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Aula 4 - Empresarial III - Recuperação Judicial

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Direito Empresarial III
Direito UMC
Recuperação Judicial -
Prof. Leandro de Paula Christo Silva @leandrolpc
Quais motivos convergem para a Crise Empresarial? 
Motivos internos
- Falta de gestão profissional da empresa (grande parte das empresas no Brasil são familiares. Profissionais qualificados são preteridos nos cargos de gestão por pessoas com laços sanguíneos).
- Falta de planejamento financeiro. (começar um negócio sem capital de giro ou sem calcular custos operacionais. Custo de oportunidade)
- Sucessões mal planejadas. (o pai constrói o negócio e os filhos são cada vez mais afastados dos valores que mantém a empresa.)
etc
Motivos externos
- Aumento repentino de impostos (caso das revendedoras de veículos usados em 2021.)
- Crise econômica que afeta a demanda de determinados produtos. (população ganhando menos tende a gastar menos)
- Fato Príncipe (restaurantes obrigados a fechar por conta da pandemia, hotéis, etc)
etc
Mas a crise de uma Empresa afeta apenas o Empresário?
Função Social da Empresa
Em um modelo econômico Capitalista, a Crise Econômica Empresarial afeta o Estado como um todo. 
A empresa desenvolve atividade produtiva (produz riqueza), além de ser geradora de impostos e empregos.
Pensar no caso Ford. Fechamento da Fábrica no ABC irá gerar prejuízos incalculáveis. *desempregados, impostos municipais, estaduais e Federais, fornecedores direitos e indiretos atingidos.
Função Social da Empresa e Lei 11.101/2005
A Lei 11.101/2005, Lei de Recuperação de Empresa e Falência, também reconhece a importância da manutenção da empresa e sua função social. Vide art. 47.
art. 47 - A recuperação judicial tem por objetivo viabilizar a superação da situação de crise econômico-financeira do devedor, a fim de permitir a manutenção da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo, assim, a preservação da empresa, sua função social e o estímulo à atividade econômica.
É COM BASE NAS EMPRESAS EM CRISE ECONOMICA QUE PAUTAREMOS NOSSOS ESTUDOS...
Lei 11.101/05
A Lei 11.101/05
Art. 1º Esta Lei disciplina a recuperação judicial, a recuperação extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária, doravante referidos simplesmente como devedor.
Pergunta: 
O instituto da recuperação judicial, extrajudicial e da falência poderá ser aplicado ao devedor civil? 
Comentários
Não!
O instituto da recuperação judicial, recuperação extrajudicial e falência não poderá se aplicar ao devedor civil, cuja insolvência será regulada pelo Código Civil (arts. 955 a 965) e pelo CPC/73 (arts. 748-786-A), conforme art. 1.052 do CPC/15. 
Empresas não Sujeitas à Lei 11.101/05
Art. 2º Esta Lei não se aplica a:
I – empresa pública e sociedade de economia mista;
II – instituição financeira pública ou privada, cooperativa de crédito, consórcio, entidade de previdência complementar, sociedade operadora de plano de assistência à saúde, sociedade seguradora, sociedade de capitalização e outras entidades legalmente equiparadas às anteriores.
Quem pode figurar como sujeito ativo dos pedidos de falência e recuperação judicia?
Sujeito ativo pedido de falência 
O pedido de falência pode ser requerido pelo credor (pessoa física ou jurídica), pelo sócio ou acionista da empresa, pelo cônjuge em vida, pelos herdeiros ou pelo inventariante. Pode ser solicitado, também, pelo próprio empresário, caracterizando, assim, autofalência. 
Sujeito ativo Recuperação
Em consonância com o artigo 48 da lei 11.101/05, a legitimidade ativa para requerer a recuperação judicial é exclusiva do devedor.
Recuperação Judicial
Requisitos para requerer a recuperação judicia
Art. 48. Poderá requerer recuperação judicial o devedor que, no momento do pedido, exerça regularmente suas atividades há mais de 2 (dois) anos e que atenda aos seguintes requisitos, cumulativamente:
Requisito Temporal
Como vimos no artigo 48 da Lei de Falência, o primeiro requisito para requerer a recuperação judicial é exercer atividade Empresária por mais de dois anos. 
Não Ser falido
Art. 48. Lei 11.101/05
I – não ser falido e, se o foi, estejam declaradas extintas, por sentença transitada em julgado, as responsabilidades daí decorrentes;
Não ter passado por Recuperação Judicial nos últimos 5 anos
Art. 48. Lei 11.101/05
II – não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação judicial;
Não ter sido condenado por crimes falimentares
Art. 48. Lei 11.101/05
IV – não ter sido condenado ou não ter, como administrador ou sócio controlador, pessoa condenada por qualquer dos crimes previstos nesta Lei.
Documentos que devem instruir a petição inicial 
Petição Inicial - Docs. Que a instruem 
Vide art. 51, Lei 11.101/05
(i) a exposição das causas concretas da situação econômica do devedor e razões da crise econômico-financeira; 
(ii)demonstrações contábeis; 
(iii) relação nominal dos credores;
(iv) relação integral dos empregados; 
(v) certidão de regularidade expedida pela Junta Comercial; 
(vi) relação dos bens particulares dos sócios; 
(vii) extratos atualizados das contas bancárias do devedor; 
(viii) certidões dos cartórios de protesto; e, finalmente, 
(ix) a relação de todas as ações judiciais e processos arbitrais em que for parte.
(x) o relatório detalhado do passivo fiscal
(xi) a relação de bens e direitos integrantes do ativo não circulante
Perícia técnica
Art. 51-A. Após a distribuição do pedido de recuperação judicial, poderá o juiz, quando reputar necessário, nomear profissional de sua confiança, com capacidade técnica e idoneidade, para promover a constatação exclusivamente das reais condições de funcionamento da requerente e da regularidade e da completude da documentação apresentada com a petição inicial.
Art. 52. Estando em termos a documentação exigida no art. 51 desta Lei, o juiz deferirá o processamento da recuperação judicial e, no mesmo ato: 
Nomeação Adm. Judicial
Art. 52. 
I – nomeará o administrador judicial, observado o disposto no art. 21 desta Lei;
Art. 21. O administrador judicial será profissional idôneo, preferencialmente advogado, economista, administrador de empresas ou contador, ou pessoa jurídica especializada. 
Dispensa de CND (CERTIDAO NEGATIVA DE DÉBITO)
II - determinará a dispensa da apresentação de certidões negativas para que o devedor exerça suas atividades;
EX. ART. 195, CF § 3º A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social, como estabelecido em lei, não poderá contratar com o Poder Público nem dele receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios. 
Suspensão das ações e execuções contra o devedor
III – ordenará a suspensão de todas as ações ou execuções contra o devedor...
Vide artigo 6º, § 4º - Suspensão deve ser de 180 dias, podendo ser prorrogada uma única vez por igual período.
Demonstração dos Balanços mensais durante a Recuperação
IV – determinará ao devedor a apresentação de contas demonstrativas mensais enquanto perdurar a recuperação judicial, sob pena de destituição de seus administradores; 
Intimação das Fazendas ref. à recuperação 
V - ordenará a intimação eletrônica do Ministério Público e das Fazendas Públicas federal e de todos os Estados, Distrito Federal e Municípios em que o devedor tiver estabelecimento, a fim de que tomem conhecimento da recuperação judicial e informem eventuais créditos perante o devedor, para divulgação aos demais interessados.  
Consequências do deferimento do processamento da recuperação judicial segundo a Lei 11.101/05, artigo 6º:
Art. 6º, Lei 11.101/05
I - suspensão do curso da prescrição das obrigações do devedor sujeitas ao regime desta Lei;
II - suspensão das execuções ajuizadas contra o devedor (...) relativas a créditos ou obrigações sujeitos à recuperação judicial ou à falência; 
III - proibição de qualquer forma deretenção, arresto, penhora, sequestro, busca e apreensão e constrição judicial ou extrajudicial sobre os bens do devedor, oriunda de demandas judiciais ou extrajudiciais cujos créditos ou obrigações sujeitem-se à recuperação judicial ou à falência.
Créditos de Natureza Tributária
Art. 6º
§ 7º-B. O disposto nos incisos I, II e III do caput deste artigo não se aplica às execuções fiscais, admitida, todavia, a competência do juízo da recuperação judicial para determinar a substituição dos atos de constrição que recaiam sobre bens de capital essenciais à manutenção da atividade empresarial até o encerramento da recuperação judicial, a qual será implementada mediante a cooperação jurisdicional, na forma do art. 69 da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil), observado o disposto no art. 805 do referido Código. 
Plano de recuperação Judicial
Do plano de recuperação 
Art. 53. O plano de recuperação será apresentado pelo devedor em juízo no prazo improrrogável de 60 (sessenta) dias da publicação da decisão que deferir o processamento da recuperação judicial, sob pena de convolação em falência, e deverá conter: 
I – discriminação pormenorizada dos meios de recuperação a ser empregados, conforme o art. 50 desta Lei, e seu resumo; 
II – demonstração de sua viabilidade econômica; e 
III – laudo econômico-financeiro e de avaliação dos bens e ativos do devedor, subscrito por profissional legalmente habilitado ou empresa especializada. 
Parágrafo único. O juiz ordenará a publicação de edital contendo aviso aos credores sobre o recebimento do plano de recuperação e fixando o prazo para a manifestação de eventuais objeções, observado o art. 55 desta Lei. 
Plano de recuperação ref. Verbas trabalhistas
Art. 54. O plano de recuperação judicial não poderá prever prazo superior a 1 (um) ano para pagamento dos créditos derivados da legislação do trabalho ou decorrentes de acidentes de trabalho vencidos até a data do pedido de recuperação judicial. 
§ 1º. O plano não poderá, ainda, prever prazo superior a 30 (trinta) dias para o pagamento, até o limite de 5 (cinco) salários-mínimos por trabalhador, dos créditos de natureza estritamente salarial vencidos nos 3 (três) meses anteriores ao pedido de recuperação judicial.
Procedimento de recuperação Judicial
Prazo para objeção ao plano de recuperação 
Qualquer credor poderá manifestar ao juiz sua objeção ao plano de recuperação judicial no prazo de 30 (trinta) dias contado da publicação da relação de credores.
Se na data da publicação da relação dos credores habilitados para a manifestação em relação ao plano de recuperação judicial, não tenha sido publicado o aviso aos mesmos sobre o plano apresentado pelo devedor,  contar-se-á da publicação deste o prazo para as objeções.
Vide artigo 55
Objeção ao plano de recuperação
Havendo objeção de qualquer credor ao plano de recuperação judicial, o juiz convocará a assembleia geral de credores para deliberar sobre o plano de recuperação. (Vide art. 41 a 45)
Regra:
Credores da classe trabalhista e ME/EPP: a maioria simples dos credores presentes devem aprovar o plano independentemente do valor do crédito (art. 45, § 2º, da lei 11.101/05), ou seja, o voto é contabilizado apenas por cabeça (voto quantitativo);
Credores da classe com garantia real e quirografário: a maioria simples dos credores presentes cumulada com mais da metade do valor dos créditos presentes à assembleia (art. 45, § 1º, da lei 11.101/05), ou seja, o voto é contabilizado por cabeça (voto quantitativo) juntamente com o crédito (voto qualitativo).
Alteração do plano de recuperação 
 Art. 56 § 3º O plano de recuperação judicial poderá sofrer alterações na assembléia-geral, desde que haja expressa concordância do devedor e em termos que não impliquem diminuição dos direitos exclusivamente dos credores ausentes.
O PLANO DE RECUPERACAO PODE SER ACEITO OU REJEITADO
Plano de RJ aceito
Art. 58. Cumpridas as exigências desta Lei, o juiz concederá a recuperação judicial do devedor cujo plano não tenha sofrido objeção de credor nos termos do art. 55 desta Lei ou tenha sido aprovado pela assembleia-geral de credores na forma dos arts. 45 ou 56-A desta Lei.       (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020)    (Vigência)
§ 1º O juiz poderá conceder a recuperação judicial com base em plano que não obteve aprovação na forma do art. 45 desta Lei, desde que, na mesma assembléia, tenha obtido, de forma cumulativa: (vide requisitos)
Plano de RJ rejeitado
Art. 58-A
Rejeitado o plano de recuperação pela assembleia geral de credores, o juiz decretará a falência do devedor. 
Convolação da Recuperação Judicial em Falência.
Descumprimento do Plano de RJ
DA CONVOLAÇÃO DA RECUPERAÇÃO JUDICIAL EM FALÊNCIA
Art. 73. O juiz decretará a falência durante o processo de recuperação judicial:
IV – por descumprimento de qualquer obrigação assumida no plano de recuperação, na forma do § 1º do art. 61 desta Lei. 
Fim
Obrigado pela atenção! =]
 
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