Buscar

Cronicas (des)medidas

Prévia do material em texto

DEISE DOS SANTOS BRANDÃO - 919124478
FELIPE RODRIGUES DA SILVA - 919124856
GIOVANNA LOPES PINHO - 919122265
LARA SANTANA FOGAÇA - 919124472
MARIA ANTONIA GUIMARÃES - 919124212
VITÓRIA RÉGIA PEREIRA DOS SANTOS - 919113908
 
ANÁLISE DO DOCUMENTÁRIO:
“CRÕNICAS (DES)MEDIDAS” 
UNINOVE 
São Paulo 
2023
Quais aspectos do Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico em questão são fundamentais para a observação do psicólogo institucional? 
Toda instituição tem objetivos explícitos quanto implícitos, estes devem ser valorizados de forma separada dos efeitos laterais que uma instituição pode produzir
É fundamental como psicólogo institucional investigar e apurar as resistências e demandas latentes e inconscientes que a instituição apresenta (BLEGER, 1984). Dentro delas utilizar a escuta ativa para observar as singularidades dos indivíduos ali compostos, com isso conseguirá mapear as demandas e planejar uma intervenção assertiva.
Nota se, dentro do Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico grande equívocos cometidos pelo processo institucional que se dá ao tratamento dos pacientes, onde é levada a grande importância do poder jurídico em decorrência dos casos, e esquecidas a particularidades dos pacientes e suas histórias dentro do mesmo tratamento terapêutico.
Quais demandas institucionais podem ser identificadas? Quais intervenções seriam possíveis? 
· Cárcere privado sem investigação apurada das demandas e relatividade dos pacientes;
· Tratamentos sem observação e apuramento assertivo, onde muitos pacientes são absorvidos dentro da instituição por períodos longos sem uma orientação, encaminhamento e tratamento adequados; 
· O poder judiciário colocado à frente institucionalmente dos profissionais responsáveis pelo tratamento, de forma que impacta o tratamento e direitos humanos dos pacientes; 
Uma posição dos atores de saúde mental deve ser pautadas na ética trabalhando com uma visão menos excludente e mais solidária. Dentre alguns pontos importantes, destacamos: 1. Recusar a utilização de diagnósticos como instrumento de criminalização ou de legitimidade para as ferramentas punitivas. 2. Importante sustentar que a dimensão do seu campo de trabalho é a saúde mental, ou seja, foca-se na reabilitação social e deve ir contra o modelo manicomial. 3. Sugerir a multiplicação de medidas quem ampliem a rede penal, e propor alternativas sociais, educativas e sanitária (BARATTA, 2002).
Trata-se então de pensar novos caminhos indo contra a lógica de segurança a partir do controle social punitivista e o sujeito tenha seu corpo marginalizado numa instituição, mas sim outras medidas que irão oferecer a possibilidade de ressocialização aquele sujeito que já está em situação de vulnerabilidade e que seja possível garantir seu direito a existência.
Guirado (2009) fala que as mudanças vão ocorrer a medida que o trabalho do psicólogo institucional exerce. É um processo que avança aos poucos, com disciplina rigorosa de pensar nas direções e ações de si mesmo e dos colegas da instituição, mas é a partir do pensamento crítico que pode haver mobilização e mudanças no automatismo das instituições, abrindo então caminhos para a transformação da realidade. 
REFERÊNCIAS
BARATTA, A. Criminologia crítica e crítica ao direito penal. Rio de Janeiro: Revan, 2002.
BLEGER, José. Psico-higiene e psicologia institucional. Porto Alegre: Artes Médicas, 1984
GUIRADO, Marlene. Psicologia Institucional: o exercício da psicologia como instituição. In: Interação em Psicologia. Curitiba, jul./dez., 2009

Continue navegando