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Aula 5 - Empresarial III - Recuperação Extrajudicial

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Direito Empresarial III
Direito UMC
Recuperação Extrajudicial
Prof. Leandro de Paula Christo Silva @leandrolpc
Tema da aula:
Recuperação Extrajudicial.
RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL
Art. 161 a 167, Lei 11.101/05
Introdução
Como o próprio nome indica, a recuperação extrajudicial é feita fora de Juízo, ou seja, é um acordo privado entre devedor e credor.
Extrajudicial se refere ao que é obtido sem formalidade judicial ou que não se faz perante a autoridade judiciária.
Sujeito ativo
Na recuperação extrajudicial, o legitimado ativo para requerer a homologação do plano é o empresário individual ou sociedade empresária, comumente referidos como devedor. 
Além disso, assim como na recuperação judicial, cônjuge sobrevivente, herdeiros do devedor, inventariante ou sócio remanescente também podem requerer a recuperação extrajudicial (art. 48, parágrafo 1º, da Lei n. 11.101/2005).
Requisitos recuperação extrajudicial
Os requisitos para requerer a homologação do plano de recuperação extrajudicial são os mesmos da recuperação judicial (vide art. 48, Lei 11.101/05). 
Além disso, a artigo 161, § 3º prescreve que:
§ 3º O devedor não poderá requerer a homologação de plano extrajudicial, se estiver pendente pedido de recuperação judicial ou se houver obtido recuperação judicial ou homologação de outro plano de recuperação extrajudicial há menos de 2 (dois) anos.
Créditos sujeitos à recuperação Extrajudicial
Art. 161, Lei 11.101/05
§ 1º Estão sujeitos à recuperação extrajudicial todos os créditos existentes na data do pedido...
Créditos Não sujeitos à recuperação Extrajudicial
Não se aplica a recuperação extrajudicial aos titulares de créditos de natureza tributária.
Já os derivados da legislação do trabalho ou decorrentes de acidente de trabalho necessitam de negociação coletiva com o sindicato.
(vide art. 161, § 1º, Lei 11.101/05) 
Plano de Recuperação Extrajudicial
Do plano de recuperação Extrajudicial 
O plano de recuperação será apresentado pelo devedor aos credores e deverá seguir as seguintes regras:
Art.161, § 2º, Lei 11.101/05
 O plano não poderá contemplar o pagamento antecipado de dívidas nem tratamento desfavorável aos credores que a ele não estejam sujeitos.
Comentários ao Plano de Recuperação Extrajudicial
Bezerra (2005) ensina que a vedação ao pagamento antecipado de dívidas é estipulação clara de que nenhum favorecimento de alguns credores será admitido por terem aderido ao acordo.
Em relação à proibição de tratamento desfavorável não deve ser entendida pelo fato de que mesmo quem não aderir à proposta de renegociação terá os mesmos benefícios ou vantagens de quem o fizer, mas “se coaduna com o principio geral de direito que determina tratar igualmente todos, desde que na mesma situação ou posição jurídica e desigualmente aos que ocupem posições outras.
Efeitos do Plano de Recuperação Extra
Art. 161, § 4º O pedido de homologação do plano de recuperação extrajudicial não acarretará suspensão de direitos, ações ou execuções, nem a impossibilidade do pedido de decretação de falência pelos credores não sujeitos ao plano de recuperação extrajudicial.
Procedimento da 
Recuperação Extrajudicial
Procedimento
A empresa devedora apresentará o pedido de homologação do plano de recuperação extrajudicial através de petição acompanhada do plano, que pode ser aprovado por unanimidade ou por maioria, senão vejamos:
Aprovação Por unanimidade
Art. 162. O devedor poderá requerer a homologação em juízo do plano de recuperação extrajudicial, juntando sua justificativa e o documento que contenha seus termos e condições, com as assinaturas dos credores que a ele aderiram.
Aprovação Por Maioria
Art. 163. O devedor poderá também requerer a homologação de plano de recuperação extrajudicial que obriga todos os credores por ele abrangidos, desde que assinado por credores que representem mais da metade dos créditos de cada espécie abrangidos pelo plano de recuperação extrajudicial. 
Pedido de Homologação do plano não tem efeito suspensivo
§ 4º O pedido de homologação do plano de recuperação extrajudicial não acarretará suspensão de direitos, ações ou execuções, nem a impossibilidade do pedido de decretação de falência pelos credores não sujeitos ao plano de recuperação extrajudicial.
Providências após o recebimento do pedido de homologação 
Recebido o pedido de homologação do plano extrajudicial, o juiz determinará a publicação de edital no Diário Oficial e em jornal de grande circulação nacional ou das localidades da sede e das filiais do devedor, convocando todos os credores do devedor para apresentação de impugnação ao plano.(art. 164, Lei 11.101/05)
OBS. Os credores terão o prazo de 30 dias para apresentar impugnação ao plano.
Impugnaçãp motivada ao plano de RJ Extrajudicial
Impugnação ao plano de RJ Extrajudicial
As matérias objeto de impugnação são limitadas pelo art. 164, § 3º, da Lei 11.101/2005.
Nesse sentido, os credores somente podem alegar:
I – não preenchimento do percentual mínimo previsto no caput do art. 163 desta Lei;
II – prática de qualquer dos atos previstos no inciso III do art. 94 ou do art. 130 desta Lei, ou descumprimento de requisito previsto nesta Lei;
III – descumprimento de qualquer outra exigência legal.
Comentários
Nota-se, portanto, que não será objeto de impugnação o mérito do plano. Vale dizer, a discordância do credor com os termos do plano é irrelevante, na medida em que sua homologação pressupõe o atingimento do quórum legal, vinculando também a minoria dissidente.
Homologação ou Rejeição ao Plano de RJ Extrajudicial
Comentários
O processo de recuperação extrajudicial é sempre julgado por sentença, que homologa o plano ou o rejeita e extingue o processo sem resolução do mérito.
O recurso cabível contra a sentença que homologa ou rejeita o plano será sempre a apelação, nos termos do art. 164, § 7º, da Lei 11.101/2005. 
Documentos necessários para homologação do Plano
Art. 163, § 6º, Lei 11.101/05
Para a homologação do plano de que trata este artigo, além dos documentos previstos no caput do art. 162 desta Lei, o devedor deverá juntar:
I – exposição da situação patrimonial do devedor;
II – as demonstrações contábeis relativas ao último exercício social e as levantadas especialmente para instruir o pedido, na forma do inciso II do caput do art. 51 desta Lei; e
III – os documentos que comprovem os poderes dos subscritores para novar ou transigir, relação nominal completa dos credores, com a indicação do endereço de cada um, a natureza, a classificação e o valor atualizado do crédito, discriminando sua origem, o regime dos respectivos vencimentos e a indicação dos registros contábeis de cada transação pendente.
Vinculação ao Plano 
Art. 161, § 5º, da Lei 11.101/2005. 
§ 5º Após a distribuição do pedido de homologação, os credores não poderão desistir da adesão ao plano, salvo com a anuência expressa dos demais signatários.
Plano Homologado – Título Executivo Judicial
Art. 161, § 6º, da Lei 11.101/2005. 
§ 6º A sentença de homologação do plano de recuperação extrajudicial constituirá título executivo judicial, nos termos do art. 584, inciso III do caput, da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil.
Plano Rejeitado – Possibilidade de Apresentação de novo plano
Art. 164, § 8º, da Lei 11.101/2005. 
§ 8º Na hipótese de não homologação do plano o devedor poderá, cumpridas as formalidades, apresentar novo pedido de homologação de plano de recuperação extrajudicial.
Atividade valendo presença na aula
Quais os requisitos para o devedor requerer a homologação do plano de recuperação Extrajudicial?
Quem pode figurar como sujeito ativo do pedido de RE?
Quais os créditos sujeitos e não sujeitos à RE?
Discorra sobre as principais características do Plano de RE.
Discorra sobre a impugnação ao plano de RE.
Discorra sobre a homologacao do plano e RE e efeitos da rejeição do plano de RE.Fim
Obrigado pela atenção! =]
 
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