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Aula_8_Alimenta__o_Complementar_

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ – UNESA
Campi: Niterói / RJ 
Curso: Nutrição
Disciplina: Nutrição Materno Infantil - ARA0982
Alimentação 
Complementar
Professora 
Tainá Marques Moreira
❖O que 
conhecere
mos nesta 
aula?
• Associar a importância do aleitamento 
materno exclusivo até 6 meses com a 
orientação adequada da introdução da 
alimentação complementar, e manutenção do 
leite humano até 2 anos;
• Conhecer os manuais do Ministério da Saúde 
que tratam da alimentação infantil e da 
introdução de alimentos para crianças até 2 
anos.
BLOCO 1
❖O que é?
A alimentação complementar é o conjunto de 
todos os alimentos, além do leite materno, 
oferecidos durante o período em que a criança 
continuará a ser amamentada ao seio, embora 
sem exclusividade.
❖Ministério da Saúde (2019)
Os dois primeiros 
anos de vida são 
decisivos para o 
crescimento e 
desenvolvimento da 
criança, para a 
formação de 
hábitos e para sua 
saúde durante toda 
a vida. 
A alimentação tem 
papel fundamental 
em todo esse 
processo. 
No Brasil, 
ocorreram diversos 
avanços na 
implementação de 
políticas públicas de 
promoção, proteção 
e apoio ao 
aleitamento 
materno e à
alimentação 
complementar 
saudável. 
No entanto, são 
muitos os desafios a 
serem superados 
para a prática de 
uma alimentação 
adequada e 
saudável no início 
da vida. 
✓ Conhecem o Guia Alimentar para Crianças
Brasileiras Menores de 2 anos?
✓ O que sabem sobre ele?
✓ Recomendação de leitura!
A alimentação 
adequada e 
saudável é um 
direito humano 
básico, chamado 
Direito Humano à
Alimentação 
Adequada -
DHAA
• Isso quer dizer que toda a sociedade deve 
ter acesso a alimentos em quantidade 
suficiente, de forma permanente e regular, 
ficando assim, livre da fome e bem nutrida; 
• Esse direito é garantido pela Constituição 
Brasileira, sendo obrigação do Estado, tanto 
em âmbito federal quanto estadual e 
municipal, respeitá-lo, protegê-lo, promovê-
lo e provê-lo; 
• A alimentação adequada e saudável é um 
direito porque é fundamental para a 
manutenção da vida com bem-estar e 
qualidade.
❖PRINCÍPIOS
• Reúnem fundamentos, valores e preceitos importantes para elaboração das 
recomendações sobre alimentação infantil.
1. A saúde da criança é prioridade absoluta e responsabilidade de 
todos;
2. O ambiente familiar é espaço para a promoção da saúde;
3. Os primeiros anos de vida são importantes para a formação dos 
hábitos alimentares;
4. O acesso a alimentos adequados e saudáveis e à informação de 
qualidade fortalece a autonomia das famílias;
5. A alimentação é uma prática social e cultural;
6. Adotar uma alimentação adequada e saudável para a criança é 
uma forma de fortalecer sistemas alimentares sustentáveis;
7. O estímulo à autonomia da criança contribui para o 
desenvolvimento de uma relação saudável com a alimentação.
PRINCÍPIOS do Guia Alimentar 
para Crianças Brasileiras 
Menores de 2 anos!
Quando começar?
A partir dos 6 meses, além 
do leite materno, novos 
alimentos são oferecidos à
criança, apresentando-a um 
novo universo de cores, 
sabores, texturas e cheiros.
Porque seis 
meses?
A criança já tem desenvolvidos os 
reflexos necessários para a deglutição;
Reflexo lingual;
A criança já manifesta excitação à visão 
do alimento;
A criança já sustenta a cabeça facilitando 
a alimentação oferecida por colher;
Tem-se o início da erupção dos primeiros 
dentes, o que facilita na mastigação.
❖ Consistência
• A consistência da alimentação deve ser espessa 
desde o inicio;
• A alimentação mais espessa ajuda no 
desenvolvimento da face e dos ossos da cabeça, 
colaborando para mastigação e respiração 
adequadas → sem isso, mais tarde, quando 
alimentos forem ofertados em pedaços maiores, 
a criança não saberá mastigar direito e poderá
ter dificuldade em aceitá-los ou engasgar e ter 
ânsia de vômito. 
❖ Consistência
• Por esses motivos, a criança deverá
receber a comida amassada com garfo;
• À medida que for crescendo, deve 
consumir alimentos picados em 
pedaços pequenos e, depois, maiores. 
Evite dar preparações líquidas e não usar 
liquidificador ou mixer. 
❖ Consistência
1. Fruta raspada;
2. Fruta amassada;
3. Frutas em pedaços para serem pegas 
pelas mãos da criança;
4. Corte de frutas sem risco de 
sufocamento.
E o AÇAÍ? Fruta muito comum no Norte do Brasil, 
comercializada em todo o país. É muito rico em 
diferentes vitaminas e minerais. Mas deve-se estar 
atento à origem do açaí, pois existe o risco de 
contaminação por barbeiros – hospedeiro do 
parasita que transmite a Doenças de Chagas.
❖ Por que oferecer frutas no lugar de sucos?
✓Ao mastigar a fruta, a criança exercita a musculatura da boca e do rosto e pode sentir a textura da fruta;
✓Se o suco for coado, há redução das fibras presentes nas frutas, as quais previnem a constipação 
intestinal;
✓Em geral, os sucos são adoçados com açúcar, e seu consumo está relacionado com o desenvolvimento de 
cáries e excesso de peso, entre outros problemas de saúde;
✓O consumo do suco próximo à refeição pode deixar a criança satisfeita e fazer com que ela diminua o 
consumo de outros alimentos e nutrientes;
✓Se a criança se habitua a consumir os sucos para matar sua sede, ela pode ter dificuldade de beber água 
pura.
❖ Por que oferecer frutas no lugar de sucos?
✓ Ao mastigar a fruta, a criança exercita a musculatura da boca e do rosto e pode sentir a textura da fruta;
✓ Se o suco for coado, há redução das fibras presentes nas frutas, as quais previnem a constipação intestinal;
✓ Em geral, os sucos são adoçados com açúcar, e seu consumo está relacionado com o desenvolvimento de cáries e
excesso de peso, entre outros problemas de saúde;
✓ O consumo do suco próximo à refeição pode deixar a criança satisfeita e fazer com que ela diminua o consumo de 
outros alimentos e nutrientes;
✓ Se a criança se habitua a consumir os sucos para matar sua sede, ela pode ter dificuldade de beber água pura.
Portanto, recomenda-se que não seja oferecido 
suco de fruta à criança menor de 1 ano, mesmo 
aquele feito somente com fruta. A partir dessa 
idade, pode-se dar um pouco de suco, desde que 
seja suco natural da fruta, sem açúcar e fazendo 
parte de uma refeição. 
Como a 
alimentação 
deve ser 
oferecida?
Em ambiente prazeroso e sem distração;
Oferecer alimentos in natura ou minimamente processados 
e apropriados para a idade da criança;
Um prato bonito, colorido, cheiroso e saboroso motiva a 
criança a comer;
Faça o possível para dedicar tempo e paciência aos 
momentos de refeição da criança;
Procure interagir com a criança dizendo sempre qual 
alimento está comendo;
Fique atento aos sinais de fome e saciedade. Não force a 
criança a comer.
Ao alimentar a 
criança, evite 
dizer frases do 
tipo... 
“Se raspar o prato todo, vai 
ganhar sobremesa!” 
“Vou ficar tão triste se você não 
comer!”
“Se você não comer, vou te 
bater!”
“Por favor, só mais uma 
colherinha!” 
Alimentos 
por faixa
etária
IDADE TIPO DE ALIMENTO
Até 6 meses Aleitamento materno exclusivo
À partir de 6 meses
Aleitamento materno (livre demanda) 
Papa de fruta ( manhã)
Papa principal (almoço) 
Papa de fruta (tarde )
À partir de 7 meses
Aleitamento materno (livre demanda) 
Papa de fruta ( manhã)
Papa principal (almoço)
Papa de fruta (tarde)
Papa principal (jantar)
À partir de 8 meses
Aleitamento materno (livre demanda) 
Papa de fruta ( manhã)
Papa principal (almoço)
Papa de fruta (tarde)
Papa principal (jantar)
À partir de 12 meses
Aleitamento materno (livre demanda) 
Fruta e /ou cereal
Almoço Familiar 
Fruta e /ou cereal 
Jantar Familiar 
Fruta
# é a 
Consistência
Transição
e
Adaptação
❖ Exemplo de 
alimentação de 
uma criança de 
6 meses de 
idade.
❖ Exemplo de 
alimentação de 
uma criança de 
7 a 8 meses de 
idade.
❖ Exemplo de alimentação de uma criança 
entre 1 e 2 anos de idade.
BLOCO 2
A quantidade de alimentos oferecidosaumenta com o tempo! 
❖ Combinando e variando os 
alimentos por refeição...
• É muito importante variar os alimentos nas 
refeições da criança menor de 2 anos. 
• As experiências com novos alimentos fazem 
com que ela passe a conhecer diversos sabores 
→ Auxiliam na construção de uma alimentação 
adequada e saudável, com oferta de diferentes 
nutrientes, e contribuindo para a prevenção de 
deficiências nutricionais, como a anemia e a 
deficiência de vitamina A. 
❖ Combinando e variando os 
alimentos por refeição...
• Para garantir a variedade necessária de 
nutrientes para a criança, sempre que 
possível, monte o prato dela combinando 
um alimento de cada grupo: 
• Feijões/leguminosas;
• Cereais ou raízes ou tubérculos;
• Carnes ou ovos;
• Legumes e verduras. 
❖ Nem sempre a criança gosta do alimento 
na primeira vez... 
• A criança pode gostar na primeira vez ou precisar provar o 
alimento várias vezes até se familiarizar com ele. Se ela 
continuar sem aceitar, não desista. Deixe passar alguns dias 
e ofereça o alimento preparado de outras formas. Algumas 
crianças precisam provar mais de 8 vezes um alimento para 
gostar dele. 
Se esses alimentos estiverem presentes na refeição da família, fica 
mais fácil arrumar o prato da criança: basta colocar um pouquinho 
de cada um!
❖ Exemplo de 
Cardápio:
Alguns pontos 
importantes!
❖ Parece leite, mas 
não é! 
• Muitos produtos vendidos como “alimento infantil” 
utilizam leite como ingrediente, mas são 
adicionados de açúcar e aditivos químicos. 
• Leites aromatizados, achocolatado de caixinha, 
bebidas lácteas adoçadas, iogurtes adoçados, com 
sabor e coloridos, iogurtes com mel e tipo petit 
suisse são bastante comuns na mesa das famílias 
brasileiras. 
• Esses são alimentos ultraprocessados e não devem 
ser oferecidos à criança. 
Parece carne, mas não é!
Em muitos alimentos ultraprocessados, as carnes são usadas como ingrediente 
principal: hambúrguer, nuggets de frango, salsicha, salame, linguiça, presunto, 
mortadela, apresuntado, fiambre, patê, carnes e peixes empanados prontos para 
aquecimento e pratos elaborados prontos ou semi-prontos com carnes. Esses produtos 
contêm muitos aditivos químicos, sódio e gordura saturada. O consumo excessivo de 
gordura saturada tem sido relacionado às doenças do coração. Além disso, o consumo 
de qualquer quantidade de alimentos ultraprocessados feitos com carne está
relacionado ao desenvolvimento de câncer. Portanto, como todo alimento 
ultraprocessado, não devem ser oferecidos à criança. 
❖ Café com leite:
• O café com leite é uma preparação que 
faz parte da cultura brasileira, porém 
seu uso não é recomendado à criança 
menor de 2 anos; 
• A cafeína presente no café, mate, chá
preto, chocolate e refrigerantes à base 
de cola é estimulante, podendo deixar 
a criança agitada. 
❖ Grupo das castanhas e nozes 
• Este grupo é composto por alimentos como: amêndoas, 
amendoim, avelã, castanhas de caju, castanha do Brasil, noz-
pecã, pistache; 
• Esses alimentos são ricos em minerais, vitaminas, fibras, 
gorduras saudáveis e substâncias antioxidantes que 
previnem doenças;
• Por sua consistência dura, podem causar engasgo e 
sufocamento, não sendo seguros para serem oferecidos 
inteiros à crianc ̧a→ No entanto, se triturados, podem ser 
usados como ingredientes de preparações culinárias, sem 
riscos à saúde da criança. 
Para matar a sede, ofereça água!
Com frequência, mães, pais, familiares e demais cuidadoras e cuidadores 
oferecem suco naturais de fruta ou bebidas industrializadas, como refrescos, 
chás gelados ou refrigerantes, no lugar da água. Isso não é recomendável, pois 
acaba habituando a criança a matar a sede apenas com bebidas açucaradas e 
aumenta a chance de a criança apresentar excesso de peso e cárie dentária. 
E o ovo?
• Durante muito tempo havia a recomendação de evitar carne 
de porco, peixe e clara de ovo na alimentação no primeiro 
ano de vida. No entanto, tal posicionamento foi superado, 
sendo liberada a oferta desses alimentos a partir dos 6 
meses; 
• Estes alimentos podem ser preparados de diversas formas. 
Quando cozidos, refogados ou ensopados são melhores aceitos 
pela criança por ficarem mais molhados e fáceis de cortar; 
• Quanto ao peixe, o principal cuidado é retirar com atenção 
todas as espinhas;
• Os ovos podem ser cozidos ou mexidos, usando um pouco de 
óleo. 
Açúcar NÃO deve ser 
oferecido à criança menor de 
2 anos! 
Açúcar
Nos dois primeiros anos de vida, não se deve adoçar 
frutas e bebidas com nenhum tipo de açúcar: branco, 
mascavo, cristal, demerara, açúcar de coco, melado ou 
rapadura; 
Também não devem ser oferecidas preparações que 
tenham açúcar como ingrediente, como bolos, doces, 
geleias e biscoitos doces. O açúcar também está presente 
em grande parte dos alimentos ultraprocessados. Este é
um dos motivos pelos quais eles não devem ser dados; 
Não é recomendado usar adoçantes no lugar do açúcar, 
pois possuem substâncias químicas que não são 
adequadas a esta fase da vida. 
E o mel?
Mel
Apesar de o mel ser um produto natural, não é
recomendado oferecer o alimento à criança 
menor de 2 anos. 
São dois os motivos: 
1. O mel contém os mesmos componentes do 
açúcar, o que já justifica evitá-lo;
2. Risco de contaminação por uma bactéria 
associada ao botulismo. A criança menor de 
1 ano é menos resistente a esta bactéria, 
podendo desenvolver essa grave doença, 
que causa paralisia de membros inferiores e 
interfere na respiração. 
INTRODUÇÃO ALIMENTAR
DIFERENTES 
MÉTODOS DE 
INTRODUÇÃO 
ALIMENTAR!
TRADICIONAL;
BLH;
PARTICIPATIVA.
Tradicional
• O método tradicional baseia-se na introdução gradual dos 
novos alimentos na rotina alimentar da criança com 
gerenciamento e supervisão dos pais ou cuidadores;
• A orientação inicial envolve a oferta de preparações em 
forma de papas e purês (não liquidificadas), aumentando 
gradativamente a consistência e a variedade dos alimentos, 
adaptada conforme às necessidades e o desenvolvimento da 
habilidade de coordenação da mastigação e deglutição;
• Os purês e papas são substituídos por alimentos picados, 
desfiados ou cortados em cubos pequenos, até chegar a 
dieta da família, devendo ocorrer em torno dos 12 meses de 
idade.
BLW (Baby-Led Weaning)
• Criado em 2008, pela enfermeira social inglesa, PhD. Gill 
Rapley, preconiza a introdução alimentar gradual e natural 
da alimentação complementar, propondo a auto-
alimentação do bebê desde o início, isto é, sem 
auxílio/interferência dos pais ou cuidadores;
• É uma abordagem multissensorial onde o bebê, com as 
próprias mãos, interage com formas, cores, sabores e 
texturas diferentes dos alimentos, gerando assim uma 
melhora no desenvolvimento motor e cognitivo;
• Neste método, o bebê tem total autonomia, o que lhe dá 
todo o controle sobre a quantidade de alimento ingerido e o 
tempo de duração da refeição, criando assim o seu hábito 
alimentar.
BLW
ParticipATIVA
• A abordagem participativa é uma proposta de 
introdução alimentar que nasceu da flexibilização 
do método BLW;
• Essa abordagem une os conceitos das duas 
abordagens descritas anteriormente: tradicional e 
BLW;
• A combinação da alimentação independente e 
alimentação assistida permite tanto a participação 
do bebê, pela oferta de alimentos sólidos, 
despertando o seu interesse pela comida, quanto o 
gerenciamento e supervisão dos pais na 
alimentação;
• Embora exista a administração de algumas refeições 
pelos pais, como observado no método tradicional, 
o bebê não tem um papel passivo da alimentação na 
participativa.
BLOCO 3
ALIMENTAÇÃO DE 
CRIANÇAS NÃO 
AMAMENTADAS!
❖ Existem situações em que a oferta de outro alimento, diferente 
do leite materno, pode ser necessária antes de 6 meses.
• Algumas doenças, condições maternas ou condiçõesda criança e, ainda, alguns poucos e específicos 
medicamentos, que podem passar pelo leite e afetar a 
criança, impedem a prática da amamentação;
• Crianças que perderam suas mães e/ou que estão em 
situação de adoção desde o início da vida;
• Há mulheres que, por diferentes razões, não 
conseguem ou optam por não amamentar.
✓ Quando a criança não é 
amamentada, a primeira 
alternativa é oferecer a 
fórmula infantil, pois ela é 
um produto mais adequado 
ao organismo ainda imaturo 
da criança do que o leite de 
vaca integral. 
❖ Existem situações em que a oferta de outro alimento, diferente 
do leite materno, pode ser necessária antes de 6 meses.
• No entanto, pesquisas mostram que o leite mais utilizado no Brasil por crianças 
menores de 1 ano é o leite de vaca integral, em pó ou líquido, também identificado 
como de “caixa” ou “de saquinho”, por conta das embalagens;
• Caso a família opte pelo leite de vaca integral, precisa ser modificado em casa antes 
de ser oferecido para crianças com idade inferior a 4 meses de vida. Vamos chamar 
essa preparação de leite de vaca modificado em casa. 
❖ Existem situações em que a oferta de outro alimento, diferente 
do leite materno, pode ser necessária antes de 6 meses.
• O leite de vaca não fornece para a criança todos os nutrientes de que ela precisa. As 
quantidades excessivas de proteínas, sódio, potássio e cloro do leite de vaca podem 
sobrecarregar os rins da criança nos primeiros meses de vida;
• As proteínas deste leite têm digestão mais demorada, possui quantidades 
insuficientes de vitaminas A, D e C. Além disso, o ferro nele contido não é tão bem 
aproveitado pela criança quanto o do leite materno, podendo levar à anemia;
• Pode ser utilizado para crianças conforme diluição orientada pelo profissional de 
saúde.
❖ Existem situações em que a oferta de outro alimento, diferente 
do leite materno, pode ser necessária antes de 6 meses.
✓ O leite desnatado e o leite 
semidesnatado não são indicados 
para crianças menores de 2 anos, 
porque possuem menor 
quantidade de gordura e ela é 
importante para o desenvolvimento 
neurológico da criança.
✓ A criança alimentada com leite de vaca 
modificado precisa receber 
suplementação de vitaminas e minerais, 
com a orientação de profissionais de 
saúde. Após 4 meses, não é preciso 
mais diluir o leite de vaca integral 
(líquido ou pó) e pode ser preparado de 
acordo com o recomendado no rótulo.
Parece fórmula 
infantil ou leite de 
vaca integral, mas 
não é!
❖ Parece fórmula infantil ou leite de vaca integral, mas não é!
• Atenção! Existem produtos chamados “compostos lácteos” que não devem ser confundidos 
com fórmulas infantis nem com leite de vaca integral. Eles são produzidos com uma mistura 
de leite (no mínimo 51%) e outros ingredientes lácteos ou não lácteos e costumam conter 
açúcar e aditivos alimentares;
• Esses produtos não devem ser usados na alimentação de crianças menores de 1 ano, e não 
são indicados para crianças menores de 2 anos pela presença de açúcar e aditivos 
alimentares;
• Eles não substituem o leite materno e nem as fórmulas infantis!
PRINCIPAIS MICRO E MACRONUTRIENTES RECOMENDADOS PARA 
O DESENVOLVIMENTO NEUROSPICOMOTOR DAS CRIANÇAS DE 0 
A 2 ANOS DE IDADE
VITAMINAS E MINERAIS
RECOMENDAÇÕES 
DE VITAMINAS E 
MINERAIS PARA 
LACTENTES 
• Administrar 1mg de vitamina K ao 
nascimento (profilaxia DHRN);
• Administrar 400 UI/dia de vitamina D a 
todos os lactentes sem exposição regular 
ao sol. 
< 6 meses 
• Vitamina D;
• Suplementação com Ferro; 
• Administrar vitamina A, na forma de 
megadoses, nas regiões de alta 
prevalência de hipovitaminose A. 
> 6 meses 
O que suplementar?
Sociedade Brasileira de Pediatria 
VITAMINA D
400-800UI/dia
FERRO
Programa nacional de suplementação de Ferro
Ministério da Saúde 2013 
Fórmula infantil: não suplementar Ferro 
FERRO
VITAMINA A
Mega dose Vitamina A: 
Crianças 6 a 11meses: dose única de 100.000UI ou 200.000UI (áreas de risco); 
Crianças 12 a 59 meses: 1 dose de 200.000UI a cada 6 meses.
Fonte: Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 729, de 13/5/2005 
RECOMENDAÇÕES DE GUIAS NUTRICIONAIS PARA 
SUPLEMENTAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS ÔMEGA-3 
EM GESTANTES E CRIANÇAS 
* European Food Safety Authorithy (EFSA) 2010: EFSA final opinion: Adequate intakes DHA EFSA Journal 2010; 8(3):1461 
** I Consenso brasileiro de uso de ácidos graxos ômega 3: recomendações ABRAN, 2014 (Lactentes, Gestantes, Idosos). International Journal of Nutrology Ano 7 no 3 set 2014 
DOZE PASSOS PARA UMA ALIMENTAÇÃO 
SAUDÁVEL 
DOZE PASSOS PARA UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL 
1
Amamentar até 2 
anos ou mais, 
oferecendo 
somente o leite 
materno até 6 
meses. 
2
Oferecer outros 
alimentos, além do 
leite materno, a 
partir dos 6 meses.
3
Oferecer água 
própria para o 
consumo à criança 
em vez de sucos, 
refrigerantes e 
outras bebidas 
açucaradas. 
4
Alimentar a criança 
com alimentos in 
natura e 
minimamente 
processados.
5
Oferecer a comida 
na consistência 
espessa quando a 
criança começar a 
comer outros 
alimentos além do 
leite materno.
6
Não oferecer 
açúcar à criança até
2 anos de idade. 
DOZE PASSOS PARA UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL 
7
Não oferecer 
alimentos 
ultraprocessados 
para a criança. 
8
Cozinhar para a 
família e para a 
criança a mesma 
comida usando 
alimentos in natura 
e minimamente 
processados. 
9
Zelar para que a hora 
da alimentação da 
criança seja um 
momento de 
experiências 
positivas, 
aprendizado e afeto. 
10
Cuidar da higiene 
em todas as 
etapas da 
alimentação da 
criança. 
11
Oferecer à
criança 
alimentação 
adequada e 
saudável também 
fora de casa.
12
Proteger a 
criança da 
publicidade de 
alimentos. 
❖ A saúde da criança é prioridade absoluta!
• A gestação e os dois primeiros anos de vida são 
importantes para o pleno crescimento e 
desenvolvimento da criança e para a sua saúde, atual e 
futura;
• As oportunidades e decisões tomadas a respeito do 
cuidado à saúde e da alimentação da criança neste 
momento repercutirão por toda vida.
❖ O ambiente familiar é espaço promotor 
da saúde!
• Nos primeiros anos, as crianças passam grande parte do seu tempo 
em casa e este ambiente tem influência direta em sua saúde e 
nutrição;
• O ambiente familiar deve proporcionar interações e fortalecer 
vínculos entre a criança e os demais membros da família, ser seguro 
e propiciar alimentação adequada e saudável;
• As relações de afeto, a segurança e a nutrição são fundamentais para 
o desenvolvimento integral da criança. 
❖ Os primeiros anos de vida são importantes 
para a formação dos hábitos alimentares!
• A alimentação tem um papel além da nutrição;
• Nos primeiros anos de vida, a variedade e a forma com que os 
alimentos são oferecidos influenciam a formação do gosto e a 
relação da criança com a alimentação;
• A criança que come alimentos saudáveis e adequados quando 
pequena tem mais chances de se tornar uma pessoa adulta 
consciente e autônoma para fazer boas escolhas alimentares. 
❖ O acesso a alimentos adequados e saudáveis 
e a informação de qualidade fortalece a 
autonomia das famílias!
• Autonomia → direito e a capacidade de as famílias 
terem acesso, comprarem ou produzirem os 
alimentos que irão consumir. O acesso a informações 
confiáveis fortalece a autonomia das famílias e 
cuidadores para escolher alimentos de forma crítica e 
propor mudanças a respeito das práticas envolvidas 
na alimentação. 
❖ Cuidar da criança é
responsabilidade de todos!
• Criar uma criança, alimentá-la e educá-la não são trabalhos de uma única pessoa, mas tarefa de todos que estão 
ligados, direta ou indiretamente, à criança: mães, pais, parceiros, avós, irmãos, professores, cuidadores e 
qualquer outra pessoa que conviva com ela;
• A proteção da infância é responsabilidade detoda sociedade. O ato de amamentar deve ser apoiado e protegido por 
todos;
• A criança deve ser protegida da publicidade, tanto de fórmulas infantis industrializadas e como dos demais produtos 
lácteos que desestimulam o aleitamento materno, quanto daquelas que estimulam o consumo de alimentos ricos em 
açúcar, sódio e gordura e o consumismo;
• Este deve ser um compromisso compartilhado entre Estado e sociedade, incluindo empresas, organizações, família e 
educadores. 
Recomendação 
de Leitura
✓Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primaria à 
Saúde. Departamento de Promoção da Saúde. Guia alimentar 
para crianças brasileiras menores de 2 anos. – Brasília : 
Ministério da Saúde, 2019.
Disponível em: 
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/guia_da
_crianca_2019.pdf
✓Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. 
Departamento de Atenção Básica. Saúde da criança : 
aleitamento materno e alimentação complementar. 2. ed. –
Brasília : Ministério da Saúde, 2015. 
Disponível em: 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_crianca_alei
tamento_materno_cab23.pdf
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/guia_da_crianca_2019.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_crianca_aleitamento_materno_cab23.pdf
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