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aula 3 processos psicologicos basicos

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PROCESSOS PSICOLÓGICOS BÁSICOS
Aula 3: PROCESSOS ATENCIONAIS
Prof Denise Souza
Qual o substrato neuronal da atenção?
Como o cérebro funciona para gerenciar uma quantidade exorbitante de informações sensoriais, do pensamento, da memória, a todo momento?
e selecionar dentre elas a relevante que será mantida na consciência? 
William James
“Todos  sabem o que é a atenção.  É a ação de tomar posse  realizada pelo espírito,  de forma clara e  vívida,  de um  entre outros vários objetos ou séries de  pensamentos simultaneamente possíveis.  Focalização,  concentração da consciência são sua essência.  Implica o afastamento de algumas coisas para ocupar­se  efetivamente de outras (...)”  (2)  (James,1890/1952,  p. 375). 
O que é atenção?
Intuitivamente, todo mundo sabe o que é atenção. 
Prestar atenção é focalizar a consciência, concentrando os processos mentais em uma única tarefa principal e colocando as demais em segundo plano (LENT, 2005)
A atenção é um processo em que seleciona-se um estímulo e ao mesmo tempo desprezar outros
O que é atenção?
Sistema orgânico tem anatomia funcional própria, circuito e estrutura celular
Esse processo de seleção atencional depende não apenas da história prévia do sistema selecionador, envolvendo suas memórias e, portanto, o significado pessoal e emocional dos estímulos, mas também de expectativas geradas sobre a pendência de eventos futuros
Diversos fenômenos atencionais parecem ser manifestações diretas do funcionamento dos sistemas de memória.
Estudos sobre os processos atencionais
A atenção representa uma das funções mentais mais importantes do ser humano, sendo investigada por inúmeros estudiosos. 
Segundo Luria (1981), a atenção tem caráter direcional e seletivo, o que nos permite manter vigilância em relação ao que acontece ao nosso redor, responder aos estímulos relevantes e inibir aqueles que não correspondem aos nossos interesses, intenções ou tarefas imediatas. 
Bear, Connors e Paradiso (2002) destacam que a capacidade de detectar seletivamente uma conversa dentre muitas outras que estão ocorrendo ao mesmo tempo é um exemplo de atenção. 
Lent (2005) afirma que podemos também prestar atenção em um processo mental, como um cálculo matemático uma lembrança ou outro pensamento qualquer.
Categorias Da Atenção
Atenção Involuntária 
É de origem biológica, 
É atraída fortemente por estímulos externos
Atenção Voluntária
é um ato social (desenvolvido pelas crianças já em idade escolar,)
requer maturação do sistema nervoso 
relaciona-se à capacidade de responder a instruções faladas (mesmo diante de estímulos distrativos)
Definições Operacionais da Atenção
Três formas básicas de atenção:
1. sustentada
Ocorre quando o indivíduo se mantém num estado de prontidão por longo período de tempo, para detectar e responder a alterações específicas nos estímulos
2. dividida 
É a capacidade de o indivíduo desempenhar mais de uma tarefa simultaneamente.
3. seletiva. 
É a capacidade de se direcionar a atenção para uma determinada parte do ambiente, enquanto os demais estímulos à sua volta são ignorados.
Tipos de atenção
Atenção sensorial - quando o processamento seletivo da informação apresentar estreita ligação com os sentidos. 
Exemplo: na atenção visual, a partir da visão, um objeto é colocado no centro da análise. Ainda, uma parte mais específica da atenção visual, a atenção espacial, determina quais regiões da cena são mais relevantes, “em que” e “onde” focalizar a atenção visual. 
Atenção intelectual - a direção e seletividade da atenção são empregadas no processamento de pensamentos. 
Posner e Fan (2001) denominam atenção executiva àquela requerida em situações que envolvem planejamento ou tomada de decisões, detecção de erros e resposta a ações não habituais.
Bases biológicas da atenção
Alexandre Luria (1981), que teorizou sobre as bases biológicas do mecanismo de atenção, estabelecendo que seriam a formação reticular, a parte superior do tronco encefálico, o córtex límbico e a região frontal. 
Bases Biológicas da atenção:
Neuroanatomia da atenção
as estruturas da parte superior do tronco encefálico e a formação reticular - são as responsáveis pela manutenção do tono cortical de vigília e manifestação da reação de alerta geral, 
o córtex límbico e a região frontal - estão relacionados ao reconhecimento seletivo de um determinado estímulo, inibindo respostas a estímulos irrelevantes. 
Neuroanatomia da Atenção
No que se refere às informações visuais:
a orientação automática (exógena) da atenção parece envolver uma via filogeneticamente antiga (via retinotectal) que se projeta da retina para os colículos superiores, 
orientação voluntária (endógena) parece envolver controle cortical. 
O sistema visual dos humanos é formado principalmente por duas vias que se originam no córtex visual primário.
 A via ventral (occípito-temporal) se projeta para o lobo temporal inferior e relaciona-se à identificação de objetos e análise de suas qualidades (representação perceptual).
 A via dorsal (occípito-parietal) inclui o lobo parietal posterior e está envolvida na apreciação das relações espaciais entre objetos, bem como em desempenhos motores que dependem da percepção visual
Luria (1981) atribui à atenção o papel de estabilização de fenômenos de ativação por intermédio das zonas posteriores do cérebro.- LOBO PARIETAL
A orientação visual segue uma ordem de acontecimentos: 
1 - primeiro há o desprendimento do foco de atenção antigo (lobo parietal),
2 - mudança (colículo superior) e 
3- no novo foco (pulvinar do tálamo), 
Cada uma dessas operações computadas em áreas cerebrais diferentes. Juntas, essas áreas cerebrais desempenham a tarefa de orientação, 
Lesões no lobo parietal, mesencéfalo e tálamo podem resultar na síndrome de negligência ou extinção
Tarefa
Cada grupo deverá definir atenção, como uma função cognitiva,
construir um exemplo do cotidiano onde a definição apresentada, pelo grupo, possa explicar o fenômeno descrito.
Funções cognitivas
São aqueles processos mentais que nos permitem:
Racionalizar;
Pensar; e
Resolver problemas.
Funcionamento cognitivo é considerado normal se nossas habilidades nos permitem lidar de uma maneira adequada em atividades de vida diária.
Atenção
Atenção é o processo comportamental e cognitivo o qual se seleciona um aspecto da informação, seja subjetiva ou cognitiva, deixando de lado outros aspectos da mesma [1].
Concentração
Consiste em concentrar voluntariamente toda a atenção da mente em um objetivo [2].
Memória
A memória nos permite registrar, conservar e evocar experiências, ideias, imagens, eventos, sentimentos, etc. Também representa a capacidade de manter as informações em nossa mente e recordá-la em algum momento futuro [3].
Luria (1966) postula o conceito de “sistemas funcionais”. Em sua teoria, as funções mais elementares poderiam até ser localizadas, mas os processos mentais geralmente envolviam sistemas que atuavam em conjunto, situando-se em áreas distintas do cérebro.
Sistema Atencional Supervisor (SAS), possuem graus de modularidade diferenciados, uma modularidade em cascata
Neuroanatomia da atenção
Devido sua complexidade, a atenção é um produto do funcionamento integrado de inúmeras estruturas corticais e sub-corticais, além de sistemas de redes neurais, que constituem a neuroanatomia da atenção.
O estado de alerta dá início à recepção de estímulos provenientes dos órgãos sensoriais. 
No tronco encefálico, mais especificamente na formação reticular, ocorre então a regulação da tenacidade (Brandão, 1995). 
são as projeções do sistema ativador reticular ascendente (SARA) que possibilitam a ativação cortical, a manutenção do alerta e vigília e a escolha das respostas comportamentais.
Processos atencionais
A ativação inicial do córtex parietal na recepção de informações sensoriais,
 os núcleos da base e do colículo superior com as informações motoras, 
as informações límbicas advindas do giro do cíngulo e da amígdala são reguladas através de aferênciasda formação reticular (Lima, 2005). 
Atenção seletiva
“Por meio da atenção seletiva, sua atenção consciente focaliza, como um feixe de luz, apenas um aspecto muito limitado de tudo aquilo que você vivencia”
estruturas que estão relacionadas à atenção seletiva: 
o córtex parietal superior, relacionado com a representação espacial exterior; 
o córtex pré-motor lateral, responsável pela orientação e movimentos de exploração; 
o giro do cíngulo anterior, associado com a monitoração da resposta. 
o córtex pré-frontal no controle voluntário da atenção, 
o córtex fronto-parietal e os núcleos da base no acoplamento de novos estímulos
o núcleo pulvinar no filtro de informações relevantes das irrelevantes, localização do alvo visual, engajamento
Atenção voluntária e involuntária
A atenção involuntária é sustentada por processos neurais automáticos e é particularmente evidente na memória implícita. [...] 
A atenção involuntária é ativada por uma propriedade do mundo externo – do estímulo – e é captura-da, de acordo com James, por ‘coisas grandes, coisas brilhantes, coisas em movimento ou sangue’. 
Por outro lado, a atenção involuntária, como aquela que está em jogo quando estamos dirigindo e prestamos atenção na estrada e no tráfego, é uma característica específica da memória explícita e se origina da necessidade interna de processar estímulos que não são automaticamente salientes (JAMES apud KANDEL, 2009, p.341).
Outros tipos de atenção
atenção é a atenção sustentada, que estaria envolvida com o tálamo e o córtex frontal anterior,
atenção dividida, que seria ativada pelo córtex parietal anterior, córtex pré-frontal e pelo tálamo
A inibição de estímulos irrelevantes está ligada aos componentes do sistema límbico com o foco dado pelos processos emocionais e motivacionais, o córtex parietal pela inibição do foco do estímulo e as áreas frontais com a alocação dos processos inibitórios 
Nos processos atencionais, diversas regiões cerebrais são acionadas, trabalhando de maneira integrada, mas para que todos componentes funcionem em harmonia é necessário um gerenciador de atividades. 
O controle e organização executiva da atenção têm papel fundamental não só no na manutenção da disposição para agir e controle inibitório como também no planejamento e execução direcionados à metas e auto-regulação da ação. Essa função possui grande relação com as áreas anteriores do cérebro, sobretudo nas áreas préfrontais e órbito-frontais (E
Funções Executivas
As funções executivas são habilidades neurológicas do ser humano que estão presentes no cotidiano e possibilitam nossa interação com o mundo frente às mais diversas situações.
Elas são responsáveis pela realização das atividades diárias, indispensáveis em nossas vidas.
Podemos defini-las como: um conjunto de habilidades necessárias para o controle de nossa saúde mental e vida funcional.
Estudos sugerem que o desenvolvimento dessas funções é responsável por exercer influências diretas na regulação emocional. 
As funções executivas são responsáveis por coordenar e integrar o espectro da tríade neurofuncional da aprendizagem.
são habilidades e capacidades de um indivíduo orientadas a atingir um objetivo voluntário, auto organizado e direcionado para metas específicas.
São responsáveis por nossa capacidade de organização de pensamento através de experiências vividas e de conhecimentos armazenados na memória. 
Permitem nossa adaptação comportamental ao ambiente cultural em que estamos inseridos, respeitando nossos propósitos individuais, valores sociais e éticos. bem como a antecipação da consequência dos nossos atos e, portanto, a programação adequada dos mesmos, assim como a mudança de planos caso haja necessidade.
Desta forma, as funções executivas nos permitem gerenciar funções cognitivas, emocionais e comportamentais.
São funções que tem como principal substrato neuroanatômico, o córtex pré-frontal e região anterior do córtex frontal. - Esta região demora para amadurecer. 
As crianças, gradativamente ao longo de seu desenvolvimento, adquirem e aprimoram as capacidades de controlar suas ações e pensamentos. Este amadurecimento se estende até ao redor dos 21 anos quando se estabiliza e se torna pleno, declinando no envelhecimento.
Controle inibitório
 controle inibitório é um importante componente da função executiva 
Se caracteriza pela capacidade de resistir a uma forte tendência em se fazer outra coisa para fazer o que é mais apropriado ou necessário naquele momento, (resistindo ao primeiro impulso e dando uma resposta mais adequada, permanecendo em uma tarefa apesar de esta ser cansativa ou desmotivadora e apesar de estímulos distratores ou da vontade de fazer outra coisa)
Déficits em inibição pode ser percebido em crianças com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). O controle inibitório permite inibir a atenção a estímulos distratores, se relacionando portanto a habilidade de atenção seletiva e sustentada. Relaciona-se também a auto-disciplina, possibilidade de mudança e polidez social.
Qual o papel das Funções Executivas na prática?
As funções executivas estão inteiramente ligadas a uma série de atividades, tal qual o seu desenvolvimento é indispensável para uma vida regular e sem problemas.
Atenção (sustentação, foco, fixação, seleção de dados relevantes dos irrelevantes, evitamento de distratores, etc);
Percepção (intraneurossensorial, interneurossensorial, meta-integrativa, analítica e sintética, etc);
Memória de trabalho (localização, recuperação, rechamada, manipulação, julgamento e utilização da informação relevante, etc);
Controle (iniciação, persistência, esforço, inibição, regulação e auto-avaliação de tarefas, etc);
Ideação (improvisação, raciocínio indutivo e dedutivo, precisão e conclusão de tarefas, etc);
planificação e a antecipação (priorização, ordenação, hierarquização e predição de tarefas visando a atingir fins, objetivos e resultados, etc);
flexibilização (autocrítica, alteração de condutas, mudança de estratégias, detecção de erros e obstáculos, busca intencional de soluções, etc);
metacognição(auto-organização, sistematização, automonitorização, revisão e supervisão, etc);
decisão (aplicação de diferentes resoluções de problemas, gestão do tempo evitando atrasos e custos desnecessários, etc);
Execução (finalização e concomitante verificação, retroação e reaferênciação, etc) (FONSECA, 2014).

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