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ENGENHARIA DE SEGURAÇA DO TRABALHO

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SNúcleo de Educação a Distância
GRUPO PROMINAS DE EDUCAÇÃO
Diagramação: Rhanya Vitória M. R. Cupertino
Revisão Ortográfica: Julia Henrique Gomes
PRESIDENTE: Valdir Valério, Diretor Executivo: Dr. Willian Ferreira.
O Grupo Educacional Prominas é uma referência no cenário educacional e com ações voltadas para 
a formação de profissionais capazes de se destacar no mercado de trabalho.
O Grupo Prominas investe em tecnologia, inovação e conhecimento. Tudo isso é responsável por 
fomentar a expansão e consolidar a responsabilidade de promover a aprendizagem.
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Prezado(a) Pós-Graduando(a),
Seja muito bem-vindo(a) ao nosso Grupo Educacional!
Inicialmente, gostaríamos de agradecê-lo(a) pela confiança 
em nós depositada. Temos a convicção absoluta que você não irá se 
decepcionar pela sua escolha, pois nos comprometemos a superar as 
suas expectativas.
A educação deve ser sempre o pilar para consolidação de uma 
nação soberana, democrática, crítica, reflexiva, acolhedora e integra-
dora. Além disso, a educação é a maneira mais nobre de promover a 
ascensão social e econômica da população de um país.
Durante o seu curso de graduação você teve a oportunida-
de de conhecer e estudar uma grande diversidade de conteúdos. 
Foi um momento de consolidação e amadurecimento de suas escolhas 
pessoais e profissionais.
Agora, na Pós-Graduação, as expectativas e objetivos são 
outros. É o momento de você complementar a sua formação acadêmi-
ca, se atualizar, incorporar novas competências e técnicas, desenvolver 
um novo perfil profissional, objetivando o aprimoramento para sua atu-
ação no concorrido mercado do trabalho. E, certamente, será um passo 
importante para quem deseja ingressar como docente no ensino supe-
rior e se qualificar ainda mais para o magistério nos demais níveis de 
ensino.
E o propósito do nosso Grupo Educacional é ajudá-lo(a) 
nessa jornada! Conte conosco, pois nós acreditamos em seu potencial. 
Vamos juntos nessa maravilhosa viagem que é a construção de novos 
conhecimentos.
Um abraço,
Grupo Prominas - Educação e Tecnologia
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Olá, acadêmico(a) do ensino a distância do Grupo Prominas!
É um prazer tê-lo em nossa instituição! Saiba que sua escolha 
é sinal de prestígio e consideração. Quero lhe parabenizar pela dispo-
sição ao aprendizado e autodesenvolvimento. No ensino a distância é 
você quem administra o tempo de estudo. Por isso, ele exige perseve-
rança, disciplina e organização. 
Este material, bem como as outras ferramentas do curso (como 
as aulas em vídeo, atividades, fóruns, etc.), foi projetado visando a sua 
preparação nessa jornada rumo ao sucesso profissional. Todo conteúdo 
foi elaborado para auxiliá-lo nessa tarefa, proporcionado um estudo de 
qualidade e com foco nas exigências do mercado de trabalho.
Estude bastante e um grande abraço!
Professor: Yuri Sotero Bonfim
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O texto abaixo das tags são informações de apoio para você ao 
longo dos seus estudos. Cada conteúdo é preprarado focando em téc-
nicas de aprendizagem que contribuem no seu processo de busca pela 
conhecimento.
Cada uma dessas tags, é focada especificadamente em partes 
importantes dos materiais aqui apresentados. Lembre-se que, cada in-
formação obtida atráves do seu curso, será o ponto de partida rumo ao 
seu sucesso profisisional.
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Esta unidade analisará os princípios do Meio Ambiente. Elen-
cadas estão: a) a legislação vigente, ante a proteção do meio ambien-
te; b) as técnicas e formas de proteção desenvolvidas nos mercados 
de trabalho; c) a educação ambiental; d) a responsabilidade socioam-
biental. Trata-se de um estudo qualitativo, que busca relacionar as 
questões ambientais ao mercado de trabalho, na tentativa de desen-
volver técnicas de produção, ensino e extensão mais sustentáveis e 
conscientes. O tema da apostila justifica-se por conta da sua real e 
persistente relevância, dado que o contexto social, econômico e políti-
co que a sociedade brasileira tem enfrentado nos últimos anos, clara-
mente impacta nas relações interpessoais e, por conseguinte, no meio 
ambiente. Os resultados revelam que ações e técnicas mais eficazes 
já existem, mas há deficiência nas fiscalizações e monitoramento, bem 
como nas aplicações das leis e penalizações que abrem margem para 
possíveis comportamentos violáveis e perturbadores ao meio ambien-
te, consequentemente, a todos que o rodeiam.
Meio ambiente. Proteção. Leis Ambientais. Sustentabilidade.
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 CAPÍTULO 01
PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE
Apresentação do Módulo ______________________________________ 11
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O Meio Ambiente ______________________________________________
Tipos de Poluição ______________________________________________
Histórico sobre a Questão Ambiental _____________________________
 CAPÍTULO 02
POLUIÇÃO E CONTROLE AMBIENTAL
Poluição _______________________________________________________ 32
28Recapitulando ________________________________________________
17Evolução Histórica: Preocupação com o Meio Ambiente _________
19
21
Meio Ambiente e Ecologia ______________________________________
Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA) _____________________
23O Zoneamento Ambiental _____________________________________
23
24
A Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) ________________________
O Licenciamento Ambiental _____________________________________
25Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA _________________
41Formas de Controle de Emissão de Gases _______________________
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Tecnologias de Controle de Poluição do Ar _______________________ 41
Poluição Hídrica _________________________________________________ 44
Tipos de Processos de Tratamento _______________________________ 48
 CAPÍTULO 03
LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
Legislação Ambiental _________________________________________ 57
Conceito EPIA/RIMA ___________________________________________ 60
Classificação dos Sistemas de Tratamento _______________________ 51
Recapitulando __________________________________________________ 53
Código Florestal ______________________________________________ 62
Acidentes Ambientais e Planos de Contingência ________________ 65
Recapitulando _________________________________________________ 70
 CAPÍTULO 04
RESÍDUOS SÓLIDOS: ABORDAGEM E TRATAMENTO
Objeto e Objetivos ____________________________________________ 75
Logística Reversa ______________________________________________ 77
Classificação dos Resíduos ____________________________________ 78
Tratamento de Resíduos Sólidos ________________________________ 79
Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos ________ 85
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 CAPÍTULO 05
NOÇÕES DE GESTÃO AMBIENTAL
Recapitulando _______________________________________________
Introdução à Gestão Ambiental _______________________________
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Processo de Planejamento _____________________________________ 96
Sistema de Gestão Ambiental _________________________________ 97
Responsabilidade Socioambiental ______________________________ 106
Recapitulando _________________________________________________108
Fechando a Unidade ___________________________________________ 112
Referências ____________________________________________________ 117
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O meio ambiente é um tema que vem sendo discutido ao longo 
do tempo em todas as esferas do mundo, mas o seu conceito começou a 
(re)modificar-se e, com isso, sua totalidade em relação a sua aplicabilida-
de passou a tomar grandes proporções. Por ser um tema complexo, tem 
o objetivo de investigá-lo e entendê-lo em todas as partes e dimensões.
A partir da modernidade e com a revolução industrial, o meio 
ambiente tornou-se pauta principal, onde sua discussão a nível mundial 
girou em torno de sua definição, preservação e proteção. Isto se deu 
quando estudiosos começaram a perceber que os recursos naturais 
presentes no meio ambiente são finitos.
Diante desta preocupação, grande parte dos estudos voltados 
ao meio ambiente versam sobre o desenvolvimento sustentável, a con-
servação das faunas e floras, uso consciente e o consumo reduzido, 
buscando manter o equilíbrio ecológico e, consequentemente, atuando 
no impacto da saúde, segurança e bem-estar das comunidades.
No primeiro capítulo dessa unidade, alguns conceitos básicos 
serão tratados, tais como antropocentrismo, ecocentrismo, meio am-
biente e ecologia, bem como sua importância no contexto do meio am-
biente, objetivando uma visão ampla das transformações, conquistas e 
movimentos, que versam sobre os diferentes olhares do meio ambiente.
No segundo capítulo, trataremos sobre a poluição e seus tipos. 
Discorreremos sobre as principais formas de poluição existentes e, ao 
longo da unidade, serão apresentadas de forma detalhada a poluição 
hídrica e a poluição atmosférica, exibindo dois exemplos de poluição 
muito recorrentes no Brasil e suas formas de tratamento.
Pensando nas dinâmicas legais que regem os conceitos e as de-
finições, iremos, no terceiro capítulo, tratar das normativas e leis, código 
florestal e suas mudanças no novo modelo, bem como o conceito de Es-
tudo Prévio de Impacto Ambietnal (EPIA) / Relatório de Impacto Ambiental 
(RIMA). Este capítulo abordará de forma ampla as leis que versam sobre o 
meio ambiente e tudo o que o compõe, na busca pela sua proteção.
O quarto capítulo será trabalhado sobre a Política Nacional de 
Resíduos Sólidos (PNRS), explorando as classificações de resíduos só-
lidos, seus impactos, bem como algumas formas de tratamento existen-
tes para as finalidades destes.
No último capítulo será abordada a Gestão Ambiental, bem 
como os processos que a regem para um bom funcionamento, atrelada 
à ideia de responsabilidade ambiental, que buscará trazer a consciência 
de um cuidado coletivo visto que, como na Lei 6.938 de 1981, o meio 
ambiente é um bem público e deve ser protegido por todos.
A importância da temática ambiental impacta diretamente nas 
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relações de trabalho, por serem as formas mais ativas de vivência em 
sociedade. A partir do trabalho, são envolvidas as comunidades e so-
ciedades, portanto, buscar novas formas e aplicar métodos eficazes no 
cuidado coletivo é de extrema importância em um espaço extremamente 
diversificado e de grande impacto mundial como o mercado de trabalho. 
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O MEIO AMBIENTE
A definição de meio ambiente é, muitas vezes, complicada de 
se fazer em poucas palavras, devido ao grau de complexidade do meio 
ambiente propriamente dito, que envolve muitos aspectos naturais e 
sociais. Abaixo, seguem-se algumas tentativas de definição do termo 
meio ambiente propostas por Coimbra (2002):
Meio ambiente é o conjunto dos elementos abióticos (físicos e químicos) e bió-
ticos (flora e fauna), organizados em diferentes ecossistemas naturais e sociais 
em que se insere o homem, individual e socialmente, num processo de interação 
que atenda ao desenvolvimento das atividades humanas e à preservação dos 
recursos naturais e das características essenciais do entorno, dentro das leis da 
PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE
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natureza e de padrões de qualidade definidos (COIMBRA, 2002).
A segunda definição trazida por Coimbra (2002) é mais conci-
sa do que a anterior e sua definição é a seguinte: “Meio ambiente é o 
conjunto dos elementos físicos, químicos e biológicos e de suas múlti-
plas relações, ordenados para a perpetuação da vida e organizados em 
ecossistemas naturais e sociais, constituindo uma realidade complexa e 
marcada pela ação da espécie humana” (COIMBRA, 2002).
A última definição proposta é a mais concisa possível, e define 
o meio ambiente como sendo a realidade complexa resultante da inte-
ração da sociedade humana com os demais componentes do mundo 
natural, no contexto do ecossistema da Terra (COIMBRA, 2002).
Figura 1 - O Meio Ambiente E A Humanidade 
Fonte: (LIMA, 2015).
A definição de meio ambiente não é uma tarefa fácil pela 
complexidade envolvida no contexto (existem inúmeros aspectos 
a serem levados em conta, como os aspectos naturais e sociais).
HISTÓRICO SOBRE A QUESTÃO AMBIENTAL
Antropocentrismo
O Antropocentrismo surgiu na Europa no final da Idade Média, 
esta é uma visão que considera o homem como o centro do cosmos, 
sugerindo que ele deve ser o centro das ações, da expressão cultural, 
histórica e filosófica. Cercado de novas descobertas, a influência do 
antropocentrismo (homem como o centro do mundo), exacerbou desco-
bertas nas ciências, principalmente nas ciências naturais como a física. 
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Neste tempo de descobrimento, o homem começa a ganhar força, e tor-
na-se o detentor do poder diante do controle da natureza, colocando-a 
como uma “auxiliar”, podendo ser usada para satisfação das necessida-
des intrinsecamente humanas.
Figura 2 - Representação Esquemática do Antropocentrismo
Fonte: (Alves, 2012).
Considera-se que na passagem da era medieval (tempo em 
que a igreja e a Bíblia eram mandamentos superiores), para o renasci-
mento (tempo de novas descobertas, o homem se impõe e Deus ganha 
a qualidade de um ser divino que está sob a terra e não mais no centro 
das decisões humanas), essa fase é a que se inicia o antropocentrismo.
Ecocentrismo
O Ecocentrismo é um movimento que, ao contrário do Antro-
pocentrismo, coloca o homem e a natureza em pesos equivalentes, ou 
seja, acredita que o ser humano é parte essencial da natureza, assim 
como ela é parte fundamental na vida do homem. Considera todos uma 
unidade, trazendo consigo a importância de estar sempre em equilíbrio, 
para o funcionamento correto do ciclo da vida.
Figura 3 - Representação Esquemática do Ecocentrismo
Fonte: (ALVES, 2012).
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EVOLUÇÃO HISTÓRICA: PREOCUPAÇÃO COM O MEIO AMBIENTE
Os efeitos dos impactos ambientais, advindos das modifica-
ções do homem, começaram a preocupar muitos estudiosos, ambien-
talistas e agências governamentais a partir da década de 1950 em todo 
o mundo. A busca neste tempo era sobre formas de proteger o meio 
ambiente. Segundo o Ministério da Educação (2012), tornaram-se he-
gemônicas na civilização ocidental as interações sociedade/natureza 
adequadas às relações de mercado. 
A exploração dos recursos naturais se intensificou muito e ad-
quiriu outras características, a partir das revoluções industriais e do de-
senvolvimento de novas tecnologias, associadas a um processo de for-
mação de um mercado mundial, que transforma desde a matéria-prima 
até os mais sofisticados produtos em demandas mundiais.
Andrade, Tachizawa e Carvalho (2000) analisarame percebe-
ram que o movimento ambientalista ocorre de fato no século XX, com 
a Conferência Científica da Organização das Nações Unidas (ONU), 
sobre a conservação e a utilização de recursos em 1949, e com a Con-
ferência sobre a biosfera, feita em Paris, em 1968. Mas um grande mar-
co sobre o meio ambiente foi a Conferência de Estocolmo, em 1972 (I 
CNUMAD), que teve por objetivo conscientizar os países sobre a impor-
tância da conservação ambiental como fator fundamental à manutenção 
da espécie humana. A palavra-chave em Estocolmo foi poluição.
“Chegamos a um ponto na História em que devemos moldar nossas ações 
em todo o mundo, com maior atenção para as consequências ambientais. 
Através da ignorância ou da indiferença podemos causar danos maciços e 
irreversíveis ao meio ambiente, do qual nossa vida e bem-estar dependem. 
Por outro lado, através do maior conhecimento e de ações mais sábias, po-
demos conquistar uma vida melhor para nós e para a posteridade, com um 
meio ambiente em sintonia com as necessidades e esperanças humanas…” 
“Defender e melhorar o meio ambiente para as atuais e futuras gerações se 
tornou uma meta fundamental para a humanidade.”
Trechos da Declaração da Conferência da ONU sobre o Meio Ambiente (Es-
tocolmo, 1972).
O Relatório Brundtland, conhecido como "Nosso Futuro Co-
mum”, foi elaborado pela Comissão Mundial para o Desenvolvimento 
e o Meio Ambiente (CMDM) em 1987. Tal relatório tornou conhecida 
mundialmente a definição de desenvolvimento sustentável, sendo este 
documento um marco histórico, buscando enfrentar os problemas oca-
sionados, garantindo um futuro a todos. 
Em sua definição, desenvolvimento sustentável é aquele que 
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atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilida-
de das gerações futuras de atenderem às suas próprias necessidades” 
(BARBIERI, 2004, FREY e CAMARGO, 2003 e JACOBI, 1999). Na dé-
cada de 90, a II Conferência Nacional da ONU, aconteceu no Brasil, 
a cidade do Rio de Janeiro, sediou a Rio 92, que tinha como tema o 
Meio Ambiente e Desenvolvimento, conhecida também como Cúpula 
da Terra, resultando em importantes documentos como a Carta da Terra 
(conhecida como Declaração do Rio) e a Agenda 21.
Em 1997, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças 
Climáticas aconteceu no Japão. Neste evento houve a pactuação do 
tratado conhecido como Protocolo de Kyoto, que exigiu metas para re-
dução da emissão de gases na atmosfera. Nos anos 90, a preocupação 
com o meio ambiente ganhou espaço, os locais de discussão e escuta, 
os tratados e a união dos países em busca de um mundo melhor con-
figuraram grandes revoluções no quesito “pensar/ser meio ambiente”.
O século XXI também não ficou para trás na busca pela prote-
ção ao meio ambiente, exatos 10 anos após a cúpula da terra acontecer 
no Rio de Janeiro, com estipulação de metas na agenda 21 para os 
países, a ONU realizou o RIO+10, em Joanesburgo na África do Sul. 
Conhecida como a cúpula mundial, teve como discussão central o de-
senvolvimento sustentável, uma das pautas que mais foram debatidas 
foram sobre o estabelecimento de medidas para redução de 50 % das 
pessoas que viviam abaixo da linha da pobreza, até 2015, uso da água, 
manejo dos recursos naturais e desenvolvimento sustentável.
 Rio+20 foi o nome dado à Conferência das Nações Unidas 
sobre o Desenvolvimento Sustentável, em 2012, na cidade do Rio de 
Janeiro. Ao todo foram 193 países participantes e o objetivo principal 
foi a reafirmação e a renovação da participação dos países nas metas. 
Esta meta teve em debate a economia verde, a erradicação da pobreza 
e a estrutura para o desenvolvimento sustentável.
A partir desse breve contexto histórico, percebe-se que as 
questões ambientais foram ganhando força e espaço nas discussões 
mundiais. As conferências tiveram papéis importantes na criação deste 
vínculo, que buscou integrar uma visão holística para que o homem vis-
se a natureza como sua fonte de vida. Passamos, portanto, pelas fases 
de reivindicações, definições e nomenclaturas, como o desenvolvimen-
to sustentável. E temos a partir dos anos 90, uma geração mais ativa e 
consciente das questões ambientais no Brasil e no mundo.
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Para saber mais sobre as conferências mais importantes, 
bem como o contexto histórico, acesso o link da página da ONU
Disponível em: <https://nacoesunidas.org/acao/meio-am-
biente/>.
 
MEIO AMBIENTE E ECOLOGIA
A palavra "ambiente" vem do latim ambiens, tendo significado 
de "que rodeia". O termo meio ambiente pode ser percebido de várias 
formas. Para a definição da Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA) 
brasileira, estabelecida pela Lei 6938 de 1981, o meio ambiente é “o con-
junto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química 
e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas”. 
 
Figura 4 - Meio Ambiente
Fonte: (AMBIENTAL, 2018).
Meio Ambiente Ecologicamente Equilibrado
Segundo o art.225, caput, da Constituição: todos têm direito ao 
meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo 
e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e 
à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e 
futuras gerações. Esse dispositivo pode ser dividido em quatro partes:
- Meio ambiente ecologicamente equilibrado é um direito fun-
damental da pessoa humana (direito à vida com qualidade);
- O meio ambiente é um bem de uso comum do povo, bem 
difuso, portanto, indisponível;
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- O meio ambiente é um bem difuso e essencial à sadia quali-
dade de vida do homem;
- O meio ambiente deve ser protegido e defendido pelo Poder 
Público e pela coletividade para as presentes e futuras gerações.
Ecologia
A palavra ecologia foi definida pela primeira vez em 1866 por 
Ernst Haeckel e, para ele, ecologia era “a ciência capaz de compre-
ender a relação do organismo com seu ambiente”. Ricklefs em 1973, 
definiu a ecologia como “o estudo do ambiente natural, particularmente 
as relações entre os organismos e suas adjacências”.
A ecologia pode ser considerada uma das ciências mais anti-
gas. A vontade de conhecer e entender tudo o que nos cerca, bem como 
nosso próprio corpo, vem de tempos mais antigos, contudo, nos últimos 
anos, o interesse em desvendar estes mistérios vem aumentando, as-
sim como a busca pela conservação do meio ambiente, a preservação 
dos recursos naturais, fauna e flora.
A ecologia humana busca entender a interação entre os atribu-
tos naturais e culturais da sociedade dos homens e fazer um paralelo 
entre a organização social dos seres humanos e a dos outros seres 
vivos, mostrando maior ou menor capacidade de dominar o meio am-
biente. (SILVEIRA; PHILIPPI, 2014).
A ecologia humana vai além da demografia, uma vez que lida com fatores ex-
ternos e com a dinâmica interna das populações humanas, que são parte das 
comunidades bióticas e dos ecossistemas. Ela estende-se além da ecologia 
pois aborda a flexibilidade na conduta humana, sua habilidade em controlar o 
meio e o desenvolvimento cultural, em parte independente do meio ambien-
te. A cultura, por sua vez, é a maneira como as pessoas vivem em determina-
das áreas, em determinados períodos (SILVEIRA; PHILIPPI, 2014).
Existem algumas variações de meio ambiente ecologica-
mente equilibrado:
Meio ambiente natural: meio ambiente natural é uma das 
espécies do meio ambiente ecologicamente equilibrado (art. 225 
da Constituição Federal - CF). Integram o meio ambiente natural a 
atmosfera, as águas interiores, superficiais e subterrâneas, os es-
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tuários, o mar territorial, o solo, o subsolo, os elementos da biosfe-
ra, a fauna e a flora (art°3°, V, da Lei n.6.938/81).
Meio ambiente cultural: O meio ambiente cultural integra o 
patrimônio cultural nacional, incluindo as relações culturais, turís-
ticas, arqueológicas, paisagísticas e naturais.
Meio ambiente artificial: meio ambiente artificial é uma das 
espécies do meio ambiente ecologicamente equilibrado, previsto 
no art. 225 da CF. Meio ambiente artificial é gênero, cujas espécies 
são espaços rurais e urbanos.
Meio ambiente do trabalho: meio ambiente do trabalho é 
uma das espécies do meio ambiente ecologicamente equilibrado, 
previsto no art. 225 da CF, estando intimamente relacionado com a 
segurança do empregado em seu local de trabalho.
POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE (PNMA)
A Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA) é uma lei que de-
fine os instrumentos de proteção do meio ambiente no Brasil. A Lei 6.938 
de 31 de agosto 1981, dispõe as regras, mecanismos e demandas que 
buscam minimizar os problemas ambientais no território brasileiro. A po-
lítica tem como finalidade prevista no artigo 2°, a preservação, melhoria 
e recuperação da qualidade ambiental. Para isso, a lei considera o meio 
ambiente um bem público, a ser assegurado e protegido por todos. 
Em seus princípios, ela destaca a racionalização do uso do 
solo, o planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais, a 
proteção ao meio ambiente, assim como sua biodiversidade, o controle 
dos zoneamentos das atividades poluidoras. A lei tece definições preci-
sas, são elas: 
- Degradação ambiental: “alteração adversa das característi-
cas do meio ambiente”.
- Recursos ambientais: “a atmosfera, as águas interiores, su-
perficiais e subterrâneas, os estuários, o mar territorial, o solo, o subso-
lo, os elementos da biosfera, a fauna e a flora”.
A Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA) traz como obje-
tivos, em seu art. 4º, os seguintes:
I - à compatibilização do desenvolvimento econômico-social com a preserva-
ção da qualidade do meio ambiente e do equilíbrio ecológico; 
II - à definição de áreas prioritárias de ação governamental relativa à qualida-
de e ao equilíbrio ecológico, atendendo aos interesses da União, dos Esta-
dos, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios; 
III - ao estabelecimento de critérios e padrões de qualidade ambiental e de 
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normas relativas ao uso e manejo de recursos ambientais; 
IV - ao desenvolvimento de pesquisas e de tecnologias nacionais orientadas 
para o uso racional de recursos ambientais; 
V - à difusão de tecnologias de manejo do meio ambiente, à divulgação de 
dados e informações ambientais e à formação de uma consciência pública 
sobre a necessidade de preservação da qualidade ambiental e do equilíbrio 
ecológico; 
VI - à preservação e restauração dos recursos ambientais com vistas à sua 
utilização racional e disponibilidade permanente, concorrendo para a manu-
tenção do equilíbrio ecológico propício à vida;
 VII - à imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de recuperar e/ou 
indenizar os danos causados e, ao usuário, da contribuição pela utilização de 
recursos ambientais com fins econômicos.
A política em sua criação, contemplou a todas as esferas go-
vernamentais, sociais e políticas, e define que o meio ambiente, por ser 
um bem coletivo, deve ser cuidado por todos.
Instrumentos da PNMA
No Brasil a Lei 6.938/81, conhecida como Política Nacional 
do Meio Ambiente corroborou para um maior reconhecimento sobre 
as questões ambientais existentes. Com a política, começou-se a vi-
gorar pelo país instrumentos de avaliações, parâmetros regulatórios e 
padrões de exigência rigorosos, que foram de grande importância às 
questões ambientais atuantes. Entre vários instrumentos, estão estabe-
lecidos pela Lei n° 6.938/81, em seu art. 9º:
I - o estabelecimento de padrões de qualidade ambiental; 
II - o zoneamento ambiental; 
III - a avaliação de impactos ambientais;
IV - o licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente po-
luidoras; 
V - os incentivos à produção e instalação de equipamentos e a criação ou 
absorção de tecnologia, voltados para a melhoria da qualidade ambiental;
VI - a criação de reservas e estações ecológicas, áreas de proteção ambien-
tal e as de relevante interesse ecológico, pelo Poder Público Federal.
É necessário distinguir os objetivos da Política Nacional 
do Meio Ambiente (PNMA) dos instrumentos, pois, estes são fre-
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quentemente objetos de prova de concursos.
O ZONEAMENTO AMBIENTAL
É uma delimitação de áreas, em que um determinado espaço 
territorial é dividido em zonas de características comuns e, com base 
nesta divisão, são estabelecidas as áreas previstas nos projetos de ex-
pansão econômica ou urbana. Embora o Estado e a União tenham po-
der para executá-lo, muitas vezes são feitos pelos municípios.
 
A AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL (AIA)
Pode ser definida como uma série de procedimentos legais, 
institucionais e técnico-científicos, com o objetivo caracterizar e identi-
ficar impactos potenciais na instalação futura de um empreendimento, 
ou seja, prever a magnitude e a importância desses impactos (BITAR & 
ORTEGA, 1998). A figura abaixo ilustra as etapas desta avaliação.
Figura 5 - Análise dos Impactos Ambientais
Fonte: Adaptado de Unesp, p. 02/12.
O Estudo de Impacto Ambiental é previsto, segundo a Consti-
tuição Federal, para os casos de licenciamento de atividades que envol-
vam significativo impacto ambiental. Antonio Inagê, citado por Philippi et 
al. (2014), define a Avaliação de Impacto Ambiental como sendo:
“Conjunto de métodos e procedimentos que, aplicados a um caso concreto, 
permite avaliar as consequências ambientais de um determinado Plano, Pro-
grama, Política (ou até mesmo de empreendimentos pontuais), aproveitando 
ao máximo suas consequências benéficas e diminuindo, também ao máximo 
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possível, seus efeitos deletérios do ponto de vista ambiental e social. [...] Os 
métodos e procedimentos do AIA, portanto, nada mais são do que instru-
mentos colocados à disposição do empreendedor, público ou privado, para 
o apoio de sua decisão sobre a execução ou não de um empreendimento, 
assim como, no caso positivo, a melhor maneira de ele ser implementado. 
(OLIVEIRA, 2005 apud PHILIPPI et al., 2014). 
O roteiro mínimo a ser seguido por aqueles que devem re-
alizar um Estudo de Impacto Ambiental (EIA), pode ser visto abai-
xo, de acordo com o art.6º da Resolução Conama n. 1/86, (PHILIPPI 
et al., 2014).
• Diagnóstico ambiental da área: meio físico, meio biótico, 
meio socioeconômico;
• Análise dos impactos e alternativas;
• Medidas mitigatórias;
• Programas de monitoramento e acompanhamento;
Sendo considerado:
• Meio físico: o subsolo, as águas, o ar e o clima, destacan-
do os recursos minerais, a topografia, os tipos e aptidões do solo, 
os corpos d’água, o regime hidrográfico, as correntes marinhas, as 
correntes atmosféricas;
• Meio biótico: fauna, flora, destacando espécies indicado-
ras da qualidade ambiental, de valor científico e econômico, raras 
e ameaçadas de extinção e as áreas de preservação permanente;
• Meio socioeconômico: uso e ocupação do solo, usos da 
água e a sócio-economia, destacando os sítios e monumentos ar-
queológicos, históricos e culturais da comunidade, as relações de 
dependência entre a sociedade local, os recursos ambientais e a 
potencial utilização futura desses recursos.
Fonte: PHILIPPI et al., 2014.
O LICENCIAMENTO AMBIENTAL
É o processo administrativo complexo que tramita perante a 
instância administrativa responsável pela gestão ambiental, seja no âm-
bito federal, estadual ou municipal, e que tem como objetivo assegurar 
a qualidade de vida da população, por meio de um controle prévio e de 
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um continuado acompanhamento das atividades humanas capazes de 
gerar impactos sobre o meio ambiente.
O que significa Licenciamento Ambiental? 
É o procedimento no qual o poder público, representado 
por órgãos ambientais, autoriza e acompanha a implantação e a 
operação de atividades, que utilizam recursos naturais ou que se-
jam consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras. É obriga-
ção do empreendedor, prevista em lei, buscar o licenciamento am-
biental junto ao órgão competente, desde as etapas iniciais de seu 
planejamento e instalação, até a sua efetiva operação.
Leia o Manual de Licenciamento Ambiental: 
Disponível em: <http://www.mma.gov.br/estruturas/sqa_
pnla/_arquivos/cart_sebrae.pdf>
SISTEMA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE - SISNAMA
Na edição da Lei 6.938/81, foi criado o Sistema Nacional do Meio 
Ambiente (SISNAMA). A finalidade deste órgão é o de estabelecer padrões 
que viabilizem o desenvolvimento sustentável, a partir de mecanismos pró-
prios, visando uma amplitude e eficiência na proteção do meio ambiente.
A atuação desse conselho se fará por uma articulação coordenada dos ór-
gãos e entidades, colhendo informações dos setores interessados, incluin-
do-se a opinião pública, para a formulação de uma posição comum ou de 
maioria. O destino fim dos órgãos é de cumprir o princípio maior presente da 
Constituição Federal e nas normas infraconstitucionais, nas diversas esferas 
da Federação (SIRVINSKAS, 2008).
Ao poder executivo, está designado apreciar o pedido de licen-
ciamento e exercer o controle das atividades que se utilizam dos recursos 
naturais. Ao poder legislativo, cabe elaborar leis, fixar orçamentos para os 
órgãos ambientais e exercer o controle das atividades do executivo. 
Para o judiciário, cabe fazer a revisão dos atos administrativos 
praticados pelo executivo e exercer o controle da constitucionalidade 
das normas. Ao ministério público, promover o inquérito civil e a ação 
civil pública para a proteção do meio ambiente (art.129, III, da Consti-
tuição Federal). Os órgãos que compõem o Sistema Nacional de Meio 
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Ambiente (SISNAMA), estão previstos na Lei 6.938/81, art. 6°:
- Conselho de Governo (órgão superior);
- CONAMA (órgão consultivo, deliberativo e normativo);
- Ministério do Meio Ambiente - MMA (órgão central);
- IBAMA (órgão executor);
- Órgãos da Administração federal direta, indireta ou fundacio-
nal, encarregados de proteger o meio ambiente (órgãos setoriais);
- Órgãos e entidades estaduais ambientais: Secretaria de Es-
tado de Meio Ambiente (SEMA), Conselho Nacional do Meio Ambiente 
(CONAMA), Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), 
Departamento Estadual de Proteção de Recursos Naturais (DEPRN), 
Polícia Militar Ambiental etc. (órgãos seccionais);
- Órgãos que entidades municipais ambientais (órgãos locais).
Mediante as organizações destacam-se as funções principais 
competidas a cada órgão existente no SISNAMA.
As diretrizes que compõem o zoneamento, as taxas de li-
cenciamento, e a competência a fundo dos órgãos, além de toda 
explicação dos instrumentos do SISNAMA se encontram no site: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L6938.htm>
E para complementar o estudo, o artigo: “Breve análise 
dos instrumentos da Política de Gestão Ambiental Brasileira”, 
apresenta uma introdução boa sobre os instrumentos presentes 
na Lei 6.938 de 1981.
ATENÇÃO: Estudante, atente-se aos objetivos e princípios 
da Política Nacional do Meio Ambiente, bem como o SISNAMA, a 
servidão ambiental e toda sua composição, estes são assuntos que 
caem com frequência nos mais variados concursos brasileiros.
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Figura 6 - SISNAMA (Sistema Nacional do Meio Ambiente)
Fonte: (BRENNY, 2010).
Chegamos ao fim deste capítulo e, para reforçar os seus es-
tudos, deixarei algumas recomendações bibliográficas relevantes:
PHILIPPI, Jr., ROMÉRO, M., BRUNA, G. Curso de Gestão 
Ambiental 2ed. Atual. eampl. Barueri-SP: Manole, 2014 (Coleção 
ambiental, v.13).
RUPPENTHAL, Janis. Gestão Ambiental. Santa Maria: Uni-
versidade Federal de Santa Maria, Colégio Técnico Industrial de 
Santa Maria, Rede e-TEC, Brasil 2014. 128 p.
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QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2014 Banca: CEC Órgão: Prefeitura de Piraquara PR Prova: 
Biólogo Nível: Médio.
Instrumento da Política Nacional do Meio Ambiente, de importância 
para a gestão institucional de planos, programas e projetos, em 
nível federal, estadual e municipal. O texto acima se refere ao que 
está em qual alternativa?
a) Estudo de Impacto Ambiental 
b) Avaliação do Impacto Ambiental 
c) Relatório de Impacto Ambiental 
d) Sistema de Gestão Ambiental
e) Resumo do Impacto Ambiental
QUESTÃO 2
Ano: 2016 Banca: ITAME Órgão: Prefeitura de Aragoiânia-GO Pro-
va: Biólogo Nível: Médio
“É o procedimento no qual o poder público, representado por ór-
gãos ambientais, autoriza e acompanha a implantação e a opera-
ção de atividades, que utilizam recursos naturais ou que sejam 
consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras”.
Esta definição corresponde a:
a) Licenciamento Ambiental 
b) Zoneamento Ambiental 
c) Política Nacional da Biodiversidade 
d) Educação Ambiental
QUESTÃO 3
Ano: 2006. Banca: Universidade de Pernambuco (UPE / UPENET / 
IAUPE), Órgão: Prefeitura de Paulista - PE, Prova: Professor- Área 
Geografia, Nível: Superior
Sobre a questão da degradação / preservação ambiental e os mo-
vimentos sociais, é correto afirmar:
a) As grandes manifestações sociais relativas à preocupação com o 
meio ambiente ocorreram após os conflitos da Primeira Guerra Mun-
dial, quando foram criadas as bases para o nascimento dos movimentos 
ecológicos e de responsabilidade social das empresas.
b) Muitas manifestações sociais marcaram os anos de 1950 e 1960, cons-
tituindo-se como marco principal os movimentos hippies, e a realização 
da primeira Conferência Mundial de Desenvolvimento e Meio Ambiente
c) A contínua destruição e degradação do patrimônio ambiental do pla-
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neta tornou necessária a realização da Conferência Eco- 92 no Rio de 
Janeiro, promovida pela OEA - Organização dos Estados Americanos, 
que resultou nas propostas "metas do Milênio".
d) O objetivo dos movimentos sociais, como de algumas ONGs, é a 
promoção de um desenvolvimento sustentável ou ecodesenvolvimento, 
meta comum dos países, empresas e governo, da Conferência de Esto-
colmo, a partir da agenda 21.
e) Das Conferências Mundiais realizadas sobre meio ambiente resulta-
ram documentos e programas sobre a questão ambiental, como o PNU-
MA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), o protocolo 
de Kyoto, a Carta da Terra, a Agenda 21, as Metas do Milênio, etc.
QUESTÃO 4
Ano: 2019. Banca: CESPE, Órgão:TJ-BA, Prova:Juiz Estadual, Ní-
vel: Superior
De acordo com a jurisprudência do STF, o conceito de meio am-
biente inclui as noções de meio ambiente:
a) artificial, histórico, natural e do trabalho 
b) cultural, artificial, natural e do trabalho 
c) natural, histórico e biológico 
d) natural, histórico, artificial e do trabalho 
e) cultural, natural e biológico
QUESTÃO 5
Ano: 2017. Banca: CESPE, Órgão:Prova:Belo Horizonte Procura-
dor Municipal, Nível: Superior
A respeito do direito ambiental, assinale a opção correta de acordo 
com o disposto na CF.
a) A proteção jurídica fundamental do meio ambiente ecologicamente 
equilibrado é estritamente antropocêntrica, uma vez que se considera o 
bem ambiental um bem de uso comum do povo. 
b) Além de princípios e direitos, a CF prevê ao poder público e à coleti-
vidade deveres relacionados à preservação do meio ambiente.
c) Será inválida a criação de espaços territoriais ambientalmenteprote-
gidos por ato diverso da lei em sentido estrito.
d) O direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado consta ex-
pressamente na CF como direito fundamental, o que o caracteriza como 
direito absoluto.
QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE
“Um dos mais importantes movimentos sociais dos últimos anos, promo-
vendo significantes transformações no comportamento da sociedade e 
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na organização política e econômica, foi a chamada “revolução ambien-
tal”. Com raízes no final do século XIX, a questão ambiental emergiu 
após a 2ª Guerra Mundial, promovendo importantes mudanças na visão 
do mundo. Pela primeira vez a humanidade percebeu que os recursos 
naturais são finitos e que seu uso incorreto pode representar o fim de 
sua própria existência. Com o surgimento da consciência ambiental, a 
ciência e a tecnologia passaram a ser questionadas” (Bernardes e Fer-
reira, 2003). Diante esta citação, discorra resumidamente sobre o tema, 
pontuando a questão abaixo: a) As causas da degradação ambiental; b) 
O papel do complexo econômico-científico.
TREINO INÉDITO
Marque a alternativa correta que complete o espa-
ço:__________________ é “a atmosfera, as águas interiores, su-
perficiais e subterrâneas, os estuários, o mar territorial, o solo, o 
subsolo, os elementos da biosfera, a fauna e a flora”. (Lei 6.938)
a. zoneamento
b. recursos naturais
c. meio ambiente
d. SISNAMA
e. Avaliação do Impacto Ambiental
Figura 7 – Desastre de Brumadinho - Militares israelenses buscam por vítimas 
em Brumadinho (MG).
Fonte: UOL, 2019.
NA MÍDIA
MINA DE BRUMADINHO TEM HISTÓRICO DE DANOS AMBIENTAIS
Córrego do Feijão recebeu pelo menos cinco multas desde 1988 por de-
gradação ambiental, incluindo despejo de efluentes em recursos hídricos 
e prejuízos à qualidade do ar, e pode ter prejudicado a saúde da popu-
lação. A mina Córrego do Feijão, de Brumadinho (MG), foi alvo de pelo 
menos cinco multas ambientais desde 1988, de acordo com os registros 
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do Siam (Sistema Integrado de Informação Ambiental de Minas Gerais).
A notícia explora que a mina provocou degradação ambiental anterior-
mente, entre 2007 e 2009 na região, por despejos de efluentes que 
prejudicaram a qualidade do ar. Em 2003, a mina já havia sido multada 
pelo deslizamento de um talude na estrada que dá acesso à empresa 
mineradora que pertence ao grupo Vale S/A desde 2001. As duas mul-
tas somaram R$ 120 mil.
O rompimento da barragem de 86 metros de altura e 720 metros de com-
primento liberou mais de 11 milhões de metros cúbicos de lama e rejeitos 
de minério de ferro no rio Paraopeba e arrasou instalações da mineradora 
e parte de uma comunidade da cidade. Centenas de pessoas continuam 
desaparecidas entre os rejeitos, e 84 mortes foram confirmadas até então. 
Fonte: UOL
Data: 30 jan. 2019.
Leia a notícia na íntegra:
<https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/deutschewelle/2019/01/30/
mina-de-brumadinho-tem-historico-de-danos-ambientais.htm>
NA PRÁTICA
A Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA) foi um ganho gigantesco às 
questões ambientais brasileiras, em tese, todo o legislativo ambiental brasi-
leiro é composto por medidas preventivas e protetivas, de portes confiáveis 
e precisos. No que tange à ação na prática, é uma dificuldade que precisa 
ser contornada, não há aplicabilidade das leis em sua totalidade, isso se 
dá por vários motivos, entre eles: a falta de fiscalização, monitoramento e 
penalizações, aceleram os processos de degradação ambiental. No dia a 
dia, o conhecimento de tais normas e conceitos, auxiliam na aplicabilidade 
de medidas simples e impactantes no mercado de trabalho. O profissional 
deve, contudo, buscar ao máximo a valorização deste no espaço de tra-
balho, visto que, as questões ambientais influenciam diretamente na ma-
nutenção da vida humana, seja ela, biológica, psíquica ou econômica. As 
discussões sobre tais fatos tornam-se valiosas quando, através de ensino, 
pesquisa e extensão, abre-se um diálogo sobre o que se tem em mãos, 
seus pontos positivos e negativos, e o trabalho incessante na busca por 
melhorias e potencialização destas ferramentas. 
PARA SABER MAIS
Filme sobre o assunto: O sal da Terra 
Disponível em: <https://youtu.be/dT7wv2HSkYE>.
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POLUIÇÃO
Como vimos ao longo do capítulo, a concepção, definição e 
estruturação de meio ambiente e ecologia, passaram por várias (re)mo-
dificações através dos séculos, e o que os tornaram evidentes e pautas 
de grandes estudos. A causa disso foi exatamente a sua escassez. E 
por que isso aconteceu? Com os rápidos avanços da sociedade, ob-
servamos o crescente aumento pelos bens de consumo, enquanto os 
bens de reposição dos recursos naturais têm se tornado cada vez mais 
escassos, isso advém um problema grande desencadeado por muitos 
fatores, dentre eles, a poluição.
A poluição no meio do trabalho é tão grande, que o boletim epi-
demiológico do Ministério da Saúde (2016), revelou um número grande 
POLUIÇÃO E CONTROLE AMBIENTAL
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de intoxicações exógenas (causadas por agentes químicos, como po-
luentes no ar, compostos orgânicos voláteis, solventes, gases e líquidos 
inflamáveis, explosivos, tóxicos), este levantamento revelou que no ter-
ritório brasileiro acontece cerca de 4,8 milhões de casos a cada ano e, 
aproximadamente, 0,1 a 0,4% das intoxicações resultam em óbito (ZAM-
BOLIM; OLIVEIRA, 2008). Este número grandioso, ainda não revela os 
casos que acometem a população em geral e o meio ambiente, fato este 
que amplia ainda mais os casos ocultos de poluição por intoxicações. 
O entendimento sobre a poluição e seus modos de acome-
timento, designam uma atenção específica à importância de se pen-
sar em modos saudáveis de trabalho, produção e consumo. A partir 
desta breve introdução, responda: O que é poluição para você?
Segundo Braga, poluição “é uma alteração indesejável nas ca-
racterísticas do meio ambiente que pode levar direta ou indiretamente a 
danos à saúde, à sobrevivência ou às atividades dos seres humanos e 
a outras espécies ou ainda deteriorar materiais” (BRAGA et al., 2005).
A Lei 6.938 de 1981, que regulamenta a Política Nacional do 
Meio Ambiente, aborda poluição como poluição, a degradação da qua-
lidade ambiental resultante de atividades que direta ou indiretamente: 
prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população; criem 
condições adversas às atividades sociais e econômicas; afetem desfavo-
ravelmente a biota; afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio 
ambiente; lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões 
ambientais estabelecidos. O poluidor, apresenta-se como “poluidor, a 
pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável, dire-
ta ou indiretamente, por atividade causadora de degradação ambiental”.
A degradação da qualidade ambiental também reitera este arti-
go no PNMA, expondo que ela se caracteriza como “a alteração adver-
sa das características do meio ambiente”.
Poluente segundo a lei 6.938/81, "é toda e qualquer forma de 
matéria ou energia liberada no meio ambiente em desacordo com as 
normas ambientais existentes, colocando em risco a saúde, a seguran-
ça ou o bem-estar comum".
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TIPOS DE POLUIÇÃO
A poluição possui diversas espécies e se divide em linhas gran-
des e amplas como: a poluição atmosférica; a poluição hídrica; a poluição 
do solo; a poluição da fauna e flora; a poluição da biodiversidade; a polui-
ção do patrimônio genético; a poluição de zonas costeiras, entre outros. 
No decorrer do capítulo,iremos discorrer sobre as poluições atmosféricas 
e hídricas, adiante, deixaremos endereços e dicas de leituras que irão 
trazer mais detalhes para cada processo e para cada tipo de poluição.
Poluição Atmosférica
Atmosfera é a camada de ar que envolve a terra, nela há uma 
composição de aproximadamente 20% de oxigênio, 79% de nitrogênio 
e 1% de quantidades variáveis de vapor de água, dióxido de carbono 
entre outros gases nobres. A principal função desta é proteger a terra 
da radiação ultravioleta, funcionando basicamente como uma (peneira), 
onde filtra os raios mais fortes, evitando o superaquecimento da terra, 
consequentemente, evitando a morte na vida terrestre. 
A poluição atmosférica pode ser entendida como a modificação 
da sua constituição, exposta acima, estas mudanças provocam “bura-
cos na camada de ozônio”, facilitando a entrada de uma quantidade 
excessiva de raios ultravioletas advindos do sol, isso pode e coloca em 
risco a saúde, a segurança e o bem-estar social. Há diversas fontes que 
podem ocasionar a sua modificação, entre elas listamos:
- Pelas indústrias (fontes estacionárias);
- Pelos transportes (fontes móveis);
- Pelas queimadas (agropastoris e queima da palha da cana 
de açúcar);
- Pelas usinas nucleares (advindo dos seus rejeitos e aciden-
tes), pelas termelétricas (movidas a combustíveis fósseis, como óleo, 
carvão e ou gás natural) e por ondas eletromagnéticas (radiação por 
radiofrequência). 
Podemos classificar os poluentes em duas categorias, como 
primários e secundários:
- Os poluentes primários são aqueles originados diretamente 
das fontes de emissão. Eles são o resultado de processos industriais, 
gases de exaustão de motores de combustão interna, entre outros. Po-
demos citar como exemplos os óxidos sulfurosos, óxidos nitrosos e ma-
teriais particulados (RUPPENTHAL, 2014).
- Os poluentes secundários são aqueles formados na atmosfe-
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ra através da reação química entre poluentes primários e constituintes 
naturais da atmosfera. Por exemplo, formação de ozônio, ácido sulfúri-
co, ácido nítrico (RUPPENTHAL, 2014).
Figura 7 - Principais Poluentes Atmosféricos
Fonte: Ruppenthal, 2014.
A medição da qualidade do ar é realizada para um número restri-
to de poluentes que são definidos devido a sua importância, assim como 
pelos recursos disponíveis para seu acompanhamento. Esses poluentes 
medidos são utilizados como indicadores de qualidade do ar e usados 
globalmente. Eles foram escolhidos por causa da frequência de ocorrên-
cia e dos efeitos adversos resultantes e são: material particulado, óxidos 
de nitrogênio, dióxidos de enxofre, monóxidos de carbono, oxidantes fo-
toquímicos e compostos orgânicos voláteis (RUPPENTHAL, 2014).
Material Particulado
Partículas de material sólido ou líquido suspensas no ar, na 
forma de poeira, neblina, aerossol, fuligem, entre outros. O tamanho 
destas partículas está associado à sua grandeza quanto aos problemas 
de saúde, quanto menor for a partícula, mais grave será os danos, pois, 
elas possuem a capacidade de se fixarem nas paredes do trato respira-
tório mais facilmente.
O material particulado pode ser dividido em: Partículas Totais 
em Suspensão (PTS), Partículas Inaláveis (MP10), Partículas Inaláveis 
Finas (MP2,5) e Fumaça (FMC).
- Partículas inaláveis (MP10), são partículas de material sólido 
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ou líquido suspensas no ar, na forma de poeira, neblina, aerossol, fuli-
gem, entre outros, com diâmetro aerodinâmico equivalente de corte de 
10 micrômetros.
- Partículas Inaláveis Finais (MP 2,5), são partículas de mate-
rial sólido ou líquido suspensas no ar, na forma de poeira, neblina, ae-
rossol, fuligem, entre outros, com diâmetro aerodinâmico equivalente de 
corte de 2,5 micrômetros, devido ao seu pequeno tamanho apresentam 
potencial para penetrar mais profundamente no sistema respiratório, 
podendo atingir os alvéolos pulmonares. 
- Partículas Totais em Suspensão - PTS, são partículas de ma-
terial sólido ou líquido suspensas no ar, na forma de poeira, neblina, 
aerossol, fuligem, entre outros, com diâmetro aerodinâmico equivalente 
de corte de 50 micrômetros; 
- Fumaça (FMC), resulta da combustão incompleta de combus-
tíveis orgânicos e está associada ao material particulado suspenso na 
atmosfera proveniente desses processos. O método de determinação 
da fumaça é baseado na medida de refletância da luz que incide na 
poeira (coletada em um filtro), o que confere a este parâmetro a caracte-
rística de estar diretamente relacionado ao teor de fuligem na atmosfera 
(RUPPENTHAL, 2014). 
Como definido acima, poluente é toda e qualquer forma de ma-
téria ou energia liberada no meio ambiente que possa causar danos à 
saúde, a segurança e ao bem-estar comum. Entre os poluentes que 
podem contaminar o ar, temos o dióxido de carbono (CO2), que perma-
nece no ar por até 200 anos, o óxido nitroso (N2O), que tem um tempo 
de 114 anos de permanência, o metano (CH4), liberado principalmente 
pelo gado, que pode permanecer por 12 anos e o tetracloridro de carbo-
no (CCI4), que tem um tempo de 85 anos presente no ar.
Dentre os compostos nitrogenados, incluem-se N2O, NO NO2, 
NH3, sais de NO3–, NO2–, NH4, que são resultantes, em pequena par-
te, de processos industriais. Na maioria dos casos, estes são oriundos 
da combustão da gasolina e diesel em transporte e queima estacionário 
de combustíveis. 
Esses compostos são precursores do ozônio troposférico e, 
também, participam no processo de formação da chuva ácida. Também 
são imunotóxicos, agindo no trato respiratório e causando fibrose e en-
fisema. Também causam necrose em plantas e agem retardando seu 
crescimento (RUPPENTHAL, 2014).
Os componentes sulfurosos, o enxofre encontra-se nas seguin-
tes formas: COS (carbonil sulfeto), CS2 (sulfeto de carbono), (CH3)2S 
(dimetil sulfeto), H2S (sulfeto de hidrogênio), SO2 (dióxido de enxofre), 
SO4–2 (sulfatos). São gases incolores de odor pungente. As fontes na-
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turais destes compostos do enxofre estão ligadas a degradação biológi-
ca, evaporação das águas oceânicas. 
Os solos ricos em enxofre constituem também, uma fonte na-
tural de H2S. As fontes antrópicas são: combustão de madeiras, óleo 
diesel, petróleo bruto. O SO2 é um gás incolor com um odor irritante e 
azedo. Esse gás é altamente solúvel em água, sendo essa propriedade a 
base dos sistemas de separação úmida do SO2 e da formação de ácido 
sulfúrico no contato com a água ou vapor d’água (RUPPENTHAL, 2014).
Ozônio e oxidantes fotoquímicos: o ozônio é um gás incolor e 
inodoro, normalmente encontrado na estratosfera onde age como um 
filtro para a radiação ultravioleta nociva do sol. Porém, quando é en-
contrado na troposfera, passa a ser um importante poluente por ser o 
principal componente da névoa fotoquímica. Esse gás é formado pela 
reação fotoquímica do óxido nitroso e compostos orgânicos voláteis na 
presença da radiação ultravioleta do sol. Trata-se de um oxidante fi-
totóxico (causa danos para as plantas) e citotóxico (causa danos nas 
células animais, inclusive o homem) (RUPPENTHAL, 2014).
Com o aumento da emissão de partículas poluidoras na atmosfe-
ra, têm-se os eventuais acontecimentos, que versam desta falta de equilí-
brio entre a emissão da poluição, alguns exemplos a serem citados são: a 
diminuição da camada de ozônio, a chuva ácida, o efeito estufa e o smog.
Diminuição da Camada de Ozônio
Ozônio é um gás naturalmente presente na atmosfera. Cada 
molécula contém três átomos de oxigênio e é quimicamente designado 
por O3 (INPE/DGE, 2014).
Figura 8 - Formação do Ozônio
Fonte: INPE/DGE.
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O ozônio pode ser encontrado em duas regiões da atmosfe-
ra: cerca10% do ozônio atmosférico encontra-se na troposfera, região 
mais próxima da superfície da terra (entre 10 e 16 quilômetros) e os res-
tantes 90% encontram-se na estratosfera, a uma distância entre 10 e 50 
quilômetros. A sua maior concentração está presente na estratosfera, 
apelidada, “camada de ozônio” (INPE/DGE, 2014).
Figura 9 - Formação do Ozônio
Fonte: INPE/DGE.
 
A etapa inicial do processo de destruição do ozônio estratos-
férico pelas atividades humanas se dá por meio da emissão de gases 
contendo cloro e bromo. Por não serem reativos e por não serem rapi-
damente removidos pela chuva, nem pela neve, esses gases, em sua 
maioria ficam acumulados na baixa atmosfera. Quando sobem à estra-
tosfera sofrem ação da radiação ultravioleta – radiação UV liberando 
radicais livres que reagem com a molécula de ozônio, formando uma 
molécula de oxigênio, O2 e uma molécula de óxido de cloro, ClO, pro-
vocando a destruição do O3.
O ClO tem vida curta e rapidamente reage com um átomo do 
oxigênio livre, liberando o radical livre que volta a destruir outra molé-
cula de O3. Um único radical livre de cloro é capaz de destruir 100 mil 
moléculas de ozônio, o que provoca a diminuição da camada de ozônio 
e prejudica a filtração da radiação UV (INPE/DGE, 2014).
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Figura 10 - Destruição Camada De Ozônio
Fonte: Ambiente. Acesso em 2019.
Chuva Ácida
A chuva ácida é resultado da reação do dióxido de enxofre 
(SO2) e os óxidos de nitrogênio (NO, NO2, N2O5), gases esse que são 
emitidos na atmosfera e transportados pelas correntes de ar. O SO2 e o 
NO reagem com água, oxigênio e outros produtos químicos para formar 
ácidos sulfúrico e nítrico. 
Os processos que podem corroborar para a chuva ácida estão 
associados aos vulcões, mas em grande parte, as maiores fontes são:
- A queima de combustíveis fósseis;
- Veículos e equipamentos;
- Fabricação, refinarias de petróleos e outras indústrias.
O ph natural da chuva, geralmente está em 06, na chuva ácida, 
este valor varia de 2 a 5. Os efeitos que a chuva ácida pode fazer ao 
meio ambiente pode ser a alteração do pH de lagos e prejudicando o 
ecossistema presente ali, como a fauna, a flora, tornando o solo mais 
ácido e com isso improdutivo. Esta também pode influenciar na corro-
são de estruturas, muros, grades, entre outros.
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Figura 11 - Formação Chuva Ácida
Fonte: Coelho, 2013.
Efeito Estufa
O efeito estufa é responsável pela manutenção da vida na terra. 
Este fenômeno natural acontece devido à absorção pelos oceanos e pela 
superfície terrestre da energia solar que chega ao planeta, resultando em 
um aquecimento, em que uma parte deste calor, irradiada ao espaço, é 
bloqueada pelos gases do efeito estufa. Sem a existência deste fenôme-
no a temperatura média na Terra seria mais baixa (-18°C). Essa troca de 
energia que ocorre entre a superfície e a atmosfera e faz com que a tem-
peratura global chegue a 14°C. As emissões antrópicas de gases poluido-
res podem contribuir para a mudança do funcionamento deste fenômeno 
e colaborar para mudanças climáticas grandes. Alguns gases que podem 
interferir neste processo são: o dióxido de carbono (CO2), gás metano 
(CH4), óxido nitroso (N2O), hidrofluorcarbonos (HFCs), entre outros.
Smog
O Smog pode ser conhecido como os efeitos secundários de 
poluentes formados por processos fotoquímicos, que são resultantes de 
emissões de NO e Hidrocarbonetos reativos de automóveis.
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FORMAS DE CONTROLE DE EMISSÃO DE GASES
As formas de controles de emissões de gases poluentes, com-
postos de gases ácidos (SOx), compostos orgânicos voláteis, NOx, HF 
e CO, evolvem técnicas fisico-químicas variadas. Existem algumas va-
riedades de tecnologias que atuam no controle das emissões de gases, 
que se subdividem em dois grupos: tecnologias integradas e tecnolo-
gias de final de linha.
Tecnologias Integradas
Com a evolução da tecnologia e a partir de um melhor entendi-
mento dos mecanismos de formação das emissões é possível retardar 
a formação das emissões in situ, através da oxidação e outras reações 
químicas. Vários processos de combustão podem ser empregados ob-
jetivando o controle integrado, incluindo a substituição ou reformulação 
dos compostos utilizados, temperaturas de reação mais baixas, utiliza-
ção de catalisadores que interferem na formação de poluentes e ainda 
recuperação e reuso de solventes (RUPPENTHAL, 2014).
Tecnologias de Final de Linha
Tecnologias de final de linha, como o próprio nome diz, são 
tecnologias de controle das emissões no final do processo, sendo geral-
mente, muito simples em termos de princípios físicos e/ou químicos. Os 
processos desenvolvidos para o controle das emissões variam, desde 
um simples lavador de um estágio, até sistemas complexos de múltiplos 
estágios com opção de reciclagem dos gases.
Os fatores que devem ser considerados na seleção de equipa-
mentos são: eficiência, padrões de emissão, consumo de energia, custo 
do investimento, custos de operação e manutenção, natureza física e 
química dos particulados e sua periculosidade.
TECNOLOGIAS DE CONTROLE DE POLUIÇÃO DO AR
Existem diferentes equipamentos empregados no controle de 
particulados para purificação do ar. Os mais utilizados são separadores 
mecânicos (câmaras de sedimentação e ciclones), os filtros de manga, 
os precipitadores eletrostáticos e os lavadores de gases. 
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As câmaras de sedimentação são simplesmente seções de du-
tos onde a velocidade do gás é diminuída, permitindo a sedimentação 
das partículas pela ação da gravidade (RUPPENTHAL, 2014).
Ciclones
São coletores centrífugos, nos quais os gases são injetados de 
modo a sofrer ação da força centrífuga obtida pela rotação de um cilin-
dro gigante. As partículas (mais densas) caem para a parte inferior do 
cilindro, em função da gravidade, e são coletadas. Os gases por serem 
menos densos ascendem e saem pela parte superior (MOURA, 2011).
Figura 12 – Ciclones
Fonte: UFES. Acesso em setembro de 2020.
 
Lavadores de Gases
São caracterizados por possuírem um tubo de entrada do gás 
com uma contração (ponto em que a velocidade aumenta e a pressão 
se reduz, pulverizando as partículas do líquido). O fluxo gasoso é utiliza-
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do para quebrar as partículas do líquido de lavagem (geralmente água). 
As partículas caem para a parte inferior do lavador e são coletadas para 
tratamento, enquanto os gases limpos saem pela parte superior (MOU-
RA, 2011).
Figura 13 – Lavadores de gases
Fonte: Ruppenthal, 2014.
Filtros de Tecido ou de Mangas
Esse processo é utilizado na remoção de particulados de gases 
secos, característica das indústrias siderúrgicas de cerâmicas e outros. 
Assemelha-se a um aspirador de pó, no qual os gases são induzidos a 
passar por um tecido, ficando retidas as partículas e formando uma ca-
mada de filtro (que posteriormente é removida por agitação ou refluxo), 
liberando os gases limpos (RUPPENTHAL, 2014).
Figura 14 – Filtro De Tecido Ou De Mangas
Fonte: Ruppenthal, 2014.
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Precipitadores Eletrostáticos
Neste equipamento, bem comum em indústrias de cimento e 
siderúrgicas, as partículas dos gases recebem carga elétrica, ficando, 
portanto, com cargas elétricas negativas e quando os gases passam 
através de placas mantidas em um potencial positivo, as partículas são 
retidas nessa placa (por atração) e são removidas periodicamente atra-
vés do batimento da placa com um “martelo” (as partículas caem para 
um recipiente de coleta) (MOURA, 2011).
POLUIÇÃO HÍDRICA
A águase configura no elemento mais presente da terra, 97,5% 
do globo terrestre é coberto por água salgada, enquanto de 2,5 % é 
água doce proveniente de nascentes e geleiras, sendo no Brasil o clima 
tropical, a vegetação nos coloca em posição de vantagem, com abun-
dância de água doce em nosso território. Mesmo com estes dados, a 
água está entre um dos elementos mais poluídos do mundo. A pesquisa 
da Agência Nacional de Água (ANA), em seus estudos, constatou que 
em sete estados, num total de 96 rios, córregos, cachoeiras e nascen-
tes, 40% destes são ruins, ou seja, são impróprias para o consumo. 
A água é constituída por moléculas de hidrogênio e oxigênio 
(H2O), portanto, a sua poluição é considerada uma degradação da qua-
lidade deste meio, sendo resultado da ação direta ou indireta com o 
despejo de matérias ou energias (sólido, líquido, gasosa) nas fontes. 
A água se apresenta de várias formas, elas podem estar no estado ga-
soso, líquido ou sólido, estando presente no subsolo, na superfície ter-
restre e na atmosfera, distribuindo-se tanto no subsolo, na superfície 
da Terra, bem como na atmosfera. Pela sua variabilidade de estados e 
locais presentes, a água é um elemento que está em constante circula-
ção, passando de um estado para o outro, sem perder sua massa.
O ciclo hidrológico, nos mostra como ocorre esta troca de estados, manten-
do-se estáveis sua composição, seguindo a ordem de evaporação, transpira-
ção, precipitação, escoamento superficial, infiltração e escoamento subterrâ-
neo. O ciclo se inicia com a evaporação, a água evapora a partir dos oceanos 
e corpos d’água, formando as nuvens, que, em condições favoráveis, dão 
origem à precipitação, seja na forma de chuva, neve ou granizo. Após este 
acontece a precipitação, ao atingir o solo, pode escoar superficialmente até 
atingir os corpos d’água ou infiltrar até atingir o lençol freático. Além disso, 
a água, interceptada pela vegetação e outros seres vivos, retorna ao estado 
gasoso através da transpiração. A água retorna ao mar através do escoa-
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mento superficial pelos rios, do escoamento subterrâneo pela descarga dos 
aquíferos na interface água doce/água salgada e, também, através da pró-
pria precipitação sobre a área dos oceanos (Manual de Controle da Qualida-
de da Água para Técnicos que Trabalham em ETAS, 2014).
Figura 15 - Ciclo Hidrológico
Fonte: Ruppenthal, 2014.
Portanto, percebe-se que os recursos hídricos abrangem as 
águas superficiais, as águas subterrâneas, os estuários e o mar territo-
rial. Segundo a resolução 396/2008 do CONAMA, águas subterrâneas 
são águas que ocorrem naturalmente ou artificialmente no subsolo. 
A Agência Nacional de Águas (ANA) classifica as águas super-
ficiais como aquelas que não penetram no solo, acumulam-se na super-
fície, escoam e dão origem a rios, riachos, lagoas e córregos. Por esta 
razão, elas são consideradas uma das principais fontes de abasteci-
mento de água potável do planeta. Para Pritchard (1967) como corpos 
d’água costeiros, semiconfinados, onde ocorre a mistura de água doce, 
proveniente do continente, com água salgada do oceano. 
A Convenção das Nações Unidas, que versa no Direito do Mar, 
considera Mar territorial como uma faixa marítima de largura igual a 
doze milhas marítimas, medidas a partir de uma linha de base, sendo 
linhas de base definida como a linha de baixa-mar (linha da maré mais 
baixa) ao largo da costa.
A problemática do uso da água, versa sobre o seu consumo, 
sabemos que a água é necessária para o consumo humano e animal, 
para a geração de produtos e materiais, que geram economia. O uso 
sem racionalização e indiscriminado pela sociedade civil, desencadeia 
fatores como a escassez deste bem natural, no Brasil e no mundo. 
Para se ter uma ideia, no Brasil 62% da água é utilizado na 
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agricultura, enquanto 20% no abastecimento de casas e 18% nas in-
dústrias. Ou seja, a distribuição maior se encontra nos meios e modos 
de produção. Além do uso inadequado, bem como sua distribuição de-
turpada, temos a poluição de nossos afluentes, sendo mais uma forma 
de contaminação, não somente das águas superficiais, mas como vi-
mos, das águas subterrâneas. E por que esta preocupação? As águas 
subterrâneas compõem o equivalente a 96% da água no mundo, como 
exemplifica o esquema abaixo.
Figura 16 - Porcentagem água subterrânea
Fonte: Possas, 2011.
 
As estratégias que compõem a luta no território brasileiro, para 
manutenção e qualidade da água, estão previstas na Lei n° 9433, de 8 de 
janeiro de 1997, conhecida como lei das águas, instituindo a Política Nacio-
nal de Recursos Hídricos. São objetivos desta política, conforme seu art. 2º
I – Assegurar à atual e às futuras gerações a necessária disponibilidade de 
água, em padrões de qualidade adequados aos respectivos usos;
II – A utilização racional e integrada dos recursos hídricos, incluindo o trans-
porte aquaviário, com vistas ao desenvolvimento sustentável;
III – a prevenção e a defesa contra eventos hidrológicos críticos de origem 
natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais.
IV – Incentivar e promover a captação, a preservação e o aproveitamento de 
águas pluviais.
No art 5° segue os instrumentos utilizados:
I - Os Planos de Recursos Hídricos;
II - O enquadramento dos corpos de água em classes, segundo os usos 
preponderantes da água;
III - A outorga dos direitos de uso de recursos hídricos;
IV - A cobrança pelo uso de recursos hídricos;
V - A compensação a municípios;
VI - O Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos.
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O Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos 
é uma forma de descentralizar o poder e as estratégias de avaliação, 
análise e monitoramento dos recursos hídricos brasileiros. Este sistema 
perante a Lei 9433/1997, tem como objetivos:
I – Coordenar a gestão integrada das águas;
II – Arbitrar administrativamente os conflitos relacionados com os recursos 
hídricos;
III – Implementar a Política Nacional de Recursos Hídricos;
IV – Planejar, regular e controlar o uso, a preservação e a recuperação dos 
recursos hídricos;
V – Promover a cobrança pelo uso de recursos hídricos.
Compõe este sistema, como previsto no art. 33: 
I – O Conselho Nacional de Recursos Hídricos; 
I- A Agência Nacional de Águas; 
II – Os Conselhos de Recursos Hídricos dos Estados e do Distrito Federal; 
III – Os Comitês de Bacia Hidrográfica; 
IV – Os órgãos dos poderes públicos federal, estaduais, do Distrito Federal 
e municipais cujas competências se relacionem com a gestão de recursos 
hídricos; 
V – As Agências de Água. 
Classificação da Poluição Hídrica
Para classificação da poluição hídrica temos as seguintes al-
ternativas:
- Poluição sedimentar: esta é resultado da acumulação de par-
tículas em suspensão, tais como partículas de solo e de produtos quí-
micos orgânicos ou inorgânicos insolúveis. Exemplos a serem citados 
são: os sedimentos contaminados com agrotóxicos.
- Poluição química: A poluição química é ocasionada por pro-
dutos químicos que possam afetar a fauna e a flora aquática, e pode ser 
dividida em dois segmentos: Biodegradáveis – este que são decompos-
tos por bactérias, como exemplo os detergentes, os inseticidas, fertili-
zantes, entre outros. E os persistentes, estes poluentes que se mantêm 
ao longo do tempo no meio ambiente e nos organismos, causando a 
contaminação de alimentos. Exemplo deste pode ser o mercúrio.
- Poluição térmica: Esta é relacionada aos despejos em rios 
de processos de refrigerações de refinarias e indústrias, estes causam 
aumento da temperatura da água e compromete a vida dos organismos 
vivos presentes naquele espaço.
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S- Poluição biológica: Esta se dá pela infecção por organismos 
patogênicos, sendo bactérias, vírus, protozoários entre outros que es-
tão presentes no esgoto. 
Eutrofização
Este processo, a eutrofização, é um fenômeno que se dá pela 
proliferação excessiva das plantas aquáticas, estas causam interferên-
cia do copo d’água. Tal crescimento geralmente é iniciado ou estimu-
lado por um volume grande de Nitrogênio e Potássio, que advêm de 
dejetos como adubos, fertilizantes, detergentes e esgotos. A camada 
criada por este excesso de plantas aquáticas forma uma “proteção” con-
tra a luz solar na água, o que impede o processo de fotossíntese nas 
partes mais profundas, ocasionalmente, interfere no abastecimento de 
oxigênio para as formas de vida existentes nesta porção hídrica.
Figura 17 - Eutrofização
Fonte: Fonseca, 2016.
TIPOS DE PROCESSOS DE TRATAMENTO
O processo de tratamento dos efluentes, consiste na remoção 
de poluentes, sendo cada método, dependente das condições físicas, 
químicas e biológicas, alinhada a cada caso.
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Conceito de efluentes: Efluentes são rejeitos resultantes 
de processos produtivos ou mesmo do consumo humano.
Saiba mais:<https://www.infoescola.com/ecologia/efluentes/>
Processos Físicos
 São assim definidos devido aos fenômenos físicos que ocor-
rem na remoção ou transformação de poluentes das águas residuárias. 
Tais processos são utilizados para separar sólidos em suspensão nas 
águas residuárias. Também são empregados par equalizar e homoge-
neizar um efluente. Segundo Philippi et al. (2014), estão inclusos: 
- Remoção de sólidos grosseiros;
- Remoção de sólidos sedimentáveis;
- Remoção de sólidos flutuantes;
- Remoção da umidade de lodo;
- Homogeneização e equalização de efluentes;
- Diluição de águas residuárias.
Os processos físicos utilizados às finalidades listadas acima 
envolvem dispositivos ou unidades de tratamento, tais como:
- Grades;
- Peneiras estáticas, vibratórias ou rotativas;
- Caixas de areia;
- Tanques de retenção de materiais flutuantes;
- Decantadores;
- Leitos de secagem de logo;
- Filtros prensa e a vácuo;
- Centrífugas;
- Adsorção em carvão ativado.
As grades e peneiras são utilizadas geralmente na remoção de 
sólidos grosseiros. As caixas de areia visam a remoção de partículas de 
areia e os tanques de retenção de materiais flutuantes são muitas vezes 
utilizado para remoção de gorduras, óleos e graxas e outras substâncias 
com densidade menor que a da água, os decantadores objetivam remo-
ver sólidos sedimentáveis em suspensão na água residuária, os leitos de 
secagem de lodos e as centrífugas são unidades de desidratação parcial, 
ao ar livre ou cobertas utilizadas para pequenos volumes, a adsorção em 
carvão ativado é destinada para remoção de sólidos orgânicos ou inorgâ-
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nicos dissolvidos nas águas residuárias (PHILIPPI et al., 2014).
Processos Químicos
Neste processo faz-se necessária a utilização de produtos 
químicos para melhorar a eficiência de remoção de um elemento ou 
substância. O emprego dos processos químicos pode se dar de forma 
conjugada aos processos físicos e biológicos. Os principais são:
- Coagulação-floculação;
- Precipitação química;
- Oxidação;
- Cloração;
- Neutralização ou correção do pH.
Esses processos são muito utilizados para remoção de sólidos 
em suspensão coloidal ou mesmo dissolvidos, substâncias que causam 
cor e turbidez, odoríferas, metais pesados e óleos emulsionados (PHI-
LIPPI et al., 2014).
Processos Biológicos
São considerados processos biológicos aqueles que dependem 
da ação de microrganismos aeróbios ou anaeróbios. O processo biológico 
reproduz os fenômenos que ocorrem na natureza, porém de forma acelera-
da. De acordo com Philippi et al. (2014), os principais processos são: 
- Lodos ativados e suas variações;
- Filtro biológico anaeróbio ou aeróbio;
- Lagoas aeradas;
- Lagoas de estabilização facultativas e anaeróbias;
- Digestores anaeróbios de fluxo ascendente;
Lodos ativados: são constituídos de um reator biológico, em 
que uma massa de microrganismos em suspensão utiliza a matéria or-
gânica, presente nos esgotos afluentes ao tanque, como fonte de ali-
mento para seu processo de crescimento.
Filtro biológico aeróbio: são tanques com enchimento de pedra 
ou plástico, ocorre desenvolvimento de uma fina camada de microrga-
nismos aeróbios. A água residuária percolando pelo filtro e em contato 
com o filme biológico tem sua matéria orgânica adsorvida pela massa 
biológica e é estabilizada pelos microrganismos.
Lagoas aeradas: possuem aeradores, ou dispositivos de intro-
dução de oxigênio, suprindo a ausência de algas (elas não proliferam 
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pela intensa agitação da massa líquida).
Lagoas de estabilização facultativas ou anaeróbias: são gran-
des tanques escavados no solo. Nesses tanques as águas residuárias 
são tratadas através de processos naturais controlados pela vazão dos 
efluentes. As lagoas anaeróbias recebem elevadas cargas orgânicas e 
funcionam sem oxigênio dissolvido. Já as lagoas facultativas possuem 
uma camada superior onde ocorre o desenvolvimento de algas e mi-
crorganismos aeróbios (as algas realizam a fotossíntese, o que conso-
me gás carbônico e libera oxigênio; os microrganismos oxidam a maté-
ria orgânica, utilizando oxigênio e liberando gás carbônico).
Digestores anaeróbios de fluxo ascendente: são unidades com-
pactas de tratamento. Por meio da retenção e concentração do lodo desen-
volve-se nele o processo anaeróbio em condições otimizadas, diminuindo 
o tempo e acelerando o processo de degradação da matéria orgânica.
CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS DE TRATAMENTO
Os sistemas de tratamento de águas residuárias pode englo-
bar um ou mais dos processos vistos acima e são classificados em fun-
ção do tipo de material a ser removido e da eficiência de sua remoção. 
Os tratamentos são: preliminar, primário, secundário, terciário, de lodos 
e físico-químico (PHILIPPI et al., 2014).
Tratamento Preliminar
Objetiva remover sólidos grosseiros e é aplicado geralmente a 
qualquer tipo de água residuária. Consiste no emprego de grades, pe-
neiras caixas de areia, caixas de retenção de óleos e graxas.
Tratamento Primário
Tem a finalidade de remover resíduos finos em suspensão dos 
efluentes e é aplicado geralmente às águas residuárias orgânicas (em-
bora seja utilizado para qualquer tipo de despejo). Consiste em tanques 
de flotação, decantadores, fossas sépticas, floculação/decantação.
Tratamento Secundário
Utilizado para a depuração de águas residuárias por meio de 
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processos biológicos e possui a finalidade de reduzir o teor de matéria 
orgânica solúvel nos despejos. Consiste em lodos ativados, filtros bio-
lógicos, lagoas aeradas, lagoas de estabilização, digestor anaeróbio de 
fluxo ascendente, além de outros.
Tratamento Terciário
Corresponde a um estágio avançado de tratamento de águas re-
siduárias. Objetiva remover as substâncias que não foram eliminadas nas 
primeiras etapas, como nutrientes e microrganismos patogênicos. Consiste 
geralmente de lagoas de maturação, cloração, ozonização, radiações ultra-
violetas, filtros de carvão ativo e precipitação química, entre outros.
Tratamento de Lodos
Como o nome indica, utilizado para o tratamento de todos os 
tipos de lodos. A intenção é desidratar o lodo para a disposição final. 
Consiste em leitos de secagem, centrífugas, filtros prensa, filtros a vá-
cuo, prensas desaguadoras, digestão anaeróbia ou aeróbia, incinera-
ção e disposição no solo.
Tratamento Físico-Químico
Adequado para a remoção de sólidos em todas as suas for-
mas e para alteração das características físicas e químicas das águas 
residuárias. Consiste em coagulação/floculação,