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INSPEÇÃO DE CARNES – P1 INGRID ALVES AZARIAS NORMAS RIISPOA Podem ter Serviço de Inspeção Federal (SIF), Estadual (SIE) ou Municipal (SIM). O SIF é o único que tem permissão para exportar produtos de origem animal. SUASA: é o sistema unificado de atenção à sanidade agropecuária o SISBI: sistema brasileiro de produtos de origem animal dá competência para os estabelecimentos federais, estaduais e municipais comercializarem produtos de origem animal em todo o território nacional São classificados em estabelecimentos de: o Carnes e derivados: abatedouro frigorífico (único que pode realizar o abate) e unidade de beneficiamento de carne e produtos cárneos o Armazenagem: entreposto de produtos de origem animal e casa atacadista (açougues e fiambrerias) seguem legislações do estado e município o Produtos não comestíveis: unidades de beneficiamento de produtos não comestíveis De acordo com a utilidade: o Carne de açougue: massas musculares e todos os tecidos que acompanham, incluindo ou não ossos; são sempre consideradas aptas para consumo humano o Matéria-prima: carnes e miúdos utilizados para produção de produtos cárneos, sendo sempre livres de gordura, aponeuroses, linfonodos, glândulas, vesícula biliar, saco pericárdico, papilas, cartilagens, ossos, grandes vasos, tendões e demais tecidos que não são considerados aptos para consumo humano. o Miúdos: órgãos e partes de animais que são julgados aptos para o consumo humano pela inspeção veterinária oficial Ruminantes: encéfalo, língua, coração, rins, fígado, rúmen, retículo, omaso, rabo e mocotós 1. CARNES E DERIVADOS 1.1. ABATEDOURO FRIGORÍFICO Destinado ao abate dos animais, recepção da matéria prima (produtos de abate), manipulação e acondicionamento, rotulagem, armazenagem e expedição dos produtos oriundos do abate. Deve ser dotado de frio industrial. 1.2. UNIDADES DE BENEFICIAMENTO Destinado à recepção, manipulação, acondicionamento, rotulagem, armazenagem e expedição de carne e produtos cárneos que pode realizar a industrialização de produtos comestíveis. Ex: fabricam gelatina e produtos colagênicos. 1.3. UNIDADES DE ARMAZENAGEM Destinados exclusivamente à recepção, armazenagem e expedição de produtos de origem animal comestíveis que necessitem ou não do emprego do frio industrial. ESTABELECIMENTOS DE CARNES E DERIVADOS 1. INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS Gerais: Estruturas externas: devem estar localizadas em locais distantes de fontes de mau cheiro, potenciais contaminantes. A área do estabelecimento deve ser suficiente para circulação pessoal e de veículos, com possibilidade de fluxo de transporte. Tem que ser um local delimitado e com área suficiente para construções industriais. As vias devem ser pavimentadas e com bom estado de conservação e limpeza externa. Estruturas prediais: devem ser compatíveis com a finalidade do estabelecimento. As dependências de produtos comestíveis devem ser separadas das áreas destinadas aos produtos não comestíveis. Devem ter instalações para o armazenamento de ingredientes (aditivos), local para embalagem, rotulagem, materiais de higienização, produtos químicos, materiais utilizados para controle de pragas. - As paredes dessas instalações devem ser revestidas e/ou possuir impermeabilização para facilitação da higienização desses locais. - Altura do pé direito adequada para as instalações atendendo às condições higiênico-sanitárias. - Todas as dependências devem ter forro, onde tiver o preparo e manipulação de matéria-prima para produtos comestíveis. - O piso deve ser impermeabilizável com material resistente que favoreça a higienização desses locais. Deve possuir ralos nos locais de coleção de resíduos para facilitar o escoamento de líquidos residuais e que seja de fácil higienização. - As barreiras sanitárias dotadas de equipamentos e utensílios específicos para esse acesso, como por exemplo os locais para higienização das botas, das mãos como as pias. Sendo estas barreiras dotadas de material para limpeza individual. - Deve possuir janelas e portas protegidas para evitar a entrada de vetores/pragas e acúmulo de sujidades. Entrada de luz natural ou artificial para facilitar a visualização de todas as atividades do fluxograma, assim como a ventilação em todas as dependências para que se tenha uma boa circulação de ar em todos os locais. Dentro da estrutura predial deve ter uma dependência para que ocorra a higienização dos recipientes utilizados, tanto nos transportes das matérias-primas quanto dos produtos. Equipamentos: Devem ser constituídos de superfícies resistentes a corrosão. Devem ser fáceis de manipular e para higienização desses equipamentos e utensílios. o Devem ser de material atóxico e que também não permitam o acúmulo de resíduos. o Os equipamentos que necessitam para calibragem, aferição ou precisão são importantes sua higienização e disponibilidade. o É importante saber que todos os equipamentos e utensílios que são para produtos não comestíveis devem ser exclusivos para essa atividade e serem identificados na cor vermelha. Água e esgoto: a rede de abastecimento dessas instalações deve ter volume suficiente para atender todas as necessidades dessas atividades. O ideal é ter estação de tratamento de água. o A água potável deve estar disponível em todas as áreas da produção industrial. Já a água que não for potável deve ter uma rede diferenciada e identificada pois, isso pode oferecer risco aos produtos, como fonte de contaminação. o Deve-se ter água fria e quente nas dependências que vão manipular esses produtos com identificação nas torneiras e fontes. o Em termos de esgoto, como qualquer instalação predial, deve ser projetada permitindo uma higienização dos pontos de coleta de resíduos, ter equipamentos destinados a prevenir a contaminação de áreas industriais. Então, essa rede de esgoto deve ser ampla para que se faça toda a coleta de resíduos que não possam ser reaproveitados. Vestiário e refeitório: Deve disponibilizar um local apropriado para o número de funcionários que a empresa possui. Deve-se ter um local adequado para as refeições desses funcionários, que trabalham em turnos. Serviço de inspeção: Dentro da área administrativa deve-se ter esse serviço com vestiário e instalação adequada para esse fim. Dependendo do estado ou município, esse sistema de serviço pode ser realizado em rodízio periódico, de acordo com a normativa pertencente ao estado ou município. Frio industrial e gelo: as instalações devem ter frio com controle de temperatura, sejam ela para o resfriamento ou congelamento, dependendo do tipo de armazenagem ou produto. Deve-se ter gelo nesses estabelecimentos que pode ser por fabricação própria ou adquirido, sendo que esta aquisição deve ser de forma permanente pois, muitas vezes tem atividades que o gelo é crucial. Laboratórios: deverão ser equipados de acordo com o tipo de técnica que forem ser empregadas, dotadas de seus equipamentos e utensílios próprios. Dentro dessas condições gerais podem ter locais de produção de vapor, ar condicionado, ar filtrado, pressão para os diferentes compartimentos desse estabelecimento. Sendo de forma geral condições gerais como prevê o artigo 42. Relacionado com os animais: o Deve-se ter atenção primordial ao bem-estar animal. Local de recepção e acomodação dos animais no pré-abate, possuir instalações e equipamentos adequados em relação ao bem-estar animal. o Ter um local adequado para realização de isolamento de animais doentes ou suspeitos de alguma enfermidade. Local para desinfecção e higiene dos veículos que transportam os animais, pois após o descarregamento dos animais esses veículos devem ser higienizados e desinfetados antes da saída do estabelecimento para as vias públicas. No caso dos estabelecimentos que abaterem mais de uma espécie, as instalaçõese os equipamentos desse local devem cumprir as exigências técnicas para cada espécie que o local for abater. Não podendo interferir no fluxo operacional do estabelecimento e para os animais. HIGIENE INDUSTRIAL E PROGRAMAS DE AUTO-CONTROLE Higiene industrial 1. Higienização: procedimento composto por limpeza e sanitização. Limpeza: Remoção física de resíduos orgânicos, inorgânicos ou de outro material indesejável das superfícies das instalações, dos equipamentos e dos utensílios. Sanitização: Aplicação de métodos químicos ou agentes físicos nas superfícies das instalações, dos equipamentos e dos utensílios, posteriormente aos procedimentos de limpeza que visa assegurar um nível de higiene microbiologicamente aceitável. Esse procedimento deve ser realizado constantemente ao longo do dia (antes, durante e depois). Artigo 12: A inspeção e a fiscalização industrial e sanitária de produtos de origem animal abrangem, entre outros, os seguintes procedimentos: 1. Verificação das condições higiênico-sanitária das instalações, dos equipamentos e do funcionamento dos estabelecimentos; 2. Verificação da prática de higiene e dos hábitos higiênicos dos manipuladores de alimentos; 3. Verificação dos programas de autocontrole dos estabelecimentos. Art. 53: Responsáveis pelo estabelecimento assegurar a higiene nas etapas de fabricação POA. Art. 54: As instalações, os equipamentos e os utensílios dos estabelecimentos devem ser mantidos em condições de higiene antes, durante e após a realização das atividades industriais. Rotina = Programa de higienização. Os PAC (programas de autocontrole) devem incluir: o Bem-estar animal (quando aplicável); o 1. BPF (Boas Práticas de Fabricação); o 2. PPHO (Procedimentos Padrão de Higiene Operacional); o 3. APPCC (Análise dos Perigos e Pontos Críticos de Controle) 1. Boas Práticas de Fabricação (BPF) Boas Práticas de Fabricação: condições e procedimentos higiênico sanitários e operacionais sistematizados, aplicados em todo fluxo de produção, com o objetivo de garantir a inocuidade, a identidade, a qualidade e a integridade dos produtos de origem animal. As facas devem ser mergulhadas nos esterilizadores de facas. (> 82° C). Contrar empresa para fazer o controle de pragas. Funcionários devem ter carteira de saúde e passar por uma revisão de saúde. Estabelecimento de procedimentos operacionais padronizados (POPs) (complementam as boas práticas de fabricação) Higienização de mãos e calçados, barreira sanitária 2. Procedimentos Padrão de Higiene Operacional (PPHO) Procedimentos descritos, desenvolvidos, implantados, monitorados e verificados pelo estabelecimento com o objetivo de evitar a contaminação direta ou cruzada do produto, preservando sua qualidade e integridade por meio da higiene antes, durante e depois das operações. Pré-operacional: limpeza e sanitização de instalações, equipamentos e instrumentos; frequência de execução; substâncias detergentes e sanitizantes utilizados; monitoramento e frequência; formulários de registro de monitoramento; medidas corretivas a serem aplicadas Operacional: descrição da obtenção, transformação e estocagem dos produtos, identificação de eventuais perigos (microbiológicos, físicos ou químicos); definição de limites aceitáveis para os perigos; medidas de controle; monitoramento; formulário de registro de monitoramento Métodos mais utilizados para monitoramento: organolépticos (cor, textura, cheiro), químicos (ex: nível de cloro da água) ou microbiológicos 3. Análise dos Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC) É um sistema internacional que identifica, avalia e controle perigos que são significativos para a inocuidade dos POA. Tem como objetivos: Elaborar matéria-prima sem riscos à saúde pública Diminuir perdas Cumprir padrões de identidade e qualidade Atender a legislação nacional e internacional Estabelecer competitividade com o mercado internacional Existem alguns princípios desse sistema: P1: análise dos perigos e medidas preventivas: perigos microbiológicos, químicos e/ou físicos estabelecimento de medidas preventivas P2: identificação dos PCCs: medida de controle tomada para manter um perigo sob controle Pontos de controle: etapas que afetam a segurança do alimento (mas esses são controlados pelas boas práticas e pelos procedimentos de higiene operacional) P3: estabelecimento dos limites críticos: valores máximos e mínimos aceitáveis, qualitativos e quantitativos (temperatura, tempo, dimensões, etc) P4: procedimentos de monitoramento: o que? Como? Quando? Quem?; detecção de erros e monitoramento de limites críticos P5: ações corretivas: execução rápida, se o produto não tiver como ser corrigido descarte da matéria-prima, recalibramento de equipamentos, reprocessamento P6: procedimentos de verificação: avaliação técnico-científica, validação do plano, processos de revalidação, análises de rotina, relatórios P7: procedimentos de registro: planilhas de controle TRANSFORMAÇÃO DO MÚSCULO EM CARNE As modificações bioquímicas e estruturais do músculo dependem da funcionalidade, fatores ante mortem, do processo de abate (tempo de sangria – circulação sanguínea, oxigênio e nutrientes, anaerobiose muscular) e do armazenamento da carne. 1. Fatores ante mortem Espécie animal: genética, reatividade, idade do animal e sexo; Ambiente: a campo ou confinado, instalações, estrutura do abatedouro; Nutrição: condições de conformação, aptidão, ganho de peso, disponibilidade de alimento e água; Sanidade: ausência de doenças, diminuição de lesões; Manejo e nível de estresse pré-abate Insensibilização: processo em si, seja mecânica ou elétrica. Tipo de músculo e reserva de energia 2. Processos de abate e armazenamento Estimulação elétrica: melhora a sangria, antecipa as fases do Rigor mortis, acelera a queda do pH, melhora a maciez e minimiza o encurtamento da fibra muscular pelo frio Uso do frio: minimiza a proliferação de microrganismos, retarda a atividade enzimática (proteólise), evita o encurtamento da fibra muscular pelo frio (fase ideal de ser feita: no Rigor mortis com temperatura ideal entre 15 e 20°C) o Deve ser feito com o isolamento da carne e ambiente (para evitar queimadura pelo frio e exsudação) Maturação: processo enzimático natural, relaxamento da actomiosina, confere sabor, aroma e amaciamento a carne, ocorre elevação do pH, ocorre perda de água e de peso e pode ser úmida ou seca INSPEÇÃO ANTE MORTEM E ABATE HUMANITÁRIO É realizada nos currais de chegada e seleção e nos currais de matança Matança de emergência mediata: animais podem aguardar o abate o Estão separados por condições de saúde, como por exemplo por doenças infectocontagiosas, porém não sentem dor ou sofrimento (por isso, não precisam ser abatidos imediatamente) Matança de emergência imediata: animais fraturados ou que foram feridos no estabelecimento amenizar/acabar com o sofrimento Abate Humanitário Operações realizadas com o mínimo de excitação e desconforto desde o momento do embarque dos animais na propriedade até a sangria Proibido o uso de instrumentos que agridam a integridade física dos animais ou provoque aflições Construções, instalações e equipamentos devem poupar os animais Separar animais que possuam o risco de se ferirem mutuamente A falta de bem-estar animal em momentos de carregamento, transporte, jejum, dieta hídrica afetam a qualidade da carne. Algumas lesões localizadas como edema e hematomas podem ocorrer em decorrência de batidas dos animais no caminhão ou em objetos pontiagudos e essas lesões devem ser retiradas da carcaça. Outras podem ser mais graves, como animais que caem durante o transporte e que ficam caídos no caminhão, sendopisoteados e podendo causar condenação de carcaça 1° Momento – Na propriedade Bem-estar animal: colaboradores, outros animais e estrututras (mangueiras e embarcador) Manejo tranquilo e calmo, para que não gere receio de os animais irem até as mangueiras na hora do embarque Proibido: maus tratos + elementos pontiagudos; deve-se ter cuidado com as instalações 2° Momento – Embarque Caminhão tem que encostar no piso do embarcadouro para que o animal não corra o risco de se lesionar o Embarcadouro ideal: paredes sólidas que encostem perfeitamente no caminhão, piso com material antiderrapante e o piso das mangueiras deve ser de pedra Densidade de 500kg/m2 para que os animais não se apertem e se batam, e nem que sobre espaço a ponto de eles caírem durante o transporte Dependendo da distância entre propriedade e abatedouro, parar o caminhão a cada 2 horas para verificar se há algum animal caído. Se tiver, tem que levantar 3° Momento – No estabelecimento Conduzir os animais de forma adequada: desembarque mangueiras e currais período de jejum e dieta hídrica condução das mangueiras até o box de insensibilização momento da insensibilização 4° Momento – Desembarque O transporte da propriedade até o frigorífico é de responsabilidade do estabelecimento: qualquer tipo de alteração e mal-estar em algum animal é prejuízo do estabelecimento Caminhão deve encostar no desembarcadouro Rampas com declive de 25°, piso antiderrapante e paredes sólidas para diminuir a distração dos animais (não é obrigatório) Caminhão é higienizado e desinfetado dentro do estabelecimento, no “local de lavagem de veículos” – pulverização com água clorada e solução de soda a 5% se algum animal com doença infectocontagiosa tiver sido transportado veículo recebe atestado sanitário de higienização e aptidão para carregar um novo lote 5° Momento – Currais, Mangueiras e Anexos Animais são conduzidos até os currais de espera, onde entram em jejum e dieta hídrica Currais: onde ocorre a inspeção ante mortem, após isso os animais vão para os currais de matança aguardando o momento de serem encaminhados ao box de insensibilização (nem todos os estabelecimentos tem uma divisão visível entre esses tipos de currais, somente nos SIF é obrigatória essa divisão) o Currais de observação (exclusivo para o Serviço de Inspeção): para onde os animais que não estão aptos à matança e que não podem permanecer junto com todos os outros animais do lote são destinados o Exigências: cantos arredondados (NÃO PODE SER DE MADEIRA), declives de 2% em direção aos ralos, bebedouros com capacidade de ingestão para 20% da quantidade máxima de animais permitidas no cural, água potável trocada diariamente o Área por animal de 2,5m2: a capacidade máxima de matança de um estabelecimento é ditada pela quantidade de animais que se pode receber, quantidade de carcaças que se pode refrigerar e pela capacidade de tratar resíduos o Iluminação: 5W/m2 o Cobertura e aspersores não são obrigatórios o Cercas: entre os currais e entre o curral e o corredor de acesso à sala de abate, tem que ter pelo menos 2 metros de altura e o animal não pode conseguir colocar a cabeça; tem que ser de ferro galvanizado o Corredores: 2 metros de altura e piso antiderrapante Distância entre currais e indústria: SIF 80m e SIE (RS) 10m 5.1. Primeira Inspeção Ante mortem Somente médicos veterinários podem realizá-la Avaliação visual que ocorre o mais próximo possível da chegada dos animais (frigorífico recebe todos os animais que serão abatidos no dia seguinte chama o MV inspeção ante mortem) o Condições físicas e de saúde dos animais em estação e em movimento o Animais saudáveis autorização para iniciar o jejum e dieta hídrica Avaliação da documentação: Guia de Trânsito Animal (obrigatório para todos os animais) que tem o número de animais, o sexo e a idade Avaliação da condição das mangueiras, que devem estar sempre limpas aguardando o recebimento de um novo lote Jejum e dieta hídrica: deve durar no mínimo 6 horas e no máximo 24 horas para bovinos o Baseado no tempo de transporte desde a propriedade até o estabelecimento o É necessário para que os animais recuperem o glicogênio muscular e para diminuir a contaminação na sala de abate (esvaziamento do TGI) Animais suspeitos de zoonoses ou enfermidades infectocontagiosas ou que apresentem reação inconclusiva ou positiva em testes diagnósticos: ABATE SANITÁRIO o Em um dia específico ou ao final do dia de abate Animais com doenças não contagiosas: permitem o aproveitamento condicional ou implicam em condenação, devem ser abatidos por último ou em instalações específicas (abatedouro sanitário) Fêmeas em estado adiantado de gestação ou sinais de parto recente: (ou sinais de aborto, abate só após 10 dias) podem ser retiradas do abatedouro mas, se forem abatidas, pode-se fazer o aproveitamento integral da carcaça Animais em hiper ou hipotermia: podem ser condenados, porém para que a condenação seja obrigatória primeiro deve-se levar em consideração as condições climáticas, transporte e demais sinais clínicos. Animais mortos ou impossibilitados de locomoção: abate de emergência ou necropsia Morte acidental no estabelecimento: animais devem ser sangrados imediatamente e podem ser destinados ao aproveitamento condicional após exame post mortem, mas nunca para consumo in natura Necropsias devem ser realizadas em local específico, por MV do serviço de inspeção oficial, e os animais e resíduos serão incinerados ou autoclavados: apenas animais mortos no estabelecimento ou no transporte; utensílios de uso exclusivo nesse departamento o MV encaminha o resultado das necropsias para o serviço oficial de saúde animal e material para diagnóstico, quando necessário 5.2. Segunda Inspeção Ante mortem Ocorre 30 minutos antes do abate Revisão da documentação Exame visual dos animais em estação e em movimento Avaliação das mangueiras, da indústria (sala de abate, condições higiênico- sanitárias, PPHO, cloro, temperatura da água dos esterilizadores) Autoriza o início do abate 6° Momento – Corredor de Acesso à Matança Piso antiderrapante Paredes sólidas: é o local e momento mais delicado para os animais, pois em seguida eles entrarão em fila indiana e podem empacar Comprimento 10% da capacidade da sala de matança Rampa com inclinação de no máximo 15% se a sala de abate for acima dos currais Banho de aspersão: sistema tubular de chuveiros por todos os lados que possuem jatos de água clorada (0,5 a 1,5 ppm); os animais param nesse local e ficam ali por 5 minutos o Objetivo: higienizar o couro e acalmar os animais 7° Momento – Seringa Área em que os animais andam em fila indiana para entrarem individualmente no box de insensibilização o Comprimento de 10% da capacidade horária de matança x 1,7m por bovino o Chuveiro na região das jarretes o Choque na altura das jarretes somente quando for entrar no box se sensibilização 8° Momento – Insensibilização Deve ocorrer imediatamente, em no máximo 5 segundos, com apenas 1 tiro só. Mais que 1 já é considerado erro e sai do bem-estar animal Objetivo: proporcionar um estado de insensibilidade enquanto mantém as funções vitais até a sangria Métodos para bovinos o Mecânico Pistola pneumática penetrativa: 1 minuto para sangria (causa concussão, contusão e laceração) Pistola pneumática não-penetrativa: 30 segundos para sangria (causa apenas contusão e concussão) o Pistolas portáteis: cartucho de explosão Utilizadas na área do vômito para realizar uma nova insensibilização quando necessário ou nos currais para abate de emergência imediata Animal insensibilizado rola para a área do vômito pendura pela pata na trilhagem aérea (apenas se ele tiver ossinais de insensibilização que são língua protrusa, cauda caída, ausência de movimentos, ausência de vocalização, olhar vidrado e respiração arrítmica) sangria na canaleta Matança de Emergência Animais com condições precárias de saúde, impossibilitados ou não de chegar nas dependências de abate e os que foram excluídos do abate normal por alguma doença infectocontagiosa ou lesão física. Animais encaminhados ao abate de emergência IMEDIATO podem ser abatidos no abatedouro sanitário (só é obrigatório em SIF) o Em SIE os animais podem ser insensibilizados e abatidos nas próprias mangueiras Abate Sanitário: abate de animais portadores de doenças infectocontagiosas que não podem ser abatidos junto com os animais aptos a matança (fim da linha de abate) Abatedouro Sanitário: local para onde os animais são encaminhados na matança de emergência imediata Carcaças: consideradas impróprias para consumo quando se enquadram nos casos de condenação previstos pelo RIISPOA o De animais de abate de emergência que não forem condenadas podem ter aproveitamento condicional ou serem liberadas (in natura), depende das condições da carcaça o Só podem ser aproveitadas se tiver a possibilidade de passarem por resfriamento imediatamente após o abate FLUXOGRAMA DE ABATE DE BOVINOS Insensibilização Sangria Esfola Desarticulação da Cabeça Evisceração Meia-carcaça Toalete Pesagem e carimbagem Resfriamento e transformação do músculo em carne Sala de desossa Cortes 1. Insensibilização Após sensibilização o bovino rola para a área de vômito onde recebe uma “chuveirada” na região do anus, depois içado por uma pata e colocado em trilhagem aérea 2. Sangria Tempo entre insensibilização e sangria deve ser de no máximo 1 minuto se a insensibilização for feita com pistola perfurativa e 30 segundos (15s é o ideal) se for feita com pistola não perfurativa Técnica brasileira: primeira faca corta na barbela, depois pega-se outra faca no esterilizados e faz o corte dos grandes vasos na base do coração (para não levar contaminação do couro para dentro) Deve durar 3 minutos e nenhuma manipulação deve ser feita nesse intervalo de tempo Estimulação elétrica: 70V por 2 minutos; tem o objetivo de melhorar a eficiência da sangria, pois causa vasoconstrição, e acelerar o rigor mortis 3. Esfola Área suja: serra dos chifres + limpeza da cabeça + esfola Membros traseiros o 1° Transpasse: esfola da pata que está no ar retirada do primeiro mocotó traseiro colocam a pata no gancho trilhagem aérea liberam a pata que estava na corrente o 2° Transpasse: segunda pata recebe a esfola retirada do segundo mocotó trilhagem aérea pelos tendões Cabeça: acontece no chão, onde é feita a retirada dos lábios (apresentados ao serviço de inspeção em SIFs) e orelhas Membros dianteiros: acontece no chão, onde é feita a retirada dos mocotós dianteiros e encaminhamento dos 4 mocotós ao serviço de inspeção 4. Desarticulação da cabeça Área limpa Cabeça fica pendurada na carcaça e ocorre a oclusão e liberação do esôfago através do uso do “saca-rolhas” É feita a correspondência da cabeça com a carcaça para caso haja algum achado durante a inspeção o Marcação feita no côndilo do occiptal e no atlas Cabeça levada para inspeção em trilhagem aérea de cabeças Linha de inspeção B – cabeça e língua 5. Evisceração Funcionário corta a massa muscular no centro do peito e depois entra com uma serra para cortar o osso do peito (deve ser esterilizada entre um bovino e outro) Abertura ventral da carcaça para ocorrer a evisceração o Na 1° bandeja: estômago, intestino, baço, pâncreas, útero e rins o Na 2° bandeja: fígado o Na 3° bandeja: pulmões, traqueia e coração 6. Meias-carcaças Momento em que é retirada a medula espinhal por um funcionário e deixada em uma caixa específica 7. Toalete Corte de tudo o que não deve fazer parte da carcaça (hematomas, contusões, pelos, contaminações É o único PCC dentro da sala de abate 8. Pesagem e Carimbagem Carcaças julgadas em condições de consumo são assinaladas com os carimbos previstos neste Regulamento, por funcionário de Inspeção 9. Resfriamento e Transformação do músculo em carne Temperatura entre 1 e -1°C, umidade de 90%, velocidade de circulação do ar de 1 a 4m/s, meias-carcaças em pares mas sem se tocar, por um período em torno de 24h para baixar o pH (6) Carcaças que não atingirem o pH ideal (6) são enviadas para graxaria 10. Sala de desossa Retira a carne do osso Climatização de 16°C em SIE e 10°C em SIF Pode ocorrer a embalagem primária da carne INSPEÇÃO POST MORTEM DE BOVINOS Realizada pelos agentes de inspeção nas linhas de inspeção. Quando alguma lesão em detectada, a carcaça e o órgão são enviados para o Departamento de Inspeção Final (DIF), para que o inspetor realize o julgamento e dê o destino correto. DIF: espaço isolado dentro da sala de abate, deve ter fácil acesso e acesso ao departamento de sequestro o Deve possuir plataforma elevada para avaliação da carcaça, mesa de inspeção com chuveiro, carrinho de condenados e pia com esterilizador de facas o Marcação das lesões com plaquinhas: vermelha do tipo 2 marca a localização e identificadora numerada do tipo 1 faz a correspondência da carcaça com a cabeça e órgãos Linhas de inspeção o Linha A: mocotós o Linha B: conjunto cabeça + língua o Linha C: cronologia dentária o Linha D: TGI, baço, pâncreas, bexiga e útero o Linha E: fígado o Linha F: pulmão e coração o Linha G: rings o Linha H: parte caudal das carcaças o Linha I: parte cranial das carcaças Técnicas de inspeção post mortem o Exame, observação e apreciação de todos os órgãos e tecidos o Palpação e abertura dos linfonodos correspondentes o Cortes no parênquima quando necessário Linha A (cascos e lábios) Lavar mocotós e lábios sob o chuveiro Exame visual: avaliar superfícies peri-ungueais, espaços interdigitais e lábios Chapa de identificação do tipo 3 Linha B (cabeça-língua) Cabeça o Visualização e palpação o Corte dos masseteres o Corte nos pterigoides o Corte nos linfonodos parotídeos o Glândulas parótidas o Avaliação do foramem Magnum Língua o Visualização e palpação o Corte dos linfonodos retrofaríngeos, sublinguais e atloidiano o Avaliação das tonsilas palatinas e retirada das mesmas Linha C (cronologia dentária) – avaliação facultativa Linha D (TGI, baço, pâncreas, bexiga, útero) Visualização e palpação Corte de linfonodos da cadeia mesentérica QUADRO MARCADOR – papeleta modelo 4 Linha E (fígado) – técnica Visualização e palpação do órgão Cortar e comprimir os ductos biliares Corte dos linfonodos hepáticos e periportais Avaliação visual e palpação da vesícula biliar QUADRO MARCADOR – papeleta modelo 4 Linha F (pulmão e coração) Visualização e palpação Corte dos linfonodos apical, traqueobrônquico, esofagiano, mediastinais Corte longitudinal na traqueia Corte no parênquima pulmonar na base dos brônquios Visualização e palpação do saco pericárdico Retirar coração do saco Visualização e palpação do coração Separar o coração do pulmão cortando os grandes vasos da base Incisar o coração esquerdo da base ao ápice Expor a cavidade átrio-ventricular Incisar o coração direito da base ao ápice Expor a cavidade átrio-ventricular QUADRO MARCADOR – papeleta modelo 4 Linha G (rins) Serra da meia-carcaça Liberar rim da gordura peri-renal e cápsula Visualização e palpação Avaliação das suprarrenais Cortar parênquima (se necessário) QUADRO MARCADOR – papeleta modelo 5 Linha H (exame da parte caudal da carcaça) Avaliação do aspecto geral e estado corporal Coloração das massas musculares, serosas e articulações Superfícies ósseas, massas musculares, cavidade pélvica e peritônio Linfonodos: inguinal (machos) ou retromamário (fêmeas), pré-cural, ilíaco e isquiático Úbere: linfonodo retromamário (pode haver aproveitamento da glândula mamária para fins alimentícios após liberação da carcaça) Linha I (exame da parte cranial) Aspecto geral e estado corporal Coloração Superfícies ósseas e massas musculares Cavidade torácica Ligamento cervical Linfonodo pré-escapular Pleura parietal e diafragma Linha J (carimbagem) As carcaças julgadas em condições de consumo são assinaladas com os carimbos previstos pelo serviço de inspeção JULGAMENTO DE CARCAÇAS, ÓRGÃOS E VÍSCERAS Linha B – conjunto cabeça-língua Cisticercose Entende-se por infecção intensa quando são encontrados pelo menos 8 cistos viáveis ou calcificados, sendo eles 4 ou mais em locais de eleição na linha de inspeção (músculos da mastigação, língua, coração, diafragma, esôfago e fígado) e 4 ou mais localizados no quarto dianteiro ou traseiro, mediante incisões múltiplas e profundas CONDENAÇÃO TOTAL. Menos que isso, são infecções leves ou moderadas CONDENAÇÃO DAS PARTES ATINGIDAS. Encaminhamento para o DIF Cistos vivos, calcificados ou substituídos por tecido de granulação Critérios de julgamento: carcaça condenada Infecções leves ou moderadas: deve ser destinada ao tratamento condicional pelo frio ou calor, após remoção das áreas atingidas Actinomicose Carcaças, órgãos e vísceras são encaminhados para o DIF Agente etiológico: Osteomielite nos Actinomyces bovis maxilares inferiores Secreção caseosa ao corte Traumatismo associado ao micro-organismo Granuloma Critérios de julgamento: lesões generalizadas ou localizadas, mas com repercussão na carcaça CONDENAÇÃO TOTAL; lesões localizadas sem comprometimento de linfonodos e outros órgãos CONDENAÇÃO PARCIAL (órgão afetado) e a carcaça é liberada para consumo in natura Actinobacilose Carcaças, órgãos e vísceras são encaminhados para o DIF Agente etiológico: Actinobacillus lignieresii Traumatismo, tecidos moles ou micro-organismo Processo inflamatório com ou sem lesão purulenta Endurecimento da língua Critérios de julgamento: lesões generalizadas ou localizadas, mas com repercussão na carcaça CONDENAÇÃO TOTAL; lesões localizadas sem comprometimento de linfonodos e outros órgãos CONDENAÇÃO PARCIAL (órgão afetado) e a carcaça é liberada para consumo in natura Tuberculose Carcaças, órgãos e vísceras são encaminhados para o DIF Agente etiológico: Mycobacterium bovis ou M. tuberculosis Alvéolo pulmonar e linfonodos satélites Granuloma e tubérculos (lesões de necrose caseosa com presença de cápsula fibrosa) + calcificação Critérios de julgamento: CONDENAÇÃO quando: I - no exame ante mortem o animal esteja febril; II - sejam acompanhadas de caquexia; III - apresentem lesões tuberculósicas nos músculos, nos ossos, nas articulações ou nos linfonodos que drenam a linfa destas partes; IV - apresentem lesões caseosas concomitantes em órgãos ou serosas do tórax e do abdômen; V - apresentem lesões miliares ou perláceas de parênquimas ou serosas; VI - apresentem lesões múltiplas, agudas e ativamente progressivas, identificadas pela inflamação aguda nas proximidades das lesões, necrose de liquefação ou presença de tubérculos jovens; VII - apresentem linfonodos hipertrofiados, edemaciados, com caseificação de aspecto raiado ou estrelado em mais de um local de eleição; VIII - existam lesões caseosas ou calcificadas generalizadas, e sempre que houver evidência de entrada do bacilo na circulação sistêmica. VIV – partes das carcaças se contaminarem com material tuberculoso, por contato acidental de qualquer natureza * São consideradas lesões generalizadas quando além das lesões no aparelho respiratório, digestório e linfonodos correspondentes, são encontrados lesões no baço, rins, útero, ovário, testículos, cápsulas suprarrenais, cérebro e medula espinhal Depois de removidas e condenadas as áreas atingidas, as carcaças podem ser destinadas à esterilização pelo calor quando: o I - os órgãos apresentem lesões caseosas discretas, localizadas ou encapsuladas, limitadas a linfonodos do mesmo órgão; o II - os linfonodos da carcaça ou da cabeça apresentem lesões caseosas discretas, localizadas ou encapsuladas; o III - existam lesões concomitantes em linfonodos e em órgãos pertencentes à mesma cavidade. Linha D – TGI, baço, pâncreas, bexiga e útero (bpbu + tgi) Esofagostomose Carcaças, órgãos e vísceras são encaminhados para o DIF Carcaças e órgãos de animais parasitados por Oesophagostomum sp devem ser condenados quando houver caquexia. Os intestinos ou suas partes que apresentarem nódulos em pequeno número podem ser libeados. Útero Fetos procedentes de abate de fêmeas gestantes devem ser condenados Parto recente ou aborto: aproveitamento condicional Linha E – fígado Hidatidose Condenação da víscera com lesão Equinococcus spp. Carcaças e órgãos que apresentem cisto hidático devem ser condenados quando houver caquexia, órgãos que apresentem lesões periféricas, calcificadas e circunscritas podem ser liberados depois de removidas e condenadas as áreas atingidas Fasciolose Condenação da víscera com lesão Fasciola hepática Carcaças e órgãos parasitados por fascíola hepática devem ser condenados quando houver caquexia ou icterícia. Quando a lesão for circunscrita ou limitada ao fígado, o órgão é condenado e a carcaça pode ser liberada Linha F – pulmão e coração Aderência, contaminações, miocardites, endocardites, pericardites Condenação do órgão Os corações com lesões de miocardite, endocardite e pericardite devem ser condenados. o As carcaças de animais com lesões cardíacas devem ser condenadas ou destinadas ao tratamento pelo calor, sempre que houver repercussão no seu estado geral, a critério do SIF. o As carcaças de animais com lesões cardíacas podem ser liberadas, desde que não tenham sido comprometidas, a critério do SIF. Congestão Carcaças, as partes das carcaças e os órgãos com aspecto repugnante, congestos, com coloração anormal ou com degenerações devem ser condenados. Linha G – rins Congestão, infarto ou isquemia Órgãos devem ser condenados. Cistos urinários, nefrites, uronefroses, pielonefrites Órgãos devem ser condenados, devendo-se ainda verificar se as lesões estão ou não relacionadas a doenças infectocontagiosas ou parasitárias e se causaram alterações na carcaça A carcaça e os rins podem ser liberados para o consumo quando suas lesões não estiverem relacionadas a doenças infectocontagiosas, dependendo da extensão das lesões, depois de removidas e condenadas as áreas atingidas do órgão. Linha H e I – exames de carcaça Icterícia Carcaças e órgãos devem ser condenados Carcaças e órgãos que apresentarem gordura de cor amarela por fatores nutricionais ou características raciais podem ser liberados Contaminações TGI Qualquer tipo de contaminação acidental ou não que venha a acometer áreas extensas da carcaça, partes das carcaças ou órgãos devem ser condenados quando não for possível a remoção completa da área contaminada Se for possível remover completamente a contaminação, podem ser liberados Se não for possível delimitar perfeitamente as áreas contaminadas, deve-se encaminhar para esterilização pelo calor Contusões, hemorragias e edemas Carcaças que apresentarem contusão generalizada ou múltiplas fraturas devem ser condenadas Carcaças que apresentem lesões extensas, sem que tenham sido totalmente comprometidas, devem ser destinadas ao tratamento pelo calor depoisde removidas e condenadas as áreas atingidas Carcaças que apresentem contusão, fratura ou luxação localizada podem ser liberadas depois de removidas e condenadas as áreas atingidas. ATENÇÃO: Abscessos ou lesões supuradas/reações vacinais → Art. 134 (RIISPOA): As carcaças, as partes das carcaças e os órgãos que apresentem abscessos múltiplos ou disseminados com repercussão no estado geral da carcaça devem ser condenadas, observando-se, ainda, o que segue: • I - devem ser condenados carcaças, partes das carcaças ou órgãos que sejam contaminados acidentalmente com material purulento • II - devem ser condenadas as carcaças com alterações gerais como caquexia, anemia ou icterícia decorrentes de processo purulento; • III - devem ser destinadas ao aproveitamento condicional pelo uso do calor as carcaças que apresentem abscessos múltiplos em órgãos ou em partes, sem repercussão no seu estado geral, depois de removidas e condenadas as áreas atingidas; Inspeção de carnes e derivados 52 • IV - podem ser liberadas as carcaças que apresentem abscessos múltiplos em um único órgão ou parte da carcaça, com exceção dos pulmões, sem repercussão nos linfonodos ou no seu estado geral, depois de removidas • e condenadas as áreas atingidas; • V - podem ser liberadas as carcaças que apresentem abscessos localizados, depois de removidos e condenados os órgãos e as áreas atingidas. Úbere Linfonodo retromamário Evitar contaminação do leite Manter a integridade do parênquima Mastite: condenação Carcaças e órgãos que apresentem mastite devem ser condenados se houver comprometimento sistêmico. Carcaças e órgãos de animais que apresentem mastite aguda, sem comprometimento sistêmico, devem ser destinadas à esterilização por calor após retirada e condenada a glândula mamária Carcaças de órgãos de animais que apresentem mastite crônica, sem comprometimento sistêmico, podem ser liberadas após retirada e condenada a glândula mamária Brucelose Carcaças e órgãos de animais com sorologia positiva que estiverem em estado febril ante mortem devem ser condenados, bem como os que apresentarem lesões extensas. Os animais reagentes positivos a testes diagnósticos para brucelose devem ser abatidos separadamente (ABATE SANITÁRIO). Carcaças de bovinos e equinos que apresentem lesão localizada, com ou sem reagente positivo para o teste diagnóstico, podem ser liberadas para consumo in natura, depois de removidas e condenadas as áreas atingidas. Carcaças de animais que forem reagentes positivos no teste diagnóstico, porém sem lesões indicativas, podem ser liberadas para consumo in natura. Tuberculose Animais positivos abate sanitário o Hipertermia e caquexia ante mortem condenação o Presença de lesões generalizadas post mortem condenação o Presença de lesões localizadas e discretas tratamento de calor o Ausência de lesões tratamento de calor
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