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1 DD099 - LEGISLAÇÃO NACIONAL E INTERNACIONAL SOBRE MEDIAÇÃO E OUTROS PROCEDIMENTOS DE RESOLUÇÃO DE CONFLITOS CASO PRÁTICO Cerca de quatro anos atrás, Carolina e Artur casaram-se após 7 anos de namoro, durante os quais terminaram a faculdade e conseguiram acumular dinheiro suficiente para comprar uma casa e dois veículos. Durante este tempo, Carolina teve dois abortos devido a problemas relacionados ao seu útero. Após vários exames e cirurgias, engravidou e teve um filho, que já tem nove meses de idade. Chamaram-no de Jorge, em memória do pai de Artur, falecido há três anos. No início do ano, Artur disse a Carolina que queria construir um apartamento no segundo andar da casa, com isolamento de ruído, com entrada independente e saída da casa principal, para que sua mãe, viúva há três anos, cuidasse da irmã solteira de Artur. Carolina colocou uma série de pretextos para que isso não fosse adiante, e Artur, embora aborrecido, pelo bem de sua relação e para que não afetasse a criança que conseguiram ter depois de tanto sacrifício, aceitou que sua mãe e sua irmã não viessem. irmã Até aquele momento, era impensável que o casal, que tanto havia sofrido, cogitasse separar- se ou mesmo distanciar-se, a menos que fosse por motivo de trabalho ou de força maior. Poucos meses depois, a mãe de Carolina ficou doente com fibrose pulmonar, causada por bactérias de fezes de aves, além de ter um histórico de fumante pesada durante a juventude. Devido à sua doença, ela encontrou-se na necessidade de pedir a ajuda de sua filha e seu genro. Nos últimos meses, eles gastaram uma boa quantia de dinheiro em medicamentos e consultas médicas com o pneumologista. Carolina disse a Artur que, por causa da doença da mãe, gostaria que ela morasse com eles para pudesse dela, o que provocou inúmeras discussões acaloradas. Artur não concorda, porque Carolina meses atrás não queria que a mãe de Artur morasse com eles. Artur saiu de casa e entrou com um recurso legal para separação, com vistas a um possível divórcio. Por seu lado, Carolina não quer falar com ele, sente-se enojada, abandonada, incompreendida e agora com o ônus econômico da doença e dos cuidados de sua mãe, que não trabalha há anos. Carolina não deixa Artur ver o bebê, o que causa mais problemas entre eles. A mãe de Carolina passa o dia inteiro reclamando e lamentando-se da situação. O advogado de Carolina sugeriu que, antes de iniciar o processo de divórcio, eles deveriam participar em uma mediação com especialistas da área familiar e legal. Ambos aceitaram por meio de seus advogados. Apesar das circunstâncias, eles basicamente querem salvar o relacionamento ou terminá-lo em bons termos e da melhor maneira possível, para o bem de ambos, do bebê e do adquirido dentro do casamento. 2 CASO PRÁTICO Instruções para o desenvolvimento da atividade Após estudar o caso descrito, responda as questões abaixo: I. Monte um quadro comparativo dos ADR e explique por qual razão a mediação 1. seria a melhor opção para este casal: Mediação Mediação / Arbitragem Mediação / Conciliação Mediação / Contrato de transação Explique por qual razão os grupos feministas nos EUA inicialmente se opuseram à 2. mediação. Leia e analise a seguinte tabela comparativa e escreva as diferenças e 3. semelhanças existentes nas leis de mediação dos seguintes países: País Lei Diferenças. Semelhanças Equador A Lei de Arbitragem e Mediação, RO/145 de 4 de setembro de 1997,em seu art. 43 define a mediação como: “... um procedimento de solução de controvérsias pelo qual as partes, assistidas por um terceiro neutro chamado mediador, buscam um acordo voluntário, para tratar de assuntos que possam ser transgredidos, de natureza extrajudicial e definitiva, que ponham fim ao conflito”. Califórnia O art. VI de sua Constituição estabelece a solução pacífica de conflitos como uma função essencial do poder judiciário, e que a mediação está contemplada no Código de Processo Civil, no de Evidência e no Civil, como um processo informal em que uma pessoa natural, e sem poder de decisão, facilita a comunicação entre as partes, ajudando-as a encontrar acordos mutuamente aceitáveis que atendam aos seus interesses. 3 CASO PRÁTICO Catalunha Lei 9/1998 (15 de julho de 1998) do Código de Família da Catalunha: Art. 79.2: A autoridade judiciária poderá encaminhar as partes a uma pessoa ou entidade mediadora com o objetivo de tentar resolver as divergências e apresentar proposta de acordo regulatório. Explique com suas próprias palavras o conceito de mediação familiar oferecido 4. por R (98). Segundo a figura do mediador, o que define em grande medida a própria figura da 5. mediação, que tem reconhecida na R (98) 1 outras funções. Aponte-as. A mediação como uma conveniência para os acordos e interesses da família, até 6. onde pode ser estendido? Argumente os princípios da mediação na tabela a seguir com seu material de 7. estudo e informações adicionais que você investiga: Os princípios da mediação: Voluntariedade Imparcialidade Neutralidade Confidencialidade Elabore sua resposta a estas questões baseando-se no estudo dos materiais da II. disciplina e em outras fontes que considere conveniente consultar. Uma vez completas as respostas, entregue o documento através do ícone da III. atividade. 4 CASO PRÁTICO
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