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Farmacologi� da� Antipsicótic� Psicose Um distúrbio psiquiátrico grave, de origem funcional, na qual o paciente irá apresentar ALTERAÇÕES DO COMPORTAMENTO, INCAPACIDADE DE PENSAR COERENTEMENTE E COMPREENDER A REALIDADE. O critério para o diagnóstico de transtorno psicótico: presença de alucinações (erro de percepção) e delírios (falsa crença da realidade). Diferença? Basicamente, a diferença reside no tipo de influência que cada um sofre para que ocorra, pois, enquanto as alucinações são fenômenos internos e criados pela mente, os delírios precisam de algum estímulo externo para surgir. Esquizofrenia Etiologias: - Genética:irmão homozigoto de esquizofrênico tem 50% de chance de ser afetado; - Fatores ambientais: criação por pais esquizofrênicos e traumas e pressões psicológicas (complicações na gravidez e abuso de drogas); - Hipótese da disfunção no neurodesenvolvimento: Exposição fetal ao vírus influenza durante o segundo trimestre; Complicações obstétricas; Baixo peso ao nascimento; Estudos de neuroimagem atrofia cortical no início da doença que se mantém constante. Definição de Esquizofrenia → Definida como um conjunto de sintomas nos quais a pessoa têm a capacidade mental, as respostas afetivas, a capacidade de reconhecer a realidade e comunicar a outros, prejudicados. É definida como uma psicose crônica idiopática, aparentando ser um conjunto de diferentes doenças com sintomas que se assemelham e se sobrepõem; É uma das formas mais importantes de doença psiquiátrica, tendo em vista que afeta pesso as jovens, é uma doença frequentemente crônica e, em geral, altamente incapacitante; A esquizofrenia afeta cerca de 1 % da população; Fatores Genéticos x Ambientais (Gatilho) SEVERO TRANSTORNO DO FUNCIONAMENTO CEREBRAL, ESTEREOTIPO DO “LOUCO”, ESQUIZOFRÊNICO MENOSPREZA A RAZÃO. Os subtipos de Crow (1980), divide a esquizofrenia em: Síndrome Positiva (caracterizada por alucinações e delírios) e Síndrome Negativa (caracteriza por embotamento afetivo e pobreza no discurso); Refletem dois processos patológicos etiológica e prognosticamente distintos, mas que podem coexistir num mesmo indivíduo Ausência de Emoções Em pacientes esquizofrênicos é possível observar o curioso fenômeno de FALTA DE SENTIMENTO. Bases Neuroquímicas da EZ - Sintomas Positivos: Algumas alterações neuroanatômicas podem causar: Alterações na via mesolímbica (a partir da área tegumentada ventral – VTA) até o núcleo accumbens, amígdala e hipocampo – Há aumento da liberação de dopamina e ação em receptores D2 (inibitórios). A via mesolímbica está envolvida na regulação dos comportamentos emocionais e regula os sintomas positivos da psicose. A hiperatividade dessa via é responsável pelos delírios e alucinações - Sintomas Negativos: Alterações na via mesocortical (a partir do VTA até córtex pré-frontal) - Há diminuição da dopamina e sua ação em receptores D1 (excitatórios ). A hipoatividade dessa via é responsável pela apatia e isolamento social - Hipótese Dopaminérgica: Anfetaminas, cocaína e pacientes com Parkinson em tratamento com levodopa observa-se aumento nos níveis de DA no SNC desenvolvem estado esquizofreniforme (sintomas positivos) - Hipótese Glutamatérgica: Antagonistas do receptor NMDA (ex: cetamina) podem gerar sintomas psicóticos positivos e negativos. REDUÇÃO DA FUNÇÃO DOS RECEPTORES NMDA na EZ. Os neurônios glutamatérgicos e gabaérgicos atuam no controle da atividade dopaminérgica mesolímbica e mesocortical. - Sintomas positivos: - Sintomas negativos: Classe de Antipsicóticos TODOS OS ANTIPSICÓTICOS TRATAM OS SINTOMAS POSITIVOS DA DOENÇA PELO BLOQUEIO DOS RECEPTORES DOPAMINÉRGICOS D2 E SÃO CLASSIFICADOS EM GERAÇÕES. Antipsicóticos típicos - Convencionais - 1ª geração: Haloperidol, Clorpromazina; - Mecanismo de ação: Atuam principalmente pelo bloqueio de receptores D2 e com menor afinidade em D1 dopaminérgicos; - Eficácia terapêutica: ao menos 80% dos receptores D2 precisam estar bloqueados. - REDUZEM PRINCIPALMENTE OS SINTOMAS POSITIVOS POR BLOQUEIO DE D2 NA VIA MESOLÍMBICA; - Classes (de acordo com a estrutura química): Fenotiazínicos (alifáticos: clorpromazina, piperazínicos: flufenazina, trifluperaniza, piperidínicos: tioridazina), Butirofenonas (haloperidol) e Tioxantenos (clorprotixeno, tiotixeno); FÁRMACOS COM MAIOR AFINIDADE PELOS RECEPTORES D2, TENDEM A EXIGIR DOSES MENORES PARA CONTROLAR OS SINTOMAS PSICÓTICOS E ALIVIAR A ESQUIZOFRENIA. - Ação NÃO seletiva em receptores: os antipsicóticos de PRIMEIRA GERAÇÃO se distinguem dos de segunda geração (atípicos) pela grande quantidade de efeitos colaterais devido ao bloqueio inespecífico de receptores. - Efeitos colaterais - Eficácia Clínica: Diminuição da população internada em hospitais psiquiátricos nas décadas de 1950 e 1960, 30% são resistentes ao tratamento (polimorfismos), Aumento dos efeitos colaterais (altamente incapacitantes, diminuição da adequação social e diminuição da aderência ao tratamento) e discinesia tardia (dano irreversível). Antipsicóticos atípicos - não convencionais/segunda geração SÃO ANTAGONISTAS MODERADOS DOS RECEPTORES D2 (mais seletivos para a região mesolímbica); → MELHORA DOS SINTOMAS POSITIVOS Possuem ação antagonista nos receptores 5-HT2A (pós-sinápticos) - Olanzapina e Risperidona e alguns agonistas de 5-HT1A (pré-sinápticos): ↓liberação de 5-HT (ex.: Quetiapina) ; Possuem ação antagonista em receptores muscarínicos no nigroestriado (ex.: Olanzapina): melhora dos sintomas extrapiramidais - Efeitos colaterais Farmacocinética Uso Clínico Farmacologí� - Antiparkinsonian� Doença de Parkinson Um distúrbio degenerativo neurológico progressivo do movimento muscular, caracterizado por TREMORES, RIGIDEZ MUSCULAR, BRADICINESIA (lentidão ao iniciar e executar movimentos voluntários) e ANORMALIDADES DE POSTURA e de MARCHA. Pacientes, na maioria dos casos, acima de 65 anos. Etiologia → Desconhecida e está relacionada a uma herança familiar e alguns genes identificados. A doença está relacionada com a degeneração de neurônios dopaminérgicos na substância negra com consequente redução das ações da dopamina no corpo estriado – parte do sistema de gânglios basais que estão envolvidos no controle motor. Principal receptor afetado → D2: inibitório Parkinsonismo Secundário → Fármacos como os fenotiazínicos e o haloperidol (principal ação farmacológica é o bloqueio de receptores da dopamina no cérebro, podem produzir sintomas de parkinsonismo (pseudoparkinsonismo) → FÁRMACOS DEVEM SER USADOS COM CAUTELA EM PACIENTES COM DOENÇA DE PARKINSON. - Fármaco Tipo Mecanismo de Ação Farmacocinética Uso Clínico Efeitos Colaterais Levodopa e Carbidopa ou Benserazida Substituintes da DA Levodopa (precursora da dopamina na substância negra) → atravessa a barreira hematoencefálica de forma ativa para o SNC e é convertido em dopamina. Carbidopa → inibidor da dopamina-descarboxilase, o que diminui a biotransformação da levodopa na periferia. Levodopa precisa ser administrada com a carbidopa → sem esse sinergismo, a levodopa será descarboxilada a dopamina na periferia e resultar em efeitos indesejados (náusea, êmese, arritmias cardíacas e hipotensão). Carbidopa: diminui a dose de levodopa necessária em 4 a 5 vezes e também diminui a gravidade dos efeitos adversos resultantes da dopamina na periferia. Levodopa → meia-vida extremamente curta (1 a 2 horas), causa flutuação nos níveis plasmáticos: efeito “liga-desliga”, faz com que o paciente perde subitamente a mobilidade normal. apresenta tremores, cãibras e imobilidade. Levodopa → ingerida em jejum, 30 min antes das refeições para evitar interferência no transporte. A piridoxina (vitamina B6) aumenta a Melhora tremor, rigidez e bradicinesia pode ser completa Periferia: anorexia, náusea e êmese. Taquicardia e extrassístoles ventriculares → ação da dopamina no coração. Midríase (ação adrenérgica) Saliva e urina: coloração marrom (pigmento melanina produzido pela oxidação da catecolamina). SNC: alucinações visuais e auditivas, movimentosinvoluntários anormais (discinesia), alteração do humor, depressão, psicose e ansiedade. hidrólise periférica da levodopa e diminui sua eficácia. EFEITO DIMINUÍDO Contraindicado a administração de levodopa e IMAO → crise hipertensiva causada pelo aumento da produção de catecolaminas. Antipsicóticos → contraindicados na DP, pois podem bloquear os receptores de dopamina e aumentar os sintomas parkinsonianos. Porém, doses baixas desses medicamentos podem ser utilizadas para tratar sintomas psicóticos induzidos pela levodopa. Selegilina e Rasagilina Inibidores da MAO-B Selegilina/Deprenila → inibe seletivamente MAO do tipo B (metaboliza a dopamina) em dose baixa ou moderada. -NÃO INIBE MAO-A. Ademais, esse medicamento aumenta os níveis de dopamina no cérebro, diminuindo o metabolismo da dopamina Rasagilina é um inibidor irreversível e seletivo da MAO cerebral tipo B. Os fármacos usados na doença de Parkinson têm cinco vezes a potência da selegilina. A selegilina perde sua seletividade em dosagens altas e supra terapêuticas, elevando o risco de hipertensão grave. Caso contrário, não ocorre. A selegilina é biotransformada em metanfetamina e anfetamina. Ao contrário da selegilina, a rasagilina não é biotransformada em anfetamina. NÃO FORMA METABÓLITOS Insônia, cefaleia, desequilíbrio, boca seca, confusão, taquicardia, aumento da PA e ansiedade. Entacapona e Tolcapona Inibidores da catecol-O-metiltr ansferase (COMT) Entacapona e tolcapona inibem a COMT seletiva e reversivelmente. A inibição da COMT por entacapona ou tolcapona reduz a concentração de 3-O-metildopa no plasma, aumenta a captação central de levodopa e eleva as concentrações cerebrais de dopamina. Isso acontece, pois não terá competição com a levodopa pelo transporte ativo no SNC. São amplamente absorvidas pelo TGI, mesmo na presença de alimentos. A tolcapona tem maior tempo de meia vida. Também tem potencial tóxico hepático, com risco de hepatite fulminante. A Entacapona não tem esta toxicidade. Os mesmos observados em pacientes que recebem levodopa + carbidopa, incluindo diarreia, hipotensão postural, náusea, anorexia, discinesias, alucinações e distúrbios do sono. Bromocriptina Agonista do As ações da bromocriptina são Ela deve ser usada com cautela em receptor da dopamina similares às ações da levodopa, exceto que alucinações, confusão, delírio, náusea e hipotensão ortostática são mais comuns, e a discinesia é menos proeminente. Doença psiquiátrica → pode piorar as condições mentais pacientes com anamnese de infarto do miocárdio ou doença vascular periférica. Como a bromocriptina é um derivado do ergot, ela tem potencial de causar fibrose pulmonar e retroperitoneal. Apomorfina, pramipexol, ropinirol e rotigotina Agonistas dopaminérgicos não-ergot Pramipexol e ropinirol são ativos por via oral. Apomorfina e rotigotina estão disponíveis para via injetável e sistemas transdermais, respectivamente. Uso em doença de Parkinson avançada sob tratamento com levodopa. Retardam complicações motoras e geralmente são iniciados antes da levodopa em pacientes que têm doença leve e menos idade no início (pode retardar a necessidade de tratamento com levodopa) Apomorfina é usada no manejo agudo da hipomotilidade o� na doença de Parkinson avançada. Efeitos adversos mais comuns: Náusea, alucinações, insônia, tonturas, constipação e hipotensão ortostática. Discinesias → menos frequentes do que com levodopa Amantadina Aumenta a liberação de DA Antiviral, com ação antiparkinsoniana. Maior liberação de dopamina, bloqueio de receptores colinérgicos e inibição do receptor glutamato tipo N-metil- D-aspartato (NMDA). A amantadina é menos eficaz do que a levodopa e desenvolve tolerância mais facilmente. Contudo, a amantadina tem menos efeitos adversos. Intranquilidade, agitação, confusão e alucinações e, em doses elevadas, pode induzir psicose tóxica aguda. Hipotensão ortostática, retenção urinária, edema periférico e boca seca também podem ocorrer. Benzotropina, Triexifenidil, Prociclidina e Biperideno Fármacos antimuscarínicos O bloqueio da transmissão colinérgica provoca efeitos similares aos do aumento da transmissão dopaminérgica, pois ajuda a corrigir o desequilíbrio na relação entre dopamina e Ach. Tem eficácia semelhante entre si. Menos eficazes do que a levodopa e somente têm papel auxiliar no tratamento antiparkinsoniano. Alterações do humor e provocar xerostomia, constipação e problemas visuais típicos dos bloqueadores muscarínicos. Eles interferem com o peristaltismo no trato gastrintestinal (TGI) e são contraindicados em pacientes com glaucoma, hiperplasia de próstata ou estenose pilórica. Farmacologí� - Anticonvulsiv� � Antiepiléptic� - - Tratamento da epilepsia → propiciar a melhor qualidade de vida possível para o paciente, pelo alcance de um adequado controle de crises, com um mínimo de efeitos adversos, buscando idealmente, uma remissão total das crises. - Anticonvulsivos - Agem no receptor GABA (hiperpolarização) - Agem nos canais de sódio (pré-sináptico); - Agem nos canais canais de cálcio (botões pré-sinápticos). - Barbituricos - Aumenta Cl → Hiperpolariza e causa depressão do SNC; - Primeiro medicamento de escolha dos anticonvulsivantes Fármaco Tipo Mecanismo de Ação Farmacocinética Uso Clínico Efeitos Colaterais Fenobarbital (Gardenal) Anticonvulsivante de primeira geração Facilita a inibição causada pelo GABA, por meio de interação alostérica com os seus receptores pós-sinápticos. Ele aumenta a ativação dos receptores GABA-A Adm VO: 100% de biodisponibilidade (sem efeito de primeira passagem) Metabolismo: 75% hepático e 25% renal. Meia-vida: de 99 ± 18 h. Indutor enzimático: capacidade de induzir Amplo espectro de ação e facilidade de uso, é eficaz em epilepsia focal e As mais comuns são sedação, alteração de comportamento, déficit cognitivo, alteração do humor e alterações do ao aumentar a duração da abertura dos canais iônicos, causando um aumento no influxo de Cl–, que leva a uma hiperpolarização das membranas celulares dos neurônios pós-sinápticos, impedindo, portanto, a transmissão da atividade epiléptica. Mecanismo Adicional: barbitúricos podem ativar diretamente o receptor GABA-A na ausência do GABA, efeito este responsável por sua atividade de sedação. aumento na atividade de enzimas citocromo (CYP) envolvidas com o metabolismo, resultando em aumento do clearance e diminuição de concentração plasmática de vários fármacos antiepilépticos e outros. AUMENTA A ATIVIDADE CATABÓLICA HEPÁTICA Interação relevante: O ácido valpróico inibe tanto a hidroxilação quanto a glucuronidação do fenobarbital, causando redução de seu clearance e aumentando a sua meia-vida de eliminação. Benzodiazepínicos + Barbitúricos: sinergismo epilepsia com crises tônico-clônicas bilaterais. Uso na urgência por via EV. Na manutenção e prevenção de novas crises por VO. tecido conjuntivo. Menos comuns: anemia megaloblástica, osteomalácia, hepatotoxicidade e teratogenicidade. Primidona Antiepiléptico Mesmo mecanismo de ação do fenobarbital (barbitúrico) Derivado do fenobarbital que não tem o grupo carbonil na posição 2 do anel pirimido. Primidona após a metabolização se transforma em fenobarbital Além do fenobarbital, o metabolismo da primidona gera outro metabólito ativo, a feniletilmalonamida, que, similarmente ao fenobarbital, apresenta meia vida de eliminação mais longa que a primidona. Portanto, a eficácia clínica da primidona, mesmo sendo utilizada como monoterapia, envolve três moléculas ativas cuja razão de suas concentrações plasmáticas é variável, dificultando em muito seu monitoramento terapêutico. Após 60 anos de uso, a primidona não é considerada superior ao fenobarbital e seu uso clínico é bastante limitado. Uso restrito, pois não se observou vantagem no seu uso em comparação com o fenobarbital Prescrito quando o paciente possui uma reação muito intensa com o fenobarbital ou pelos efeitos indesejados terem sidos mais fortes. Menor efeito sedativo quando comparado a fenobarbitalFenitoína (ou difenil-hidantoí na) Anticonvulsivante derivado barbitúrico primeira geração Efeito inibitória nos canais de sódio dependentes de voltagem (botão pré-sináptico), ligando-se a estes durante o estado de inativação rápida e reduzindo a frequência da emissão repetida dos potenciais de ação. Bloqueia também canais de cálcio dependentes de voltagem (botão pré-sináptico) → diminui Índice terapêutico estreito e alta variabilidade no clearance e, por essas características, necessita de monitoramento terapêutico. Concentração plasmática: um pequeno aumento de dose pode causar aumentos substanciais em sua concentração. Comportamento não linear da fenitoína dependendo do aumento da dose É um dos fármacos mais prescritos no tratamento de epilepsia (corresponde a aproximadamente 52% das prescrições). Usado na crise do Menos depressão do nível de consciência Efeitos colaterais estão relacionados com a dose administrada e são: nistagmo, ataxia, náuseas, vômitos, hipertrofia gengival, depressão, sonolência, aumento paroxístico exocitose. Diminui a liberação de glutamato após convulsão. Paradoxalmente, não se observa movimentação significativa do potássio através da célula neuronal. (contribui para não ter PA) Fenitoína potencializa a ação do GABA em alguns subtipos de receptores GABA-A. (progressão geométrica) → cuidado com isso, pois pode dar sinais de toxicidade. Ex: 400mg igual a 13 mg/L de concentração plasmática 500mg igual a 30 mg/L de concentração plasmática mal convulsivo Epilepsias focais ou tônico-clônicas bilaterais de crises convulsivas e anemia megaloblástica. Também pode causar reações adversas sem relação com a dose: toxicidade hepática, reações de hipersensibilidade e idiossincrasias. Etossuximida semelhança estrutural com os barbitúricos, mas não é barbitúrico. Bloqueio dos canais de cálcio dependentes de voltagem (membrana pós-sináptica) do tipo T localizados no tálamo (eficaz no tratamento das crises de ausência). Absorção: de 95 a 100% por VO Meia-vida: varia entre 30 e 40h em pacientes pediátricos e entre 30 e 60 h em adultos. Concentração plasmática terapêutica: 40 a 150 microg/ml. Metabolismo: 80% hepático. 20% eliminado pela urina inalterada. Epilepsia de ausência em crianças há mais de 50 anos. Hoje é mais usada como segunda escolha quando o ácido valpróico não tem efeito ou por intolerância. Incomuns,hepatotoxici dade, rashes cutâneos e reações de hipersensibilidade Carbamazepina Primeira geração Estabiliza a forma inativa dos canais de sódio dependentes de voltagem. Inibição da neurotransmissão glutamatérgica, inibindo o aumento de cálcio intracelular induzido pelo NMDA e pela glicina. Sem relação com canais de cálcio voltagem dependentes ou que potenciam a ação do GABA. É quimicamente relacionada com os antidepressivos tricíclicos. Absorção lenta pelo TGI e não sofre influência dos alimentos. Após a biotransformação hepática, tem metabólitos ativos (epóxidos). Inicia-se com doses baixas de 200 a 400 mg/dia para evitar efeitos colaterais. Nível plasmático terapêutico está entre 4 e 12 μg/mℓ. Epilepsia (desde 1963) Convulsões tônico-clônicas bilaterais e crises focais. Efeitos colaterais: (principalmente decorrente dos epóxidos) sonolência, hiponatremia, torpor, diminuição dos reflexos, lentidão cognitiva, tontura, sonolência, náuseas, cefaleia, diplopia, vômitos, fadiga, ataxia, vertigem, tremores e rash cutâneo. Oxcarbazepina Derivado da carbamazepina Inibição dos canais de sódio dependentes de voltagem. (botão pré-sináptico) Reduz a liberação pré-sináptica de glutamato, possivelmente por bloquear as correntes de cálcio. Vantagem: não produz os metabólitos epóxidos do seu precursor responsável por reações adversas e indução das enzimas do CIP 450. Absorção quase 100% por VO com ou sem alimento. Tem a hidroxicarbazepina como As indicações são as mesmas da carbamazepina. A diferença é que a oxcarbazepina pode ter menos efeitos colaterais, O único efeito colateral maior da Ox é a hiponatremia (queda de sódio) metabólito ativo com efeitos terapêuticos. Tempo meia-vida do oxcarbazepina é 2 horas, enquanto seu metabólito é de 9 horas. Tem eliminação renal. A dose diária recomendada em adultos é de 1.200 mg/dia, fracionada em duas tomadas. e quase não tem rash cutâneo. Eslicarbazepina (Acetato de eslicarbazepina) Terceira geração da família das dibenzazepinas. Bloqueio dos canais de sódio dependentes de voltagem por meio do aumento da inativação destes. (botão terminal pos-sinaṕtico) → não tem a propagação do potencial de ação Bloqueia os canais de cálcio tipo T do SNC. (terminal pós-sináptica) Absorção quase 100% por VO. T ½ 24 horas Eliminação renal de metabólitos ativos. Eficácia dose dependente. Fármaco acessório ou como monoterapia em pacientes com epilepsia focal. Eficácia inferior aos seus precursores (carbamazepina e oxcarbazepina). Efeitos colaterais semelhantes porém mais raros e brandos. Pregabalina Estruturalmente similar ao neurotransmissor inibitório GABA. Liga-se à subunidade alfa-2-delta dos canais de cálcio dependentes de voltagem pré-sinápticos, reduzindo o influxo de cálcio. Assim diminuindo a exocitose na fenda. (ação preventiva antiepiléptica e analgésica). MODULAÇÃO DO INFLUXO DE CÁLCIO Importante: Entretanto, a pregabalina não se liga aos receptores GABA-A ou GABA-B. Bastante lipofílico facilitando a passagem pela barreira hematoencefálica. Absorção de 90% via oral. Inicia-se com doses baixas e aumenta progressivamente. Eliminação essencialmente renal. Aplicabilidade mais analgésica do que antiepiléptica. Uso complementar para epilepsias focais e analgésico para dor neuropática. Efeitos colaterais: (brandos) sonolência, tonturas, náuseas, aumento de peso. Nas 2 primeiras semanas de uso. Vigabatrina (ácido gama-vinilbutíri co) Estruturalmente relacionado com o GABA. Inibição irreversível e seletiva da enzima GABA transaminase (GABA-T). Ao inibir a GABA-T ocorre aumento dos níveis de GABA aumentando a disponibilidade para o seu receptor. (A GABA-T fica nas células da glia que reabsorvem o GABA da fenda e o degradam.) Boa absorção e biodisponibilidade VO. Não se liga a proteínas plasmáticas e não sofre metabolização sendo eliminada intacta na urina. T ½ 10 horas em adultos e 6 horas em pediátricos. Entretanto, a duração da ação é bem maior. Fármaco complementar no tratamento de epilepsia focal (diminuição do nível de consciência) complexa refratária com espasmos musculares, Sonolência, tontura, fadiga. Pode ter alteração irreversível do campo visual por aumento do GABA na retina. Não se liga aos receptores GABA epilepsias focais disperceptivas e refratárias, e para o tratamento de espasmos infantis. Em especial Sd. de West (encefalopatia epiléptica refratária com espasmos musculares, convulsões focais reentrantes, hipsarritmia e retardo de desenvolvimento neuropsíquico). Tiagabina Bloqueio seletivo e específico da recaptação do GABA pelos astrócitos e neurônios por meio da inibição do transportador GAT1, resultando no aumento de sua concentração extracelular no cérebro. Absorção adequada por via oral. Liga-se 96% às proteínas plasmáticas. Metabolização pelo CYP3A. Eliminação renal de 25% e fecal em 63%, sendo 2% eliminação intacta. T ½ 7 a 9 horas. Epilepsia focal refratária, epilepsia refratária, epilepsia focal disperceptiva com ou sem evolução para crise tônico-clônica bilateral, (brandos) tontura, astenia, nervosismo, tremor, apenas no início do tratamento. Gabapentina Semelhança estrutural do GABA O mesmo proposto para a pregabalina, ou seja, a inibição dos canais de cálcio dependentes de voltagem pré-sinápticos por meio de sua ligação à subunidade alfa-2-delta. Não se liga aos receptores do GABA. A biodisponibilidade da gabapentina não é proporcional à dose quando administrada VO, ou seja, ela diminui substancialmente quando a dose é aumentada (inversamente proporcional). Quase não se liga a proteínas plasmáticas (3%). Não sofre metabolismo e é eliminada intacta pelaurina. T ½ 5 a 7 horas. Dose é até 900 mg/dia, dose maior>>menor biodisponibilidade. O grande diferencial positivo da gabapentina está na sua ausência de interação farmacocinética com os outros fármacos antiepilépticos. Fármaco acessório para tratamento de epilepsia focal com ou sem evolução para crise tônico-clônica bilateral em adultos e em pacientes pediátricos na faixa etária de 3 a 12 anos. Analgésico para dor neuropática e osteodegenerativ (brandos) sonolência, tontura, ataxia, fadiga e nistagmo. a. Pacientes com epilepsia de origem genética não há efeito. Ácido Valpróico Potencializar a atividade inibitória do GABA por meio de vários mecanismos (inibição da degradação do GABA, inibição da GABA transaminobutirato, aumento da síntese do GABA, atenua a excitação causada pelo NMDA, bloqueia os canais de sódio e de cálcio dependentes de voltagem) T ½ 6 a 9 h. Alta afinidade por proteínas plasmáticas (90%). Metabolizado pelo fígado. Teratogênico. Dose varia de 10 a 60 mg/kg/peso, inicia-se com dose baixa com 3 tomadas ao dia. Desde 1882: ácido valérico como solvente A partir de 1963: ácido valpróico como anticonvulsivante. Primeira linha de fármacos para epilepsia de todas as formas, incluindo crises de ausência infantil e mioclônica juvenil. Hepatotóxico e trombocitopenia Levetiracetam* Liga-se à proteína vesicular sináptica 2A (SV2A) e reduz a liberação de neurotransmissores excitatórios (reduz exocitose). Inibe a liberação de cálcio de estoques intraneuronais. Atividade modulatória nos receptores AMPA do glutamato Importante: não envolve potenciação do GABA ou bloqueio de canais de sódio ou cálcio. Uso VO e EV Boa absorção VO, em 1 h após ingestão já se encontra 100% do fármaco no plasma. Com ou sem alimentos. Pouca ligação a proteínas plasmáticas. Somente 25% do fármaco sofre metabolização por hidroxilação (não-hepático). Eliminação renal. Análogo molecular do piracetam (nootrópico) usado em idosos. Eventos agudos, controle e prevenção de epilepsia focal refratária com ou sem evolução para crises tônico-clônicas bilaterais. Também no mal convulsivo refratário a hidantal. **gestantes Menos efeitos colaterais comparados com o brivaracetam Brivaracetam* Derivado do levetiracetam, (é mais lipofílico) e tem penetração mais rápida no Semelhante ao levetiracetam, apresenta afinidade 10 a 30 vezes maior pelas SV2A que o levetiracetam. Maior potência e eficácia que seu precursor. Dose linear (dose dependente) → maior a dose = maior disponibilidade Absorção quase completa com alimentos gordurosos em 1 a 3 horas após ingestão. T ½ 8 a 10 horas. Alto custo Mesmo uso do Levetiracetam sonolência, tontura, náuseas, fadiga, constipação intestinal. (primeira 4 semanas) sistema nervoso central. Bloquear canais de sódio dependentes de voltagem. Importante: Não tem atividade modulatória nos receptores AMPA do glutamato. Clobazam Benzodiazepínico Aumento da neurotransmissão GABAérgica resultante de sua ligação ao sítio benzodiazepínico dos receptores GABA-A. Absorção VO com ou sem alimentos. [C] máxima plasma em 4 horas. Lipofílico. Metabolismo hepático. Tem metabólitos ativos. T ½ clobazam é de até 42 h. O seu metabolito metil-clobazam é até 82 horas. Epilepsia refratária. Sd Lennox-Gastaut. **gestantes Sedação, sonolência, letargia, lentidão psicomotora, ataxia, fadiga, alterações do sono, irritabilidade e agressividade Lamotrigina Inibidor dos canais de sódio dependentes de voltagem, estabilizando a membrana neuronal e inibindo a liberação de neurotransmissores excitatórios, como o glutamato e o aspartato. Inibidor fraco da diidrofolato redutase (antifolato). Deve-se a teoria de que alguns casos o ácido fólico pode ser gerador de focos epileptogênicos. Absorção de 90% VO. Metabolizada pelo sistema citocromo hepático predominantemente por conjugação com ácido glicurônico, com eliminação renal. T ½ 24 horas. O uso de inibidores enzimáticos como o ácido valpróico reduz o clearance sistêmico da lamotrigina, aumentando a sua T 1/2 para aproximadamente 59 h. Monoterapia para epilepsia focal ou adição para tratamento de epilepsia focal, epilepsia idiopática generalizada com crises tônico-clônicas bilaterais, síndrome de Lennox Gastaut e crises de ausência. **gestantes Rufinamida Inibição de canais de sódio dependentes de voltagem, permanecem inativos por mais tempo. Importante: não se liga aos receptores de acetilcolina, GABA, NMDA, AMPA, cainato, glicina, histamina ou monoaminas. Absorção VO 70%, com alimentos. Nível terapêutico de 8 horas. Metabolização pelo CYP450. T ½ 8 a 12 horas. Clearance: Ác valpróico aumenta rufinamida no plasma. Enquanto que a fenitoína, a primidona, o fenobarbital, a carbamazepina e a vigabatrina diminuem sua concentração no plasma. Síndrome de Lennox-Gastaut (representa 10% das epilepsias em crianças) e, também, em epilepsias focais e crises tônico-clônicas. Sonolência, tontura, cefaleia, fadiga, náuseas e diplopia. Topiramato Inibição dos canais de sódio dependentes de voltagem, do aumento da transmissão GABAérgica e da inibição dos receptores cainatos do Pouco metabolizado (30%). Não afeta a farmacocinética de outros fármacos. Entretanto há diminuição plasmática quando em uso conjunto de fenitoína e Epilepsia refratária em adultos, e crianças. Baixa cognição, tontura, fadiga, náuseas, sonolência e letargia do pensamento. glutamato. carbamazepina. Perampanel Antagonismo não-competitivo dos receptores AMPA (alpha-amino-3-hydroxy-5-methyl- 4-isoxazolepropionic acid) do glutamato localizado nos neurônios pós-sinápticos. Importante: não tem efeito nos receptores NMDA nem nos receptores cainato do glutamato. Absorção total VO, biodisponível em até 2,5 h. T ½ de 2,5. Com ou sem alimento. Ligação a quase 100 % das proteínas plasmáticas e metabolismo hepático. Nível plasmático diminui com fenitoína, carbamazepina e topiramato. Epilepsia tônico-clônica bilateral. (fracos) tontura, sonolência, cefaléia, fadiga e irritabilidade Felbamato Inibição de canais de sódio dependentes de voltagem Potencialização da transmissão GABAérgica Bloquear a subunidade NR12B do receptor NMDA do glutamato Absorção de 70% VO. Alimentos diminuem a biodisponibilidade. T ½ de 23 h. Metabolização hepática e subproduto ativo e hepatotóxico (2-fenilpro-penal). Sintetizado 1950, porém uso com antiepilético a partir de 1980. Epilepsias focais (com ou sem evolução para crises tônicoclônicas bilaterais) em adultos e para a síndrome de Lennox Gastaut. Hipoplasia de medula e insuficiência hepática. Anorexia, cefaléia, náusea, tontura, sonolência e alterações da marcha. Estiripentol Estimulação dos receptores GABA-A. Inibição da desidrogenase láctica (levará à redução das quantidades de piruvato que entrarão no ciclo do ácido tricarboxílico e, consequentemente, à redução dos níveis de ATP. Isso causará, portanto, abertura dos canais K+dep.ATP, resultando em hiperpolarização neuronal.) Absorção quase completa VO com biodisponibilidade em 1 hora. Totalmente ligado a proteínas plasmáticas. Metabolização hepática CYP450. T 1⁄2 4,5 a 13 dependendo da dose. Crises convulsivas refratárias associadas à síndrome de Dravet, com o clobazam e o ácido valpróico. Muito comuns: anorexia, perda de peso, insônia, ataxia e hipotonia. Comuns: neutropenia, alterações de comportamento, hipercinesia, náuseas, vômitos e aumento de gama-GT. Lacosamida Um aminoácido funcionalizado que aumenta seletivamente a inativação lenta do canal de sódio. Absorção VO 100%, Biodisponibilidade em 4 horas. Com ou sem alimentos. T 1⁄2 12 a 16 horas. Metabolização hepática em 40%. Epilepsia focal não controlada com uso de outros fármacos. (fracos) tontura, cefaleia, diplopia, náuseas, vertigem, fadiga, nasofaringite e vômitos. Zonizamida Bloqueia canais de sódio, ligando-se preferencialmente aos canais inativos, produzindo um bloqueio dependente de voltagem e retardando a fase de recuperação. Inibição das correntes de cálcio dos canais do tipo T, suprimindo a ampliação das crises epilépticas.Inibição neuronal por meio da modulação de sistemas de neurotransmissores, como o dopaminérgico, e serotoninérgico e oGABAérgico. Aumenta a função do GABA ao se ligar em sítios alostéricos do receptor do GABA ou por meio de modulação de seu transporte. Absorção VO 100%, Rápida biodisponibilidade com ou sem alimentos. T 1⁄2 63 horas. Metabolização hepática(70%) e renal (30%). Epilepsia focal como monoterapia inicial ou como terapia adjuntiva a outros fármacos antiepilépticos para epilepsia focal em adultos. Perda de peso, perda de apetite, falta de memória, déficit cognitivo, anemia, Canabidiol Não apresenta efeitos psicoativos e tem baixa afinidade pelos receptores canabinóides CB1 e CB2 inibindo de cálcio pré-sináptico e mecanismos desconhecidos. (já o tetraidrocanabinol tem elevado efeito psicoativo) Baixa absorção VO e baixa biodisponibilidade, ligação de 100% com proteínas plasmáticas. Metabolização hepática. Altamente lipofílico. T 1⁄2 24 horas. Inibição de diversas enzimas do citocromo >> alto potencial de interação com outros anticonvulsivantes. Sd de Dravet e Sd Lennox Gastaut Sonolência, diarreia e redução do apetite. Interações farmacocinética entre os anticonvulsivantes Farmacologi� - Antidepressiv� Transtorno de Humor São conjuntos de transtornos que o paciente irá apresentar, podem ser: - Transtornos Depressivos: Transtorno Depressivo Maior✓ Transtorno depressivo persistente (distimia)✓ Transtorno disfórico pré-menstrual✓ Transtorno depressivo induzido por substância/medicamento✓ Transtorno depressivo devido a outra condição médica✓ Transtorno depressivo não especificado - Transtorno Bipolar e Transtornos relacionados:✓ Transtorno bipolar tipo I✓ Transtorno bipolar tipo II✓ Transtorno ciclotímico✓ Transtorno bipolar e transtorno relacionado induzido por substância✓ Transtorno bipolar e transtorno relacionado devido a outra condição médica✓ Transtorno bipolar e transtorno relacionado especificado✓ Transtorno bipolar e outro transtorno relacionado não especificado. Depressão Maior O paciente tem que ter pelo menos 1 episódio de depressão maior, mas a maioria dos pacientes irão apresentar episódios recorrentes. Cicla com um episódio de mania e um episódio depressivo, essa ciclagem nem sempre é rápida. Sintomas da Depressão Pelo menos 1 desses (Humor depressivo e perda da motivação e pelo menos 4 desses (Perda de peso, problemas no sono, agitação ou retardo motor, fadiga física ou mental, sentimento de culpa, disfunção cognitiva e ideia suicida) Sintomas de Mania Pelo menos 1 desses (Humor expansivo ou elevado, humor irritável) e Pelo menos 4 desses (se sente o rei: importância, aumento de energia para atividades como o trabalho, impulsividade, não dorme, concentração ou distração, fala muito e muitas ideias). Circuito de Neurotransmissores Projeções Serotoninérgicas (neurônios serotoninérgicos estão em mais quantidade na Rafi e agem como neurotransmissor e regulador), Noradrenérgicas (locus ceruleus) e Dopaminérgicas (área tegumentar ventral) → Se sobrepõem Depressão O transtorno afetivo é o mais comum, cerca de 300 milhões de pessoas no mundo são acometidas (9 milhões BR). Classificação: Leve à grave; É uma importante causa de incapacidade e morte prematura; Natureza Heterogênea (Eventos estressores, genética) Normalmente associada a outros transtornos. DOENÇA MULTIFATORIAL (o componente ambiental: estressores é muito mais importante/relevante para a modulação dos genes que levam a depressão). A venda de antidepressivos e controladores de humor está aumentando a cada ano. Afeto = expressão do humor Afeto positivo → Panorama de ativação (energia, motivação, autoconfiança etc), a diminuição desse afeto positivo está relacionado com alteração nos circuitos noradrenérgicos e dopaminérgicos. Afeto negativo → Panorama de inativação, o aumento desse afeto negativo está relacionado com alteração nos circuitos noradrenérgicos e serotoninérgico. Fisiopatologia da depressão - Déficit na função ou quantidade das monoaminas (hipótese monoaminérgica: diminuição ou alteração funcional); - Fatores neurotróficos (hipótese neurotrófica: disfunção nos circuitos neuronais); - Fatores neuroendócrinos (relacionado com nível de cortisol elevado) Hipótese Monoaminérgica Proposta em 1965 por Schildkraut, DEPRESSÃO: alterações na quantidade ou função da serotonina, norepinefrina e dopamina nas áreas corticais e límbicas; Maneiras de parar a liberação de neurotransmissores: recaptação, degradação ou ativação de auto receptores no pré-sináptico → diminuem exocitose, pelo fechamento de canais de cálcio. Hipótese Neurotrófica Alteração da neuroplasticidade na depressão (↓expressão do BDNF (fator neurotrófico derivado do cérebro), ↓conexões sinápticas nas áreas corticais, ↓monoaminas, ↑glutamato e cortisol no córtex = apoptose neuronal e Encolhimento do hipocampo, cingulado anterior e córtex pré-frontal). Fatores Neuroendócrinos Atrofia hipocampal e eixo HHSR hiperativo na depressão (excesso de cortisol) Pacientes com depressão grave: ↑cortisol plasmático • ↑CRH no cérebro está associado com ansiedade e déficit cognitivo **Ativação de receptores de monoaminas (aumenta BDNF e regula eixo H-H-A). Fármacos Antidepressivos - Inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS) - Antidepressivos mais frequentemente prescrito: primeira linha para depressão maior e ansiedade ; - Mais vantagens: - Mecanismo de Ação: bloqueio do SERT - Paciente com depressão: SERT com bastante receptores na região somatodendrítica e no botão terminal, baixos níveis de serotonina, com baixos impulsos nervosos no neurônio; - Ações imediata do ISRS: elevação de serotonina mais na região somatodendrítica, estimula - Continuidade do ISRS: infrarregulação dos receptores, com aumento da estimulação do neurônio - Uso Clínico: - Síndrome Serotoninérgica: pode ser fatal, se utilizados com outros fármacos que aumentam serotonina ou na superdosagem, tríade de efeitos - Cognitivos (delírio, coma), Autônomos (hipertensão, taquicardia, diaforese), Somáticos (tremores, mioclonia) → Hipertermia e colapso cardiovascular, que podem levar a morte Fármaco Tipo Mecanismo de Ação Farmacocinética Uso Clínico Efeitos Colaterais Fluoxetina Inibidores seletivos da recaptação de serotonina Antagonista 5HT7 (afinidade moderada) → aumenta o nível de serotonina no córtex pré-frontal Bloqueio do SERT, NET e 5HT2C (aumenta noradrenalina e dopamina no córtex pré-frontal → aumento de energia, diminuição da fadiga, aumenta concentração = efeito ativador) 5HT (5HT2C: héterorreceptor nos neurônios gabaérgicos → inibe a liberação de NOR e DA, pela ativação do neurônio GABAérgico e diminui NOR e DA no cérebro) → O ANTAGONISTA 5HT2c DESINIBE A LIBERAÇÃO de NOR e DA. AUMENTAR SEROTONINA, NORADRENALINA e DOPAMINA no córtex pré-frontal. Efeito energizante e redução de fadiga, havendo também melhora na concentração e na atenção. Efeito antibulimia (estimula neurônio anorexígenos) Depressão maior Ansiedade Transtorno obsessivo-compulsivo Náuseas e Vômito (5HT-3), Ansiedade, Sonolência, Disfunção sexual e Interação e fármacos. Vem pela estimulação do receptor errado de 5-HT ou o mesmo receptor que não está na região cerebral que possui alterações funcionais Síndrome da interrupção: causado pela retirada abrupta do fármaco (tontura, parestesia, cefaleia) Sertralina Inibidores seletivos da recaptação de serotonina Bloqueia SERT Inibe fracamente a recaptação de dopamina (DAT) → melhora energia, motivação e a concentração. (ALTAS DOSES) Se liga aos receptores delta1 Efeito energizante, motivacional e de concentração Depressão maior Ansiedade Transtorno obsessivo-compulsivo Transtorno estresse pós-traumático Transtorno do pânico Paroxetina Inibidores seletivos da recaptação de serotonina Inibe SERT Inibe NET (fraco) Efeito anticolinérgicos (M1) leves → efeito calmante/sedativo Inibição da enzima óxido nítrico sintetase → pode contribuir para a disfunção sexual. Potente inibidor da CYP 2D6 Depressão maiorAnsiedade Transtorno obsessivo-compulsivo Transtorno do pânico Disfunção sexual (estimulação de receptores de serotonina 5HT2 que inibe a enzima de óxido nítrico sintetase) Náuseas e vômitos Citalopram Inibidores seletivos da recaptação de serotonina Bloqueia H1 Consiste em dois enantiômeros, R e S (mistura de 2 moléculas que inibem SERT) O enantiômero R apresenta propriedades anti-histamínicas fracas e é um inibidor fraco da CYP 2D6 (uma das 5 principais isoenzimas que realizam a biotransformação de fármacos = interação medicamentosa) O aumento da dose é limitado, em virtude do potencial de prolongamento do QTc Mais barato que o Escitalopram Depressão maior Ansiedade Transtorno obsessivo-compulsivo Escitalopram Inibidores seletivos da recaptação de serotonina Consiste no enantiômero S do citalopram (inibe SERT) Refinamento (mais recente) Eficácia mais previsível Melhor tolerabilidade Menos interações via CY Depressão maior Ansiedade Transtorno obsessivo-compulsivo Transtorno do pânico Venlafaxina e Desvenlafaxina Inibidores seletivos da recaptação de serotonina e norepinefrina (ISRSN) Em doses maiores os ISRSN também aumentam dopamina no córtex pré-frontal Bloqueia SERT e NET Ven → grupo metil, convertido en desvenlafaxina (pela cyp2D6) Des → hidrogênio (atividade mais pronunciada, potencializa) Sinergismos (efeito antidepressivos) Venlafaxina: ✓ Transtorno depressivo maior ✓ Transtornos de ansiedade (TAG, fobia social, transtorno do pânico) Desvenlafaxina ✓ Transtorno depressivo maior ✓ Dor neuropática e Fibromialgia ✓ Sintomas da pré-menopausa Cefaléia insônia, ansiedade, agitação ↑ PA e da função cardíaca (os efeitos hemodinâmicos não tendem a ser problemáticos na maioria dos pacientes) Boca seca, Tontura, Perda de apetite, Disfunção sexual, Síndrome da interrupção Superdosagem: depressão do SNC, síndrome serotoninérgica, convulsões, arritmias, cardiotoxicidade Duloxetina Bloqueia SERT e NET Eficácia nos sintomas físicos Pode apresentar dolorosos Transtorno depressivo maior TAG Dor neuropática,Fibromialgia, Dores crônicas (dor lombar, osteoartrite) menor incidência de hipertensão e reações de descontinuação mais leves do que a venlafaxina Imipramina Amitriptilina Nortriptilina Clomipramina Antidepressivos tricíclicos (ADTs) A maioria dos ADTs inibe a recaptação de NOR e de 5-HT, com menor efeito sobre a recaptação de dopamina. Todos bloqueiam a recaptação de noradrenalina e serotonina e são antagonistas dos receptores de histamina H1, α1 adrenérgicos e muscarínicos. Também bloqueiam os canais de sódio sensíveis à voltagem. Outros também podem ser antagonistas dos receptores de serotonina 2A e 2C. São perigosos em superdosagem Longa duração, conversão em metabólitos ativos O principais metabólitos dos ADTs possuem considerável atividade farmacológica Depressão maior, em pacientes que não respondem aos ISRSs e IRSNs Depressão com características psicóticas Depressão associada com transtornos de personalidade Dor neuropática, Fibromialgia Síndromes obsessivo-compulsivas Bupropiona Inibidor da recaptação de norepinefrina e dopamina Inibe NET e DAT (menor grau) Ocupação do DAT é lenta e duradoura Usada na depressão maior - monoterapia ou em associação com ISRS/ISRSN Pode ser útil em pacientes com menor tolerabilidade aos efeitos serotoninérgicos dos ISRS Melhora os sintomas de “redução do afeto positivo” Também é utilizada no tratamento da dependência à nicotina Mirtazapina Antagonista dos receptores de monoamina antagonista ⍺2 Antagonismo 5HT2A e 5HT3: além de contribuir para o efeito antidepressivo, também diminui efeitos adversos (disfunção sexual e náuseas) em relação aos ISRSs Antagonismo H1 (aumento de massa corporal e sedação) O antagonismo ⍺2 aumenta a liberação de 5HT e NOR no córtex O antagonismo ⍺2 na rafe estimula a liberação de serotonina no córtex O antagonismo 5HT3 aumenta a liberação de noradrenalina e acetilcolina no córtex Tranilcipromina Moclobemida Inibidores da monoaminoxidase (IMAOs) MAO → degrada monoamina (serotonina, norepinefrina, dopamina, tiramina), ao inibir a MAO, vc inibe a degradação de monoamina. MAO-A e MAO-B Tiramina → reação noradrenérgica, estrutura parecida com a anfetamina, ação simpaticomimética de ação indireta. AUMENTA A LIBERAÇÃO DE NORADRENALINA. Por semelhança estrutural, a tiramina se liga no NET e entra no lugar de NOR, com isso será liberado mais NOR. Moclobemida - seletivo MAO-A (efeitos antidepressivos, mas não antiparkinsonianas) Tranilcipromina - não seletivo Interação com fitoterápicos contendo Hypericum perforatum (erva-de-são joão) Tratar depressão maior, em pacientes que não respondem a outros antidepressivos, e na depressão atípica Não é primeira linha Aumenta tiramina no sangue pela inibição da MAO, o que faz com que tenha um aumento de NOR na fenda → AUMENTO DO EFEITO SIMPÁTICO Crise Hipertensiva fatal (Reação do queijo/ reação noradrenérgica) → Evitar alimentos envelhecidos, pois contém altos níveis de tiramina A crise hipertensina define como PAD > 120 mmHg com os seguintes sintomas: Estimulação central excessiva: Tremores, insônia, agitação, ansiedade Tontura, dor de cabeça Aumento do apetite e ganho de peso acentuado Efeitos antimuscarínicos, embora menos do que os ADTs Agomelatina Antagonistas 5-HT2C Agonista melatoninérgico (MT1 e MT2) → ressincronização do ritmo circadiano → regulação dos genes clocks Indivíduo com depressão possui geralmente um avanço de fase (demora a liberar mais melatonina: demora pra dormir e demora pra acordar) Antagonistas 5-HT2C nos interneurônios gabaérgicos → Aumenta NOR e DO no córtex pré-frontal Regulação dos genes clocks → agomelatina nos núcleos supraquiasmáticos. Vilazodona Agonista parcial 5-HT1A Inibidor recaptação 5-HT Aumento da atividade serotoninérgica. A estimulação dos receptores 5HT1A corticais aumenta a liberação de dopamina Tratamento do transtorno depressivo maior Vortioxetina Inibidor recaptação 5-HT Agonista 5-HT1A Agonista parcial 5-HT1B Antagonista 5-HT3, 5-HT7, 5-HT1D Escetamina Antagonista não seletivo NMDA O bloqueio dos receptores NMDA pode impedir as ações excitatórias do glutamato no interneurônio gabaérgico (o que deixa o outro neurônio desinibido liberando glutamato) Bloqueia sigma 1, net, mj e sert ↑BNDF e mTOR → sinaptogênese no córtex e sistema límbico Na primeira sessão, já é possível sentir os efeitos do medicamento (sinalização por canal iônico) Dispositivo nasal de uso único, uso hospitalar (uso de até 3 dispositivos em uma sessão). Fase de indução (semanas 1-4): duas sessões/semana. Evidência de benefício determina a continuidade do tratamento. Fase de manutenção (semanas 5-8): uma vez/semana. A partir da semana 9: a cada duas semanas. Uso controlado, intrahospital e paciente precisa ser monitorado. Aumento transitório PA (precaução em pacientes com histórico de AVC, IC, doença cardíaca valvar) Sonolência, distúrbios de percepção, sintomas dissociativos, vertigem, redução habilidade motora Potencial de abuso Auvelity® (dextrometorfan o + bupropiona) - FDA 2022 Dextrometorfano → antitussígeno Propriedade de bloqueio do SERT, ação analgésica e no NMDA. Molécula com menor efeito simpatomimético Objetivo do tratamento
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