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09/05/23, 18:04 Revisar envio do teste: PSA 2023/1 – PSA 6937-00 https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_94273672_1&course_id=_28560_1&content_id=_3414806_1&retur… 1/26 Revisar envio do teste: PSA 2023/1PSA 6937-00 CONTEÚDO Usuário karisa.deliberali @aluno.unip.br Curso PSA Teste PSA 2023/1 Iniciado 08/05/23 16:40 Enviado 09/05/23 18:03 Status Completada Resultado da tentativa 7 em 10 pontos Tempo decorrido 25 horas, 23 minutos Autoteste O aluno responde e o resultado do aluno não é visível ao professor. Resultados exibidos Respostas enviadas, Perguntas respondidas incorretamente Pergunta 1 Resposta Selecionada: a. Leia a tirinha. O objetivo da tirinha é criticar a mercantilização da produção de opinião nas redes sociais. Pergunta 2 Leia a charge. UNIP EAD BIBLIOTECAS MURAL DO ALUNO TUTORIAISCONTEÚDOS ACADÊMICOS 0,5 em 0,5 pontos 0,5 em 0,5 pontos http://company.blackboard.com/ https://ava.ead.unip.br/webapps/blackboard/execute/courseMain?course_id=_28560_1 https://ava.ead.unip.br/webapps/blackboard/content/listContent.jsp?course_id=_28560_1&content_id=_439332_1&mode=reset https://ava.ead.unip.br/webapps/portal/execute/tabs/tabAction?tab_tab_group_id=_10_1 https://ava.ead.unip.br/webapps/portal/execute/tabs/tabAction?tab_tab_group_id=_27_1 https://ava.ead.unip.br/webapps/portal/execute/tabs/tabAction?tab_tab_group_id=_47_1 https://ava.ead.unip.br/webapps/portal/execute/tabs/tabAction?tab_tab_group_id=_29_1 https://ava.ead.unip.br/webapps/portal/execute/tabs/tabAction?tab_tab_group_id=_25_1 https://ava.ead.unip.br/webapps/login/?action=logout 09/05/23, 18:04 Revisar envio do teste: PSA 2023/1 – PSA 6937-00 https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_94273672_1&course_id=_28560_1&content_id=_3414806_1&retur… 2/26 Resposta Selecionada: c. O objetivo da charge é valorizar o livro e as atividades pedagógicas não digitais como ferramentas importantes para a construção do conhecimento. Pergunta 3 I. O objetivo da charge é criticar a criação de datas especiais para temas especí�cos. II. A charge critica o desmatamento, causado pela ação humana, que afeta os habitats naturais. Leia a charge. Com base na leitura, avalie as a�rmativas. 0,5 em 0,5 pontos 09/05/23, 18:04 Revisar envio do teste: PSA 2023/1 – PSA 6937-00 https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_94273672_1&course_id=_28560_1&content_id=_3414806_1&retur… 3/26 Resposta Selecionada: d. III. A charge associa a destruição do meio ambiente à morte. É correto o que se a�rma apenas em II e III. Pergunta 4 Leia os quadrinhos e o texto. Bancos com divisórias e formatos desconfortáveis, pedras pontiagudas embaixo de viadutos, grades no entorno de praças e jardins, muros com pinos metálicos, construções sem marquises ou com gotejamento de água programado, cercas elétricas e arame farpado. Os elementos e materiais utilizados para afastar pessoas dos espaços públicos são muitos e acabam in�uenciando a maneira como os indivíduos convivem e vivenciam os municípios. A arquitetura hostil, termo que abrange todas as barreiras e desenhos urbanos que parecem dizer “não se sinta em casa” — como de�ne a repórter Winnie Hu, do The New York Times —, é parte da realidade da maioria das cidades pelo mundo e vem despertando debates sobre o impacto dessas ações, principalmente por meio das redes sociais. A professora de antropologia do Centro de Graduação da Universidade da Cidade de Nova York, Setha Low, a�rmou em entrevista para a Reuters que o risco que se corre com esse tipo de medida é mudar a natureza dos ambientes públicos de “inclusivos para exclusivos”. Já o fotógrafo alemão Julius-Christian Schreiner ressaltou à reportagem que o aumento de locais públicos administrados pela iniciativa privada acentuou o problema, deixando pouca área para as pessoas se “recostarem, vagarem ou socializarem sem a pressão de comprar algo”. Schreiner é o idealizador do trabalho “Agentes Silenciosos” — uma série de imagens sobre arquitetura hostil realizada em lugares como Londres, Paris, Hamburgo, Berlim e Nova York. Para o fotógrafo, nos municípios, os cidadãos são mais vistos como clientes. “Se você é um bom consumidor, pode usar a infraestrutura. Mas, se não for, não deveria estar nesse espaço”, declarou à Reuters. Ao mesmo tempo em que crescem os exemplos dessas iniciativas que barram a permanência por mais tempo de pessoas consideradas “indesejadas” — e aqui entram também os skatistas e sua circulação pelos centros urbanos —, a matéria cita grupos em diferentes localidades que estão se mobilizando para chamar a atenção para o assunto e tentar amenizar os seus re�exos. 0,5 em 0,5 pontos 09/05/23, 18:04 Revisar envio do teste: PSA 2023/1 – PSA 6937-00 https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_94273672_1&course_id=_28560_1&content_id=_3414806_1&retur… 4/26 Resposta Selecionada: b. I. Os quadrinhos revelam que as ações relacionadas à arquitetura hostil são planejadas, ideia também a�rmada no texto. II. Segundo o texto, o uso de determinados espaços vincula-se mais ao conceito de consumidor do que ao de cidadão. III. A administração dos espaços públicos por empresas privadas, de acordo com o texto, é uma solução para que eles se tornem mais inclusivos. Disponível em <https://caosplanejado.com/arquitetura-hostil-quando-as-cidades-nao-sao-para-todos/?gclid=EAI aIQobChMI2dTn7Iqi_AIVtOBcCh0wLg_dEAMYASAAEgLVx_D_BwE>. Acesso em 14 dez. 2022 (com adaptações). Com base na leitura, avalie as a�rmativas. É correto o que se a�rma em I e II, apenas. Pergunta 5 I. O efeito de humor da tirinha apoia-se no duplo signi�cado da palavra “estado”, entendida como entidade política e como Leia a tirinha e o texto. O Estado brasileiro é laico? A situação de hoje é bem diferente daquela que vigia no Período Colonial e durante o Império, mas ainda está longe de caracterizar um Estado laico. As sociedades religiosas não pagam impostos (renda, IPTU, ISS etc.) e recebem subsídios �nanceiros para suas instituições de ensino e assistência social. O ensino religioso faz parte do currículo das escolas públicas, que privilegia o Cristianismo e discrimina outras religiões, assim como discrimina todos os não crentes. Em alguns estados, os professores de ensino religioso são funcionários públicos e recebem salários, con�gurando apoio �nanceiro do Estado a religiões, que, aliás, são as credenciadoras do magistério dessa disciplina. Certas sociedades religiosas exercem pressão sobre o Congresso Nacional, di�cultando a promulgação de leis no que diz respeito à pesquisa cientí�ca, aos direitos sexuais e reprodutivos. A chantagem religiosa não é incomum nessa área, como a ameaça de excomunhão. Há símbolos religiosos nas repartições públicas, inclusive nos tribunais. Disponível em <http://ole.u�.br/o-estado-brasileiro-e-laico/>. Acesso em 25 fev. 2023 (com adaptações). Com base na leitura, avalie as a�rmativas. 0,5 em 0,5 pontos 09/05/23, 18:04 Revisar envio do teste: PSA 2023/1 – PSA 6937-00 https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_94273672_1&course_id=_28560_1&content_id=_3414806_1&retur… 5/26 Resposta Selecionada: c. situação. II. De acordo com o texto, ainda são fortes as in�uências religiosas no Estado brasileiro, o que o impede de ser classi�cado como laico. III. A resposta do pai, nos quadrinhos, revela que ele é contra as pesquisas cientí�cas, assim como são, segundo o texto, as instituições religiosas. Assinale a alternativa correta. Apenas as a�rmativas I e II são corretas. Pergunta 6 Resposta Selecionada: d. Leia o texto a seguir. Varíola dos macacos A varíola dos macacos é transmitida pelo vírus monkeypox, que pertence ao gênero orthopoxvirus. É considerada uma zoonose viral (o vírus é transmitido aos seres humanos a partir de animais) com sintomas muito semelhantes aos observados em pacientes com varíola, embora seja clinicamente menos grave. O períodode incubação da varíola dos macacos é, geralmente, de seis a 13 dias, mas pode variar de cinco a 21 dias, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). O nome monkeypox se origina da descoberta inicial do vírus em macacos em um laboratório dinamarquês em 1958. O primeiro caso humano foi identi�cado em uma criança na República Democrática do Congo em 1970. Atualmente, segundo a OMS esclareceu, a maioria dos animais suscetíveis a este tipo de varíola são roedores, como ratos e cães-da-pradaria. A transmissão ocorre por contato próximo com lesões, �uidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama. E, segundo o órgão de saúde, a transmissão de humano para humano está ocorrendo entre pessoas com contato físico próximo com casos sintomáticos. O contato próximo com pessoas infectadas ou materiais contaminados deve ser evitado. Luvas e outras roupas e equipamentos de proteção individual devem ser usados ao cuidar dos doentes, seja em uma unidade de saúde ou em casa. Disponível em <https://bvsms.saude.gov.br/02-6-variola-dos-macacos/>. Acesso em 04 fev. 2023. Com base na leitura, avalie as asserções e a relação proposta entre elas. I. A varíola dos macacos é uma doença grave, representada por severa infecção bacteriana, que teve sua origem em animais silvestres, como os macacos, e se espalhou para o ser humano. PORQUE II. A transmissão dessa doença ocorre por contato físico de pessoas saudáveis com pessoas ou materiais contaminados. Assinale a alternativa correta. A primeira asserção é falsa, e a segunda é verdadeira. Pergunta 7 0,5 em 0,5 pontos 0,5 em 0,5 pontos 09/05/23, 18:04 Revisar envio do teste: PSA 2023/1 – PSA 6937-00 https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_94273672_1&course_id=_28560_1&content_id=_3414806_1&retur… 6/26 Resposta Selecionada: c. I. A plataformização do trabalho bene�ciou os trabalhadores de diferentes categorias, pois possibilitou a intermediação entre eles e os clientes e a garantia de seus direitos trabalhistas no momento da pandemia. II. A uberização, possibilitada pelas novas tecnologias, implica a precarização do trabalho, com a perda de direitos historicamente adquiridos. III. A plataformização representa uma evolução no mundo do trabalho, com a possibilidade de mais empregos e mais benefícios aos trabalhadores. Leia o texto. A questão da uberização ou plataformização do trabalho tem um potencial de se generalizar para todas as categorias pro�ssionais. Ela já está avançando para setores da saúde (como cuidadoras e enfermeiras particulares), educação, serviços de limpeza doméstica (faxineiras), além de novas “modalidades” de trabalho, como as fazendas de cliques. Essa tendência de expansão só é possível por conta de novas tecnologias que têm sido implementadas no nosso cotidiano, em particular no mundo do trabalho (como é o caso da internet 5G, big data, internet das coisas etc.). Por exemplo, a modalidade de teletrabalho – hoje presente em várias categorias pro�ssionais e um problema central para o mundo sindical – não deixa de ser uma forma de plataformização (isto é, um trabalho mediado por uma tecnologia informacional, como um tablet, um computador ou um celular). A diferença entre um entregador de uma plataforma digital e um servidor público do setor judiciário que trabalha hoje em home o�ce é o contrato de trabalho, ou seja, os direitos adquiridos. A grande novidade das empresas-plataformas é que elas levaram ao extremo a exteriorização das atividades de trabalho, transferindo as responsabilidades aos trabalhadores. Dizem que estão apenas fazendo a intermediação entre clientes e trabalhadores (durante um tempo, tentaram chamar isso de “economia de compartilhamento”) e, por conta disso, não reconhecem o vínculo de emprego de seus entregadores ou motoristas. Mais que isso, deixam para eles todo o custo do processo de trabalho ou de serviço como, por exemplo, o aluguel ou o �nanciamento do carro ou da motocicleta, os custos com o combustível, a manutenção etc. Na verdade, o que essas empresas estão fazendo é litigioso, deixando milhões de trabalhadores e trabalhadoras sem qualquer direito ou assistência. Elas mesmas reconheceram isso quando aceitaram a inclusão de entregadores e motoristas no regime público de previdência social, com contrapartida �nanceira por parte delas. Mas a questão central, como muito bem apontaram as lideranças de entregadores e parte dos representantes sindicais, não está em incluí-los no regime de previdência e assegurar a eles um seguro saúde. Eles querem mais. Muitos dizem: “Nenhum direito a menos!”. E há uma compreensão, entre ativistas e pesquisadores, de que, se esta nova lógica de relação de trabalho das empresas-plataformas se estabelecer na legislação brasileira, serão abertas as portas para a plataformização de todas as categorias pro�ssionais. Está em jogo, portanto, o futuro do mundo do trabalho e não apenas de uma ou outra categoria pro�ssional. Disponível em <https://www.ihu.unisinos.br/626697-as-empresas-plataformas-sao-o-que-capital-�nanceiro-capital-pro dutivo-rentistas-comercio-ou-produtoras-de-valor-a-maioria-delas-e-tudo-isso-ao-mesmo-tempo-entrevista-especial-co m-ricardo-festi?fbclid=IwAR2RACgqBJcwmbkA1FuqojtR7S38uAbXGc-3_Ei9Vzl2rT8EMblKwNUIJgs>. Acesso em 07 mar. 2023. Com base na leitura, avalie as a�rmativas. Assinale a alternativa correta. Apenas a a�rmativa II é correta. 09/05/23, 18:04 Revisar envio do teste: PSA 2023/1 – PSA 6937-00 https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_94273672_1&course_id=_28560_1&content_id=_3414806_1&retur… 7/26 Pergunta 8 Resposta Selecionada: d. Leia a charge e o texto de Eugenio Bucci. Há erros de informação, imprecisões, distorções de enfoque que, muitas vezes, não correspondem aos fatos e que são publicadas como notícias normais na imprensa convencional. Nós estamos diante de um fenômeno diferente. Nós estamos diante de uma usina de produção de notícias fraudulentas, com o propósito de fraudar os processos decisórios das democracias. É muito diferente, portanto, de um erro jornalístico, coisa que acontece todo dia. Uma boa redação jornalística, quando comete um erro, procura se corrigir. Uma notícia fraudulenta é fabricada por alguma central, algum grupo ou mesmo uma pessoa, que não age, publicamente, de boa-fé. Disponível em <https://mais.opovo.com.br/jornal/dom/2018/01/eugenio-bucci-e-evidente-que-caminhamos-par a-um-jornalismo-melhor.html>. Acesso em 28 fev. 2023 (com adaptações). Com base na leitura, avalie as a�rmativas. I. Segundo o texto, as fake news não se confundem com notícias mal elaboradas, pois, no caso das primeiras, elas são produzidas com a intenção de interferir politicamente na sociedade. II. De acordo com a charge, as fake news espalham-se mais rapidamente no meio rural, onde é maior o índice de analfabetismo. III. A charge e o texto apontam que a produção de fake news tem como propósito o consumo de informações por grande número de pessoas. É correto o que se a�rma em I e III, apenas. Pergunta 9 0,5 em 0,5 pontos 0,5 em 0,5 pontos 09/05/23, 18:04 Revisar envio do teste: PSA 2023/1 – PSA 6937-00 https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_94273672_1&course_id=_28560_1&content_id=_3414806_1&retur… 8/26 Resposta Selecionada: e. Leia o fragmento de texto abaixo, que é um trecho da Constituição da República Federativa do Brasil. Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição; II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei; III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante; IV - é livre a manifestação do pensamento,sendo vedado o anonimato; V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem; VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias; VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva; VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção �losó�ca ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, �xada em lei; IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, cientí�ca e de comunicação, independentemente de censura ou licença. BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal, 2020. Disponível em <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso em 4 fev. 2023. Com base na leitura, avalie as a�rmativas. I. De acordo com o texto da Constituição, a liberdade religiosa é garantida no Brasil. II. A Constituição proíbe o uso da tortura no Brasil e a utilização de meios degradantes ou desumanos. Essa proibição inclui ações tomadas pelo próprio Estado brasileiro. III. O texto da Constituição garante a liberdade de expressão, destacando especialmente trabalhos de naturezas artística, intelectual e cientí�ca. É correto o que se a�rma em I, II e III. Pergunta 10 Leia o texto. O deleite e as dores da superdotação A chama das altas habilidades, em mãos erradas ou desamparadas, pode causar um incêndio devastador, esclarecem especialistas Crianças com altas habilidades/superdotação (AH/SD) costumam sofrer durante toda a vida com problemas mentais e de relacionamento, com um sentimento de não pertencimento pela falta de diagnóstico e de atendimento de especialistas e, às vezes, com indiferença dentro das escolas. Segundo a Organização Mundial da Saúde, 5% das crianças e dos adolescentes estão nas salas de aula sem reconhecimento de seus potenciais, sem desfrutarem dos seus direitos garantidos 0,5 em 0,5 pontos 09/05/23, 18:04 Revisar envio do teste: PSA 2023/1 – PSA 6937-00 https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_94273672_1&course_id=_28560_1&content_id=_3414806_1&retur… 9/26 na legislação brasileira. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 traz quem é esse público e qual é o direito do superdotado e sustenta que a criança com altas habilidades/superdotação é público-alvo da educação especial. Altas habilidades/superdotação é uma habilidade acima da média em alguma área do conhecimento. Um dos aspectos mais marcantes da superdotação relaciona-se ao seu traço de heterogeneidade. Assim, algumas pessoas podem destacar-se em um setor, ou podem combinar várias áreas, explica Ângela Magda Rodrigues Virgolim, graduada e mestre em Psicologia pela Universidade de Brasília e fundadora do “Instituto Virgolim para Altas Habilidades e Superdotação”. “Destituídas de assistência efetiva, essas crianças têm predisposição para o desenvolvimento de transtornos mentais, como depressão e ansiedade; por isso, o processo de reconhecimento é fundamental”, alerta Denise Rocha Belfort Arantes-Brero, presidente do Conselho Brasileiro para Superdotação (ConBraSD). O professor é capaz de identi�car a superdotação porque está todo dia em contato com o aluno e conhece seu desempenho, estando apto a fazer uma análise comparativa. “Uma professora de matemática é capaz de reconhecer qual aluno se destaca comparado aos seus pares etários. E isso é possível para o professor em qualquer disciplina”, a�rma Denise Brero, que é também especialista em educação especial para dotados e talentosos pela Universidade Federal de Lavras (UFLA/MG) e doutora em Psicologia do desenvolvimento e da aprendizagem pela Universidade Estadual Paulista em Bauru. Crianças e adolescentes superdotados rompem com a sinergia do ambiente e se destacam, sendo visíveis em sala de aula. Muitas vezes, são ignorados por professores que não olham, não escutam e não são sensíveis a isso, esclarece Olzeni Ribeiro, consultora da Unesco e do Ministério da Educação na criação de cursos na área de altas habilidades/superdotação, além de doutora em Educação, neuropsicopedagoga clínica e institucional e especialista em altas habilidades/superdotação. “Quando eu peço aos pais que descrevam seus �lhos superdotados, a palavra ‘sensível’ aparece com mais frequência. E a sensibilidade assume muitas formas: os sentimentos são facilmente magoados, com possíveis crises de choro compulsivo. Eles ‘sentem os sentimentos’ dos outros, respondem às críticas de forma intensa e às vezes reagem a estímulos do ambiente como luz, ruído, texturas, poluição do ar e determinados alimentos. O perfeccionismo e a intensidade também surgem com frequência nas descrições dos pais”, descreve Olzeni. “O que precisa ser desmiti�cado é que a alta habilidade/superdotação não está somente relacionada com o Quociente de Inteligência (QI). O que pesa mais é a história de vida, o que a criança faz, seu desempenho, mais do que a pontuação do QI”, determina Denise Brero. Segundo Denise, muitos professores têm receio do aluno superdotado. Sentem-se desa�ados. Para a especialista, a criança superdotada questiona mais, traz novidades e se interessa por um conteúdo mais aprofundado. Ela expressa que esses alunos enriquecem a turma e cita o médico Joseph Salvatore Renzulli, um dos maiores especialistas na educação de superdotados: “Uma maré crescente leva todos os navios. Mas os superdotados têm que ser olhados na sua individualidade e receber alguma atenção especial para continuarem a �orescer, a desenvolver os seus potenciais. Devem se sentir pertencentes e autorrealizados para que sejam produtores de conhecimento e contribuam para o desenvolvimento da sociedade”. Quando há diagnóstico de superdotação, pais e professores devem estar atentos se aparecerem sintomas como desmotivação, vontade de faltar às aulas, dor de barriga e de cabeça, falta de envolvimento e de interesse, tristeza. Ao longo da vida, em alguns momentos, o superdotado precisará de um acompanhamento psicológico para lidar com essas questões – se aparecerem. Essas crianças têm direito a dois tipos de estratégias especí�cas dentro da escola: o enriquecimento curricular ou a aceleração de estudos. Cada caso é avaliado para de�nir qual estratégia bene�ciará mais a criança. O desejo da criança deve ser respeitado, e todo o processo deve ser acompanhado, pois se trata de uma mudança abrupta. Em muitos casos, a aceleração de estudos (pular a série) é positiva, a criança se sente motivada. O superdotado que vai bem na escola é chamado de superdotado acadêmico, cujo conhecimento é devorar leituras, escrever muito bem, e a escola o adora pois ele não gera 09/05/23, 18:04 Revisar envio do teste: PSA 2023/1 – PSA 6937-00 https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_94273672_1&course_id=_28560_1&content_id=_3414806_1&ret… 10/26 Resposta Selecionada: e. demandas, mas é muito prejudicado porque a escola bloqueia o desenvolvimento. “Toda escola no Brasil estabelece um teto de aprendizagem, o que prejudica o superdotado”, aponta Olzeni Ribeiro, autora do livro “Criatividade”, em uma perspectiva transdisciplinar: rompendo crenças, mitos e concepções, publicado com a chancela da Unesco. Crianças superdotadas são, por natureza, mais sensíveis. Reagem com mais força e expressão a um ambiente no qual suas habilidades não são percebidas e suas necessidades não são atendidas. Podem ter um comportamento social inadequado, revelando hostilidade e agressão com relação aos outros (pais, professores, �guras de autoridade) ou se entregando a atos de delinquência social. “Temos um número imenso de superdotados sendo tratados com remédios que diminuem a energia, a cognição e aintelectualidade da criança. O remédio é um freio para sua inteligência, e sua intelectualidade é destruída”, revela Olzeni, pedagoga, há 30 anos atuando na área da educação com altas habilidades/superdotação e outras condições especiais. Olzeni alerta: “Se um pai e uma mãe levarem essa questão da superdotação para a escola, pelo amor de Deus, não digam que esses pais são vaidosos. A superdotação é genética, não é fabricada. Se não for diagnosticada e devidamente trabalhada, esse adulto precisará de terapia, se não chegar ao suicídio”. Crianças com altas habilidades são um precioso recurso nacional que precisa ser protegido, nutrido e desenvolvido. Disponível em <https://revistaeducacao.com.br/2021/11/18/deleite-e-dores-superdotacao/>. Acesso em 2 fev. 2023 (com adaptações). Com base nas informações do texto, é correto a�rmar que ter altas habilidades ou superdotação cognitiva enquadra a pessoa em uma condição especial de aprendizagem, que demanda das escolas uma forma diferenciada de trabalho pedagógico. Pergunta 11 Leia o texto e observe a imagem. Os �ltros do Instagram estão mudando a nossa aparência na vida real? Rede sociais, �ltros do Instagram e cirurgia plástica “As redes sociais nos coagem a sempre maximizar o que é belo o tempo inteiro”, diz a historiadora Luciana de Almeida. Se antes a beleza seguia elementos de�nidos e mais permanentes, agora essa superexposição cobra ainda mais do nosso corpo e rosto. “O �ltro mostra que, apesar da aparente perfeição, isso não basta. Temos sempre que tornar essa imagem mais interessante. Não podemos mais ter o nosso próprio rosto. A sensação é de que os �ltros do Instagram roubaram os nossos rostos“, diz Luciana, autora da tese “Os sentidos das aparências: invenção do corpo feminino em Fortaleza (1900-1959)” e estudiosa da história da beleza. De acordo com o censo de 2016 da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, a busca por procedimentos estéticos não cirúrgicos aumentou 390% no país. O preenchimento labial é a intervenção mais buscada segundo o ranking do órgão, seguido por aplicação de botox e peeling, laser e suspensão com �os. Em 2017, um estudo da Academia Americana de Cirurgiões Plásticos revelou que a motivação de 55% das pessoas que �zeram rinoplastias em 2017 foi o desejo de sair melhor em sel�es. Se antes procurávamos parecer mais bonitos na vida física, agora queremos estar bem nas fotos das redes sociais. “Estar o tempo inteiro clicando autorretratos muda a forma como nos vemos e como nos achamos bonitos ou feios”, explica 0,5 em 0,5 pontos 09/05/23, 18:04 Revisar envio do teste: PSA 2023/1 – PSA 6937-00 https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_94273672_1&course_id=_28560_1&content_id=_3414806_1&ret… 11/26 Resposta Selecionada: b. Hilaine Yaccoub. “Queremos ser e ter na vida real aquele visual tão cuidadoso dos per�s da rede social”. Ao ir ao dermatologista ou ao cirurgião plástico, é comum pacientes levarem fotos de mulheres cujas características corporais lhe agradem e também uma foto com o �ltro que as incentivaram a buscar a cirurgia. Os cirurgiões explicam que podem conseguir o efeito até certo ponto; o �ltro serve de inspiração, mas é preciso alinhar as expectativas. Há riscos físicos e psicológicos na busca por uma aparência computadorizada. EIRAS, Natália. Os �ltros do Instagram estão mudando a nossa aparência na vida real? Revista Elle, publicado em 25 de maio de 2020. Disponível em <https://elle.com.br/beleza/�ltros-instagram-nos-deixam-iguais-2>. Acesso em 12 fev. 2023 (com adaptações). Com base na leitura, avalie as a�rmativas. I. De acordo com os especialistas, as cirurgias plásticas realizam o sonho das mulheres de conseguir uma aparência igual às imagens obtidas por �ltros e, assim, possibilitam a realização de sel�es perfeitas. II. O dedo em riste na �gura indica a determinação social de padrões de beleza, que, muitas vezes, levam as pessoas à busca por uma imagem considerada bonita e as fazem modi�car os verdadeiros rostos. III. Não há relação entre a �gura e o texto, pois a imagem refere-se à relação da mulher com o espelho, e não com as redes sociais. É correto o que se a�rma apenas em II. Pergunta 12 Leia o texto. O que faz o Brasil ter a maior população de domésticas do mundo Se organizasse um encontro de todos os seus trabalhadores domésticos, o Brasil reuniria uma população maior do que a da Dinamarca, compostos majoritariamente por mulheres negras, de acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT) Marina Wentzel - 26 fev. 2018 Segundo dados de 2017, o país emprega cerca de 7 milhões de pessoas no setor – o maior grupo no mundo. São três empregados para cada grupo de 100 habitantes – e a liderança brasileira nesse ranking só é contestada pela informalidade e falta de dados con�áveis de outros países. 0 em 0,5 pontos 09/05/23, 18:04 Revisar envio do teste: PSA 2023/1 – PSA 6937-00 https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_94273672_1&course_id=_28560_1&content_id=_3414806_1&ret… 12/26 I. O trabalho doméstico no Brasil é realizado principalmente por mulheres negras e é, geralmente, mal remunerado. II. No Brasil, a prática de ter alguém para realizar os afazeres domésticos é herança escravagista. III. A informalidade no trabalho doméstico sugere que, no Brasil, o número de pessoas que realizam tal função supera os 7 milhões. Com um per�l predominantemente feminino, afrodescendente e de baixa escolaridade, o trabalho doméstico é alimentado pela desigualdade e pela dinâmica social criada principalmente após a abolição da escravatura no Brasil, a�rmam especialistas. Um estudo feito em parceria entre o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), ligado ao Ministério do Planejamento, e a ONU Mulheres, braço das Nações Unidas que promove a igualdade entre os sexos, compilou dados históricos do setor de 1995 a 2015 e construiu um retrato evolutivo das noções de raça e gênero associadas ao trabalho doméstico. (...) O professor e pesquisador americano David Evan Harris é um dos especialistas que defendem que o cenário do trabalho doméstico no Brasil atual é herança do período escravagista. "O Brasil foi um dos últimos países do mundo a acabar com a escravidão. Se olharmos para quem são as empregadas, veremos que elas tendem a ser negras", diz o acadêmico, formado pela Universidade da Califórnia em Berkeley, nos EUA, e mestre pela USP. "Analisando cidades como Rio e São Paulo, percebe-se que as domésticas muitas vezes são pessoas que migraram do Norte e Nordeste para o Sul e Sudeste. E, como se sabe, o Nordeste é para onde boa parte das populações de escravos foi originalmente trazida. Há uma situação de dinâmica geográ�ca, histórica e social que continua até hoje." Segundo a historiadora e escritora Marília Bueno de Araújo Ariza, mesmo após a abolição, em 1888, mulheres e homens negros continuaram sendo servos ou escravos informais, o que também deixou seu legado no mercado de trabalho. As domésticas de hoje são majoritariamente afrodescendentes porque "justamente eram essas pessoas que ocupavam os postos de trabalho mais aviltados na saída da escravidão e na entrada da liberdade no pós-abolição", a�rmou ela à BBC Brasil. A ideia de ter um servo na família era muito comum, mesmo entre quem não era rico e vivia nas regiões semiurbanas do século 19, segundo Ariza. "A escravidão brasileira foi diversa, mas foi sobretudo uma escravidão de pequena posse. No Brasil, todo mundo tinha escravos. Quando as pessoas tinham dinheiro, elas compravam escravos com muita frequência". Em São Paulo, por exemplo, muitas famílias - mesmo as relativamente pobres, muitas delas che�adas por mulheres brancas - "tinham uma ou duas escravas domésticas para realizar afazeres na casa ou na rua". Ariza acredita que o Brasil do século 21 herdou do passado colonial, imperial e escravista uma "profunda desigualdade na sociedade que não foi resolvida" e "um racismo estrutural". "Essas duas coisas combinadas nos levama um quadro contemporâneo que usa racionalmente o trabalho doméstico porque ele é mal remunerado e, até recentemente, não tinha quaisquer direitos reconhecidos", resume. Disponível em <https://www.bbc.com/portuguese/brasil-43120953>. Acesso em 09 mar. 2023 (com adaptações). Com base na leitura, avalie as a�rmativas. É correto o que se a�rma em 09/05/23, 18:04 Revisar envio do teste: PSA 2023/1 – PSA 6937-00 https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_94273672_1&course_id=_28560_1&content_id=_3414806_1&ret… 13/26 Resposta Selecionada: b. I e II, apenas. Pergunta 13 Leia a charge e o texto. Um artigo publicado recentemente na revista 9ª Arte tem como tema a baixa participação da população negra na arte do Brasil, mais especi�camente nos quadrinhos, apesar de serem a maioria da população. No trabalho intitulado “A maioria da população brasileira é minoria nos quadrinhos”, Roberto Elísio dos Santos, livre-docente em Ciências da Comunicação na Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP, tomou como inspiração os estudos do pesquisador Nobu Chinen sobre a quase inexistência do negro como personagem da chamada 9ª arte, as histórias em quadrinhos (HQs). Visto que a maioria da população brasileira é negra, não faz sentido tão poucos personagens negros nas histórias em quadrinhos. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geogra�a e Estatística (IBGE), responsável pelo levantamento populacional, 43,1% dos brasileiros entrevistados se declaram brancos, 9,3% pretos e 46,5% pardos. A situação de preconceito, nos meios artísticos, vem mudando aos poucos, “mas a presença de personagens negros nos produtos midiáticos não re�ete os dados sociais do país. Se somos, então, um país negro, onde estão os pretos e pardos nos meios de comunicação?”, questiona Chinen. A história brasileira mostra 400 anos de escravidão, ao longo dos quais a exclusão, a discriminação e o racismo determinaram as condições econômicas precárias, desumanas, acompanhadas pelo difícil acesso dos afrodescendentes à educação e ao digno convívio social de igualdade. 0 em 0,5 pontos 09/05/23, 18:04 Revisar envio do teste: PSA 2023/1 – PSA 6937-00 https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_94273672_1&course_id=_28560_1&content_id=_3414806_1&ret… 14/26 Resposta Selecionada: d. I. O texto a�rma que a população negra é sub-representada nas histórias em quadrinhos como consequência do fato de uma minoria dos brasileiros (9,3% do total) se considerar preta. II. A charge mostra que muitos negros conseguiram ser reconhecidos pelos seus feitos, o que refuta as informações presentes no texto. III. O fato de o Pererê ser o personagem negro mais bem-sucedido na história dos quadrinhos brasileiros deve-se a ele representar um ser mitológico. A arte, em particular as histórias em quadrinhos, re�ete as condições preconceituosas enfrentadas pela população negra, expressas gra�camente com a imagem negativa do negro nesse tipo de publicação artística. Os padrões europeus dos corpos conceituados como “normais e perfeitos” sempre colocaram à margem etnias diferentes. Santos cita a revista Gibi, lançada em 1939 e publicada até os anos 1990, em que o personagem Pererê, historicamente o mais bem- sucedido personagem negro das histórias em quadrinhos, não é baseado em um ser real, é um ser mitológico do folclore brasileiro. Na revista “O Tico-Tico” (de 1905 a 1962), o garoto negro Giby era empregado da família. O artista J. Carlos, em 1924, apresenta sua personagem Lamparina, uma menina negra, como alguém “que ostenta um aspecto de animal […], com os braços nas proporções de um chimpanzé”. Destaca-se que, segundo o pesquisador Chinen, esse “talvez seja o caso mais notório de uma representação negativa do negro nos quadrinhos brasileiros”. As precárias condições de vida dos afrodescendentes brasileiros foram retratadas de maneira crítica, em nossa história mais recente, por cartunistas engajados socialmente como Novaes, Hen�l e, mais notadamente Edgar Vasques. Nobu Chinen, a�rma Santos, “faz um inventário dos personagens negros infantis”, pondo em cena “personagens pouco conhecidos ou esquecidos que formaram, por meio dos quadrinhos, uma visão dos afrodescendentes brasileiros, mais próximos ou distantes da grande parcela da população do Brasil”. Disponível em <https://jornal.usp.br/ciencias/qual-o-papel-dos-personagens-negros-nas-historias-em-quadrinh os-brasileiras/>. Acesso em 7 mar. 2023 (com adaptações). Com base na leitura, avalie as a�rmativas. Assinale a alternativa correta. Apenas as a�rmativas I e III são corretas. Pergunta 14 Leia o texto. Garimpo ilegal na Terra Yanomami cresceu 54% em 2022, aponta Hutukara O garimpo ilegal cresceu 54% em 2022 e devastou novos 1.782 hectares da Terra Indígena Yanomami (TIY), conforme levantamento feito por imagens de satélite. O monitoramento da Hutukara Associação Yanomami (HAY) aponta crescimento acumulado de 309% do desmatamento associado ao garimpo entre outubro de 2018 e dezembro de 2022. Nesse período, foram mais 3.817 hectares destruídos na maior terra indígena do país, atingindo um total de 5.053 hectares. Quando os indígenas começaram a monitorar os efeitos do garimpo, em outubro de 2018, havia 1.236 hectares devastados. Em 2021, o desmatamento chegou a 3.272 hectares, conforme apontou o relatório “Yanomami Sob Ataque: garimpo na Terra Indígena 0 em 0,5 pontos 09/05/23, 18:04 Revisar envio do teste: PSA 2023/1 – PSA 6937-00 https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_94273672_1&course_id=_28560_1&content_id=_3414806_1&ret… 15/26 Resposta Selecionada: d. Yanomami” e propostas para combatê-lo. O “Sistema de Monitoramento do Garimpo Ilegal na TIY” é feito com imagens da “Constelação Planet”, rede de satélites de alta resolução espacial capazes de detectar com precisão e mais frequência de vigilância áreas muitas vezes não capturadas por outros satélites. Com o monitoramento manual, as atualizações são registradas duas vezes por mês. As maiores concentrações de destruição estão nos rios Uraricoera, ao Norte da Terra Indígena Yanomami, e Mucajaí, região central. A região de Waikás, no Uraricoera, concentra 40% do impacto, com cerca de 2 mil hectares devastados. Enquanto isso, o Rio Couto Magalhães, a�uente do Mucajaí, sofre 20% do impacto, com cerca de mil hectares. A terceira região mais afetada é a de Homoxi, na cabeceira do Mucajaí, com 15% da devastação, o que corresponde a cerca de 760 hectares. “Os impactos do garimpo vão além do observados pelo satélite, que são focados no desmatamento. Eles também afetam as disseminações de doenças, deterioração no quadro de saúde das comunidades, produção de con�itos intercomunitários, aumento de casos de violência e diminuição da qualidade de água da população com destruição dos corpos hídricos. Tudo isso somado compromete a capacidade de viver nas comunidades”, explicou o geógrafo Estêvão Ben�ca, assessor do Instituto Socioambiental (ISA). Ainda segundo Ben�ca, a mobilidade dos garimpeiros de uma área para outra é um fator que resulta na proliferação de doenças. Os invasores chegam a levar novas cepas de malária de uma região para outra, por exemplo. De acordo com o Sivep Malária, sistema de monitoramento do Ministério da Saúde, entre 2020 e 2021, mais de 40 mil casos de malária foram registrados na Terra Indígena Yanomami. Em 2021, foram 21.883, o maior registro desde 2003. A explosão dos casos da doença no território indígena coincide com o aumento da área devastada pelo garimpo. O monitoramento do Mapbiomas, que utiliza o satélite Landsat, mostra saltos sucessivos no desmatamento pelo garimpo desde 2016. Com base na leitura, avalie as a�rmativas. I. O avanço do garimpo na região das terras indígenas Yanomami e o número de casos de malária estão inversamente relacionados desde 2016. II. A taxa de crescimento dos casos de malária foi maior no período de 2019 a 2020. III. As consequências do garimpo ilegal nas terras indígenas incluema disseminação de doenças e a destruição ambiental. Assinale a alternativa correta. Apenas as a�rmativas II e III são corretas. Pergunta 15 0,5 em 0,5 pontos 09/05/23, 18:04 Revisar envio do teste: PSA 2023/1 – PSA 6937-00 https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_94273672_1&course_id=_28560_1&content_id=_3414806_1&ret… 16/26 Leia o texto e a charge. Finlândia inclui disciplina de “combate à desinformação” nas escolas Alfabetização midiática integra currículo das escolas da Finlândia desde a pré-escola até o ensino médio e ajuda o país a ter um dos sistemas de ensino mais produtivos do mundo Julia Possa Nas escolas da Finlândia, aprender a identi�car notícias falsas e desinformação é tão importante quanto ciências ou matemática. O país europeu de 5,5 milhões de habitantes incluiu a disciplina de “alfabetização midiática” no currículo escolar desde as séries primárias. Entre as atividades, professores pedem aos alunos que editem seus próprios vídeos e imagens – uma forma de fazê-los perceber como é fácil manipular informações. Eles também aprendem sobre o funcionamento dos algoritmos e como ler notícias. Juntos, os estudantes discutem como e quando artigos foram escritos e quais são os objetivos do autor. “Só porque é uma coisa boa ou legal, não signi�ca que seja verdadeira ou válida”, explicou Saara Martikka, professora da cidade �nlandesa de Hameenlinna, ao jornal “New York Times”. Em sala de aula, Martikka começa do básico: ensina a diferença entre o que os alunos veem no Instagram e no TikTok daquilo que está nos jornais. “Não há como entender notícias falsas ou desinformação se antes não souberem a diferença entre mídias sociais e jornalismo”, disse. As professoras �nlandesas contam que sentiram um claro declínio nas habilidades de compreensão de leitura nos últimos anos. A hipótese é que os alunos passam menos tempo sobre os livros, e mais sobre videogames e vídeos. Nas mídias eletrônicas, a demanda do processo cognitivo é menor e os períodos de atenção tornam-se mais curtos, o que faz com que os jovens se tornem mais vulneráveis às notícias falsas ou não conquistem conhecimento su�ciente para identi�car informações enganosas. Ainda que os estudantes tenham crescido com a mídia social, isso não é sinônimo de que saibam como identi�car e se proteger da desinformação. Em 2022, um estudo da Universidade de Northumbria, do Reino Unido, apontou que a adolescência é o momento em que os jovens estão mais propensos a acreditar nas teorias da conspiração. Fórmula do sucesso Os esforços das escolas da Finlândia têm dado resultados. O país �cou em primeiro lugar em resiliência contra a desinformação entre as 41 nações da Europa. Com um dos melhores sistemas educacionais do mundo, a Finlândia se destaca pelo quinto ano consecutivo na pesquisa da organização Open Society. O levantamento mostra que, depois dos �nlandeses, os países mais resilientes contra a desinformação foram Noruega, Dinamarca, Estônia, Irlanda e Suécia. No �nal da lista estão Geórgia, Macedônia do Norte, Kosovo, Bósnia e Herzegovina e Albânia. Na prática, a Finlândia tem um contexto que facilita a aplicação de um programa institucionalizado contra a desinformação. Por lá, o sistema de ensino público e professores são respeitados, há con�ança no governo e a faculdade é 100% gratuita. Além disso, só pessoas que moram por lá falam o �nlandês, o que facilita a identi�cação de artigos falsos. Também �ca fácil distinguir o conteúdo escrito por falantes não nativos por causa de possíveis erros gramaticais e de sintaxe. Disponível em <https://gizmodo.uol.com.br/�nlandia-inclui-disciplina-de-combate-a-desinformacao-nas-escolas/am p/?fbclid=IwAR0y6BgGyxrILb71e7YQpJngUQ_2Uaqzrgz8cpGaX45doYMX_oK8U_7jCx8>. Acesso em 10 jan. 2023. 09/05/23, 18:04 Revisar envio do teste: PSA 2023/1 – PSA 6937-00 https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_94273672_1&course_id=_28560_1&content_id=_3414806_1&ret… 17/26 Resposta Selecionada: e. Com base na leitura, avalie as a�rmativas. I. O texto e a charge apontam as redes sociais como meios utilizados para a proliferação de fake news. II. Os professores �nlandeses incentivam os estudantes a produzirem e a divulgarem, nas redes sociais, vídeos falsos para que eles compreendam todo o processo de geração de informação. III. De acordo com o texto, é importante que os estudantes saibam diferenciar notícias produzidas por jornalistas daquelas divulgadas por outras fontes. IV. Segundo o texto, devido à sintaxe da língua �nlandesa, não é possível produzir fake news no idioma. É correto o que se a�rma apenas em I e III. Pergunta 16 Leia o texto, de autoria de Laura Mattos, e a charge. Inteligência arti�cial ajuda aluno a escrever redação nas escolas “A inteligência arti�cial tornou-se uma ferramenta cada vez mais importante no campo da educação e uma das maneiras mais emocionantes de usá-la é ajudar os estudantes a melhorar suas habilidades de escrita”. Foi assim que a nova vedete da inteligência arti�cial, a plataforma ChatGPT, iniciou um texto de seis parágrafos quando a “Folha” lhe enviou a seguinte solicitação: "Escreva um artigo sobre o uso da inteligência arti�cial para estudantes aprenderem a escrever redação". O artigo �cou pronto em 50,5 segundos. Ainda no primeiro parágrafo, o robô prosseguiu a�rmando que as ferramentas "podem fornecer aos estudantes feedback instantâneo sobre seus ensaios, ajudando-os a identi�car erros e a melhorar sua escrita com o tempo". Se é realmente "emocionante", isso já é um juízo de valor feito pelo robô do ChatGPT, mas, de fato, como o texto aponta, essa ferramenta começa a se disseminar na educação, e escolas brasileiras, públicas e particulares, passaram a adotá-la. Em São Paulo, a inteligência arti�cial para esse �m deverá ser introduzida nas escolas estaduais ainda neste semestre, de acordo com o secretário de educação, Renato Feder. "Teremos um 0,5 em 0,5 pontos 09/05/23, 18:04 Revisar envio do teste: PSA 2023/1 – PSA 6937-00 https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_94273672_1&course_id=_28560_1&content_id=_3414806_1&ret… 18/26 programa que apontará instantaneamente para o aluno erros gramaticais, ortográ�cos e de pontuação, além de explicar a regra", a�rmou o secretário à “Folha”. Posteriormente, a redação deve ser encaminhada ao professor, e a plataforma sistematiza a sua correção fazendo ao docente perguntas como "Qual é a aderência do texto ao tema proposto?", "Trabalha com a argumentação?", "Usa raciocínio lógico?", "Traz uma conclusão?". Segundo Feder, a ferramenta será desenvolvida pela Secretaria de Educação, da mesma forma que o programa implementado nas escolas paranaenses quando ele foi secretário. O “Redação Paraná” foi criado no primeiro ano da pandemia e é utilizado por estudantes do 6º ao 9º ano e do ensino médio. O Governo do Espírito Santo também aderiu a essa tecnologia, a partir de parceria com uma startup, a Letrus. Essa mesma tecnologia já foi utilizada em escolas públicas da Paraíba, do Pará, de São Paulo e de Mato Grosso do Sul, por meio de projetos �nanciados por institutos sociais, e atualmente está presente em escolas da Fundação Bradesco e em instituições voltadas à classe A de São Paulo, como a rede Pueri Domus e as escolas do Grupo Bahema, entre as quais a Escola da Vila e a Escola Viva. A Letrus diz ser utilizada por 180 mil estudantes no país - o custo médio programa gira em torno de R$ 100 por aluno por ano. Professor de língua portuguesa e fundador da empresa, Luís Junqueira admite que, por melhor que seja, uma ferramenta de inteligência arti�cial não consegue substituir o olhar humano. "Mas facilita o trabalho do professor e pode orientá-lo sobre que di�culdades devem ser observadas", diz ele. "Também é importante o estímulo que o estudante tem ao receber um feedback rápido da sua redação. No Brasil, a maioria dos estudantes não consegue ter os seus textos lidos por professores." A Letrus defendeque a ferramenta precisa ser integrada ao currículo escolar, com treinamento dos professores, para que saibam utilizá-la em aula, além de monitorar o desenvolvimento de cada aluno por meio de um histórico de dados e estatísticas. Plataformas com essa proposta, portanto, segundo ele, diferenciam-se de sites e aplicativos que oferecem correção de redação instantânea gratuitamente (há serviços pagos, como o de escolher um tema livre). Entre elas já se tornaram conhecidas de professores brasileiros a Glau e a Grammarly. Além de erros gramaticais e ortográ�cos, as ferramentas se dizem capazes de analisar, em algum grau, a construção de frases e a �uência do texto e, também, de evitar plágios, pesquisando outros textos online ou barrando a possibilidade de copiar e colar. Mestre em linguística aplicada e professor do Instituto Singularidades, que forma professores e gestores da educação, Maurício Canuto a�rma que essas ferramentas podem ser úteis, "desde que consideradas como complementares e sempre utilizadas com a mediação do docente". "A tecnologia pode apontar um erro de pontuação, por exemplo, e explicar a regra, mas não garante que o aluno entenderá." O professor dá aula de português na rede municipal de São Paulo e sugere essas ferramentas aos seus alunos. Ele diz ser preciso cuidado para que a criatividade não seja tolhida. "Essas ferramentas utilizam modelos de textos", diz. "Isso pode ir na contramão do que a BNCC [Base Nacional Comum Curricular] determina, que o aprendizado busque novas linguagens, interações e que evite fórmulas estáticas." Ponderação semelhante faz Adriano Chan, corretor de redação de vestibulares e doutorando da Unesp em linguística cognitiva, que lida com os modelos do pensamento algorítmico. "Na língua, temos os usos que seguem padrões e os que não seguem, e esses casos não são identi�cados por essas ferramentas." Para Chan, que é proprietário de um curso de redação em São Paulo, essas ferramentas "podem ajudar o professor a ser mais e�caz", desde que utilizadas com cautela. "Essas plataformas trabalham com modelos de texto. Procuram as palavras no primeiro parágrafo e avaliam como se relacionam com o restante da escrita. Isso não funciona para alunos mais criativos, para redações mais so�sticadas." 09/05/23, 18:04 Revisar envio do teste: PSA 2023/1 – PSA 6937-00 https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_94273672_1&course_id=_28560_1&content_id=_3414806_1&ret… 19/26 Resposta Selecionada: c. A ponderação entre aspectos positivos e negativos, aliás, não está presente no texto do ChatGPT feito a pedido da “Folha”, que só apontou vantagens do uso da inteligência arti�cial. A conclusão do robô é que o uso "emocionante" da ferramenta pode transformar alunos em "escritores competentes". Disponível em <https://www1.folha.uol.com.br/educacao/2023/02/escolas-adotam-inteligencia-arti�cial-para-aj udar-aluno-a-escrever-redacao.shtml#:~:text=%22A%20intelig%C3%AAncia%20arti�cial%20tornou%2Dse,melho rar%20suas%20habilidades%20de%20escrita.%22>. Acesso em 16 mar. 2023 (com adaptações). Com base na leitura, avalie as a�rmativas. I. De acordo com a charge e com os especialistas apresentados no texto, a ferramenta ChatGPT substitui plenamente a �gura humana, pois sua tecnologia permite que ela realize com e�ciência todas as tarefas. II. O texto escrito pela ferramenta ChatGPT, mencionado no artigo, pondera sobre os aspectos positivos e negativos da inteligência arti�cial para os estudantes e é um exemplo claro do potencial dessa tecnologia. III. Segundo o secretário de educação de São Paulo, uma ferramenta especí�ca será utilizada nas escolas públicas e apontará aos estudantes os erros gramaticais em seus textos. É correto o que se a�rma em III, apenas. Pergunta 17 Leia os textos. 0 em 0,5 pontos 09/05/23, 18:04 Revisar envio do teste: PSA 2023/1 – PSA 6937-00 https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_94273672_1&course_id=_28560_1&content_id=_3414806_1&ret… 20/26 Resposta Selecionada: e. As fortes chuvas, os alagamentos, as inundações, as enchentes trazem, no correr da água, o risco da leptospirose. Quem vive em condições precárias de moradia e de saneamento básico também é aquele que costuma ser mais afetado por um problema de saúde pública muitas vezes negligenciado. De 2021 a 2022, o número de casos aumentou 52% e, de mortes, 70%. Disponível em <https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2023/02/13/numero-de-mortes-por-leptospirose-a umenta-mais-de-70percent-nos-ultimos-dois-anos.ghtml>. Acesso em 21 fev. 2023. Todos os anos, principalmente nos meses de verão, as chuvas se intensi�cam, podendo causar inundações e enchentes. Com isso, as populações podem �car suscetíveis ao contato com a urina de animais infectados ou água e lama contaminadas pela bactéria causadora da leptospirose, doença considerada zoonose de importância mundial. Um amplo espectro de animais serve como reservatório para a persistência de focos de infecção, sendo os principais, roedores, especialmente o rato-de-esgoto. Além dele, suínos, bovinos, equinos, ovinos e cães também podem transmitir a doença. A leptospirose apresenta como principais sintomas febre, dor de cabeça, dores pelo corpo, principalmente nas panturrilhas (batata da perna), e podem também ocorrer vômitos, diarreia e tosse. Nas formas mais graves, geralmente aparece icterícia (coloração amarelada da pele e dos olhos) e há a necessidade de cuidados especiais em caráter de internação hospitalar. O doente também pode apresentar hemorragia, meningite, insu�ciência renal, hepática e respiratória, que podem levar à morte. O diagnóstico é feito pela análise dos sintomas, mas a con�rmação vem através de um exame de sangue. Já o tratamento é baseado no uso de medicamentos e outras medidas de suporte, orientado sempre por um médico, conforme os sintomas apresentados. Os casos leves podem ser tratados em ambulatório, mas os graves precisam de internação hospitalar. A automedicação não é indicada, pois pode agravar a doença. Disponível em <https://bvsms.saude.gov.br/aumento-das-chuvas-no-verao-e-o-risco-da-leptospirose-saiba-mais -sobre-a-doenca/>. Acesso em 21 fev. 2023 (com adaptações). Com base na leitura, avalie as a�rmativas. I. As águas das enchentes podem estar contaminadas com o agente transmissor da leptospirose, o que explica sua ocorrência exclusiva em áreas periféricas dos centros urbanos. II. As condições precárias de moradia e de saneamento básico aumentam o risco de infecção por leptospirose. III. Em 2021, cerca de 10% das pessoas infectadas por leptospirose morreram. É correto o que se a�rma em II, apenas. https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2023/02/13/numero-de-mortes-por-leptospirose-aumenta-mais-de-70percent-nos-ultimos-dois-anos.ghtml- 09/05/23, 18:04 Revisar envio do teste: PSA 2023/1 – PSA 6937-00 https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_94273672_1&course_id=_28560_1&content_id=_3414806_1&ret… 21/26 Pergunta 18 Leia o texto. América Latina deveria ser região com menos fome no mundo, diz pesquisador Gerardo Lissardy Por trás da sua última refeição, pode ter existido uma história de grandes interesses. Não se trata apenas de quem proporcionou o alimento, mas de uma série de fatores que vão desde a produção até sua chegada ao mercado. E, em cada uma dessas etapas, pode haver interesses em jogo entre países ou corporações, segundo Juan José Borrell, autor do livro “Geopolítica y Alimentos: el Desafío de la Seguridad Alimentaria Frente a la Competencia Internacional por los Recursos Naturales” (“Geopolítica e alimentos: o desa�o da segurança alimentar frente à concorrência internacional pelos recursos naturais”, em tradução livre). “Os alimentos são um fator de poder”, a�rma Borrell, que é professor e pesquisador de geopolítica da Universidade de Rosário e da Universidade da Defesa Nacional, na Argentina. Ele também foi assessor da delegação argentina no Comitê de SegurançaAlimentar Mundial da FAO, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura. Borrell participou do Hay Festival Cartagena, promovido na Colômbia entre 26 e 29 de janeiro de 2023. A seguir, leia os principais pontos da sua conversa com a BBC News Mundo. BBC News Mundo: Como os alimentos se tornaram uma questão geopolítica? Juan José Borrell Os alimentos sempre foram importantes. O ser humano estruturou sua existência em torno da busca pelo abastecimento alimentar desde antes do Neolítico. Mas podemos dizer que os alimentos se transformaram em assunto geopolítico depois da Segunda Guerra Mundial, com o grande salto dado pelos Estados Unidos no cenário internacional. No marco da doutrina da contenção, da ajuda humanitária e da criação de organismos como a ONU, temas como a fome e a pobreza – que giram em torno da produção de alimentos - adquiriram alcance internacional. Vivemos nas últimas décadas um interesse renovado por uma série de fenômenos geopolíticos que voltaram a colocar o tema do fornecimento de alimentos na agenda maior da política internacional. Por exemplo, o crescimento das novas economias, a concorrência pelos recursos, o aumento da população mundial ou os danos aos ecossistemas. (...) BBC: Qual é o objetivo dos países nisso tudo? Garantir sua própria segurança alimentar ou ganhar in�uência político-econômica por meio dos alimentos? Borrell: Ambas. Os alimentos são um fator de poder. Produção, sementes, patentes, insumos, comércio, portos, frota, preços ou produtos nas gôndolas dos mercados são uma enorme fonte de poder, capacidade de in�uência e geração de riqueza. As grandes potências concorrem por espaços de mercado, para ganhar renda e ter maior autonomia alimentar. Outros países servem para extração de renda, como é o caso da Argentina. Não existe uma política alimentar estratégica que solucione o problema do acesso da população aos alimentos. O fato de um país dispor de um sistema de produção agrícola intensiva não garante que as necessidades alimentares da sua população sejam automaticamente satisfeitas. BBC: Segundo um relatório da ONU, no ano passado, o mundo retrocedeu nos seus esforços para acabar com a fome, a insegurança alimentar e a desnutrição. Por que existe cada vez mais fome se temos melhor tecnologia para produzir alimentos? 0,5 em 0,5 pontos 09/05/23, 18:04 Revisar envio do teste: PSA 2023/1 – PSA 6937-00 https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_94273672_1&course_id=_28560_1&content_id=_3414806_1&ret… 22/26 Borrell: Existe um grande mito: o de que, graças à tecnologia, os rendimentos aumentarão e, consequentemente, maior quantidade de pessoas terá acesso a um maior fornecimento de alimentos. Ou, ao contrário, que existe fome onde faltam alimentos ou há excesso de população. O professor indiano Amartya Sen, ganhador do prêmio Nobel de Economia, demonstrou que, em muitas fomes históricas, havia fornecimento de alimentos, mas a população não tinha forma de adquiri-los. De fato, o sistema de produção intensiva não gera necessariamente alimentos. Ele gera uma matéria-prima que também pode ser empregada, por exemplo, para alimentação de animais ou fabricação de biocombustíveis. A Argentina é o maior produtor de biodiesel de soja do mundo e os Estados Unidos fabricam etanol com mais de um terço da sua colheita de milho. BBC: Ou seja, o problema da fome não se deve necessariamente à quantidade de alimentos disponíveis... Borrell: Exato. Tem a ver, como demonstra a FAO, com a questão do acesso. Mais de 85% da população mundial têm acesso aos alimentos disponíveis no mercado. Mas, se não tenho os meios econômicos para procurá-los, meu acesso será prejudicado. BBC: Que papel desempenha a América Latina no mapa agroalimentar global? Borrell: O que ocorre na América Latina e no Caribe representa um grande paradoxo. Entre as regiões que eram consideradas em vias de desenvolvimento, nosso continente é o que tem a menor quantidade de pessoas que sofrem de fome crônica. Os últimos relatórios do Banco Mundial calculavam, em média, cerca de 55 milhões de pessoas. Mas, atualmente, a América Latina produz alimentos para 1,3 bilhão de pessoas e tem capacidade de produzir ainda mais. A América Latina é um grande produtor de alimentos, mas parte da sua população não tem acesso ao abastecimento. A América Latina é o lugar onde deveria haver menos pessoas com fome no mundo. É talvez o continente mais rico em recursos, terras férteis, água potável, biodiversidade... BBC: Então, qual é o problema? Borrell: É a economia política, uma combinação de políticas extremamente liberais e políticas extremamente socialistas. Ambas geraram aumento da pobreza, retrocesso dos setores de classe média e mudanças do tipo de alimentação. Estamos observando um fenômeno que não existia meio século atrás. As pessoas que conseguem ter acesso ao abastecimento alimentar consomem alimentos com qualidade nutricional mais baixa. É um fenômeno que não �ca circunscrito apenas à pobreza, mas também atinge a classe média. Os setores da classe média que dispõem de recursos, automóveis, boa moradia, celulares e bem- estar sofrem de excesso de peso, obesidade mórbida ou outros problemas, devido aos maus hábitos alimentares ou produtos industriais com baixa qualidade nutricional. Fome no mundo Atualmente, segundo a FAO, cerca de 828 milhões de pessoas passam fome no mundo. Esse índice seguia praticamente inalterado desde 2015, próximo de 8% da população global. Mas, com a pandemia de covid-19 e a guerra na Ucrânia, o número saltou nos últimos anos. A situação é particularmente preocupante na Ásia, onde cerca de 20% da população enfrentou a fome em 2021 (os últimos dados disponibilizados pela ONU). No mesmo período, no continente africano, 9% da população sofria de fome, e na América Latina e Caribe, 8,6%. 09/05/23, 18:04 Revisar envio do teste: PSA 2023/1 – PSA 6937-00 https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_94273672_1&course_id=_28560_1&content_id=_3414806_1&ret… 23/26 Resposta Selecionada: b. No Brasil, segundo o Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19, conduzido pela Rede PENSSAN e divulgado em junho passado, 33,1 milhões de brasileiros vivem em situação de fome no país. No �m de 2020, eram 19,1 milhões. Disponível em <https://www.bbc.com/portuguese/articles/cgr08mvgjmzo>. Acesso em 02 fev. 2023 (com adaptações). Com base na leitura, avalie as a�rmativas. I. De acordo com Borrell, a fome no mundo é causada pela baixa produção agrícola nos países subdesenvolvidos, especialmente na América Latina, onde, paradoxalmente, os alimentos são um fator de poder. II. Segundo o professor, a tecnologia atual permite maior rendimento na produção de alimentos, o que garantirá o �m da insegurança alimentar no mundo nos próximos anos. III. O Brasil é um grande produtor de alimentos, mas cerca de 33 milhões de brasileiros vivem em situação de fome, pois não têm acesso aos alimentos. É correto o que se a�rma em III, apenas. Pergunta 19 Leia o texto e o infográ�co. Há muitas maneiras de adquirir o estilo de vida vegano. De acordo com a Organização The Vegan Society, do Reino Unido, o veganismo é uma �loso�a e um estilo de vida que busca “excluir, na medida do possível e praticável, todas as formas de exploração e crueldade com animais para alimentação, vestuário ou qualquer outro propósito”. A proposta da The Vegan Society é promover o desenvolvimento e o uso de alternativas livres de animais para o benefício dos seres humanos, dos seres vivos em geral e do meio ambiente. Uma dieta predominantemente à base de plantas e com baixo teor de sal, gorduras saturadas e açúcares adicionados é recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como parte de um estilo de vida saudável em seu documento “Dietas à base de plantas e seu impacto na saúde, sustentabilidade e meio ambiente”, publicado em 2021. A OMS caracteriza seis estilos distintos de dietas à base de plantas,que enfatizam alimentos derivados de vegetais, juntamente com o consumo reduzido ou a exclusão total de produtos derivados de animais. As dietas sugeridas são vegana, lactovegetariana, ovolactovegetariana, ovovegetariana, peixe-vegetariana e semivegetariana. Disponível em <https://www.nationalgeographicbrasil.com/historia/2022/10/o-que-e-veganismo>. Acesso em 05 jan. 2023 (com adaptações). 0 em 0,5 pontos 09/05/23, 18:04 Revisar envio do teste: PSA 2023/1 – PSA 6937-00 https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_94273672_1&course_id=_28560_1&content_id=_3414806_1&ret… 24/26 Resposta Selecionada: d. Com base na leitura, avalie as a�rmativas. I. A recomendação da OMS por dietas à base de vegetais, como o veganismo, está baseada em estudos que comprovam os malefícios da carne e de outros derivados animais para a saúde humana. II. No período pesquisado, o veganismo no Brasil não cresceu, colocando nosso país em último lugar na representatividade desse estilo de vida entre os países avaliados. III. O veganismo representa uma preocupação com a saúde e com o meio ambiente. É correto o que se a�rma em III, apenas. Pergunta 20 Leia a charge e o texto. 0 em 0,5 pontos 09/05/23, 18:04 Revisar envio do teste: PSA 2023/1 – PSA 6937-00 https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_94273672_1&course_id=_28560_1&content_id=_3414806_1&ret… 25/26 As mulheres e o mercado de trabalho brasileiro Um dos importantes fatores para se atingir o bem-estar em uma sociedade é o desenvolvimento econômico do país. E um dos principais elementos para que esse desenvolvimento aconteça é a capacidade produtiva da sociedade, que envolve, entre outras coisas, a oferta de mão de obra. Ou seja, o desenvolvimento e, consequentemente, o bem-estar, dependem de pessoas trabalhando e recebendo por isso. Contudo, o mercado de trabalho brasileiro tem características que não contribuem de maneira ideal para que isso aconteça. Segundo o relatório Global Gender Gap Report (Relatório Global sobre a Lacuna de Gênero, de 2020), do Fórum Econômico Mundial, o Brasil �gura na 130ª posição em relação à igualdade salarial entre homens e mulheres que exercem funções semelhantes, em um ranking com 153 países. Isso signi�ca que as mulheres enfrentam um cenário de desigualdade e discriminação no mercado de trabalho do país. Mas por que isso ainda acontece no Brasil? Será que não temos leis e direitos su�cientes para proteger as mulheres dessa situação? Segundo o IPEA (2019), a presença feminina no mercado de trabalho brasileiro, ou seja, a quantidade de mulheres entre 17 e 70 anos empregadas no país, passou de 56,1% em 1992 para 61,6% em 2015, com projeção para atingir 64,3% no ano de 2030, ou seja, 8.2 pontos percentuais acima da taxa em 1992. Enquanto isso, o mesmo estudo indica que a taxa de participação masculina no mercado de trabalho tende a cair, projetando que em 2030 ela será de 82,7%, inferior aos 89,6% observados em 1992. Entretanto, apesar do maior número de mulheres trabalhando no país, esses mesmos dados mostram a grande disparidade existente entre a participação de homens e mulheres no mercado de trabalho. Essa diferença ocorre, entre outros fatores, pelo papel social e cultural imposto às mulheres como as principais responsáveis pelos cuidados familiares e pelos trabalhos domésticos. Além de menor participação, retornando ao dado do Global Gender Gap Report, a diferença salarial entre gêneros ainda é signi�cativa no Brasil, fazendo o país integrar a 130ª posição em igualdade de salário. Isso signi�ca que a entrada das mulheres no mercado de trabalho brasileiro não foi acompanhada por uma diminuição das desigualdades pro�ssionais entre homens e mulheres, o que representa que a maior parte dos empregos formais femininos está concentrada em setores e cargos de menor valorização e que as mulheres continuam sofrendo discriminação em relação às suas atividades pro�ssionais. 09/05/23, 18:04 Revisar envio do teste: PSA 2023/1 – PSA 6937-00 https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_94273672_1&course_id=_28560_1&content_id=_3414806_1&ret… 26/26 Terça-feira, 9 de Maio de 2023 18h03min25s BRT Resposta Selecionada: a. Além disso, as mulheres continuam sofrendo abusos e assédios morais e sexuais no ambiente de trabalho. Segundo a Agência Patrícia Galvão (2020), cerca de 40% das mulheres já foram xingadas ou ouviram gritos em ambiente de trabalho, contra apenas 13% dos homens. Hoje em dia, a legislação trabalhista nacional garante direitos fundamentais à mulher em relação ao trabalho, prevendo formalmente a proteção e a promoção das mulheres na esfera pro�ssional. Mas apenas a existência de regras não acarreta, necessariamente, mudanças comportamentais e culturais na sociedade. A questão da igualdade salarial entre gêneros é um bom exemplo, pois, por mais que essa norma esteja vigente desde 1988, os dados apresentados ao longo do texto mostram que a remuneração das mulheres ainda é inferior se comparada à dos homens. Disponível em <https://www.politize.com.br/equidade/blogpost/mulheres-e-o-mercado-de-trabalho/?https://ww w.politize.com.br/&gclid=Cj0KCQiAxbefBhDfARIsAL4XLRoL472Xu02qQ7UBOemx9LsFR2hT6E44TJcLmqTG75Hli0 Uk52LuAYoaAokVEALw_wcB>. Acesso em 16 fev. 2023 (com adaptações). Com base na leitura da charge e do texto, avalie as a�rmativas. I. Considerando os países avaliados no Relatório Global sobre a Lacuna de Gênero (2020), o Brasil está entre as nações mais desiguais em relação aos salários de homens e de mulheres que exercem funções semelhantes. II. Segundo o IPEA (2019), o número de mulheres empregadas em 2015 era 5,5% maior do que em 1992. III. A charge sugere que as mulheres enfrentam mais di�culdades do que os homens para estabelecer sua carreira pro�ssional. De acordo com o texto, essas di�culdades decorrem, entre outros fatores, do papel social e cultural imposto às mulheres. É correto apenas o que se a�rma em I e II. ← OK