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CENTRO UNIVERSITARIO UNIFACVEST CURSO DE PSICOLOGIA 5 FASE DIEGO BRANCO ANTUNES FABRICIO ABREU DOS SANTOS FELIPE BITENCOURT STEFFENS VICTOR ALVES DE BRITO FILHO KATIANE APARECIDA RODRIGUES DE ALMEIDA JEFFERSON MORAES DE LIMA DESAFIO FUNDAMENTOS DAS PSICOLOGIAS FENOMENOLÓGICAS Trabalho apresentado à Disciplina de Fundamentos das psicologias Fenomenológicas, do curso de Graduação em Psicologia do Centro Universitário UNIFACVEST, como parte dos requisitos para obtenção de nota parcial na Disciplina de Fundamentos das psicologias Fenomenológicas... Profª. Igor Boito Teixeira LAGES 2022 1. INTRODUCAO O presente trabalho realizado pelos alunos da 5 fase de psicologia do Centro Universitário UNIFACVEST, tem como objetivo a leitura e análise do livro o velho e o mar do autor Ernest Hemingway, de acordo com o que foi apresentado em aula sobre os fundamentos das psicologias fenomenológicas. 2. REFERENCIAL TEORICO Edmund husseurl (1959 – 1938), filosofo e matemático, foi o principal responsável pelo desenvolvimento de um pensamento filosófico e o método da fenomenologia, em resposta à um período em que a filosofia estava perdendo gradativamente sua importância devido ao grande avanço da ciência nessa época. O método fenomenológico buscava através da epocké (termo que vem do grego que significa suspensão de juízo), buscando essa suspensão de juízo sobre os conhecimentos empíricos, da filosofia e da ciência, alcançando evidências indubitáveis, ou seja, evidências que não fossem possíveis de duvidar. A atitude fenomenológica consiste basicamente em uma reflexão analítica buscando fundamentalmente distinguir o sentido íntimo das coisas em sua forma original. Tal como se mostra à consciência. Buscando através da chamada “redução fenomenológica”, a recuperação das coisas em sua pura significação, Tal como se revelam ou se mostram, enquanto objetos de pensamento na consciência intencional. O ponto de partida seria o que ele chama de “tese de mundo” que se encontra diante de nós, e que nos é revelado por meio da “experiência sensível”, tratando-se do mundo que nos cerca constituído de entes mundanos onde podemos tomar atitudes variadas nos ocupando delas ou não. E segundo Husseurl, a “imanência” se refere ao mundo interior do sujeito, ou seja, a visão e os conceitos de mundo e das coisas segundo as vivências experiênciadas pelo individuo ao longo da vida. E a “transcendência”, seria o que está fora, ou seja o mundo real tal como ele é, e através da suspensão do juízo seria possível retirar o objeto do campo da imanência e alcançar a transcendência. 3. RESUMO DO LIVRO O livro O Velho e o Mar fala do relacionamento de um pescador e o mar, o mar sendo infinito e o pescador diz conhece-lo como a palma de sua mão. Santiago, o velho e um menino que sempre o acompanhava, a qual ele ensinou a pescar e toda sua experiência sobre o mar, o velho e o menino contavam muitas histórias ao longo de suas navegações pelo grande mar e suas pescarias. Porém o velho não estava em uma fase muita boa, estava há mais de 80 dias sem pescar então os pais do menino impediram ele de continuar como ajudante do velho, falavam que ele estava em uma mare de azar, e fazem o menino começar a trabalhar em outras embarcações, porém o menino continua ajudando o seu velho amigo diariamente, levando comida, ajudando a puxar a corda e a embarcação. O velho tinha muitas lembranças de sua juventude, e por muitas vezes compartilhava muito de suas lembranças com o menino, porém, talvez com uma espécie de fuga para suas dificuldades, pois já estava fraco, nas conseguia pescar nada a algum tempo, estava quase comida e as pessoas da vila o zombavam por não conseguir ser mais o grande pescador que era no passado; por muitas vezes o velho parecia ainda estar vivendo no seu passado lendo um jornal velho e falando pro menino sobre um jogo de baseball e dizendo ter uma sopa deliciosa de peixe quando na verdade não tinha, e o menino ficava com pena do velho achando que ele já não estava mais em seu juízo perfeito mas sempre o ajudava e estava por perto do velho como um grande amigo. Em um certo dia, em uma de suas pescarias, o velho consegue pescar um enorme peixe, onde travaram uma luta durante três dias e foram até os limites de suas forças, o velho cansado, ferido e quase sem comida e o peixe preso pelo anzol e as linhas e sem alimento também, e no fim enquanto o velho o trazia para a vila após conseguir imobilizá- lo o peixe acaba sendo devorado por tubarões onde retorna para a vila apenas com a carcaça do grande peixe e completamente sem forças, causando espano e a admiração das pessoas da vila e de seu grande amigo que o fora socorrer. Seus diálogos internos quando está na luta com o peixe e posteriormente com os tubarões traz a reflexão que ele tinha muita visão da realidade, o que no início da história parece que vivia numa fantasia, porém ali se percebe o quanto tinha inúmeros valores, uma boa índole e seu respeito pela natureza e pelo peixe, pois sabia que assim como ele também sentia dor e estava sangrando, o velho nem tinha ideia do tamanho do peixe que havia capturado e não estava fazendo aquilo por diversão e sim por questão de sobrevivência e também como uma prova para si mesmo e para todos da vila que ainda era capaz de ser um grande pescador. Em suas conversas aleatórias com o menino por muitas vezes parece que sua lucidez estava comprometida, mas em alto mar se percebe como ele é lucido lembra de sua juventude e de quanto tinha vigor também e o quanto poderia ser útil naquela situação. Santiago é um homem correto e integro, por isso o menino chora pois ele percebia desde o início o seu grande talento e importância em sua vida, o velho tinha dó até da dor do peixe. Talvez piedade, respeito, compaixão e humanidade são as palavras que pensamos ao terminar a leitura deste livro lindo e ao mesmo tempo tão triste, pois nos faz refletir sobre a nossa vida, nossa trajetória por muitas vezes aparecem problemas enormes como o peixe de Santiago onde lutamos arduamente para tentar vence-los, tanto na vida pessoal quanto na vida profissional. Por muitas vezes somos o peixe que luta incansavelmente por sua vida até suas últimas forças, e por outras somos o velho que mesmo estando totalmente destruído física e emocionalmente ainda se matem firme, buscando realizar nossos sonhos e objetivos e saindo mais forte da batalha e buscando sentido para a nossa vida e reconhecimento por nossas ações. 4. CONCLUSÃO Pudemos observar com a história, seguindo a teoria fenomenológica de Russeurl , que as lembranças do velho e suas experiências de vida o transformaram na pessoa que era, que apesar de ser pescador e precisar matar o peixe para sua sobrevivência, sempre tinha um grande respeito pela vida e pela natureza, ele buscava em suas lembranças e criando uma realidade alternativa ode tudo estava muito bem e trazia em sua memória tudo o que ele gostava afim de fugir um pouco de suas dificuldades, e limitações. O grande peixe para o velho, que era seu objeto de maior desejo naquele momento, era mais do que sua fonte de sobrevivência, pois ele havia pescado outros para se alimentar enquanto lutava para captura-lo. Ele era também a prova de que ele ainda era capaz de ser o grande pescador que fora no passado, um troféu, para ele uma superação de suas limitações da velhice e a admiração do menino que era seu grande e fiel amigo e também das pessoas na vila onde ele morava.
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