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Aula 13 Artralgia por Chikungunya

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Chikungunya 
 A infecção por este vírus acarreta uma 
síndrome febril com início instantâneo e fatigante, que 
pela severidade dos sintomas articulares os pacientes 
começam a andar curvados. 
 Manifestações consideradas atípicas têm sido 
relatadas com maior frequência e incluem alterações 
cardíacas, renais, oculares e neurológicas. 
Sinais e sintomas 
➢ Os sintomas normalmente começam 4-8 dias 
após uma picada do mosquito, mas pode aparecer no 
período de 2 a 12 dias; 
➢ Início abrupto de febre alta, frequentemente 
acompanhada pela dor articular e prostração, são os 
sintomas mais comuns; 
➢ Sinais e sintomas adicionais incluem mialgia, 
dor de cabeça, náusea, fadiga, conjuntivite, dor atrás 
dos olhos, dor de garganta e erupção cutânea; 
➢ Difere das demais arboviroses principalmente 
pelos sintomas musculares e articulares, que afetam 
principalmente as extremidades do esqueleto 
apendicular, como punhos, tornozelos e falanges. 
Diagnóstico 
➢ O diagnóstico baseia-se na sorologia e em 
particular a detecção de anticorpos de imunoglobulina 
M (IgM), os anticorpos IgM são produzidos dentro de 
alguns dias após o patógeno; 
➢ Além destes, outros biomarcadores devem ser 
pesquisados, como Proteína C Reativa (PCR), 
velocidade de hemossedimentação (VSH), fator 
reumatoide (FR) e anticorpo antipeptídeo cíclico 
citrulinado (anticorpo anti-CCP) para confirmação 
diagnóstica; 
➢ Acredita-se que a infecção pelo vírus da 
Chikungunya possa contribuir para o desenvolvimento 
de uma doença inflamatória reumática ou até mesmo 
colaborar para o diagnóstico precoce de artrite 
reumatoide e artrite psoriásica em pacientes que já 
possuam alguma predisposição genética para essas 
condições. 
Repercussões 
musculoesqueléticas 
➢ Apresenta características de artrite, durando 
alguns dias, semanas ou anos. A dor articular é 
geralmente intensa e constante ou intermitente; 
➢ O inchaço articular é frequentemente 
simétrico e envolve predominantemente as pequenas 
articulações, punhos e tornozelos, com significativo 
edema de partes moles, sinovite e tenossinovite, um 
quadro clínico evocativo de AR; 
➢ Dor na coluna é responsável pela característica 
de postura encurvada do caminhante, resultante do 
comprometimento musculoesquelético. 
Recomendações de 
tratamento 
➢ Fase aguda: terapia biológica para sua doença 
base, interrupção medicamentosa, evitar o uso de 
calor, educação do paciente, orientações de postura e 
terapia manual devem ser recomendadas, além de 
exercícios de intensidade leve; 
➢ Intervenções de reabilitação: em todas as fases 
de febre chikungunya são recomendados como medida 
não farmacológica complementar; 
➢ Fases subaguda e crônica: recomendações 
anteriores, uso de calor, exercícios livres, resistidos, 
proprioceptivos e aeróbicos ativos, alongamentos, 
terapia manual e fisioterapia aquática. 
Aspectos avaliados 
➢ Os casos que evoluem para as formas 
subaguda e crônica requerem uma avaliação mais 
criteriosa do ponto de vista musculoesquelético, que 
deve ser realizado pelo reumatologista, clínico geral e 
fisioterapeuta; 
➢ O exame físico deve focar no envolvimento 
articular e periarticular, envolvimento do tendão deve 
ser minuciosamente pesquisado; 
➢ Outras manifestações associadas devem ser 
avaliadas: falta de apetite, sono não restaurador, 
comprometimento do trabalho e das atividades diárias, 
urgência e incontinência urinária, alterações de 
humor e depressão. 
Fisioterapia 
➢ Crioterapia: favorece a analgesia e ajuda a 
reduzir o inchaço local e a inflamação articular; 
➢ TENS: útil para o alívio da dor, pois alguns 
estudos têm mostrado resultados satisfatórios em 
pacientes com AR; 
o Indicada principalmente para pacientes 
com dor persistente, mesmo em uso de 
analgésicos e anti-inflamatórios, e para 
casos de dor neuropática. 
➢ Terapia manual: drenagem linfática manual 
combinada com bandagens compressivas; 
o Melhora a circulação linfática em casos de 
edema extra-articular e linfedema. 
➢ Exercícios ativos de intensidade leve: 
recomendados para manter a função articular, com 
cuidado para não exacerbar os sintomas inflamatórios; 
➢ Repouso relativo deve ser indicado, evitando 
movimentos que desencadeiem a dor portanto, órteses 
podem ser usadas; 
➢ Orientações posturais: evitar a adoção de 
posturas antálgicas, recomenda-se decúbitos que 
favoreçam a circulação de retorno. 
Terapia por 
exercícios 
➢ Exercícios passivos, ativos livres e resistidos: 
introduzidos progressivamente (isométricos => 
isotônicos => isocinéticos) para manter ou ganhar 
ADM, força e resistência muscular; 
➢ Alongamentos: contribuem para manter a 
flexibilidade músculo-tendínea e prevenir alterações 
posturais; 
Artralgia por Chikungunya 
➢ Treinamento proprioceptivo: fornece 
estímulos para a reeducação do movimento e a 
recuperação das habilidades funcionais; 
➢ Exercícios aeróbicos: indicados para melhorar 
o condicionamento físico geral do paciente e reduzir a 
fadiga; 
➢ Recursos terapêuticos manuais (mobilização 
de tecidos moles e articular): indicados para o 
relaxamento muscular, redução da tensão muscular e 
restauração da ADM indolor são úteis na recuperação 
de tendinites, tenossinovites, atrites e artralgias; 
➢ Fisioterapia aquática: alivia a dor, reduz o 
inchaço e melhora a mobilidade articular e as 
habilidades funcionais em diferentes fases da febre 
Chikungunya. 
 
desfecho 
➢ A artralgia por Chikungunya é uma condição 
que é relativamente nova e ainda precisa de mais 
estudos para ser compreendida, principalmente na sua 
fisiopatologia; 
➢ Por outro lado, já existem evidências 
suficientes para afirmar que o exercício multiarticular 
parece ser o melhor método de tratamento para a 
poliartralgia; 
➢ Os tipos e parâmetros dos exercícios podem ser 
variáveis, contanto que abordem condições de 
mobilidade, força e resistência; 
➢ A dor crônica pode persistir independente dos 
efeitos benéficos do exercício. Para isso, é preciso 
pensar em estratégias de intervenção para essa 
condição, como o uso de técnicas com essa ênfase.

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