Vicia villosa, popularmente conhecida como ervilhaca, e na intoxicação por polpa cítrica 
em bovinos há formação de granulomas múltiplos, inclusive nos rins; associados a múltiplas hemorragias e 
alopecia multifocal a difusa. 
 
- Pielonefrite: é uma lesão tubulointersticial supurativa que geralmente tem origem em infecções do trato 
urinário inferior em que a válvula vesicoureteral fica comprometida, o que tem relação com aumento da 
pressão intravesical, endotoxinas derivadas de infecções bacterianas, e cistite. Pode ser uni ou bilateral. Há 
inflamação da pelve com extensão ao parênquima renal, principalmente da porção interna da medula. A 
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pielonefrite é mais frequente em fêmeas e está relacionada a refluxo de urina, por aumento da pressão na 
bexiga decorrente de obstrução por cálculos ou neoplasias, por exemplo. Esse refluxo também pode ocorrer 
em casos de cistite; por endotoxinas, que interferem negativamente no peristaltismo. Na patogenia da 
pielonefrite é importante a participação de bactérias que causam cistite que, com refluxo, atingem a pelve, 
resultando em pielonefrite. Ocorre, por exemplo, em vacas infectadas por Corynebacterium renale. As 
alterações ocorrem principalmente em fêmeas adultas, pela maior probabilidade de inflamação do trato 
urinário inferior, graças a uretra mais ampla e curta. A porção interna da medula tem alta osmolaridade, 
prejudicando a função dos neutrófilos e apresenta também elevada concentração de amônia, com inibição da 
formação de complemento. Além disso, a referida região é pouco irrigada. Macroscopicamente se observam 
listras vermelhas-acinzentadas que se estendem à cortical, com alterações regionais da superfície cortical. As 
lesões tendem a ser mais acentuadas nos pólos renais. A pielonefrite pode ser unilateral, e a mucosa da pelve 
pode estar avermelhada e/ou ulcerada. 
 
Alterações renais crônicas são representadas por fibrose renal, e os rins são denominados “rins terminais”. 
Frequentemente essas alterações decorrem de nefrite intersticial, com substituição do parênquima por tecido 
conjuntivo fibroso, o que ocorre quando há comprometimento de membranas basais e liberação de 
substâncias que induzem formação de tecido conjuntivo fibroso, como citocinas. Pode também resultar de 
inflamação em glomérulos e/ou túbulos, degeneração e necrose graves ou infartos renais. Há manifestações 
clínicas de uremia, poliúria com isostenúria, (urina bem diluída), pois os rins perdem a capacidade de 
absorver água, e há também polidipsia e desidratação. Ocorrem falhas na síntese de eritropoetina, levando a 
anemia. Na necropsia os rins estão diminuídos de volume, firmes, com superfície irregular, estrias 
brancacentas, cápsula aderida ao parênquima, difícil de remover e, ocasionalmente, com estruturas císticas 
que correspondem a cápsulas de Bowman dilatadas. Ocorre em todas as espécies, principalmente nos cães. 
 
Parasitas renais: 
- Dioctophyma renale, o maior nematódeo dos animais domésticos, tem cutícula bem vermelha, as fêmeas 
medem até 100 cm de comprimento, os machos são menores (até 40 cm) mas apresentam ampla bolsa 
copuladora facilmente observada macroscopicamente. São mais frequentemente encontrados em cães e 
lobos-guará. A infecção provavelmente está relacionada a hábitos alimentares, com ingestão de minhocas 
aquáticas (HI) ou de peixes ou rãs (HP). Mais frequentemente o(s) verme(s) se instala(m) no rim direito 
causando destruição acentuada por substância histolítica secretada pelos vermes. Clinicamente pode haver 
hematúria e/ou piúria, mas o diagnóstico pelo achado de ovos na urina não é fácil, pois muitas infecções não 
são patentes. Urografia excretória é um método que auxilia no diagnóstico clínico, em que provavelmente 
não há formação de imagem do rim direito, que está afuncional, e o rim esquerdo apresenta tamanho 
aumentado,já que o rim esquerdo é poupado pelos vermes e apresenta hipertrofia compensatória. Assim o 
diagnóstico da infecção muitas vezes é feito na necropsia, pelos achado dos vermes e respectivas lesões. 
Ocasionalmente o parasita pode aparecer livre na cavidade abdominal, na bolsa testicular ou mesmo na 
bexiga. 
 
Neoplasias renais: Carcinoma renal é o mais comum. Normalmente compromete só um rim, e pode fazer 
metástase para os pulmões. Em cães da raça Pastor alemão ocorre o cistadenocarcinoma, que é hereditário 
e geralmente bilateral, pode fazer metástase e, frequentemente ocorrem, concomitantemente, alterações 
cutâneas caracterizadas por dermatofibrose nodular, e nas fêmeas, leiomiomas uterinos. Há morte por 
insuficiência renal. Clinicamente pode haver hematúria, perda de condição corporal, aumento de volume 
abdominal, além das alterações cutâneas. Na necropsia são observadas massas brancacentas, distorcendo a 
anatomia renal com estruturas císticas contendo líquido castanho escuro, muitas vezes grumoso, 
frequentemente em ambos os rins. 
Nefroblastoma: Tumor unilateral, congênito ou de animais jovens, mais frequente em suínos, aves e 
bovinos. Achado incidental de necropsia ou pode ter comportamento agressivo, com invasão local e 
formação de metástase. 
Neoplasias metastáticas: Diferentes neoplasias malignas, como rabdomiossarcoma, 
hemangiossarcoma, melanoma, osteossarcoma, tumores mamários malignos e tumores malignos de adrenal 
(feocromocitoma e carcinoma do córtex de adrenal) podem metastatizar para os rins. Carcinomas de bexiga 
 10 
podem fazer metástase renal. Linfossarcoma (Leucose enzoótica bovina) eventualmente faz infiltração 
renal maciça, levando à morte por insuficiência renal. 
 
 
TRATO URINÁRIO INFERIOR 
Anomalias do desenvolvimento: 
- Úraco persistente: o úraco conduz a urina da bexiga ao alantoide antes do nascimento. Depois do 
nascimento há oclusão completa. Úraco persistente ocorre principalmente em potros, que podem eliminar a 
urina através dele, suas causas estão relacionadas a predisposição, onfaloflebite, oclusão da uretra. 
- Divertículo Vesical: Parte do úraco vai estar dilatada e contém urina, isso predispõe a infecção pela 
retenção de urina, favorecendo lesão de mucosa. 
 
Retroflexão da bexiga: É quando a bexiga está deslocada (dobrada) dorsalmente, o que é mais frequente 
em cães machos, velhos, com próstata aumentada, que apresentam tenesmo e fazem hérnia perineal. A 
retroflexão impede o esvaziamento da bexiga, com lesão da parede vesical, que pode romper. 
 
Urolitíase ou formação de cálculos urinários, estes podem ocorrer na pelve ou na bexiga. Sua formação tem 
relação com predisposição genética, dieta, privação hídrica, grau de saturação dos elementos precursores na 
urina, infecções urinárias, pH da urina. Os cálculos podem ser mais duros ou mais moles, dependendo da 
quantidade de matéria orgânica na sua composição. Podem ser brancacentos, amarelados, acastanhados, 
arredondados e pontiagudos. Quanto à composição, há os cálculos de Estruvita, frequentes em felinos e 
caninos, e na maioria das vezes estão relacionados a infecção urinária, compostos por fosfato de amônio e 
magnésio, e se formam em pH alcalino e geralmente são brancacentos a acinzentados, duros, arredondados 
com superfície irregular ou lisa; Carbonato, mais frequentes em ruminantes; Urato, cálculos amarelados 
que ocorrem em cães Dálmata com formação de ácido úrico; Oxalato, relacionados a alimentação que 
contenha oxalato, são brancacentos; Sílica, cálculos acastanhados encontrados em ruminantes em pastejo em 
áreas de solo muito arenoso com acúmulo de ácido silícico na pastagem; Xantina, são amarelados, há 
predisposição em caninos da raça Dachshund; Benzocumarina, observados em pequenos ruminantes em 
pastagem de trevo subterrâneo e são amarelados. 
Os cálculos urinários oferecem risco maior para animais machos, pela maior probabilidade de obstrução 
uretral, uma vez que apresentam uretra mais longa e com luz de menor diâmetro. Existem locais prováveis 
de obstrução urinária por cálculos: em bovinos ocorre no arco isquiático e na flexura sigmoide (S peniano). 
Em ovinos e caprinos ocorre no processo uretral, na flexura sigmoide e, menos frequentemente, no arco 
isquiático; em cães na entrada da uretra no osso peniano e, em gatos, em qualquer extensão da uretra. As 
manifestações clínicas da urolitíase são disúria, estrangúria, hematúria. 
Consequências da urolitíase: distensão vesical, cistite, ruptura de bexiga, hidronefrose, cistite 
hemorrágica. A retenção urinária predispõe à infecção urinária. 
 
* Síndrome urológica felina (SUF): também denominada Doença do trato urinário inferior dos felinos 
(DTUIF) é a doença mais importante do trato urinário em gatos. A patogenia da doença é multifatorial. 
Ocorre mais frequentemente em gatos que recebem ração seca, sedentários, machos castrados ou não, 
principalmente se a castração foi precoce, condição em que a luz da uretra é mais estreita. Rações ricas em 
magnésio para gatos favorece a formação de cálculos bem como urina com pH alcalino, por isso são 
indicados acidificantes na ração. Infecção por Herpesvirus felino associado a células já foi implicado na 
doença. Clinicamente os gatos apresentam hematúria, disúria, estrangúria, oligúria, dor abdominal e 
frequentemente evolução para a morte. Recidivas da doença são comuns. Na necropsia encontra-se cistite 
hemorrágica (bexiga repleta de conteúdo sanguinolento e hemorragia transmural), pode ou não ser 
encontrado um tampão uretral formado de mistura de cristais de estruvita com material protéico e debris 
celulares que se molda no formato da uretra. Em alguns casos pode ocorrer ruptura de bexiga e hidronefrose 
discreta a moderada. Lesões associadas à uremia são observadas principalmente nos animais que sobrevivem 
por mais tempo. 
 
* Urolitíase ocorre em ruminantes, ovinos e caprinos mas também em bovinos, mais frequentemente em 
animais que recebem concentrados com teores elevados de fósforo, levando a desequilíbrio na relação Ca : 
 11 
P, o que induz aumento da fosfatemia e consequente eliminação de fósforo na urina. Dietas com relação 
Ca : P na faixa de 1 : 1 a 0,5 : 1 favorecem a formação de cálculos, o que ocorre no uso de grãos, que 
apresentam 0,02 a 0,1% de cálcio enquanto os níveis de fósforo estão na marca de 0,2 a 0,4%. A quantidade 
de ração (quantidades equivalentes ou superiores a 2% do peso vivo) e tempo de ingestão (dois meses ou 
mais) são dados importantes em ovinos e caprinos. Uso de rações com níveis elevados de Mg e de sal 
mineral contendo teores elevados de P e Mg também aumentam os riscos de urolitíase. A doença é mais 
frequente em machos castrados pelo menor diâmetro da uretra e quando há baixa ingestão de água. Em 
bovinos é observada em animais com acesso restrito a água (animais de trabalho). Há manifestação clínica 
de dor, anorexia, dificuldade para andar, disúria, quando obstrução do processo uretral de pequenos 
ruminantes há dilatação e dor locais. Na ruptura vesical percebe-se aparente melhora por alívio da dor, 
seguida de apatia acentuada, aumento de volume abdominal, com morte em cerca de 2 a 3 dias. Na ruptura 
da uretra pode haver acúmulo de urina na região ventro-caudal do abdômen por infiltração de urina. Para 
prevenção deve ser verificada a dieta. Em animais preparados para exposição ou venda pode ser adicionado 
carbonato de cálcio para adequação dos níveis Ca:P, e possibilidade de uso de acidificante da urina como 
cloreto de amônio. 
 
Cistites: São comuns nos animais domésticos, principalmente nas fêmeas, por possuírem uretra curta e 
ampla, facilitando infecções ascendentes. São causadas por bactérias Gram negativas como E. coli, 
Klebsiella, Proteus, mas também Streptococcus, Staphylococcus, e tem relação com retenção urinária, 
alterações no pH da urina; prejuízos na síntese de IgA, traumatismo, glicosúria por favorecerproliferação 
bacteriana, deficiência imunológica. 
São classificadas em: 
• Cistite fibrinosa ou fibrinonecrótica, associada a infecção bacteriana. 
• Cistite polipoide: crônica, com elevações na mucosa por hiperplasia/hipertrofia, associada a 
infiltrado inflamatório e fibrose da parede, mais frequente em cães. 
• Cistite folicular: hiperplasia linfoide. 
• Cistite micótica: causada por Candida albicans, ocorre em animais imunossuprimidos ou 
submetidos a antibioticoterapia prolongada. 
 
* Infecção urinária é importante em fêmeas suínas em produção, caracterizada principalmente por 
cistite, é das causas mais importantes de redução da vida útil, falha reprodutiva e morte súbita em porcas em 
todo o mundo. Uma das condições predisponentes é a insuficiente ingestão de água por matrizes, 
relacionada com sistema de fornecimento de água, qualidade da água, mobilidade das porcas (frequência de 
micções/dia). Resulta em estagnação da urina na bexiga, aumento do pH urinário e multiplicação bacteriana. 
Também falta de higiene nas instalações, favorecendo contato da vulva com fezes, principalmente se fêmeas 
ficam “sentadas”, ou muito tempo deitadas são fatores importantes. Mais frequentemente estão envolvidas 
as bactérias Escherichia coli, Proteus mirabilis, Staphylococcus sp., Streptococcus sp., Aeromonas 
hydrophila e Actinobaculum suis. 
A infecção urinária está altamente relacionada com doenças puerperais e infertilidade pós-desmame nas 
porcas. 
Clinicamente as fêmeas afetadas apresentam urina turva, com pus, grumos e/ou sangue - este presente 
especialmente na infecção por Actinobaculum suis. Além disso, pode haver manifestação de apatia, perda de 
condições corporais, redução do apetite, febre, disúria e morte súbita, esta mais frequente na maternidade. 
Na necropsia se observam alterações na parede vesical como hiperemia da mucosa, exsudato catarral a 
fibrinonecrótico, espessamento da parede por fibrose, além de anemia, mau estado corporal em casos 
crônicos. 
 
Neoplasias na bexiga. As neoplasias epiteliais são as mais comuns na bexiga, e podem ser benignas ou 
malignas. Em cães ocorre carcinoma de bexiga, sendo os tipos mais frequentes o carcinoma de células 
transicionais, de células escamosas e o adenocarcinoma. Os carcinomas fazem invasão local e podem fazer 
metástase, mais frequentemente para linfonodos regionais, pulmões e rins. 
Em bovinos ocorrem neoplasias na bexiga relacionadas a ingestão crônica de Pteridium aquilinum, 
geralmente em animais a partir de 2 anos, doença denominada Hematúria enzoótica bovina. A ingestão 
desta planta produz efeitos radiomiméticos associados aos princípios ativos como o ptaquilosídeo e a 
 12 
quircetina, responsáveis por 3 formas clínico-patológicas distintas: diátese hemorrágica, hematúria 
enzoótica e carcinomas do trato digestório superior, dependendo da dose e período de ingestão. Na 
hematúria enzoótica os animais apresentam hematúria crônica, intermitente, anemia, emagrecimento 
progressivo pelo desenvolvimento de neoplasias(s) vesicais, evoluindo para a morte. Alguns animais podem 
recuperar-se, clinicamente, se retirados do contato com a planta. As lesões observadas na mucosa vesical 
durante necropsia podem ser pequenas e histologicamente podem ser encontrados diversos tipos de lesões 
não neoplásicas e neoplasias, de natureza epitelial como papilomas, adenomas, adenocarcinomas, carcinoma 
de células de transição, carcinoma de células escamosas; mesenquimais como hemangioma, fibroma e 
hemangiossarcoma. 
 
BIBLIOGRAFIA 
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