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TICs 13 Causas - esclerose lateral amiotrófica


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FAHESP/IESVAP – Medicina. Módulo: SOI V – TICs. PROFª.: Ana Rachel. Aluno: Anderson Guilherme de Lima Soares 
Causas - esclerose lateral amiotrófica 
ENUNCIADO 
Quais as possíveis causas da Esclerose Lateral Amiotrófica? Faça uma resenha a respeito 
DISCUSSÃO 
A esclerose lateral amiotrófica (ELA) é uma doença neurodegenerativa implacavelmente progressiva, atualmente 
incurável, que causa fraqueza muscular, incapacidade e, eventualmente, morte. A ELA é classificada como esporádica 
ou familiar (MASRORI; VAN DAMME, 2020): 
• As formas esporádicas são responsáveis por 90 a 95 por cento dos casos de ELA. 
• Os formulários familiares representam 5 a 10 por cento dos casos. 
Alguns fatores de risco estão associados à ELA, dentre eles (MARAGAKIS; GALVEZ-JIMENEZ, 2018): 
Idade e Sexo Comumente entre 40-60 anos, sendo homens acometidos 2 vezes mais que mulheres. 
Histórico familiar. ELA familiar 
Tabagismo (sem muitas evidências) 
Outros 
Serviço militar, trabalho agrícola, trabalho fabril, trabalho manual pesado, exposição a 
pesticidas, exposição a soldagem ou soldagem, exposição a metais pesados, trabalho na 
indústria de plásticos, uso muscular repetitivo, atletismo, jogar futebol ou futebol profissional, 
trauma, choque elétrico, campos magnéticos de baixa frequência, alopecia de início precoce, 
diminuição da gordura corporal pré-mórbida e diagnóstico de polimiosite. 
Suscetibilidade 
genética na ELA 
esporádica 
Variações em vários genes e loci, como variantes patogênicas nos genes SOD1 , TARDBP , 
C9ORF72 , FUS , ANG , OPTN , SETX e SQSTM1, e outros não associados à ELA familiar, como 
variantes no TBK1 , ATXN2, C21ORF2, ITPR2 , genes NEK1 e TP73 e duplicações no gene SMN1. 
Já a etiologia associada à ELA se divide-se em duas maneiras: genética e exógena. Os fatores genéticos abordam as 
mutações nos genes como DOD1, FUS, ANG, ALS2, SETX. Já os fatores exógenos tratam-se da excitotoxicidade por 
glutamato; neuroinflamação por toxinas, vírus e metais; agregação proteica; stress oxidativo; alterações 
neurovasculares e na função dos astrócitos; disfunção dos neurofilamentos e microtúbulos (ELMAN; MCCLUSKEY, 2022). 
A ELA é caracterizada pela degeneração do neurônio motor e morte com gliose substituindo os neurônios perdidos. 
As células motoras corticais (células piramidais e de Betz) desaparecem, levando à perda axonal retrógrada e gliose 
no trato corticoespinhal. Essa gliose resulta nas alterações bilaterais da substância branca às vezes observadas na 
ressonância magnética (RM) do cérebro de pacientes com ELA. A medula espinhal torna-se atrófica. As raízes ventrais 
tornam-se finas e há perda de grandes fibras mielinizadas nos nervos motores. Os músculos afetados apresentam 
atrofia por desnervação com evidência de reinervação, como agrupamento do tipo de fibra (MASRORI; VAN DAMME, 
2020). 
Achados patológicos adicionais podem incluir uma perda de neurônios corticais frontais ou temporais, 
particularmente na ELA com demência frontotemporal (ALS-FTD). Evidências crescentes de estudos patológicos e 
genéticos levaram à hipótese de que vias moleculares semelhantes estão envolvidas em ambos os distúrbios (ELMAN; 
MCCLUSKEY, 2022). 
REFERÊNCIAS 
ELMAN, Lauren B.; MCCLUSKEY, Leo. Clinical features of amyotrophic lateral sclerosis and other forms of motor neuron 
disease. Up-to-date. 2022. 
MARAGAKIS, Nicholas J.; GALVEZ-JIMENEZ, Nestor. Epidemiology and pathogenesis of amyotrophic lateral sclerosis. 
Uptodate. Eichler AF (ed.), 2018. 
MASRORI, Pegah; VAN DAMME, Philip. Amyotrophic lateral sclerosis: a clinical review. European journal of neurology, v. 27, 
n. 10, p. 1918-1929, 2020.

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