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ED tratamento odontológico respondido

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ – UFPI.
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE- CCS.
DEPARTAMENTO DE BIOFÍSICA E FISIOLOGIA
DISCIPLINA: FISIOLOGIA PARA ODONTOLOGIA
PROFESSORA: ADRIANA MARIA VIANA NUNES
ED: ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO DE PACIENTES ESPECIAIS
Leticia Martins de Abreu
TERESINA- PI
2023
ED: ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO DE PACIENTES ESPECIAIS
1. Qual a importância do cirurgião-dentista realizar a história clínica do paciente? Qual seriam os itens que você como dentista julgaria importante saber para atender bem seu paciente?
O conhecimento da história clínica além de ser uma forma de proporcionar segurança ao odontólogo, também é a certeza de que o tratamento dentário que irá instituir não prejudicará o estado geral de saúde e bem-estar do paciente. É uma maneira de se averiguar se a presença de alguma enfermidade, ou uso de algum medicamento, não irá comprometer o êxito do tratamento que será aplicado. Pode-se, através dela, detectar alguma doença desconhecida ou que esteja em fase de evolução, além de obter um bom relacionamento com o paciente.
Na anamnese é necessário perguntar a pressão arterial, e se sofre de problemas cardíacos, e realizar a medição. Solicitar um hemograma, e perguntar se faz o uso de aspirina ou anticoagulante regularmente, caso positivo, solicitar um coagulograma, junto com a glicemia em jejum e a prova da função reumática.
2. O que é pressão arterial? Como podemos verificar a pressão arterial do paciente? E caso o paciente seja hipertenso quais os procedimentos adequados que o CD deve proceder para ter mais segurança no atendimento.
A pressão arterial é a pressão que o sangue exerce sobre as paredes das artérias. A pressão sistólica trata-se da pressão observada quando o coração se contrai durante a sístole ventricular. Já a pressão diastólica é aquela observada no momento da diástole. A pressão arterial é registrada por dois números, os quais são separados por uma barra (120/80 mmHg). O primeiro número diz respeito à pressão sistólica, enquanto o segundo se refere à pressão diastólica. Valores permanentemente elevados de pressão arterial podem indicar um caso de hipertensão.
Para dar início a aferição da pressão arterial, o paciente deve estar em repouso por no mínimo três minutos e em um local tranquilo e preferencialmente sem ruídos. A pressão arterial pode ser aferida nas posições sentada, em pé e deitada. Nas três posições é necessário que a artéria braquial esteja na altura do coração, para isso, é importante manter o paciente posicionado de forma confortável, com o braço ligeiramente flexionado e apoiado em superfície firme, com a palma da mão voltada para cima. O examinador deve localizar a pulsação da artéria braquial e posicionar o manguito 2 cm acima da fossa cubital. Em seguida, deve se palpar o pulso radial e inflar o manguito até que essas pulsações desapareçam. Após isso, devemos desinsuflar o manguito lentamente, até que o pulso radial seja palpável novamente, neste momento, temos a pressão sistólica indicada no esfigmomanômetro.
Após reconhecer a pressão sistólica através do método palpatório damos seguimento a aferição realizando o método auscultatório. O estetoscópio deve ser colocado sobre a artéria braquial e o manguito insuflado até 30mmHg acima do valor encontrado para a pressão sistólica no método palpatório. Em seguida iniciamos o esvaziamento da câmara, soltando o ar de 2 a 3 mmHg por segundo. À medida que o manguito é desinsuflado, o sangue volta a fluir na artéria que antes estava colabada. Com isso, surgem ruídos que são chamados de Sons de Korotkoff, classificados em 5 fases.A pressão arterial sistólica é determinada pelo aparecimento do primeiro ruído (primeiro som) e a pressão arterial diastólica é determinada pelo desaparecimento dos sons (fase 5).
Uma vez confirmada a hipertensão, o paciente deve ser informado e indicado a procurar um médico, mesmo que esteja fazendo tratamento, pois este pode esta sendo ineficaz. Hipertensão leve não contraindica o atendimento dentário, mas no caso de uma hipertensão moderada ou severa, qualquer procedimento deve ser adiado ate o paciente estar devidamente tratado.
Em pacientes hipertensos moderados é preciso indagar se estão utilizando medicamento anticoagulantes, como ácido acetilsalicílico ou heparina, pois o seu uso continuo pode causar hemorragia de difícil controle. Neste caso deve-se solicitar um coagulograma. Uma vez, constatado o aumento no tempo de coagulação, não se deve administrar medicação anti-hemorrágica, pois ela poderá provoca um acidente de natureza troboembólica. Deve-se também evitar conversar desagradáveis ou que façam alusão as etapas que serão cumpridas, também é necessário que evite que o paciente veja sangue, seringas anestésica e outros instrumentos, pode ser indicado medicação tranquilizante prévia, e deve-se evitar utilizar mais de 2 tubetes de anestésicos com vasoconstritores que são cetecolaminas, como adrenalina e noradrenalina. 
3. Descreva como o CD deve atender pacientes safenados e se tem alguma contra-indicação.
Não há nenhuma contra-indicação para o atendimento de pacientes que se submeteram a revascularização cardíaca, desde de que eles não relatem casos recentes de dor precordial. Diante deste fato os pacientes devem ser muito bem avaliados pelo seu médico antes de serem atendidos pelo cirurgião-dentista. Entretanto, mesmo na ausência destes sintomas os pacientes devem receber os mesmos cuidados dispensados a qualquer hipertenso ou cardiopata. Além disso, as principais preocupações são com o uso de anticoagulantes e com descargas adrenérgicas provocadas pela dor e pelo estresse.
4. O que é Diabetes Melito? Como são classificadas as diabetes? Quais os procedimentos odontológicos no tratamento de diabetes?
O Diabetes de Melito é uma doença de natureza crônica, que resulta de uma perturbação no metabolismo dos carboidratos em virtude de a insulina não exercer adequadamente seus efeitos metabólitos. 
O Diabetes de Melitos infantil, chamado de tipo I, tem uma evolução rápida e está ligada a uma predisposição hereditária. Suas causa podem ser: desenvolvimento de anticorpos, que provocam a destruição das células beta do pâncreas; destruição das células beta por vírus; simples degeneração das células beta.
O Diabetes Melitos do idoso ou tipo II, também é devido a um componente hereditário, e ocorre principalmente em pessoas obesas, já que necessitam de mais insulina para controlar o metabolismo glicêmico. Além desses fatores também podem ser por uso de certos diuréticos, com tiazídicos e furosemida, que inibem a liberação de insulina pelo pâncreas; infecção por aumentar o metabolismo e liberação de catecolaminas, que diminuem a insulina circulante; estresse pelo aumento da liberação de hormônios das glândulas supra-renais, como adrenalina e cortisol; excesso de produção de hormônios hiperglicêmicos como cortisol e hormônio do crescimento; e uso de corticoides que produzem os mesmos efeitos dos hormônios da supra-renal.
Se o paciente informa que é diabético é necessário verificar se esta compensada ou não, solicitando uma glicemia em jejum e uma hemoglobina glicosilada. Caso não esteja compensada encaminhar para o médico. Nos dois casos seguir aferindo a pressão e realizando a ausculta cardíaca, tomar a pulsação antes, durante e depois da anestesia, e procurar não estressar física e psicologicamente o paciente, evitar utilizar anestésicos que tenha adrenalina como vasoconstritor.
Nas cirurgias deve-se solicitar o hemograma completo, o coagulograma, e glicemia em jejum, para se constatar alguma discrasia sanguínea de qualquer natureza. A medicação pós cirúrgica deve ser administrada evitando o uso de antiinflamatórios que seja corticóides.
5. O que é endocardite bacteriana? O CD pode agravar uma Endocardite bacteriana e quais as intervenções necessárias para evitar intercorrências?
A endocardite bacteriana é uma doença infecciosa provocada pela passagem para o sangue de diferentes agente patogênicos, geralmente bactérias provenientes de um foco infeccioso,que se instalam no endocárdio, onde determinam, principalmente, lesões das válvulas cardíacas. Pode ocorrer devido á presença nas válvulas de colônias de estreptococos beta-hemolíticos do tipo A, responsáveis pelo reumatismo infeccioso, e a outros agentes como Streptococus viridans, hospede habitual da cavidade bucofaríngea, o Strptococus bovis, que habita normalmente o tubo digestivo, e o Streptococus aureus, presentes de diversos locais do organismo. Na odontologia a principal causa das endocardites bacterianas são as extrações dentarias com abcesso e os tratamentos endodônticos. Nos pacientes que já são portadores de uma lesão valvular, o desenvolvimento de uma endocardite bacteriana complica o quadro, exigindo uma cirurgia para a troca da válvula lesada. Pode ocorrer também um acidente tromboembólico com grave repercussão para o organismo.
Durante o levantamento da historia clinica do paciente, o cirurgião dentista deve procurar saber se existe lesão de válvula cardíaca. Caso se confirme ou gere duvidas o paciente deve ser encaminhado para um cardiologista. Deve-se realizar a medida de pressão antes e depois do atendimento, caso necessário utilizar tranquilizantes. Deve-se aplicar anestésicos sem catecolaminas com vasocontritor, sempre aferindo o pulso, coso esteja fazendo o uso de anticoagulante solicitar um coagulograma. Haverá necessidade de profilaxia antibiótica antes de alguns procedimentos, principalmente cirurgias.

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