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Dibe Choque -Estado de hipóxia celular e tecidual, causado pela incapacidade do sistema circulatório de suprir as demandas celulares de oxigênio, levando a um desbalanço principalmente entre oferta x consumo -O diagnóstico do choque pode ser feito de forma clínica, hemodinâmica e laboratorial -É importante o diagnóstico precoce para evitar a manutenção da hipoperfusão celular podendo levar à disfunção múltipla de órgãos (DMOS) e à morte Pré-carga -Volume ventricular no final da diástole -Depende principalmente do retorno venoso -Relação entre volume diastólico final do ventrículo e o volume de ejeção – Lei de Starling (elevação do volume no final da diástole distende a fibra muscular aumentando a contração e o volume de ejeção) Pós carga -É a resistência à ejeção ventricular ocasionada pelo fluxo sanguíneo na saída do ventrículo -Determinada principalmente pela resistência vascular sistêmica (quanto mais estreito o vaso ou mais contraído os esfíncteres ou mais viscosidade sanguínea, maior a resistência – pós carga) -A RVS é controlada pelo sistema simpático – que controla o tônus da musculatura da parede das arteríolas – regulando o diâmetro Oferta de Oxigênio -O oxigênio e a glicose são os substratos essenciais para a produção de ATP pela célula, a falta de algum deles promove disfunções celulares -Choque é definido pelo desequilíbrio entre oferta (DO2) e consumo (VO2) de O2 pela célula -DO2 é representada pelo O2 que realmente chega a célula para ser usado como substrato -Então o problema pode estar de fato na entrega/transporte, no consumo e/ou na extração DO2: DC x CaO2 CaO2= (PaO2 x 0,0031) + (SaO2 x Hb x 1,34) Como identificar a necessidade de reposição volêmica? Pressão arterial,FC,Alterações do sensório Enchimento capilar lentificado, cianose de extremidades, pele fria, sudorese Diurese reduzida,Uréia, Lactato sérico, SvO2 e Gap CO2. Pressão venosa central • Pressão do AD – cateter venoso central • Relacionada a pré - carga do VD • Valor normal 8-12mmHg • Valor baixo muito associado a hipovolemia • Valor elevado não tem boa correlação com volemia (VM, PEEP elevada, ICC, insuf tricúspide) Lactato -Marcador de perfusão tecidual -Pode ser usado como ferramenta diagnóstica, prognóstica e orientar intervenções terapêuticas -Quanto mais elevado pior prognóstico -A redução de pelo menos 10% é um bom indicador de melhora perfusional – algumas horas -Situações de hipóxia onde o piruvato não consegue entrar na mitocôndria -> favorecem o aumento do lactato (hiperlactatemia anaeróbia) -Alguns medicamentos favorecem a conversão do piruvato em lactato na presença de oxigênio na concentração adequada: adrenalina, dobutamina, insulina) – hiperlactatemia aeróbia -Hiperlactatemia por disfunção hepática (redução do clearance) – Tipo II Gap CO2 -O aumento do metabolismo celular está associado a um aumento na produção de CO2 -GAP CO2: diferença de PCO2 do sangue venoso central e do sangue arterial -Normal gap CO2: 2 a 5mmHG -Choque aumenta o CO2 no sangue venoso por aumento da produção tecidual, hipofluxo tecidual e redução da eliminação pulmonar pelo hipofluxo -Então este alargamento de gap CO2 INDICA HIPOFLUXO importante, dificuldade de perfusão periférica -Marcador precoce, pois se alarga antes das alterações hemodinâmicas (PA, FC) e lactato Saturação venosa central -Quantidade de sangue venoso que volta dos tecidos para a cava superior que está saturada de O2 REPOSIÇÃO VOLÊMICA Dibe -Valor normal > 70% Diurese -Hipovolemia ou baixo fluxo estimula sensores de pressão ou fluxo no sistema circulatório e libera hormônios AD -O rim sendo hiperperfundido ativa também sistema renina angiotensina aldosterona com aumento da absorção de sódio/H2O -Choque manter DU> 0,5ml/Kg/h -Um dos primeiros parâmetros clínicos a retomar após ressuscitação adequada Fluidos para reposição volêmica -Cristalóides: solução de íons capazes de atravessar membranas semipermeáveis Colóides: Consistindo de grandes moléculas POUCO difusíveis que geram uma pressão osmótica para manter a água no espaço vascular Cristaloides Soluções isotônicas: • Cloreto de sódio 0,9% (Soro fisiológico) • Ringer Lactato • Plasma –Lyte Coloides • Proteicas: • Albumina • Não proteica: -Gelatinas/ Dextrans, amidos Soluções hipertônicas: Nacl 7,5%, NaCl 10%, NaCl 20% Cristaloides -Cristalóides são soluções de íons capazes de ultrapassar membranas semipermeáveis – tendem a se acumular em maior quantidade no interstício -São mais baratos -Mais usados no mundo todo -Podem ser utilizados como fluidos de ressuscitação (o volume aumentar IV) ou de manutenção (manter a hidratação e o equilíbrio HE) em pessoas incapazes de tolerar adm de líquidos VO Soro Fisiológico -Solução isotônica -Baixo custo -Cristalóide mais prescrito no mundo -Veículo para muitas soluções coloidais: albumina, gelatina e amido -Complicações: acidose metabólica hipercloremica (Quando adm em grandes quantidades) Ringer Lactato -Contém Potássio e cálcio em concentrações ionizadas no plasma -A adição desses cátions requer a redução na concentração de sódio para neutralidade elétrica -Elimina o risco de acidose hiperclorêmica com infusão de grandes volumes -Por isso é considerada uma solução mais balanceada Colóide -Contém grandes moléculas pouco difusíveis que geram uma pressão osmótica para manter a água no espaço vascular -Pressão coloidosmótica: promove o movimento de fluidos para dentro dos capilares -A direção do líquido é determinada pela maior pressão -Pressão hidrostática: promove movimento de líquido para fora do capilar Albumina -Proteína natural obtida para uso clínico do plasma de vários doadores por resfriamento -Principal proteína de transporte no sangue e também é responsável por 75% da pressão oncótica do plasma -Age como tampão e tem uma atividade antioxidante -Soluções de 5% a 25% em diluente a base de solução salina -Cerca de 70% do volume infundido permanece no plasma nas primeiras horas após infusão, mas este incremento no plasma se dissipa rapidamente, e o efeito se perde em 12h -Albumina 25% aumentam o volume plasmático em 3 a 4x o volume infundido, o efeito é produzido por desvios de fluidos do espaço intersticial -Portanto repor albumina 25% não fornece a reposição de volume perdido, mas desvia fluidos corporais de um compartimento p outro (não deve ser usada em paciente com perda agudas ou desidratação, utilizada em hipovolemia resultantes de desvio de liquidos p EI, como resultado de hipoalbuminemia) -Quando usar: Hipovolemia: não está recomendado a reposição volêmica em doentes críticos – evidência A -Hipoalbuminemia: não recomendado grau de evidência A -PBE: + cretatinia>1, U> 30 RECOMENDA-SE USAR – evidência B -Ascite: se volume de paracentese > 5 litros – evidência B -Síndrome hepatorrenal: recomendado grau de evidência B -Desnutrição: não recomendado – evidência A -Grandes queimados: não recomendado nas primeira 24h/ pode ser usado nas 24-48h após queimadura – evidência B
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