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➢ A inspeção está à procura das 4 qualidades: higiênico-sanitária, comercial, tecnológica e ambiental ➢ Tendencia a dar mais importância a post mortem, mas o resultado ideal é a análise das duas para o fechamento do diagnóstico do animal ➢ Todo animal de abate gera 1 carcaça e 2 meias/semi/hemi carcaças – meia direita e meia esquerda (quando a carcaça é dividida no sentido longitudinal ao longo da coluna vertebral) • Não fazem parte das meias-carcaças bovinas olhos, cabeça, vísceras, mocotós (pés), sendo assim são compostas basicamente por osso e carne, assim como para os suínos, exceto que, para eles, a cabeça pode fazer parte o O produtor de bovino recebe pelas meias-carcaças, sendo assim, não recebe pela cabeça, vísceras, mocotós, enquanto o de suíno recebe pelo PV do animal • A indústria nunca comercializa a carcaça inteira, mas sim meia carcaça • A maioria das grandes empresas já vendem o corte desossado, pois possui maior agregação de valor, já as empresas médias e de pequeno porte vendem meias carcaças para que os açougues desossem • Existe a comercialização de carcaça inteira, em último caso, que é a de leitões, mas essa situação quase não é vista ➢ Quanto mais pesado o animal chega na indústria, melhor para ela e também para o produtor, pois ambos ganham por peso e, para a indústria é interessante, pois ela dilui custo (o valor que ela gasta para abater um animal de 100kg ou de 500kg é o mesmo – nº de funcionários, equipamentos, tempo, mas quando menos pesados ganha menos e quando mais o custo é diluído) INTRODUÇÃO →No suíno a cabeça pode fazer parte da meia carcaça, diferente do bovino, que não está presente →O animal é pendurado sempre de cabeça para baixo para facilitar a sangria, ou seja, a ação da gravidade ajuda na retirada de sangue →A serragem da cracaça não é exatamente ao meio, pois o próprio animal não é simétrico e a serragem é feita manualmente com uma serra, além de que, se o magarefe conseguisse dividir exatamente no meio a medula seria lesada, o que não pode ocorrer, pois para o bovino ela precisa ser incinerada pois pode contaminar por BSE (classificada como MER) e no suíno é vendida para a indústria farmacêutica já que é ótima fonte de gorduras e colágeno O lado que ficará maio é critério da indústria, mas deve ser padronizado sempre para o mesmo lado QUEM REALIZA ESSA INSPEÇÃO? →Equipe de inspeção, chama Serviço de Inspeção Oficial podendo ser SIM, SIE e SIF, sendo o M.V. coordenador dessa equipe →Art.14: a inspeção e fiscalização previstas neste decreto são de atribuição do Auditor Fiscal Federal Agropecuário com formação em Medicina Veterinária, do Agente de Inspeção Sanitária e Industrial de POA e dos demais cargos efetivos de atividades técnicas de fiscalização agropecuária, respeitadas as devidas competências AFFA: Médico Veterinário Agente de Inspeção Sanitária e Industrial de POA: é um cargo de nível médio, sendo este um cargo concursado SIM e SIE: funcionam de maneira semelhante (outro nome do cargo de M.V. Inspetor) – no IMA a nomenclatura do AFFA é Fiscal Agropecuário Algumas tarefas só o M.V. AFFA pode fazer, outras só o Agente de Inspeção faz, subordinado, coordenado e supervisionado pelo M.V. Dentro de uma sala de abate, os funcionários são divididos por cores, para que se identifiquem em relação a sua profissão (o máximo que se vê em uma indústria são 2 AFFAs ao mesmo tempo, dependendo do porte da indústria, já Agentes de Inspeção podem ter +/- 10, também variando de acordo com o porte da empresa) o Todos os funcionários estarão de branco ou cores claras para facilitar a visualização de sujeiras dos alimentos, assim como o M.V., porém este estará com capacete de proteção (igual os de construção civil) identificado com uma cruz verde, assim como no peito e no braço e os Agentes de Inspeção também estarão de branco, porém sua cruz será azul, importante para diferenciar quem pode e quem não pode tocar em algo – o pessoal da limpeza geralmente não usa branco, mas sim cáqui Quem paga o salário de ambos é o Governo Existe ainda o cargo do Auxiliar de Inspeção, que fazem exatamente a mesma coisa que o Agente de Inspeção Sanitária e Industrial de POA, mas é contratado pela indústria e a distribuição de tarefas cabe ao M.V. inspetor, que é chefe do serviço (pode ser por falta de gente para trabalhar, mas o certo seria contrata-los através de concursos públicos e, por não passarem pelo concurso, são treinados pela equipe de inspeção, tanto o M.V. como o Agente de Inspeção) O Serviço de Inspeção tem poder de demitir o Auxiliar de Inspeção, assim como qualquer colaborador (magarefe, etc.) INSPEÇÃO ANTE MORTEM →Inspeção do animal vivo, antes de ser abatido →Faz um “teste de triagem”, facilitando o fechamento do diagnóstico, pois pega algumas alterações que podem não ser percebidas com o animal já morte, como alguns parâmetros clínicos de temperatura, FC, FR, etc, já facilitando o fechamento do diagnóstico →Por ser em animais ainda vivos, é feita em currais (bovinos) e baias/pocilgas (suínos) e o tamanho destes locais limita a capacidade da indústria, pois se deseja abater 1000 animais, deve-se ter 1000 baias/currais, principalmente porque os bovinos precisam cumprir o período de descanso e não dá tempo de passar vários animais por ali, para suínos já é possível Para bovinos é obrigatório que haja plataforma elevada, para que o Serviço de Inspeção possa observá-los passando por ela, isso porque o animal deve ser visto de cima (para o suíno não é obrigatório por serem menores) →Atribuição da equipe do Serviço de Inspeção, ou seja, do M.V. e dos Agentes de Inspeção Fazem checagem da documentação, condições das instalações e funcionamento da sala de abate, avaliação do acesso a água e cumprimento do período de descanso, avaliação das características zootécnicas dos grupos de animais e então o exame ante mortem →Exame visual de caráter geral, não sendo observados individualmente, baseado no comportamento dos animais (é esperado um comportamento usual dos animais), sendo eles observados em repouso e em movimento (feito pelos magarefes, pois é importante para saber se o animal estará mancando, com distúrbios de comportamentos) Para os que possuírem distúrbios, estes serão deslocados/apartados para curral de observação/pocilga de sequestro para exame clinico separado e detalhado →Hoje em dia o Agente também pode fazer inspeção ante mortem, mas o exame clinico é privativo do M.V. (antigamente isso era atribuição exclusiva do M.V. por conta dos exames clínicos, etc) →Preenchimento da papeleta/ documento do S.I. (“Documento de Inspeção Ante Mortem”) Nele são anotados quantos animais foram avaliados dentro dos currais, quantos apresentaram alteração e o nº deles Os animais com afecções são identificados com número para que, se forem ao abate, após a inspeção post mortem, possam ser identificados e ajudar a fechar o diagnostico (bovinos possuem brinco de identificação e suínos possuem tatuagem, como se fosse um carimbo) →RIISPOA: art. 85 e 101 – tudo descrito aqui OBJETIVOS: examinar o estado sanitário dos animais e auxiliar a inspeção post mortem, pois a inspeção ante mortem funciona como uma triagem →É tarefa do Serviço de Inspeção (equipe): Exigir documentos de trânsito dos animais (GTA) – 100% deles devem apresentar, caso não tenham devem voltar, não sendo nem descarregados o Quem emite GTA é o Órgão Sanitário Oficial, em MG, por exemplo, é o IMA e para isso deve ser comprovada vacinas para Brucelose de fêmeas, Febre Aftosa, etc, além de comprovar raça, espécie, idade, etc Refugar/rejeitaras fêmeas pelo prazo regulamentar (mínimo 10 dias), quando diagnosticado parto recente ou aborto e gestação adiantada (= últimos 10% de gestação, não mais o último terço de gestação) – não devem (pode, mas não deveria) ser abatidas (Portaria 365/2021) o A fêmea estará metabolicamente deficiente e com imunidade diminuída, além de estar sujeita a transmissão de zoonose como a Brucelose o Não é fácil identificar isso, a não ser que a fêmea esteja com a placenta para fora ou se estiver muito gorda, mas na prática todas acabam sendo abatidas o Ao ser identificada, deve separá-la e esperar os 10 dias e então poderá ser abatida e se tiver o bezerro, deve esperar 30 dias o Ao separar a fêmea do bezerro para que se espere o tempo correto, não há onde coloca-la devendo devolve-la ao produtor, mas o caminhão já terá voltado a muito tempo, portanto não há como ser cumprida, mas cabe o bom senso nesses casos (a maioria das indústrias possui um piquete podendo deixa-la nele, mas a responsabilidade é do inspetor e se ela morrer não tem muito o que fazer) Verificar jejum, dieta hídrica e período de descanso (os 2 últimos podem ser comprovados pela oferta de água nas baias e pela contagem a partir do momento de descarga do caminhão, respectivamente) Conferir programação de abate fornecida pela empresa ao SI com 72h de antecedência ao abate (Art.73, RIISPOA 2017) – por questão de organização e para evitar fraude fiscal (se a indústria avisar que irá abater 1000 e abater 900, 1010, ok, mas 1500, 2000 é fraude) Certificar condições de higiene das instalações Verificar prazo, raça e categoria dos animais abatidos Apartação dos animais suspeitos de enfermidades para o Curral de Observação (bovinos) ou Pocilga/Baia de Sequestro (suínos) geralmente pintados de outra cor – uma vez nesses locais, o animal não volta mais ao abate normal com os animais, sendo feito o abate de emergência Usar brete de contenção (obrigatório para bovinos) para o exame clinico Animais retidos no curral para observação são abatidos sempre em separado (abate de emergência) →Para aves: Exigir documentos de trânsito e certificado sanitário dos animais (GTA) Verificar jejum, dieta hídrica e períodos de descanso Examinar visualmente os lotes para abate (remover, para a graxaria as aves que chegarem mortas Conferir programação de abate fornecida pela empresa SI com 72h de antecedência ao abate (Art.73, RIISPOA 2020) Observar condições higiênicas das instalações Verificar peso, raça e categoria dos animais abatidos (índices zootécnicos) A inspeção ante mortem delas é feita com as aves dentro das caixas em cima do caminhão, portanto, elas não são descarregadas, sendo assim o exame será muito mais generalizado – o inspetor pede para retirar algumas caixas e faz por amostragem e, se já possuir alguma ave morta ou em sofrimento e faz o deslocamento cervical (abate sanitário) para cessar o sofrimento e é mandada direto para a graxaria (Unidade de Beneficiamento de Produtos Não Comestíveis) ABATE DE EMERGÊNCIA →RIISPOA 2017 (Art. 105 a 111): é destinado aos animais que teoricamente chegam sadios, mas durante a inspeção ante mortem foram detectadas algumas alterações neles →Para animais Em precárias condições de saúde Impossibilidade de atingir a sala de abate por seus próprios meios Retidos no curral de observação ou pocilga de sequestro →É importante que o exame post mortem seja realizado pelo mesmo M.V. que realizou a inspeção ante mortem →Imediato: antes do abate normal, sendo dos animais incapacitados de locomoção, contundidos, com ou sem fratura e não apresentem alteração de temperatura ou outro sintoma de doença infectocontagiosa Nesses casos o animal é transportado em carrinhos, primeiro até o curral de observação e depois até a sala de abate →Mediato: após o abate normal, por conta do risco de contaminação, sendo os animais verificados doentes, do curral de observação ou pocilga de sequestro e bovinos com certificado de tuberculinização ou de soro-aglutinação brucélica positivos Podem ser destinados animais que cheguem sabidamente doentes na indústria (geralmente não ocorre, pois acaba sendo cobrado o valor desses animais da mesma forma, então o produtor acaba abatendo-o na propriedade, também para que a doença não se dissemine), mas a legislação dita que o animal deve sofrer abate humanitário devendo ir até o abatedouro para ser insensibilizado OBS: Existe a possibilidade do abate sanitário, que consiste no abate no próprio curral (diferente do abate de emergência, que ocorre na própria sala de abate, antes ou depois do abate normal) por estar sem nenhuma condição de chegar até a sala de abate, mas ao fazer isso o animal vai direto para a graxaria, diferente do abate de emergência, o qual o animal ainda pode ser aproveitado →Todo abatedouro ou SI deve ter um departamento/sala de necropsia e quem vai para ela são os animais que chegam mortos e devem ser obrigatoriamente submetidos à necropsia para saber do que morreu, pois, ode ser de uma doença contagiosa Feito antes de abater os animais que vieram com ele, sendo que eles vão todos para um curral/pocilga separados O mesmo serve para animais que morreram no curral de observação e não se sabe o motivo Animais que chegam com atestado de positivo (tuberculinização ou brucélicos) também podem ser abatidos nesse departamento (abate mediato ou no departamento, a critério da indústria) Depois de necropsiado, dependendo da causa mortis do animal, se na necropsia foi observada uma doença infectocontagiosa o animal deve ser incinerado nesse próprio local para matar todo o agente etiológico, mas se não for infectocontagiosa ele vai para a graxaria *Para realiza-la há um passo a passo: avaliação da documentação pré-abate → recepção, avaliação e segregação dos animais → abate de emergência → necropsia → registros da inspeção ante mortem INSPEÇÃO POST MORTEM →Feita no animal morto (nas carcaças e vísceras) →Nada mais é que uma necropsia, mas não chega a ser igual, pois a técnica é diferente, mas o objetivo é o mesmo (fazer um diagnóstico) →É feita a avaliação das meias carcaças →Todo abatedouro sob Serviço de Inspeção deve ter uma sala de necropsia Realizado no departamento de necropsia (instrumental e uniformes privativos) Animais que chegam mortos Animais sacrificados por doenças infectocontagiosas Destino dos animais necropsiados: garxaria, (caso não seja por doença infectocontagiosa, pois nela o animal é aproveitado) ou incinerador ou forno crematório (no próprio departamento) o Graxaria: quando não diagnosticados como portadores de doenças infectocontagiosas (se for ruminante, ates de manda-lo deve-se retirar o MER) o Incineração/incinerador/forno crematório/autoclave: quando portadores de sinais de doenças/lesões infectocontagiosas OBS: em animais que morreram por estresse é comum observar hiperemia (acumulo de sangue) de toda a cavidade, mas nenhum outro tipo de lesão, além disso o baço pode estar aumentado de tamanho pelo maior fluxo sanguíneo, ou diminuído de tamanho por já ter sofrido contração esplênica. Como há acumulo de sangue a proliferação bacteriana fica mais alta, portanto, a cavidade abdominal pode estar esverdeada pelos pigmentos, como pioverdina, produzida pelos microorganismos, assim como odor fétido e produção de gases, a depender do tempo que o animal já está morto →Efetuada rotineiramente em TODOS os animais de abate →Exames nas “linhas de inspeção” (agentes de inspeção treinados, sob a supervisão do AFFA M.V. – inspetor ficam nessas linhas fazendo as avaliações) →Realizadoexame macroscópico das peças, do corpo do animal e seus órgãos, baseado na tríade exame visual, palpação e incisões, sendo as 2 primeiras obrigatórias e a incisão feita apenas quando é detectada alguma alteração nas outras, pois é necessário preservar ao máximo a peça para ser comercializada →Fase preparatória: não é o SI que vai abater o animal, mas sim o magarefe, sendo a indústria obrigada a apresentar as peças ao SI em condições de serem inspecionadas e limpas; realizada por funcionários da indústria (magarefe) e não pelo Serviço de Inspeção →RIISPOA (2017) Art 112 a 217 – tudo descrito aqui BOVINOS →Tudo falado para eles vale para búfalo, ovino, caprino e equino →Divididos em 11 linhas de inspeção, sendo todas elas obrigatórias (a linha C de bovinos antigamente não era obrigatória) A1: exame da glândula mamária (macho não passa por essa) o Exame visual, palpação e incisões no úbere o Realizado em cima de uma mesa e a glândula é retirada por inteiro o Principais lesões: mastite e tuberculose (costuma gerar granulomas) o Destino: graxaria (Unidade de Beneficiamento de Produtos Não Comestíveis) – mesmo não sendo comestível é inspecionado, pois se houver doença infectocontagiosa a carcaça toda é condenada A: exame dos pés (também chamado de mocotós) o Deve ser realizado em todos os estabelecimentos o Exame visual dos pés o Verificar lesões de Febre Aftosa e pododermatites o Aproveitamento: unhas e pés propriamente ditos (os mocotós são comestíveis, mas geralmente são consumidos apenas os dianteiros, pois os traseiros costumam ser muito duros) B: exame do conjunto cabeça-língua o Cabeça: exame visual (volume e coloração); incisar sagitalmente masseteres e pterigoides de ambos os lados da face (corte duplo) para pesquisa de cisticercose; tonsilas (lingual e palatina) removidas pela empresa após a inspeção (MER – Material Especificado de Risco) o Língua: exame visual + palpação; lesões: Febre Aftosa e Cisticercose; se detectada alteração à palpação, incisar; incisão longitudinal dos linfonodos retrofaríngeo, mandibulares e parotídeos (atloidianos, se estiverem presentes, pode ser que não estejam, pois podem ter ficado na cracaça n momento de desarticular a cabeça) – estão presentes tanto na face esquerda, como na direita o Essa linha é geralmente feita com a cabeça pendurada, na qual o gancho passa pela região mandibular do animal, mas também pode ser feita com a cabeça em cima de uma mesa em abatedouros cm ritmo de abate menor C: cronologia dentária o É obrigatória (era facultativa até pouco tempo, mas passou a ser obrigatória, porque de acordo com a idade há MERs diferentes) o Objetivo: determinar idade aproximada dos animais abatidos, para fazer triagem da matéria prima, mas principalmente pela questão higiênico-sanitária e coleta de MER, poias as partes coletadas variam de acordo com a idade de cada animal o Baseada no grau de desenvolvimento dos incisivos inferiores (bovinos não possuem superiores) o Idade estimada: zero dentes permanentes: < 18 meses; pinças: 18- 24 meses; pinças + 1º médios: 24-30 meses; pinças + 1º médios + 2º médios: 31-42 meses; cantos: >42 meses; boca cheia: >42 meses D: exame do canal alimentar, baço, pâncreas, bexiga urinaria e útero o Exame visual + palpação o Incisar linfonodos da cadeia mesentérica (mínimo 10 – bovino tem em torno de 300 linfonodos mesentéricos) o Linfonodos gástricos e pancreáticos o Vísceras contaminadas com conteúdo GI têm como destino a graxaria o Carcaças contaminadas com conteúdos GI vão ao DIF (Departamento de Inspeção Final) o Útero não é víscera comestível (é inspecionado, mas vai para a graxaria), assim como o pâncreas, enquanto o estômago/rúmen é o bucho e o intestino e bexiga são tripas para envoltórios e são comestíveis, assim como o baço que é a passarinha, apesar de ser órgão linfoide, mas geralmente é usado para a fabricação de derivados E: exame do fígado o Exame visual + palpação o Parasitas: Fascíola hepática e Eurytrema sp. o Incisar longitudinalmente os linfonodos hepáticos, portais e peri-portais (ficam na parte ventral do fígado, próximo ao sistema porta) o Examinar a vesícula biliar (equinos não possuem) o Lesões mais comuns: esteatose e telangiectasia (lesão decorrente de migração larvar/parasitaria) F: exame dos pulmões e coração o Pulmão: exame visual + palpação de pulmões e traqueia; incisão de linfonodos mediastinais e pulmonares; incisar pulmões à altura da base dos brônquios (exploração da luz bronquial) e traqueia em toda sua extensão, até a bifurcação brônquica obrigatoriamente; víscera comestível de baixo valor comercial (pode ser destinado a fabricação de derivados ou vendido no kg, sendo seu nome comercial bofe); lesões: enfisemas, edemas, parasitas (Dictyocaulus viviparus) e pneumonias o Coração: exame visual + palpação; incisar o saco pericárdico (antes, observar a coloração do liquido pericárdico, que deve ser branco/bege e se estiver purulento/sanguinolento, pode indicar pericardite); incisar longitudinalmente o coração da base ao ápice, expondo para o exame as cavidades atriais e ventriculares; incisar transversalmente ambos os ventrículos; lesão importante: cisticercose G: exame dos rins o Na linha de abate vem geralmente depois da H e I o Feito com o rim preso à carcaça o Observar: coloração, aspecto, volume e consistência (rim bovino é multilobado) o Parasitoses (Dictyophyma renale e Stephanurus dentatus – ficam na gordura peri-renal), congestão, nefrite, isquemia (a carcaça não deve ser apreendida) o Observar relação patológica de lesões nos rins com a carcaça (tuberculose, leucose) desviar meias carcaças para o DIF o Podem ser inspecionados já fora da craca, ou pode ser a única víscera que permanece aderido à carcaça após a evisceração (definido pelo SI de cada indústria) H: exame da parte caudal das meias cracaças o É a carcaça alta, feita na parte alta da plataforma o Exame visual de aspecto e coloração o Contaminação de origem GI, contusões, edemas (remover áreas lesadas, quando essas forem pequenas – em casos pronunciados deve-se desviar a meia carcaça para o DIF) o Incisão longitudinal dos linfonodos ilíaco, subilíaco (não mais pré-crural), isquiático, inguinal (ou retro-mamário nas fêmeas) I: exame da parte cranial das meias- carcaças o É a carcaça baixa, feita na parte baixa da plataforma (ao nível do solo) o Exame visual de aspecto e coloração o Contaminação de origem GI, contusões, edemas (remover áreas lesadas, quando essas forem pequenas – em casos pronunciados deve-se desviar as meias carcaças para o DIF) o Incisão longitudinal do linfonodo cervical superficial (não mais pré- escapular) o Examinar ligamento cervical (lesões de Brucelose e Oncocercose) J: carimbagem das meias carcaças o Se chegar até essa linha a carcaça será liberada para consumo, sendo a única linha que pode ser feita por um magarefe o Carimbo do Serviço de Inspeção: coxão, lombo, ponta de agulha (entre costela e parte traseira, região do vazio, antes de chegar ao membro pélvico) e paleta - posições corretas para se carimbar o Única linha que pode ser feita por um magarefe, pois se a meia carcaça chegou até ela, está liberada o Uma meia carcaça recebe 4 carimbos, portanto um animal inteiro recebe 8 o Existe um modelo de tamanho correto para esse carimbo para cada tipo de carcaça das espécies, além de também mudarem de acordo com o peso →DIF: Departamento de Inspeção Final Finalidade: recepção das carcaças, órgãos e vísceras para serem minuciosamente examinados pelo M.V. inspetor para dar destinoadequado a determinadas situações Exame: completa revisão dos exames praticados nas linhas de inspeção →MER (Materiais Especificados de Risco): só existe no abate de ruminantes (para ocorrência de Encefalopatia Espongiforme Bovina – BSE, conhecida como Doença da Vaca Louca e a Scrapie, de ovinos e caprinos), sendo obrigatório em qualquer abatedouro-frigorífico sob qualquer um dos Serviços de Inspeção, mesmo sendo uma legislação do MAPA RIISPOA - Art.124: é obrigatória a remoção, a segregação e a inutilização (não pode ser destinado a nenhum consumo, tanto humano como animal) dos MER para encefalopatias espongiformes transmissíveis de todos os ruminantes destinados ao abate Parágrafo 3º: é vedado o uso dos MER para alimentação humana ou animal, sob qualquer forma (não vai para graxaria, pois nela são produzidos produtos comestíveis por animais, então no frigorífico é obrigado a ter um incinerador, diferente do de necropsia, sendo exclusivo para o MER) o Esse serviço era permitido ser terceirizado antigamente pelo MAPA, mas as indústrias não estavam cumprindo com isso e hoje em dia não é mais permitido o Antes ele também podia ser jogado em uma caldeira (é necessária em toda indústria para gerar calor) Feito pelos magarefes, que são identificados por capacetes azuis, pois podem tocar apenas no MER Bovinos e bubalinos: tonsilas, parte final do íleo (últimos 70cm, onde há placas de Peyer), encéfalo, olhos e medula espinhal – sendo que para animais acima de 30 meses de idade todos os 5 são válidos, para animais abaixo de 30 meses apenas tonsilas e parte final do íleo são validos (isso porque os príons de BSE têm predileção por estes lugares e, à medida que ficam mais velhos vão se espalhando para outras partes do corpo) As encefalopatias espongiformes têm predileção pelo tecido nervoso (encéfalo), sendo que a separação deve ser feita tentando preservar alguma parte para que a indústria possa aproveitar Caprino e ovinos: tonsilas, íleo completo, encéfalo, olhos e medula espinhal – sendo que para animais acima de 12 meses os 5 são válidos e para animais abaixo de 12 meses apenas tonsilas e íleo são validos Bovinos: Portaria SDA 651/2022 – fala sobre procedimentos de vigilância e mitigação de risco de EEB/BSE para os estabelecimentos de abate bovinos o Coleta de amostras e envio para laboratório oficial de bovinos com alterações comportamentais ou neurológicas compatíveis com EEB/BSE o Vísceras e carcaças provenientes desses animais devem ser inutilizadas (incineração ou autoclavagem) o Essas amostras são levadas aos LFDA (Laboratório Federal de Defesa Agropecuária), sob SIF, que são os laboratórios do MAPA o São feitos quando um bovino é identificado na espera do abate com sintomas suspeitos de BSE, ou seja, qualquer sintoma neurológico (esse animal sofre abate de emergência mediato ou abate sanitário) SUÍNOS →Divididas em 8 linhas de inspeção, mas não há cronologia dentária, pois para eles não há MER, além de os suínos não possuírem muita oscilação de idade, já que o lote vem bastante homogêneo (animais em torno de 3-4 meses de idade) →A técnica de inspeção é a mesma, sempre baseada na tríade, observação, palpação e incisão A1: exame da cabeça e nodos linfáticos da papada o Cabeça: exame visual do órgão e cavidade bucal e nasal; incisar sagitalmente os masseteres e pterigoides – oferecer o máximo de superfície à exploração de Cisticercose; incisão longitudinal dos linfonodos parotídeos (ficam abaixo das glândulas parótidas) e glândulas parótidas (tendem a ser ventrais à orelha) o Papada: exame visual; incisão longitudinal dos linfonodos cervicais (mais caudal), retrofaríngeos (atras da faringe) e mandibulares (no assoalho da mandíbula) - é uma região rica em gordura/tecido adiposo, sendo ela comestível, existindo um bacon feito dessa parte A: exame do útero o Visualização e palpação do órgão o Lesões: metrite, maceração ou mumificação fetal o Não é um órgão comestível, sendo destinado à graxaria após a inspeção B: exame do canal alimentar, baço, pâncreas, bexiga urinaria o Exame visual + palpação o Incisar longitudinalmente linfonodos da cadeia mesentérica (mínimo 10) o Condenar os intestinos intensamente parasitados o Condenar o conjunto de vísceras quando tiver sido contaminado por conteúdo GI (evita abrir o intestino para não extravasar conteúdo, exceto quando na palpação for percebido algo muito atípico, sendo abertos na triparia, local diferente) o Canal alimentar é todo comestível e do estômago a renina pode ser retirada para fabricação de queijo, intestinos são usados como tripas de envoltório, assim como a bexiga, baço é comestível, sendo conhecido como passarinha e o pâncreas é mandado diretamente pra a graxaria C: exame do coração e língua o Coração: exame visual da superfície, endocárdio e válvulas + palpação; incisar o saco pericárdico (o coração chega dentro desse saco) – observar possíveis aderências e coloração do liquido pericárdico (deve ser amarelado); incisar longitudinalmente o coração da base do ápice, expondo para exame as cavidades atriais e ventriculares; incisar transversalmente ambos os ventrículos; lesão importante: Cisticercose o Língua: exame visual + palpação; incisão obrigatória longitudinal profundo na face ventral mediana – pesquisa de Cisticercose e Sarcosporidiose (protozoário Sarcocystis spp.; suíno = HI e homem = HD) D: exame do fígado e pulmões o Pulmão: exame visual + palpação; incisão longitudinal dos linfonodos pulmonares, traqueobrônquicos e mediastinais; incisar pulmões à altura da base dos brônquios – exploração da luz bronquial e verificar o estado da mucosa; condenar pulmões que contenham lesões locais = bronco – pneumonia (principal lesão pela forma de criação confinados), enfisema, aspiração de sangue e água e congestão, além de parasitas Metastrongylus o Fígado: exame visual + palpação; incisar transversalmente e comprimir ductos biliares; incisar linfonodos hepáticos, portas e periportais (ficam na parte ventral do fígado); examinar a vesícula biliar e parênquima hepático E: exame da carcaça o Estará dividida em 2 meias carcaças, sendo o mesmo agente de inspeção para examinar as duas o Exame visual das porções interna e externa das meias carcaças (coloração e aspecto) o Verificar: contaminações, contusões, abscessos, hemorragias, edemas (área pequena = retirar com margem de segurança e liberar a carcaça; lesão intensa = desviar a cracaça para o DIF) o Incisão dos linfonodos inguinal superior e ilíacos anterior e posterior fazendo cortes na musculatura, pois eles estão mais profundos, porem isso acaba prejudicando a musculatura pois não poderá mais comercializar o corte inteiro – deve-se preservar ao máximo essas carcaças, pois é onde está a carne (ex: linfonodo ilíaco fica próximo ao corte do file mignon e se o agente não tiver pratica para acha-lo não consegue fazer essa preservação) F: exame dos rins o Inicialmente, liberar os rins da gordura peri-renal e da cápsula, sem desprende-los da cracaça o Retira-los da carcaça, examinando-os (coloração, aspecto, volume e consistência) – são sempre retirados com as demais vísceras o Condenar os rins cujas causas e rejeição não determinem a apreensão da carcaça (congestão, cistos urinários, nefrite, infarto, estefanurose) G: exame do cérebro o Diferente dos bovinos, pois eles são MER e para os suínos é comestível sendo rico em gordura e bem palatável por conta da bainha de mielina e a insensibilização é feita com choque elétrico ficando ele totalmente preservado (para bovinos é feitacom pistola que não é possível distinguir estruturas o Inspecionado somente se a indústria optar por comercializar o cérebro para consumo humano (miolo) o Comercio in natura ou para fabricação de derivados o Pode optar por mandar para a graxaria, não necessitando fazer essa linha, mas geralmente reaproveitam e é comercializado →IN 79/2018 MAPA: nova metodologia de inspeção a ser adotada no abate de suínos Diferente da metodologia tradicional, as incisões de linfonodos não são feitas, pois quando é, há favorecimento da disseminação de Salmonella, pois os suínos são autóctones para ela e, a partir do momento em que se faz incisão, a faca fica contaminada, podendo contaminar todo o resto da carne (não significa que não são inspecionados, apenas não é feita a incisão caso estejam dentro dos parâmetros, o que acelera o procedimento da inspeção) Incisões para cisticercose (coração, cabeça e língua) também não são mais feitas, pois a doença não será encontrada Só de não fazer as incisões de linfonodos e de cisticercose, o processo já é bastante acelerado, mas para adotar essa metodologia as industrias devem ter controle das boas práticas de produção/agropecuária e da qualidade da matéria prima (por isso muitas não aderem, pois funciona como uma parceria entre Serviço de Inspeção e indústria) FLUXOGRAMA DE ABATE DE BOVINOS Currais de chegada e seleção – os animais chegam e a indústria seleciona quais animais vão para cada curral Currais de matança – currais mais próximos à sala de abate, sendo os primeiros animais que chegam colocados neles, pois serão os primeiros a serem abatidos. Nesse local é feita a inspeção ante mortem, além do cumprimento de jejum e período de descanso. Depois deles pode ser feita uma lavagem dos animais com mangueira de certa pressão, não podendo ser usadas maquinas de alta pressão (não é obrigatória, apenas se os animais estiverem muito sujos, para diminuir essas sujidades) OBS: currais de matança e de chegada são iguais, a única diferença é a localização deles Rampa de acesso à matança - local que conecta o curral com a sala de abate, cabendo em torno de 20 animais (são colocados aos poucos), sendo que nela há chuveiros, cujo banho será obrigatório Chuveiro - banho coletivo (acima e laterais), sendo este banho obrigatório para a retirada de sujidades maiores como fezes e lama, diminuição de estresse e a água usada é em Tº ambiente, forçando uma vasoconstrição periférica direcionando o sangue para os grandes vasos (a causa mortis do animal é choque hipovolêmico e o sangue precisa sair, favorecendo esse choque mais rapidamente). Além disso a literatura diz que esse banho ajuda a diminuir a contaminação microbiana (na verdade essa água é hiperclorada, ou seja, tem alta [ ] de Cl - em torno de 3 ppm de Cl - para 1l de água, faz-se então 1ppm = 1mg/kg; 1kg = 1l de água, sendo assim é colocado 3mg de Cl/litro de água para que o Cloro funcione como sanitizante, diminuindo a infestação microbiana) Seringa – corredor construído para caber o bovino sem que ele vire, ficando de costas para os currais de chegada e matança e de frente para a sala de abate (até ela é área externa – uma vez nela o animal não pode mais voltar, sendo encaminhados direto ao abate) Box de atordoamento/insensibilização - a seringa se comunica através de uma porta do tipo guilhotina Possui uma porta por onde o animal entra e outra por onde ele sai Insensibilização - animal é insensibilizado, mas não deve mata-lo, pois o sangue não sairá nesse momento, ficando retido na musculatura e vísceras interferindo na cor, textura, sabor e prazo de validade, pois haverá maior proliferação de bactérias (se morrer na insensibilização deve obrigatoriamente fazer sangria e quando feita não sairá sangue como deveria, ficando ele retido). É feita através de uma pistola pneumática/pistola de dardo cativo que funciona com ar comprimido, estando presa no teto da sala de abate e o magarefe encosta a pistola na parte frontal da cabeça do bovino, sendo que dentro dela há um dardo que percorre 360m/s, então irá penetrar perfurando o lobo frontal do cérebro do bovino e ele imediatamente cai (se errar o local correto o animal não cai, sendo que o certo 1 tiro, por questões de bem-estar animal, caso erre ele estará estressado e sentindo dor – quanto mais tiros, pior é para o controle de qualidade) A posição correta é feita traçando uma cruz da base de inserção da orelha e onde se cruzam é feito o tiro 60 segundos - tempo máximo para fazer a sangria, senão o sangue começa a coagular por conta da baixa pressão arterial, o que faz com que diminua a circulação sanguínea (esse tempo é mais importante quando a insensibilização é reversível, mesmo este sendo irreversível não se deve passa-lo desse tempo pois ela pode causar sua morte) Área de vômito - pendura do animal, assim chamada pois ele regurgita, já que o tiro atinge o centro do vômito no cérebro, sendo o animal preso por um dos pés no trilho Sangria (mínimo de 3min para eliminar o máximo de sangue desse animal) – o sangue que toca o chão da sangria não pode ser comestível pelo homem. Faz-se o corte das artérias carótida e jugular de ambos os lados (o bovino tem barbela e couro muito duros e, por isso, não é possível ser feito o movimento de degola, portanto, o magarefe perfura com a ponta da faca de um lado e do outro). Enquanto o animal está sangrando passa por cima do equipamento chamado calha de sangria que recolhe o sangue desse animal e o encaminha por tubulação até a graxaria. 50% da volemia sai pela sangria, ou seja, 17 litros, o que representa 3% do peso corporal desse animal (se o animal pesa 500kg, 17kg são perdidos nessa etapa) É importante que nessa etapa seja feito um rodizio entre os funcionários para melhor qualidade de vida e trabalho Estimulação elétrica – feita somente após a morte do animal, sendo esta uma etapa opcional. Realizada através de eletrodos colocados na carcaça que dão pequenos choques, favorecendo maior eliminação de sangue e o processo de conversão do músculo em carne (demora 24h nos animais de carne vermelha), além de evitar um defeito chamado encurtamento pelo frio, no qual a carne fica mais dura Serragem dos chifres e retirada dos mocotós dianteiros (onde é feita a linha A - pés) e quem os retira é o magarefe e a inspeção é feita pelo Agente de Inspeção Essa etapa não ocorre em todos os animais (animais mochos não tem chifres!) Início da esfola – é inicialmente manual, sendo esta a etapa mais demorada (o magarefe passa a faca entre a musculatura e couro e depois, para o final com um equipamento, pois o couro fica muito duro – o couro é preso em uma corrente/gancho e há uma roldana puxando para a corrente fazer força e puxar esse couro da parte final) A distância do teto até o chão de uma sala de abate pode chegar a até 6m, sendo que o trilho está preso no teto, portanto há magarefes trabalhando em plataformas em varias alturas, para atingirem todas as partes Esfola da região da cabeça e lateral da carcaça (importante fazer a oclusão do reto, colocando- se um saco plástico ao redor do ânus e amarra-lo para que não haja extravasamento de conteúdo GI e contaminar a carcaça) Oclusão do reto - é colocado um saco plástico ao seu redor e ele é amarrado com um barbante ou fita, etapa importante para que não haja extravasamento de conteúdo GI e contaminação da cracaça Remoção da glândula mamária (linha A1 – úbere) – etapa que só ocorre em fêmeas e a glândula é ofertada ao Agente de Inspeção para fazer a inspeção do úbere Esfola da região abdominal da cracaça Transpasse e retirada dosmocotós traseiros – a partir dele o animal não está mais preso pelos pés, sendo agora preso pelos 2 jarretes Esfola da região do dianteiro Roletamento do couro – parte final feita de forma mecânica Serra de peito – motosserra pequena que faz a serragem do esterno, pois ele não consegue ser aberto na faca Limite entre área suja e área limpa – não é um limite físico. É estabelecido, pios a área suja é um local com bastante contaminação, portanto, a partir do momento em que se vai abrir o animal, deve estar em área limpa Funcionários da área suja não podem ir para a área limpa e se os da área limpa vão até a suja, devem ir embora, não sendo permitido o retorno Uma visita ao abatedouro frigorifico deve começar pela área limpa e depois ir seguindo para área suja, currais, etc. Desarticulação da cabeça – é feita oclusão do esôfago com clip plástico para que não haja extravasamento de conteúdo, separação do esôfago e da traqueia. Nesta etapa ocorre a numeração das cabeças e asa do atlas Retirada da cabeça (linhas B e C – cabeça e língua, cronologia) – a cabeça é pendurada, ou pode ser inspecionada em cima de uma mesa e o mesmo Agente de Inspeção faz a inspeção dessas duas linhas Abertura da cavidade abdominal – feita pela região ventral pois pode comprometer a qualidade Evisceração genital – feita no sentido caudal cranial (inguinal, genital até abdominal, com a própria ação da gravidade), manualmente e por um magarefe bem treinado para que não haja ruptura de órgãos e extravasamento de conteúdo GI Retirada das vísceras abdominais (linhas D e E – TGI e fígado) Linha G feita caso os rins tenham sido retirados da carcaça Retirada das vísceras torácicas (linha F – pulmões e coração) OBS: ao fazer a evisceração, um único órgão pode permanecer na carcaça sendo ele o rim e as vísceras são colocadas na mesa de evisceração (esteira rolante com bandejas fixas, pela qual os Agentes de Inspeção realizam a inspeção e essa mesa é rolante, portanto, a carcaça continua seu caminho enquanto ocorre essa inspeção) Serragem da carcaça – em 2 meias (semi/ hemi cracaças) feita por uma serra presa em cabo de aço no teto Linhas G, H e I (toalete – rins e meias carcaças) – linha G apenas se os rins ficaram nas carcaças Linha G feita apenas se os rins ficaram aderidos a essa cracaça Carimbagem das meias cracaças (linha J – carimbagem) feita em 4 posições em cada meia carcaça, sendo elas paleta, coxão, lombo e ponta de agulha Toalete (limpeza) final das meias cracaças - de gorduras, espiculas ósseas, linfonodos Chuveiro de carcaça – lavagem final com água hiperclorada em Tº ambiente para retirada do sangue Pesagem das meias cracaças, pois o produtor recebe pela pesagem e a indústria precisa fazer o cálculo do rendimento de carcaça Câmara fria – estocagem por pelo menos 24h para conversão do musculo em carne OBS: o MER é retirado na cabeça (cérebro, olho e tonsilas) carcaça (medula espinhal - retirada depois da serragem da carcaça) e íleo (é o único MER que pode ser retirado na mesa de evisceração nas linhas D e E, mas para retira-lo deve-se abrir o intestino, por isso pode ser retirado na triparia, para onde o intestino vai depois - é o único). O pó do incinerador vai geralmente para o tratamento de efluentes para FLUXOGRAMA DE ABATE DE SUÍNOS Pocilgas de chegada e seleção - vão para a pocilga de sequestro caso haja alguma alteração Pocilgas de matança – ficam mais perto da sala de abate. Nesse local é feita a inspeção ante mortem, além do cumprimento de jejum e período de descanso. Caso haja detecção de alguma alteração os animais vão para a pocilga de sequestro para um exame mais detalhado OBS: ambas as pocilgas são cobertas, pois os suínos queimam com o sol (são mais sensíveis) Rampa de acesso à matança – nela há um chuveiro para o banho coletivo com água em Tº ambiente e hiperclorada para diminuir o estresse dos animais e fazer vasoconstrição periférica, além de diminuir sujidades e, segundo autores, para diminuir contaminação OBS: para os suínos esse banho é ainda mais interessante para que entrem na sala de abate molhados, já que a insensibilização é feita com choque elétrico e ajuda a conduzi-lo pelo corpo do animal Seringa - corredor construído para caber o suíno sem que ele vire, ficando de costas para as pocilgas de chegada e matança e de frente para a sala de abate Insensibilização – ao entrarem na sala de abate esta é a 1ª etapa, sendo que para suínos existem 3 técnicas: choque elétrico/eletronarcose, eletrocussão (mais usado hoje me dia), câmara de CO2 – os 2 primeiros ocorrem através de choque elétrico, mas na eletronarcose são apenas 2 choques por um equipamento em formato de W invertido colocado atras da orelha do animal (conduz o choque laterolateral) e na eletrocussão são 3 pontos, com os mesmos pontos da eletronarcose + um ponto próximo a base do coração, causando fibrilação cardíaca e a insensibilização é mais eficiente Existe voltagem (+/-300v), amperagem (1,5 amperes) e tempo adequado (2-4 segundos) – devendo eles serem regulados de acordo com o peso dos animais (peso médio, pois não tem como pesar todos) OBS: a de CO2, se deixar um tempo maior, acaba sendo irreversível 15 segundos - insensibilização no suíno é reversível, devendo haver um tempo muito curto entre a insensibilização e a sangria Sangria - pode ser feita com o animal pendurado, mas o que a maioria das indústrias fazem é em uma mesa de sangria rolante, que dura 3min (saindo dela tem um chuveiro que retira o sangue que está em contato com a pele do animal e ele cai num tanque de escaldagem) Escaldagem – feita em um tanque com água quente (em torno de 55-60ºC), onde os suínos ficam mergulhados durante 3-5min Esse binômio de Tº da água e tempo pode variar de acordo com a indústria (quanto maior a Tº, menor o tempo) Depilação – feita na depiladeira que trepida e vai retirando as cerdas dos suínos através do atrito OBS: suínos não possuem pelos, mas sim cerdas, por isso são feitas etapas de escaldagem e depilação Flambagem – o suíno vai pendurado no trilho em um tunem de flambagem para queimar as cerdas que ainda ficaram após a depilação Após ela costuma ainda ficar a toalete de depilação, o qual o Agente ainda retira cerdas que restaram Chuveiro – banho com agia hiperclorada para a retirada das cerdas queimadas Limite entre área suja e área limpa – não é obrigatório, mas costuma ter uma parede com um óculo só para passar a carcaça pelo trilho, separando as áreas para diminuir riscos de contaminação Abertura da papada - desarticulação da cabeça (linhas A1 e G- cabeça, papada e cérebro), não sendo esta uma etapa obrigatória e oclusão do reto com um equipamento que coloca ao redor do ânus e ele o torce, fazendo-o colabar Abertura da cavidade abdominal e torácica – feita pela região ventral, não sendo necessário a serra de peito, podendo se feita com a faca para abrir o esterno Evisceração – vísceras vão para a mesa de evisceração para inspeção (linhas A, B, C e D – útero, TGI, coração e língua, fígado e pulmão) A inspeção dos rins pode estar aqui, caso tenham sido retirados da cracaça Serragem da cracaça - em duas meias cracaças Linhas E e F – inspeção de carcaças e rins É feita a inspeção dos rins caso tenham ficado aderidos na cracaça Carimbagem das meias carcaças – feita nos pontos da paleta, pernil, lombo e barriga Toalete final das meias carcaças – onde se retiram as gorduras penduradas e linfonodos que vão até a graxaria Lavagem das meias cracaças – feita com água em Tº ambiente e hipercloradapara retirada do sangue Pesagem das meias carcaças – produtores de suínos não recebem pelo peso da carcaça, mas sim pelo PV, mas a indústria pesa para fazer o rendimento de carcaça Câmara fria – também chamada de câmara de maturação, para estocagem por, pelo menos, 24h para conversão do músculo em carne Fabricação de derivados, desossa ou expedição das carcaças OBS: se a indústria não fizer a desarticulação da cabeça a parte de abertura da papada passa para após a serragem da carcaça, pois nesse momento a cabeça é também serrada junto. Apenas a oclusão do reto continua onde estava
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