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1 Formulação Conservativa X Não-Conservativa para Sistemas Hiperbólicos Prof. Diomar Cesar Lobão UFF - Volta Redonda, RJ Nov 2008 2 Índice •Método Não-Conservativo •Método Conservativo •Definição do Problema de Riemann •Método de Diferenças Finitas para Forma Não-conservativa •Métodos de Diferenças Finitas para Forma Conservativa •Teoremas Relacionados aos Métodos Conservativos •Lei Escalar da Conservação •Propriedade Telescópica dos Métodos Conservativos •Formulação de Volumes Finitos com Termo Fonte •Esquema “Upwind” de Godunov •Sistema Linear Hiperbólico •Sistema Não-Linear Hiperbólico •Definição de um Sistema de Equações Hiperbólicas •Condição de Estabilidade •Equação de Burgers •Simulações: Resultados •Referências bibliográficas MotivaMotivaçção: Aplicaão: Aplicaççõesões 3 • Aeroespacial Motivação - Aplicações 4 • Automotiva e Motores – CFD é usada para melhorar o desempenho dos carros e caminhões modernos – Escoamento externo sobre carros, escoamento interno em motores Motivação - Aplicações 5 Motivação - Aplicações • Eletrodomésticos 6 Motivação - Aplicações • Projeto de Barcos 7 Método Não-Conservativo ),( ,0 txQQQQQ xt ==¶+¶ [ ]2/12/11 -++ - D D -= inininni n i QQQx t QQ ),...,,,...,( 1 ~ 2/1 n ri n i n i n kii n QQQQQQ ++-+ = Fluxo Numérico Explícito ),...,,,...,,,...,,,...,( 111 11 1 ~ 2/1 1 + + + + ++ -++-+ + = n si n i n i n ki n ri n i n i n lii n QQQQQQQQQQ Implícito 8 Método Conservativo 0)( =¶+¶ QFQ xt [ ] 22/12/11 2 1 :Sendo , QFFF x t QQ ininni n i =-D D -= -++ ),...,,,...,( ~ 12/1 n ri n i n i n kii n QQQQFF ++-+ = Fluxo Numérico Explícito ),...,,,...,,,...,,,...,( ~ 11 1 11 12/1 + + + + ++ -++-+ = n si n i n i n ki n ri n i n i n lii n QQQQQQQQFF Implícito 9 Definição do Problema de Riemann Considere o sistema 1D de equações diferenciais escrito na lei da conservação da seguinte forma: com t > 0, x Є R, Q(x, t) Є R², e F: R² → R² uma aplicação suave. O mais básico problema de valor inicial do sistema acima é o problema de problema de RiemannRiemann, no qual os dados iniciais são discretos e constante com uma descontinuidade simples em x=0: î í ì > < = 0 para 0 para )0,( xQ xQ xQ R L 0)( =¶+¶ QFQ xt 10 Métodos de Diferenças-Finitas para Forma Não-Conservativa 0=¶+¶ QQQ xt [ ]2/12/11 -++ - D D -= inininni n i QQQx t QQ )( 12 1 2/1 n i n ii QQQ ++ += Esquema FTCS: Forward Time Central Space [ ] [ ] [ ])()( 2 ))()(())()(( 11 12 1 12 1 2/12/1 1 n i n i n i n i n i n i n i n i n i n i i n i nn i n i n i QQQ x t Q QQQQQ x t Q QQQ x t QQ -+ -+ -+ + - D D -= +-+ D D -= - D D -= Equação Linear de Advecção: [ ]nininini qqx t qq 11 1 2 -+ + - D D -= l Sendo; Substituindo na equação: 11 0)( =¶+¶ QFQ xt [ ]2/12/11 -++ - D D -= ininni n i FFx t QQ ))()(( 12 1 2/1 n i n ii QFQFF ++ += Esquema FTCS [ ] [ ] [ ])()( 2 ))()(())()(( 11 12 1 12 1 2/12/1 1 n i n i n i n i n i n i n i n i i n i nn i n i QFQF x t Q QFQFQFQF x t Q FF x t QQ -+ -+ -+ + - D D -= +-+ D D -= - D D -= Equação Linear de Advecção:FTCS [ ]nininini qqx t qq 11 1 2 -+ + - D D -= l Métodos de Diferenças-Finitas para Forma Conservativa Sendo; Substituindo na equação: 12 Métodos de Diferenças-Finitas para Forma Conservativa 0)( =¶+¶ QFQ xt [ ]2/12/11 -++ - D D -= ininni n i FFx t QQ )( 2 1 ))()(( 2 1 112/1 n i n i n i n ii n QQ x t QFQFF + D D -+= +++ Esquema de Lax-Friedrichs -LF Equação Linear de Advecção:LF n i n i n i qqq 12 1 12 11 )1()1( +- + -++= ll 13 Esquema Upwind de Godunov P/ Sistema Linear com Matriz de Coeficientes Constantes A [ ]2/12/11 -++ - D D -= ininni n i FFx t QQ AQQFQFQQAQ xtxt ==¶+¶=¶+¶ )( :sendo ,0)( 0 ),()(2/1 txAQQF in =+ Fluxo Numérico ï þ ï ý ü î í ì >³³ <££ = =¶+¶ ++ ++ + n i n i n i n i n i n i n i n in i xt QQQFQQQ QQQFQQQ QF QFQ 11 11 2/1 se ,)(),max( se ,)(),min( )( 0)( Não-Conservativa Conservativa Esquema upwind de Godunov 1° Ordem 14 Métodos de Diferenças-Finitas para Forma Conservativa 0)( =¶+¶ QFQ xt [ ]2/12/11 -++ - D D -= ininni n i FFx t QQ ï î ï í ì =Þ= =Þ> =Þ< = ++ +++ +++ ++ 2/ )max( )min( ];2/[ 2/11 * 2/12/11 * 2/12/11 2/12/1 * n i n i n i n i i n i n i n i i n i n i n i n i n ii QFQQ FFQQ FFQQ se QQFF Esquema centrado de Godunov 1° Ordem 15 Métodos de Diferenças-Finitas para Forma Conservativa 0)( =¶+¶ QFQ xt [ ]2/12/11 -++ - D D -= ininni n i FFx t QQ ))()(()( 2 1 )( 112/1 2/12/1 n i n i n i n i GodC i GodC ii n QFQF x t QQQ QFF - D D -+= = +++ ++ Esquema centrado de Godunov 2° Ordem 16 Métodos de Diferenças-Finitas para Forma Conservativa 0)( =¶+¶ QFQ xt [ ]2/12/11 -++ - D D -= ininni n i FFx t QQ ))()(( 2 1 )( 2 1 )( 11 2 2/1 2 2/12/1 n i n i n i n i LW i LW ii n QFQF x t QQQ QFF - D D -+= = +++ ++ Esquema de Dois passos de Lax-Wendroff:LW2 [ ] [ ]* 2/1* 2/11*1 2/12/1 * -+ + -+ - D D -= - D D -= ii n i n i n i n ii FF x t QQ FF x t QQ ï î ï í ì 17 Teoremas Relacionados aos Métodos Conservativos Teorema de Lax-Wendroff (1960) Se um método na forma conservativa converge, então ele converge para a solução fraca “weak solution” da lei de conservação. Teorema de Lax-Wendroff e condição de Entropia de Harten (1983) Se o esquema conservativo satisfaz a condição de entropia e converge, então converge para a única solução física satisfazendo a entropia, “weak solution”. Teorema de Hou-LeFloch (1994) Se um método na forma não-conservativa converge, então na presença de uma onda de choque, converge para a solusoluçção erradaão errada. 18 Lei Escalar da Conservação Seja Q=Q(x,t) uma quantidade conservada e o fluxo F=F(Q). Para uma região [a,b]Є R durante um intervalo de tempo [t¹,t²]. A lei lei escalar de conservaescalar de conservaççãoão permite escrever: [ ]ò ò --=- b a t t dttaQFtbQFdxtxQtxQ 2 1 ))],(()),(([),(),( 12 Que representa a forma integral da lei escalar de conservação da quantidade Q. Pelo Teorema Fundamental do Cálculo, pode-se escrever: ò ò ¶ ¶ =- ¶ ¶ =- b a t t dx x F taQFtbQF dt t Q txQtxQ )),(()),(( e ),(),( 2 1 12 Levando isto na equação que define a Lei de Conservação, vem: 19 Lei Escalar da Conservação ou 0 )( )( 2 1 2 1 2 1 =úû ù êë é ¶ ¶ + ¶ ¶ ¶ ¶ -= ¶ ¶ ò ò ò ò ò ò dxdt x QF t Q dxdt x QF dtdx t Q t t b a b a t t t t b a 0 )( = ¶ ¶ + ¶ ¶ x QF t Q Esta é a Forma Conservativa da Lei Escalar de Conservação. SoluSoluçções descontinuas da forma ões descontinuas da forma integral são chamadas de soluintegral são chamadas de soluçções fraca ões fraca ““weakweak solutionssolutions”” da forma diferencial.da forma diferencial. 20 Lei Escalar da Conservação: Forma Conservativa 0 )( = ¶ ¶ + ¶ ¶ x QF t Q Discretizando no espaço e tempo, vem: )( 2 2/12/1 1 n i n i n i n i FFx t QQ -+ + - D D -= Considerando no domínio dois nodos quaisquer M e N Є [a,b] i=N i=N+1/2i=N-1/2i=M-1/2 i=M i=M+1/2 i=M+1 i=M+3/2 ) ( 2 )( 2 2/32/12/12/12/3 2/52/12/32/12/1 1 2/12/1 1 KK +-+-++- +-+- D D -= - D D -= ---++ +++-+ == + = = = -+ + åå å å å n N n N n N n N n M n M n M n M n M n M N Mi n i N Mi n i N Mi N Mi N Mi n i n i n i n i FFFFF FFFFF x t QQ FF x t QQ 21 Lei Escalar da Conservação: Forma Conservativa )( 2 2/12/1 1 n M n N N Mi n i N Mi n i FFx t QQ -+ == + - D D -= åå Mostra que houve conservação do fluxo em todo domínio, mostrando que: o que entra, assim como o que sai de cada interface dos volumes (i+1/2 e i-1/2) é conservado. Para M=N=i reconstituímos a equação geral do método. 22 Lei Escalar da Conservação: Forma Não-Conservativa [ ]2/12/11 -++ - D D -= inininni n i QQQx t QQ { }))()() ()()( 2 )( 2 2/32/112/12/12/3 2/522/12/312/12/11 2/12/1 1 KK +-+-++- +-+- D D -= - D D -= ----++ +++++-+ == + = = = -+ + åå å å å n N n N n N n N n N n N n M n M n M n M n M n M n M n M n M N Mi n i N Mi n i N Mi N Mi N Mi n i n i n i n i n i QQQQQQQ QQQQQQQQ x t QQ QQQ x t QQ Observe que devido os termos dos coeficientes Q os termos interiores não se cancelam. Logo a equação escrita nesta forma não não éé ConservativaConservativa 23 Propriedade Telescópica dos Métodos Conservativos [ ]2/12/11 -++ - D D -= ininni n i FFx t QQ [ ] 2/12/1 1 +- -D-D=D åå = = = = + LeftRight Right Left Right Left ii ii ii n i ii ii n i FFtxQxQ Também válido em 2 e 3 dimensões. 24 Formulação de Volume Finitos com termo Fonte )()( QSQFQ xt =¶+¶ òò òò DD = D = D = + + - ++ i n n i i Ii t t ii x x nn i dxdttxQS xt S dttxQF t FdxtxQ x Q )),(( 1 . 1 )),(( 1 ),( 1 1 2/1 2/1 2/12/1 [ ] iiinini StFFx t QQ D+- D D -= -+ + 2/12/1 1 25 Volume Finitos com termo Fonte )()( QSQFQ xt =¶+¶ [ ] [ ]12/12/1 ,, ++- ´= nniii ttxxI òòò òòò D+úû ù êë é D - DD D - D = D -+ + + + + - + - i n n n n i i i i I i t t t ti x x nx x n dxdttxQS x dttxQF t dttxQF tx t dxtxQ x dxtxQ x )),(( 1 )),(( 1 )),(( 1 ),( 1 ),( 1 2/12/1 1 1 1 2/1 2/1 2/1 2/1 [ ] iiinini StFFx t QQ D+- D D -= -+ + 2/12/1 1 26 •• A principal diferenA principal diferençça entre DF e VFa entre DF e VF é a interpretação da solução nos pontos da malha (veja figura ao lado). – No VF a solução Qjn é vista como a média de Q na célula. – Em DF a solução Qjn é vista como uma função de ponto (isto é, a solução no ponto yj e tempo tn. Isto implica que Q em qualquer ponto pode ser interpolado de Q em diferente pontos de malha e em diferentes níveis de tempo. Volume Finitos com termo Fonte 27 ú ú ú ú ú û ù ê ê ê ê ê ë é = ú ú ú ú ú û ù ê ê ê ê ê ë é =L )()2()1( )( 2 )2()1( 2 )( 1 )2( 1 )1( 1 )( )2( )1( ... ............ ... ... ; 000 ............ 0...0 0...0 m mmm m m m m rrr rrr rrr R l l l [ ]Tkmkkk rrrR )()(2)(1)( ...= 0=+ xt AQQ Sistema Linear Hiperbólico A é uma matriz constante Os autovalores e autovetores direitos de A são )()2()1( )()2()1( ... ... m m RRR lll Define-se as matrizes: 11 ARRRRA -- =L«L= 28 Sistema Não-Linear Hperbólico 0)( =¶+¶ QQAQ xt )()1( ,....,0 )det( mAI lll ®=- Dado a matriz A pode-se definir autovalores e autovetores de A. Os autovalores de A são as raízes do chamado polinômio característico )()()( A kkk LL l= Os autovetores esquerdo de A correspondente aos autovalores que satisfaz: )()()(A kkk RR l= Os autovetores direitos de A correspondente aos autovalores que satisfaz: 29 Definição de sistema de Equações Hiperbólicas Seja um sistema de m equações É hiperbhiperbóólicolico se: • A tem m autovalores reaisautovalores reais • A tem um conjunto completo correspondente de m autovetoresautovetores linearmente independenteslinearmente independentes 0)( =¶+¶ QQAQ xt ExemploExemplo: As equações “shallow water” são hiperbólicas 0)( =¶+¶ QFQ xt ú ú ú û ù ê ê ê ë é +=ú ú û ù ê ê ë é +=úû ù ê ë é =ú û ù ê ë é =ú û ù ê ë é = 2 1 1 2 2 2 22 2 1 2 1 2 1 2 1)(, gq q q q ghhu hu f f QF hu h q q Q 30 ú ú ú ú û ù ê ê ê ê ë é ¶ ¶ ¶ ¶ ¶ ¶ ¶ ¶ = 2 2 1 2 2 1 1 1 )( q f q f q f q f QA onde gha = a é chamada de celeridade (análogo a velocidade do som nos gases) Verifique que os autovalores de A são: auau +=-= 21 ; ll ú û ù ê ë é - = uua QA 2 10 )( 22 u q q q f ghugq q q q f q f q f 2 2 ; 1,0 1 2 2 22 12 1 2 2 1 2 2 1 1 1 == ¶ ¶ +-=+ - = ¶ ¶ = ¶ ¶ = ¶ ¶ ( ) Þ=----Þ=ú û ù ê ë é -- - =- 0)2(0 2 10 22 22 uauuua IA ll l l l auau +=-= 21 ; ll Definição de sistema de Equações Hiperbólicas 31 Condição de Estabilidade 10 110 10 constant0 £<´=D ´£D££ ££= Þ=¶+¶ D D D D D D CFL x CFL x x t x t xt CCt t cc qq l l l l ll Para sistema Linear: { } njSCt jnS xCFL n ££=´=D D 1 maxmaxmax l Seja a equação escalar: Número de Courant-Friedrich-LewyCFLC 32 Equação de Burgers 10 110 10 constant,2 £<´=D ´£D££ ££= Þ¶=¶+¶ D D D D D D CFL x CFL x x t x t xxt CCt t cc qqq l l l l klkl Para sistema Linear de Burgers: { } niqSCt innS xCFL n ££=´=D D 1 maxmaxmax Seja a equação escalar: Difusão 33 Equação de Burgers Observações: • Para sistemas hiperbólicos lineares com coeficientes constantes a velocidade característica são os autovalores do sistema e são idênticas as velocidades de onda no problema de problema de RiemannRiemann. • Para sistemas não-lineares a velocidade características são distintas das velocidades de onda. • Cuidado especial na escolha da velocidade de onda máxima para a condição de CFL é requerido. 34 Simulações • Formulação Não-Conservativa • Formulação Conservativa 35 Simulação: Resultados 36 Simulação: Resultados 37 Simulação: Resultados 38 Simulação: Resultados 39 •P.D. LAX AND B. WENDROFF, Systems of conservation laws, Comm. Pure Appl. Math., Vol 13, 217-237, 1960. •Harten, A., High resolution schemes for hyperbolic conservation laws. J. Comp. Phys., 49, 357, 1983. •T. Y. HOU AND P. G. LEFLOCH, Why nonconservative schemes converge to wrong solutions: error analysis, Math. of Comp., Vol 62, No 206, 497-530, 1994. •J. D. ANDERSON, Modern Compressible Flow, McGraw-Hill 2004, 3rd revised edition, ISBN 0071241361. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS •ConNonHyperbolic.m •GodunovDioUP.m www.professores.uff.br/diomar_cesar_lobao
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