Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
AMBIÊNCIA: LIMITAÇÕES PARA A PRODUÇÃO INTENSIVA DE SUÍNOS EM CLIMA QUENTE Prof.Dr. João Batista Lopes lopesjb@ufpi.edu.br CARACTERIZAÇÃO DO CLIMA TROPICAL ◼ O clima é RESULTANTE da ação conjunta de FATORES ou AGENTES climáticos → cujos EFEITOS não podem ser rigorosamente INDIVIDUALIZADOS INTRODUÇÃO Representa um COMPLEXO sistema que FUNCIONA como um TODO http://www.google.com.br/imgres?q=su%C3%ADnos&um=1&hl=pt-BR&sa=N&rlz=1R2ADRA_pt-BRBR451&biw=1366&bih=611&tbm=isch&tbnid=2BgnMWyNVDzGmM:&imgrefurl=http://www.msreporter.com.br/governo-garante-preco-minimo-ao-produtor-de-suinos/&docid=Ng6U79Cqfc0OhM&imgurl=http://www.msreporter.com.br/upload/noticia_imagem/1342724201.jpg&w=1280&h=960&ei=oK2GUMDPDNK90QGW0IHoBQ&zoom=1&iact=hc&vpx=270&vpy=2&dur=861&hovh=194&hovw=259&tx=170&ty=137&sig=114816907731109660669&page=1&tbnh=143&tbnw=185&start=0&ndsp=18&ved=1t:429,r:1,s:0,i:72 CARACTERIZAÇÃO DO CLIMA TROPICAL ◼ Principais AGENTES do clima que atuam sobre os ANIMAIS domésticos ❑ Ação DIRETA → Temperatura - Radiação Solar - Umidade - Pressão Atmosférica - Vento - Chuva ❑ Ação INDIRETA → Pastagens - Outros Alimentos - Parasitas - Doenças INTRODUÇÃO ADAPTAÇÃO ANIMAL ◼ Conceito ❑ PROCESSO de mudanças ESTRUTURAIS – COMPORTAMENTAIS - FUNCIONAIS → Sobrevivência - Reprodução - Produção dos animais em condições ADVERSAS BEM-ESTAR ANIMAL ◼ Exigências previstas nos direitos dos animais visando o bem-estar ❑ Liberdade Ambiental ✓ Deixar os animais VIVEREM em ambientes ADEQUADOS e com conforto (Farm Animal Welfare Council, 1993) BEM-ESTAR ANIMAL ◼ INSTALAÇÕES devem propiciar boas condições de TEMPERATURA e UMIDADE e adequado CONVÍVIO social para os ANIMAIS ❑ SAÚDE ❑ GASTOS com medicamentos ❑ Desenvolvimento corporal ❑ EFICIÊNCIA alimentar ZONA DE TERMONEUTRALIDADE ◼ Faixa de TEMPERATURA ambiente em que o ANIMAL não precisa PRODUZIR ou PERDER temperatura corporal → METABOLISMO é mínimo Os animais em CONFORTO térmico podem EXPRESSAR o MÁXIMO do potencial GENÉTICO ZONA DE TERMONEUTRALIDADE ◼ Energia utilizada pelos animais endotérmicos 22 Fonte: Abreu e Abreu (2004) ZONA DE TERMONEUTRALIDADE ◼ Fatores que interferem na zona de conforto térmico ❑ Ligados ao animal ✓ Peso ✓ Idade ✓ Estado Fisiológico ✓ Tamanho do Grupo ✓ Nível de Alimentação ✓ Genética ◼ Fatores que interferem na zona de conforto térmico ❑ Ligados ao ambiente ✓ Temperatura ✓ Umidade Relativa do Ar ✓Velocidade do Vento ✓ Tipo de Piso ZONA DE TERMONEUTRALIDADE Fonte: Abreu e Abreu (2004) TEMPERATURAS EFETIVAS AMBIENTAIS CRÍTICAS ZONA DE TERMONEUTRALIDADE Zonas de conforto térmico para suínos Fonte: Silva (1999) Desempenho animal e variações da temperatura corporal em função da temperatura ambiente Fonte: Hogberg et al. (2003) ENDOTERMIA E REGULAÇÃO DA TEMPERATURA CORPORAL ◼ Nos animais ENDOTÉRMICOS a temperatura CORPORAL se mantêm em ESTREITOS limites → MESMO com FLUTUAÇÃO da temperatura AMBIENTE e da atividade FÍSICA A TAXA metabólica dos ENDOTÉRMICOS é SETE a DEZ vezes > ECTOTÉRMICOS → calor ENDÓGENO ENDOTERMIA E REGULAÇÃO DA TEMPERATURA CORPORAL Temperatura AMBIENTE → animais produzem CALOR TERMOGÊNESE Temperatura AMBIENTE → animais perdem CALOR → TERMÓLISE MECANISMOS Fisiológicos – Comportamentais – Metabólicos ENDOTERMIA E REGULAÇÃO DA TEMPERATURA CORPORAL Não Evaporativos ou Sensíveis Evaporativos ou Latentes Mecanismos básicos para os animais PERDEREM / ABSORVEREM calor para o ambiente Condução - Convecção - Radiação - Perda de Calor por Evaporação de Água Diferencial Temperatura Animal / Meio Ambiente Respiração - Sudação Método de perda de calor com o aumento da temperatura Fonte: Abreu e Abreu (2004) ◼ RESPOSTAS FISIOLÓGICAS ❑ Temperatura (Epiderme - Retal) ❑ Taxa de Sudação ❑ Trocas Respiratórias ❑ Taxa Crescimento e Desenvolvimento ❑ Níveis Hormonais (T3 - T4 - Cortisol) FATORES RELEVANTES NA AVALIAÇÃO DA ADAPTAÇÃO DE ANIMAIS ◼ Os SUÍNOS são animais endotérmicos com a temperatura CORPORAL variando entre 38,6 e 39,3ºC Em CONDIÇÕES normais → a TEMPERATURA é controlada pelo CENTRO termorregulador localizado no HIPOTÁLAMO MECANISMOS DE ADAPTAÇÃO DE SUÍNOS http://www.google.com.br/imgres?q=su%C3%ADnos&um=1&hl=pt-BR&sa=N&rlz=1R2ADRA_pt-BRBR451&biw=1366&bih=611&tbm=isch&tbnid=yhL1w1fWIh5LGM:&imgrefurl=http://www.portalsuinoseaves.com.br/&docid=Fn9H57d7W3m8mM&imgurl=http://www.portalsuinoseaves.com.br/wp-content/uploads/2012/09/suinos1-300x196.jpg&w=300&h=196&ei=oK2GUMDPDNK90QGW0IHoBQ&zoom=1&iact=rc&dur=771&sig=114816907731109660669&page=1&tbnh=121&tbnw=182&start=0&ndsp=18&ved=1t:429,r:17,s:0,i:120&tx=103&ty=71 http://www.google.com.br/imgres?q=su%C3%ADnos&um=1&hl=pt-BR&sa=N&rlz=1R2ADRA_pt-BRBR451&biw=1366&bih=611&tbm=isch&tbnid=r6SZqgJlf7xK1M:&imgrefurl=http://www.portaldoagronegocio.com.br/conteudo.php?id=25222&docid=srLaKIiFtm5XcM&imgurl=http://www.portaldoagronegocio.com.br/arquivos/a_producao_estados_1006109193.jpg&w=410&h=308&ei=oK2GUMDPDNK90QGW0IHoBQ&zoom=1&iact=hc&vpx=883&vpy=151&dur=1380&hovh=195&hovw=259&tx=189&ty=111&sig=114816907731109660669&page=1&tbnh=143&tbnw=182&start=0&ndsp=18&ved=1t:429,r:4,s:0,i:81 MECANISMOS DE ADAPTAÇÃO SUÍNOS Taxa respiratória e temperatura retal em suínos Adaptado de Muihead e Alexander (1997) MECANISMOS DE ADAPTAÇÃO DE SUÍNOS Efeito da temperatura ambiental acima de 22oC por 48 horas em leitoas de 89 kg Fonte: Gilles et al. (1990) Fatores que DIFICULTAM a adaptação de SUÍNO ao CALOR MECANISMOS DE ADAPTAÇÃO DE SUÍNOS ❑ Metabolismo ❑ Capa de tecido ADIPOSO subcutâneo ❑ Sistema termorregulador desenvolvido ❑ Glândulas sudoríparas queratinizadas http://www.google.com.br/imgres?q=su%C3%ADnos&um=1&hl=pt-BR&sa=N&rlz=1R2ADRA_pt-BRBR451&biw=1366&bih=611&tbm=isch&tbnid=yhL1w1fWIh5LGM:&imgrefurl=http://www.portalsuinoseaves.com.br/&docid=Fn9H57d7W3m8mM&imgurl=http://www.portalsuinoseaves.com.br/wp-content/uploads/2012/09/suinos1-300x196.jpg&w=300&h=196&ei=oK2GUMDPDNK90QGW0IHoBQ&zoom=1&iact=rc&dur=771&sig=114816907731109660669&page=1&tbnh=121&tbnw=182&start=0&ndsp=18&ved=1t:429,r:17,s:0,i:120&tx=103&ty=71 http://www.google.com.br/imgres?q=su%C3%ADnos&um=1&hl=pt-BR&sa=N&rlz=1R2ADRA_pt-BRBR451&biw=1366&bih=611&tbm=isch&tbnid=r6SZqgJlf7xK1M:&imgrefurl=http://www.portaldoagronegocio.com.br/conteudo.php?id=25222&docid=srLaKIiFtm5XcM&imgurl=http://www.portaldoagronegocio.com.br/arquivos/a_producao_estados_1006109193.jpg&w=410&h=308&ei=oK2GUMDPDNK90QGW0IHoBQ&zoom=1&iact=hc&vpx=883&vpy=151&dur=1380&hovh=195&hovw=259&tx=189&ty=111&sig=114816907731109660669&page=1&tbnh=143&tbnw=182&start=0&ndsp=18&ved=1t:429,r:4,s:0,i:81 MECANISMOS DE ADAPTAÇÃO SUÍNOS ◼ SUDAÇÃO ❑ Os SUÍNOS apresentam GLÂNDULAS sudoríparas com ESTRUTURA morfológica desenvolvida e QUERATINIZADAS → apresentando baixas TAXAS de SUDORESE PERDAS de calor por EVAPORAÇÃO ficam MAIS limitadas que as perdas RESPIRATÓRIAS e CUTÂNEAS MECANISMOS DE ADAPTAÇÃO DE SUÍNOS ◼ FISIOLÓGICOS ❑ Vasodilatação periférica ❑ TAXA de produção de suor ❑ FREQUÊNCIA respiratória ❑ Temperatura da PELE e dos batimentos CARDÍACOS ❑ Metabolismo BASAL e ENERGÉTICO ❑ Consumo de ALIMENTO MECANISMOS DE ADAPTAÇÃO DE SUÍNOS ◼ FISIOLÓGICOS ❑ Os hormônios tireoidianos são relevantes na ADAPTAÇÃO dos animais endotérmicos ❑ TEMPERATURAS ambientais EXTREMAS ✓ SECREÇÃO de triiodotironina (T3) e Tiroxina (T4) pela TIREOIDE ✓ METABOLISMO corpóreo ✓ PRODUÇÃO de CALOR MECANISMOS DE ADAPTAÇÃO DE SUÍNOS ◼ FISIOLÓGICOS ❑ O T3 está mais relacionado à TERMOGÊNESE nos animais → atuando para REDUZIR a produção de calor Leitões MESTIÇOS → em ambiente de Temperatura → 18,1% NÍVEIS séricos T3 http://www.google.com.br/imgres?q=su%C3%ADnos+ao+ar+livre&hl=pt-BR&biw=1366&bih=651&tbm=isch&tbnid=_Q8-A2MVwT9gJM:&imgrefurl=http://musgoejasmim.blogspot.com/2011/10/blog-post.html&docid=Nv9_sLpJ0ykhLM&imgurl=http://3.bp.blogspot.com/-qReQGzzvkKo/TobdhVh5clI/AAAAAAAAAAQ/s3nBYP5Qdm4/s320/porcos+em+liberdade.jpg&w=320&h=240&ei=plmYUOzrNLC70QHp6oDABQ&zoom=1&iact=rc&dur=606&sig=114816907731109660669&page=2&tbnh=143&tbnw=185&start=18&ndsp=25&ved=1t:429,r:17,s:20,i:182&tx=129&ty=83MECANISMOS DE ADAPTAÇÃO DE SUÍNOS FISIOLÓGICOS ❑ BAIXAS temperaturas ambientais ✓ SECREÇÃO de tiroxina ✓ Ativação da EPINEFRINA e da NOREPINEFRINA ✓ OXIDAÇÃO dos alimentos ✓ Produção de ENERGIA ✓ METABOLISMO celular MECANISMOS DE ADAPTAÇÃO SUÌNOS ◼ FISIOLÓGICOS ❑ Temperatura ambiente PRÓXIMA de 30°C → as TROCAS de calor sensíveis são REDUZIDAS ❑ Prevalece a troca de calor LATENTE (evaporação pelo trato respiratório) → correspondendo em até 60% da PERDA de calor do ANIMAL MECANISMOS DE ADAPTAÇÃO SUÍNOS ◼ TEMPERATURA AMBIENTE ❑ MATRIZES suínas em LACTAÇÃO ✓ 1ºC ACIMA de 20ºC → AUMENTO de 0,18ºC na PELE ✓ 1ºC ACIMA de 20ºC → AUMENTO de 0,08ºC nas GLÂNDULAS mamárias → QUEDA na produção do LEITE ✓ Menor CONSUMO alimentar MECANISMOS DE ADAPTAÇÃO SUÍNOS ◼ FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA ❑ Os SUÍNOS em estresse por CALOR podem AUMENTAR a taxa RESPIRATÓRIA em ATÉ 100% ❑ Atividade FÍSICA ❑ CONSUMO de ração ❑ PRODUÇÃO de hormônios da TIREOIDE MECANISMOS DE ADAPTAÇÃO DE SUÍNOS ◼ FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA ❑ A FREQUÊNCIA respiratória normal em SUÍNOS adultos varia entre 15 a 25 MOVIMENTOS ❑ VALORES superiores a 40 MOVIMENTOS por minuto → podem INDICAR estresse TÉRMICO ✓ FREQUÊNCIA respiratória COMEÇA a aumentar ANTES da TEMPERATURA retal MECANISMOS DE ADAPTAÇÃO DE SUÍNOS ◼ ALCALOSE RESPIRATÓRIA ❑ ALCALOSE respiratória é a diminuição PRIMÁRIA da pressão parcial de DIÓXIDO de carbono (PCO2) com ou sem redução compensatória do bicarbonato (HCO3 −) ❑ Os TAMPÕES do plasma sanguíneo → são PRIMEIRAS defesas contra MUDANÇAS do pH interno → para manter o pH sanguíneo DENTRO dos limites 7,35 a 7,45 ❑ O AUMENTO da frequência respiratória pode resultar em ALCALOSE respiratória → DESEMPENHO MECANISMOS DE ADAPTAÇÃO DE SUÍNOS ◼ ALCALOSE RESPIRATÓRIA ❑ A ALCALOSE respiratória → ocorre com redução dos NÍVEIS de CO2 da HIPERVENTILAÇÃO e com PERDA de DIÓXIDO de carbono no sangue Os VALORES do pH superiores a 7,45 CARACTERIZAM a existência da ALCALOSE MECANISMOS DE ADAPTAÇÃO DE SUÍNOS ◼ PESO DOS ÓRGÃOS ❑ O peso Relativo do CORAÇÃO - PULMÃO - FÍGADO - RIM → fica REDUZIDO em animais ADAPTADOS à temperaturas ELEVADAS ❑ A REDUÇÃO peso de órgãos de animais MANTIDOS em ambiente QUENTE → PRODUÇÃO de calor pelos órgãos METABOLICAMENTE ativos MECANISMOS DE ADAPTAÇÃO DE SUÍNOS ◼ Comportamento de SUÍNOS mantidos em ambiente de alta TEMPERATURA ❑ Apresentam mais tempo DEITADOS próximo ao BEBEDOURO ❑ Maior INGESTÃO de água ❑ REDUÇÃO no consumo ❑ Menor tempo de ATIVIDADE em pé Queda no DESEMPENHO do animal MECANISMOS DE ADAPTAÇÃO DE SUÍNOS ◼ Resposta das variáveis de ambiência em gestação e maternidade, em função do tipo de climatização Romanini et al.(2008) RECOMENDAÇÕES ◼ MEDIDAS simples na CONCEPÇÃO das instalações em estresse calórico ❑ Localização - Orientação ❑ Dimensões ❑ Pé-direito - Beirais ❑ Telhado - Fechamentos ❑ Quebra-ventos - Sombreiros ❑ Tipos de materiais utilizados nas granjas Essas MEDIDAS - em regiões quentes → INSUFICIENTES controle temperatura AMBIENTE RECOMENDAÇÕES ◼ Nutrição → Nutrientes / Aditivos que propiciem melhores respostas fisiológicas dos animais ✓ Formulação de ração no conceito de proteína ideal ✓ Substituição de carboidratos por lipídios ✓ Equilíbrio ÁCIDO-BASE ✓ Vitamina C ✓ Selênio ✓ Zinco
Compartilhar