trabalho doença de New castle

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ANA PAULA MATOS DA SILVA – 2023223066 
DAYENE CRISTINA DE AGUIAR – 2023223102 
 
 
 
 
INFLUENZA AVIÁRIA E DOENÇA DE NEWCASTLE 
 
 
 
 
 
 
 
 
RIO DE JANEIRO 
2023 
Introdução 
 
A indústria avícola desempenha um papel vital no fornecimento global de alimentos, oferecendo 
uma fonte crucial de proteína animal. Entretanto, o setor enfrenta desafios significativos devido à 
presença de doenças como a Doença de Newcastle (ND) e a Influenza Aviária. Essas enfermidades 
representam uma ameaça real para a saúde das aves e a segurança alimentar, levando a 
consequências econômicas e impactos na saúde pública. Em resposta a esses riscos, o Programa de 
Sanidade Nacional Avícola surge como uma estratégia essencial para mitigar a propagação dessas 
doenças, protegendo a sustentabilidade da indústria e a saúde das populações avícolas e humanas. 
Aprofundaremos a seguir em cada uma dessas doenças, explorando sua natureza, formas de 
transmissão e as medidas propostas pelo programa para controlá-las e prevenir surtos. 
 
Doença de Newcastle (ND) 
Definição, Transmissão e Manifestações Clínicas 
A Doença de Newcastle (ND), também conhecida como Pneumovirose Aviária, é uma enfermidade 
viral aguda e altamente contagiosa que afeta aves tanto silvestres quanto comerciais. Causada pelo 
vírus da Doença de Newcastle, pertencente à Família Paramyxoviridae, essa doença se manifesta 
por meio de sinais respiratórios, frequentemente seguidos por manifestações nervosas, diarreia e 
edema da cabeça. Existem dois principais sorotipos do vírus: Paramixovírus aviário sorotipo 1 
(APMV-1) e Pigeon Paramixovírus sorotipo 1 (PPMV-1), este último afetando principalmente 
pombos. 
 
Manifestações Clínicas e Lesões: 
A ND pode apresentar diferentes graus de severidade, variando desde infecções subclínicas até 
doenças fatais com alta mortalidade. A manifestação clínica varia de acordo com a patogenicidade 
da amostra do vírus e seu patótipo. Por exemplo, cepas velogênicas podem causar doença severa e 
fatal em galinhas, levando a sintomas como morte súbita, apatia, inapetência, sinais respiratórios, 
cianose, diarreia esverdeada, queda na postura e anomalias nos ovos. 
Outro patótipo é o neurotrópico velogênico, que apresenta sinais respiratórios, inchaço da cabeça e 
face, fraqueza e sintomas nervosos como torcicolo, paralisia das pernas e tremores musculares. A 
mortalidade pode chegar a 100% das aves não vacinadas, com lesões que incluem edema na cabeça 
e região periorbital, congestão e hemorragias na mucosa traqueal e faríngea, membranas diftéricas 
na orofaringe e outros sinais característicos. 
 
Transmissão: 
A transmissão da ND é altamente contagiosa e ocorre principalmente por contato direto entre aves. 
A transmissão aerossólica e através de secreções respiratórias são as vias principais, juntamente 
com secreções oculares e fezes de aves infectadas (via fecal-oral). Além disso, a transmissão 
indireta pode ocorrer por meio de água, alimentos, fômites, trânsito de pessoas, equipamentos e 
outros objetos contaminados. É importante notar que aves vacinadas podem ser portadoras 
inaparentes e fontes de infecção para outras aves. 
 
Espécies Suscetíveis e Reservatórios: 
Diferentes espécies são suscetíveis a diferentes patótipos do vírus. Galinhas são particularmente 
suscetíveis a cepas velogênicas, enquanto perus são mais resistentes. Aves silvestres geralmente 
apresentam cepas lentogênicas. No caso do PPMV-1, os hospedeiros naturais são os columbiformes, 
mas também pode afetar aves domésticas e silvestres. 
 
Período de Incubação: 
O período de incubação varia conforme o patótipo do vírus. Para APMV-1, pode variar até 21 dias, 
com cepas velogênicas apresentando um período mais curto. Já para PPMV-1, o período de 
incubação pode ser de até 4 semanas. 
 
 
 
 
 
 
 
Conclusão 
 
Em síntese, as doenças de Newcastle e Influenza Aviária representam desafios persistentes para a 
indústria avícola e a saúde pública. O Programa de Sanidade Nacional Avícola emerge como uma 
ferramenta estratégica ao estabelecer diretrizes e estratégias abrangentes para o controle, prevenção 
e monitoramento dessas enfermidades. Através do isolamento de aves doentes, vacinação, medidas 
de biossegurança e conscientização pública, é possível proteger a indústria avícola e a saúde 
humana. Com esforços coordenados, podemos assegurar a saúde das aves, a segurança alimentar e a 
proteção da saúde pública.