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Aula 1 - Prescrição magistral Conceitos Básicos

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Prescrição magistral
Parte 1 – Conceitos básicos
Dra. Wanessa Quintão 
Farmacêutica 
Especialista em Manipulação Magistral Alopática
Mestre e Doutora em Ciências da Saúde (UnB)
Ingrid Santos de Souza - s.ingridsouza@yahoo.com.br - IP: 201.17.96.182
Resolução CFN Nº 731, de 21 de agosto de 2022
• Art. 1º .........................................................................................................
§ 1° A prescrição dietética de suplementos alimentares pelo nutricionista inclui nutrientes
(vitaminas, minerais, lipídios, ácidos graxos, carboidratos, fibras alimentares, proteínas,
aminoácidos e precursores e metabólitos de aminoácidos, isolados ou associados entre si),
substâncias bioativas, enzimas, prebióticos, probióticos, produtos apícolas, como mel, própolis,
geleia real e pólen, novos alimentos e novos ingredientes e outros autorizados pela Anvisa para
comercialização, isolados ou combinados.
§ 3° Entende-se como suplemento alimentar o produto para administração exclusiva pelas vias oral e
enteral, incluídas mucosa, sublingual e sondas enterais e excluída a via anorretal, apresentado em
formas farmacêuticas, destinado a suplementar a alimentação de indivíduos.
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RDC nº 2, de 7 de janeiro de 2002
Os produtos de que trata este regulamento são classificados em:
Carotenoides;
Fitoesterois;
Flavonoides;
Fosfolipídeos;
Organossulfurados;
Polifenois;
Probióticos
Regulamento Técnico de Substâncias Bioativas e Probióticos Isolados com Alegação de 
Propriedades Funcional e/ou de Saúde, constante do anexo desta Resolução
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Por que manipular?
Os medicamentos manipulados possuem os mesmos princípios ativos daqueles vendidos em 
drogarias, ou seja, as moléculas da substância que possuem efeito terapêutico, são as mesmas. 
Entretanto, o manipulado usará o princípio ativo em doses, quantidades e formulações 
personalizadas para cada pessoa.
- Idade, gênero e herança genética, fatores ambientais, como o estilo de vida, seu estado de geral 
saúde e condição social; 
- Cuidados personalizados;
- Uso racional;
- Tempo de tratamento específico, evita desperdícios.
Anfarmag
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Farmácia magistral
• RDC 67/2007 (Anvisa) complementada pela RDC 87/2008 -
Dispõe sobre Boas Práticas de Manipulação de Preparações
Magistrais e Oficinais para Uso Humano em farmácias.
• Explorar, visitar, conhecer:
Formas farmacêuticas Qualificação de fornecedores
Controle de qualidade Armazenamento
Rastreamento de 
desvios de qualidade
Fluxo da farmácia
Personalizam?
Orçamentos
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✓ Dose exata
✓ Possiblidade de modificar a 
forma farmacêutica
✓ Combinação única de ativos
• Menor tempo de prateleira
• Tem que saber a dose, especificar 
forma (sempre que possível) e 
peculiaridades na prescrição
• Tem que conhecer a Farmácia
VANTAGENS DESVANTAGENS
Farmácia magistral x Indústria
Monitore – correlacione os resultados com exames
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Farmacocinética e farmacodinâmica 
Conceitos básicos
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Farmacocinética
• Estudo do movimento de uma substância
química no interior de um organismo vivo.
Farmacodinâmica
• Estudo dos efeitos bioquímicos e
fisiológicos dos fármacos e de seus
mecanismos de ação.
- Interações químicas ou físicas entre o
fármaco e a célula-alvo.
Intestino/
Circul porta
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Farmacocinética
Farmacodinâmica
Via de administração
Dissolução
Absorção
Distribuição
Biotransformação
Excreção
Local de ação
Mecanismo de ação
Efeito (receptor)
“O que o corpo faz com o fármaco”
“O que o fármaco faz com o corpo”
Farmacologia. Rang & Dale. 8. ed., 2015Ingrid Santos de Souza - s.ingridsouza@yahoo.com.br - IP: 201.17.96.182
Manual de farmacologia e terapêutica de Goodman & Gilman. 2. ed., 2015
Via de administração - ORAL
Desintegração e dissolução
Absorção, distribuição, 
biotransformação e excreção
Interação fármaco-receptor
EFEITO TERAPÊUTICO
Fase biofarmacêutica
-Liberação do ativo
Fase farmacodinâmica
Fase farmacocinética
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Citosol
✓ Requer gradiente de 
concentração
✓ Íons não podem atravessar 
membranas, pois são 
repelidos pelas caudas 
hidrofóbicas 
✓ Requer gradiente de concentração
✓ Similar à difusão simples, mas requer 
proteínas
✓ Tamanho e forma da proteína determina a 
especificidade
✓ Transporta substâncias maiores, que não 
passam por difusão simples
✓ Requer energia (ATP) para transportar 
substâncias contra gradiente de 
concentração
✓ Proteína ativada por ATP (quebra de 
fosfato) modificam sua forma para 
transportar substâncias. Quando ADP + 
Pi são liberados, a proteína retorna à 
conformação original.
Absorção e transporte
TGI: maior parte das substâncias é absorvida por transporte passivo 
→ forma não-ionizada e mais lipofílica favorecem absorção
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Distribuição
• Líquidos intersticial e intracelular – pode levar minutos a horas
• O que determina liberação e quantidade a ser distribuída:
DC, fluxo sanguíneo regional e volume tecidual, pH
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pH TGI
Estômago 
pH 1,5 – 5,0
Duodeno
pH 5,0 – 7,0
Jejuno
pH 7,0 – 9,0
Íleo
pH 7,0 – 8,0 Cólon
pH 5,0 – 7,0
Cavidade oral
pH 6,8 – 7,5
B12 – fator 
intrínseco
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Distribuição
• Líquidos intersticial e intracelular – pode levar minutos a horas
• O que determina liberação e quantidade a ser distribuída:
DC, fluxo sanguíneo regional e volume tecidual, pH
• Proteínas plasmáticas↔ ligação tecidual
• BHE, Placenta – lipossolubilidade, não-ionizada, entrada
livre/transportadores de membrana; glicoproteína P
Reservatório de 
substâncias 
lipossolúveis
Tecido adiposo 
Manual de farmacologia e terapêutica de Goodman & Gilman. 2. ed., 2015
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Via oral – metabolismo
I FASE
Clivagem
II FASE
Conjugação
Oxidação
Redução
Hidrólise
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Ativos
Inativos
Metabólitos
Excreção
s
a
n
g
u
e
Efeito de primeira 
passagem
P450 (CYP)
Exceção: 
acetilação, 
metilaçãoIngrid Santos de Souza - s.ingridsouza@yahoo.com.br - IP: 201.17.96.182
Via oral – metabolismo
Manual de farmacologia e terapêutica de Goodman & Gilman. 2. ed., 2015
P450 (CYP)
Metabolismo de xenobióticos
Hemeproteínas - Retículo endoplasmático liso dos hepatócitos
Abrangem famílias de genes CYP - especialmente CYP1, CYP2, CYP3 para fármacos
CYP1A2 (rs762551) – metabolismo da cafeína
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Via oral – metabolismo
Manual de farmacologia e terapêutica de Goodman & Gilman. 2. ed., 2015
P450 (CYP)
Metabolismo de xenobióticos
Indução:
Erva-de-São-João
Fumaça de cigarro
Inibição:
Suco de toranja (grapefruit)
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Via oral - biodisponibilidade
% da dose
Circulação 
sistêmica 
→ sítio de ação
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Fatores que afetam a biodisponibilidade das substâncias administradas por via oral
Via oral – biodisponibilidade
1. Características da substância
Inativação antes da absorção gastrointestinal
Absorção incompleta
Biotransformação na parede intestinal ou no
fígado (efeito de "primeirapassagem")
2. Forma farmacêutica
Estado físico da substância
Excipientes ou veículos
3. Interação com outras substâncias no trato
gastrointestinal
Alimentos
Medicamentos
4. Características do paciente
pH gastrointestinal
Motilidade gastrointestinal
Microbiota
Estados de má absorção
Função hepática
Fatores genéticos
Manual de farmacologia e terapêutica de Goodman & Gilman. 2. ed., 2015Ingrid Santos de Souza - s.ingridsouza@yahoo.com.br - IP: 201.17.96.182
Eliminação
• Sob forma inalterada ou convertidos em metabólitos (geralmente polares)
• Locais:
• Mais comum: excreção renal
- Filtração glomerular, secreção tubular ativa e reabsorção tubular passiva.
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E a farmacodinâmica?
• Depende
Qual a substância?
Onde irá atuar?
Qual a forma farmacêutica?
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✓Vantagens
✓Rápida absorção – difusão
✓Não sofre metabolismo hepático
✓Ideal para evitar desconfortos gástricos
➢Desvantagens
- Pequenas doses
- Não mascara sabor
- Condições de pH e características físico-químicas limitam
Via sublingual - ↑biodisponibilidade
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Obrigada!
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