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A gestão racional dos estoques consiste em uma ferramenta indispensável para que uma unidade hospitalar possa ser gerida de maneira competitiva, em especial no caso das redes privadas que estão sujeitas à pressão do mercado e das seguradoras de saúde.
	O enfermeiro responsável pela unidade (clinica médica) deverá examinar o setor afim de observar as características particulares da unidade e, desse modo, os materiais inerentes ao seu setor de trabalho. Além da quantidade e da especificidade dos materiais necessários o enfermeiro ao realizar a previsão deve estar considerando também: a especificidade da unidade; as características da clientela; a frequência no uso dos materiais, o número de leitos na unidade; o local de guarda; e a durabilidade do material.
	A estimativa do quantitativo de material necessário pode ser obtida através do consumo médio mensal que consiste na observação do consumo por um período de tempo, que geralmente é de três meses, dividido pelo número de meses mais uma margem de segurança definindo-se assim uma cota de material.
	Uma estimativa de material bem elaborada contribui para que não se tenha um acúmulo de materiais nas unidades, para a economia do hospital e para que o almoxarifado tenha uma visão real do material que esta sendo necessário. É necessário acrescentar 10% ao gasto mensal como margem de segurança, garantindo que não falte material para a realização dos cuidados.
	Após o enfermeiro prever e prover os materiais, os equipamentos são necessários que se pense em que locais e de que modo estes serão distribuídos, armazenados e estocados. Nesse momento é importante observar a facilidade de visualização para o pessoal, evitar riscos de contaminação (poeira, umidade, luz entre outros), proporcionar rigoroso controle e possibilitar à equipe de enfermagem o acesso aos materiais conforme as necessidades do Serviço de Enfermagem.
	A enfermeira deve utilizar a tecnologia a seu favor, softwares e aplicativos vão tornar o seu trabalho muito mais organizado e também mais fácil. Claro que a enfermeira precisa ser treinada em cada um desses programas, bem como toda a equipe do hospital, para que tudo funcione da forma correta, a fim de garantir que os produtos, medicamentos e equipamentos estejam sempre muito bem organizados e repostos nos momentos certos.
	A falta de gestão de estoque hospitalar gera uma dupla situação, ou seja, tanto na falta quanto no excesso de produtos, podendo causar, dessa forma, a paralisação dos procedimentos hospitalares, sobretudo nas cirurgias, exames e nos custos com armazenamento extra de material.
	O Enfermeiro como consumidor dos materiais, que detém conhecimento sobre os mesmos, está preparado para argumentar e ponderar pela escolha nos processos
aquisitivos e no planejamento estratégico do Gerenciamento de Recursos Materiais. Tal habilidade é decorrente da sua capacitação para atividades administrativas, juntamente com o conhecimento proveniente das atividades assistenciais, favorecendo a otimização dos recursos disponíveis, avaliar e ponderar pela escolha de materiais que atendam às necessidades de pacientes e profissionais, e que proporcionem segurança ao cuidado.
	Portanto no caso apresentado cabe a enfermeira responsável pelo setor prover a prever recursos materiais e humanos através da observação e da implementação de indicadores de qualidades que vão auxiliá-la na tomada de decisão, a mesma também deverá utilizar as tecnologias disponíveis. A enfermeira também deverá ter conhecimento sobre a classificação desses materiais (materiais de consumo e permanentes).
Bibliografia:
BOGO, P. C., BERNARDINO, E.; CASTILHO, V., CRUZ, E. D. A. O enfermeiro no
gerenciamento de materiais em hospitais de ensino. Revista da Escola de Enfermagem da
USP, 49(4), 632-639, 2015.
CASTILHO, V.; LEITE, M. M. J. A administração de recursos materiais na enfermagem. In:
KURCGANT, P. (Coord.) Administração em enfermagem. São Paulo, EPU, 1991,p.73-88.
CASTILHO, V.; GONÇALVES, V. L. M. Gerenciamento de Recursos Materiais. In:
KURCGANT, P. (Coord.) Gerenciamento em Enfermagem. Rio de Janeiro, Guanabara
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CASTILHO, V.; GONÇALVES, V. L. M. Gerenciamento de Recursos Materiais. In:
KURCGANT, P. Gerenciamento em Enfermagem. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan,
2014, p.155-167.
CHIAVENATO, I. Iniciação à administração de materiais. São Paulo, Makron/McGraw-
Hill, 1991.
FONSECA, M. das G. Administração de materiais em enfermagem. Juiz de Fora, Escola
de Enfermagem - UFJF/Depto Enfermagem Básica, 1995. (apostila de curso).
GRECO, R. M.; MOURA, D. C. A.; BAHIA, M. T. R. Gerenciamento de Recursos
Materiais. Juiz de Fora – UFJF/Depto Enfermagem Básica, 2018. (apostila de curso).
GAMA, B. M. B. de M. Administração de Recursos Materiais em Enfermagem. Juiz de
Fora, Escola de Enfermagem - UFJF/Depto Enfermagem Básica, 1997. (apostila de curso).
GUEDES, M.V.; FELIX, V. C. S.; SILVA, L. F.Trabalho no centro cirúrgico: representantes
sociais de enfermeiro. Rev Nursing. v. 37, n.4, p. 20-4. 2001.

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