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Capítulo 8 - Condições de elegibilidade e causas de inelegibilidade

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Capítulo 8 – Condições de elegibilidade e causas de inelegibilidade
3.3.2021LEGENDA
Conceito
Prazo
Destaque
Cai em prova
Jurisprudência/súmula
Revisão 1:
Introdução
Teoria clássica: a elegibilidade é a regra: a priori, todo cidadão é elegível e reúne condições fixadas na lei com aspecto positivo. Com o registro, nasce a figura do candidato.
Teoria do fato jurídico: a inelegibilidade é a regra, e a elegibilidade é exceção. Para a teoria, é elegível quem não incorre nas causas de inelegibilidade (aspectos negativos). A elegibilidade advém do registro.
As causas de inelegibilidade devem ser disciplinadas ou por norma constitucional ou por lei complementar (art. 14, §9º, CF).
Já as condições de elegibilidade podem ser disciplinadas por lei ordinária, mas o legislador não pode criar outras condições além das previstas na constituição.
Condições de elegibilidade previstas na CF
· São os requisitos positivos que o cidadão que pretende se candidatar a cargo público deve preencher (art. 14, §3º, CF):
· Nacionalidade brasileira
· Pleno exercício dos direitos políticos
· Alistamento eleitoral
· Domicílio eleitoral na circunscrição
· 6 meses antes do pleito
· Filiação partidária
· 6 meses antes do pleito
· Idade mínima verificada tendo como referência a data da posse
· Presidente, vice-presidente e senador: 35 anos
· Governador e vice-governador: 30 anos
· Prefeito, vice-prefeito e juiz de paz: 21 anos
· Deputado federal, estadual ou distrital: 21 anos
· Vereador: 18 anos
· Exceção: a idade mínima é verificada tendo como referência a data limite para o pedido de registro (art. 11, §2º, lei 9.504/97)
Causas de inelegibilidade: são impedimentos que obstam o exercício da capacidade eleitoral passiva pelo cidadão
Classificação:
· Inelegibilidades absolutas: impedem o cidadão de se candidatar a qualquer cargo eletivo
· Ex: analfabetos
· Inelegibilidade relativa: impede a disputa a determinado cargo eletivo, mas permite para outros
· Ex: presidente da república é inelegível para um 3º mandato consecutivo, mas pode concorrer a outro cargo
Hipóteses constitucionais de inelegibilidade (art. 14, §4º, CF):
· Podem ser arguidas mesmo depois do esgotamento do prazo para ajuizamento de Ação de Impugnação de Registro de Candidatura (AIRC), através do Recurso Contra a Expedição do Diploma (RCED);
· As inelegibilidades infraconstitucionais só podem ser arguidas até o prazo final de ajuizamento de AIRC: 5 dias, contados da publicação do edital com relação nominal dos pedidos de registro de candidatura (art. 3º, LC 64/90)
Causas de inelegibilidade:
· Analfabetos
· Para a JE, analfabeto é quem não consegue compreender minimamente a linguagem escrita e lida
· A pessoa que tem noções de escrita, ainda que com erros básicos de grafia, e consegue entender o teor de um texto, é considerada apta para candidatar-se a cargo público
· Capacidade mínima de escrita e leitura, ainda que de forma rudimentar: pessoa não pode ser considerada analfabeta
· Aferição de alfabetização: deve ser feita com o menor rigor possível
· Súmula 55, TSE: a carteira nacional de habilitação gera presunção da escolaridade necessária ao deferimento do registro da candidatura
· Súmula 15, TSE: o exercício de mandato eletivo não é circunstância capaz, por si só, de comprovar a condição de alfabetizado do candidato
· Inalistáveis:
· Aqueles que tem seus direitos políticos suspensos, enquanto durar a situação (art. 15, CF)
· Menores de 16 anos
· Estrangeiros
· Conscritos durante o serviço militar obrigatório (art. 14, §2º, CF)
· Art. 14, §5º, CF: reeleição para um único período subsequente (a inelegibilidade é para a reeleição para um terceiro mandato sucessivo)
· Presidente da república
· Governador de Estado e do DF
· Prefeitos
· STF: prefeito itinerante = a proibição da segunda reeleição é absoluta e torna inelegível para determinado cargo de Chefe do Poder Executivo o cidadão que já exerceu dois mandatos consecutivos (reeleito uma única vez) em cargo da mesma natureza, ainda que de ente da federação diverso.
· Impedimento da terceira eleição não apenas no mesmo município, mas a qualquer outro município
· Quem os sucedeu ou substituiu no curso do mandato
· Art. 14, §6º, CF: regra de desincompatibilização = titulares de mandato eletivo que devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito para concorrerem a outros cargos:
· Presidente da república
· Governadores
· Prefeitos
· A regra não atinge o VICE: o vice pode se candidatar ao mesmo cargo (reeleição) e a outros cargos, sem renúncia, desde que nos últimos seis meses não tenha sucedido ou substituído o titular
· Art. 14, §7º, CF: inelegibilidade reflexa = atinge terceiros que mantém vínculos pessoais com o titular do mandato
· É uma inelegibilidade relativa = só incide nos cargos em disputa na circunscrição do titular
· Terceiros atingidos:
· Cônjuge e companheiro
· Súmula vinculante 18, STF: a dissolução da sociedade ou vínculo conjugal, no curso do mandato, não afasta a inelegibilidade
· TSE: união estável também atrai a inelegibilidade
· Parentes consanguíneos, afins ou por adoção até o 2º grau
· Dos seguintes titulares:
· Presidente da república
· Governador de estado, DF ou território
· Prefeito
· Quem os haja substituído dentro dos 6 meses anteriores ao pleito
· Exceções:
· Se os terceiros já são titulares de mandato eletivo e candidatos à eleição
· Se os titulares forem elegíveis e não disputarem a eleição (por escolha)
· Súmula 6, TSE: se o titular do mandato, reelegível, falecer, renunciar ou se afastar definitivamente do cargo até 6 meses antes do pleito
Hipóteses infraconstitucionais de inelegibilidade (LC 64/90)
· Art. 14, §9º, CF
· Legislador infraconstitucional deve estabelecer mais causas de inelegibilidade e prazos de cessação
· Forma: lei complementar
· Proteção: probidade administrativa, moralidade para exercício do mandato, normalidade e legitimidade das eleições contra o poder econômico ou abuso do exercício de função pública
· Promulgada a LC 64/90 – Lei das Inelegibilidades
· Foi alterada em 2010 pela LC 135/10 – Lei da Ficha Limpa
· Lei da ficha limpa passou a ser aplicada às eleições de 2012 – princípio da anualidade eleitoral
· Alterou o prazo de inelegibilidade de 3 para 8 anos
· STF: validade da aplicação do prazo de inelegibilidade de oito anos àquelas pessoas que foram condenadas pela Justiça Eleitoral, por abuso de poder econômico e político, e que já tinham cumprido integralmente o prazo de 3 anos, estabelecido na LC nº 64/90 antes da sua alteração pela LC nº 135/2010
· Entendimento que a inelegibilidade não tem caráter punitivo
· Atinge a coisa julgada
· Só produz efeitos caso o indivíduo formalize o registro de candidatura
· As causas de inelegibilidade devem ser interpretadas restritivamente (TSE):
· Reserva legal proporcional
· Evita criação de restrição de direitos políticos com base em mera presunção
· Proteção dos direitos fundamentais
Causas de inelegibilidade:
· Para qualquer cargo:
· Inalistáveis e analfabetos
· Membros do congresso nacional, assembleias legislativas, câmara legislativa e câmaras municipais (parlamentares) que hajam perdido o mandato por:
· Infringência do art. 55, I e II, CF (e as equivalentes sobre perda de mandato nas CE e lei orgânica dos M e DF) = praticar as seguintes condutas:
· Desde a expedição do diploma:
· Contrato com pessoa de direito público, EP, SEM ou concessionária de serviço público, salvo contrato com cláusulas uniformes
· Cargo, função ou emprego, inclusive demissíveis ad nutum em pessoa de direito público, EP, SEM ou concessionária
· Desde a posse:
· Proprietário, controlador ou diretor de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa de direito público, ou que exerça nela função remunerada
· Cargo ou função demissíveis ad nutum em pessoa de direito público, EP, SEM ou concessionária
· Patrocine causa em que seja interessada pessoa de direito público, EP, SEM ou concessionária
· Seja titular de mais um cargo ou mandato público eletivo
· II: parlamentar que perdeu o cargo por quebra de decoroparlamentar
· A inelegibilidade dos parlamentares será aplicada pelo período remanescente do mandato para o qual foram eleitos e nos oito anos subsequentes ao término da legislatura: art. 1º, I, “b”, LC 64/90
· Governador e vice, prefeito e vice que hajam perdido o cargo por:
· Infringência a dispositivo da constituição estadual, lei orgânica do M ou DF
· Inelegibilidade é aplicada pelo período remanescente do mandato e nos 8 anos subsequentes ao término para o qual tenham sido eleitos
· Os que tenham tido representação julgada procedente pela JE, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão colegiado, em processo de apuração de abuso de poder econômico ou político
· Alcança tanto o candidato como qualquer pessoa que concorreu para a prática do ato ilícito
· Representações: AIJE (ação de investigação judicial eleitoral) e AIME (ação de impugnação de mandato eletivo) = TSE decidiu que ambas causam
· Os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, desde a condenação até o transcurso do prazo de 8 anos após o cumprimento da pena, pelos crimes:
· Art. 1º, I, “e”:
· Contra a economia popular
· Contra a fé pública
· Contra a administração pública
· Contra o patrimônio público
· Contra o patrimônio privado
· Contra o sistema financeiro e mercado de capitais
· Crimes previstos na lei de falências
· Contra o meio ambiente
· Contra a saúde pública
· Crimes eleitorais para os quais a lei comine pena privativa de liberdade
· Crimes de abuso de autoridade quando houver condenação à perda do cargo ou inabilitação para o exercício de função pública
· Lavagem de dinheiro
· Tráfico de drogas
· Racismo
· Tortura
· Terrorismo
· Crimes hediondos
· Redução à condição análoga a de escravo
· Crimes contra a vida
· Crimes contra a dignidade sexual
· Crimes praticados por organização criminosa, quadrilha ou bando
· Não se aplica:
· Crimes culposos
· Infrações de menor potencial ofensivo
· Crimes de ação penal privada
· Súmula 9, TSE: a suspensão de direitos políticos decorrente de condenação criminal transitada em julgado cessa com o cumprimento ou a extinção da pena e independe de reabilitação ou de prova de reparação dos danos
· Essa inelegibilidade persiste até 8 (oito) anos após o cumprimento da pena
· Somente após o cumprimento ou extinção da pena se inicia o prazo da inelegibilidade: súmula 61, TSE
· Inelegibilidade se constitui a partir do trânsito em julgado ou da PUBLICAÇÃO da decisão condenatória colegiada
· TSE: oposição de embargos de declaração não suspende a incidência da inelegibilidade
· Caso de prescrição da pretensão executória: o prazo de inelegibilidade deve ser contado a partir da data de ocorrência da prescrição, não da declaração judicial
· Os que forem declarados indignos do oficialato ou com ele incompatíveis, pelo prazo de 8 anos
· Art. 142, §3º, VI e VII, CF
· Oficial condenado na justiça comum ou militar a pena privativa de liberdade superior a 2 anos, em sentença transitada em julgada, será submetido a julgamento de indignidade do oficialato ou incompatibilidade
· Os que tiverem suas contas relativas ao exercício de cargo ou função pública rejeitadas por irregularidade insanável que configure ato doloso de improbidade administrativa, por decisão irrecorrível do órgão competente, salvo se esta houver sido suspensa ou anulada pelo Poder Judiciário
· Órgão competente depende do cargo:
· Caráter administrativo (contas de gestão): tribunais de contas
· Caráter político (contas de governo): casas legislativas
· Prefeito: ambas serão julgadas pelas Câmaras Municipais (STF)
· Cabe a JE definir se as contas rejeitadas apresentam características de irregularidade insanável que configure ato de improbidade administrativa e, assim, reconhecer a incidência de inelegibilidade
· Inelegibilidade para as eleições que se realizarem nos 8 anos seguintes, contadas da decisão
· A inelegibilidade se aplica a todos os ordenadores de despesa, inclusive os mandatários
· Não se aplica aos responsáveis que tenham tido suas contas julgadas irregulares sem imputação de débito e sancionados exclusivamente com o pagamento de multa (2021)
· Detentores de cargos na administração pública direta, indireta ou fundacional, que beneficiarem a si ou a terceiros, pelo abuso do poder econômico ou político, que forem condenados em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão colegiado
· TSE: condenações tanto na justiça comum como na justiça eleitoral
· Exige-se que a prática de ato que revele abuso do poder econômico ou político tenha finalidade eleitoral (TSE)
· Os que, em estabelecimentos de crédito, financiamento ou seguro, que tenham sido ou estejam sendo objeto de processo de liquidação judicial ou extrajudicial, hajam exercido, nos 12 (doze) meses anteriores à respectiva decretação, cargo ou função de direção, administração ou representação, enquanto não forem exonerados de responsabilidade
· Pressupõe efeitos válidos e operantes do decreto de falência em relação a atos praticados por quem exerceu cargo ou função de direção, administração ou representação
· Responsabilização do causador da falência
· Inelegibilidade decorrentes das ações previstas na lei 9.504/97
· Requisitos cumulativos:
· Decisão transitada em julgada ou proferida por órgão colegiado da JE
· Pratica de delito eleitoral:
· Corrupção eleitoral
· Captação ilícita de sufrágio
· Doação, captação ou gastos ilícitos de recursos de campanha
· Conduta vedada aos agentes públicos em campanhas eleitorais
· Sanção de cassação do registro ou diploma
· TSE: os punidos apenas com multa não se sujeitam a inelegibilidade, mesmo que os candidatos beneficiados tenham tido seu registro cassado pela prática de conduta vedada
· Presidente, governador, prefeito, parlamentar federal, estadual ou municipal, que renunciar ao mandato, desde o oferecimento da representação ou petição capaz de autorizar a abertura de processo por infringência a dispositivo da CF, CE ou lei orgânica, para as eleições que se realizarem no período remanescente do mandato e nos 8 anos subsequentes
· TSE: inexistindo essa petição ou representação capaz de autorizar abertura de processo, o político pode renunciar sem que disso decorra inelegibilidade
· Condenação por ato doloso de improbidade administrativa
· Requisitos cumulativos:
· Condenação à suspensão dos direitos políticos
· Decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado
· Ato doloso de improbidade administrativa
· Ato que ensejou cumulativamente:
· Lesão ao patrimônio público E
· Enriquecimento ilícito
· TSE já decidiu que deve causar ambos, impedindo interpretação extensiva ou analogia
· A JE pode aferir, a partir da fundamentação do acórdão da justiça comum a existência ou não dos requisitos exigidos
· Mas é vedado a JE a alteração das premissas adotadas pela justiça comum
· Súmula 41, TSE: não cabe à Justiça Eleitoral decidir sobre o acerto ou desacerto das decisões proferidas por outros Órgãos do Judiciário ou dos Tribunais de Contas que configurem causa de inelegibilidade
· Excluídos da profissão por decisão sancionatória do órgão profissional competente, em decorrência de infração ético-profissional, salvo se o ato tiver sido anulado ou suspenso pelo poder judiciário
· JE não pode analisar vícios procedimentais que contaminem a decisão de exclusão
· Condenados por desfazimento ou simulação de desfazimento de vínculo conjugal ou união estável (fraude) para evitar a caracterização de inelegibilidade
· É necessária condenação em ação judicial por fraude (TSE)
· Demitidos do serviço público por processo administrativo ou judicial, salvo se o ato for suspenso ou anulado pelo poder judiciário
· Demissão pressupõe falta grave
· A JE não pode examinar eventual nulidade no processo administrativo
· O ajuizamento de ação de nulidade pelo servidor contra o ato de demissão não afasta por si só os efeitos da inelegibilidade
· O ato deve ser efetivamente suspenso ou anulado pelo poder judiciário
· Pessoa física e dirigente de pessoa jurídica responsáveis por doaçõestidas por ilegais por decisão transitada em julgado ou proferida por órgão colegiado da JE
· Inconstitucionalidade de doação por pessoa jurídica
· A representação por doação irregular de campanha deve ter observado o procedimento do art. 22, da LC 64/90 (que tem defesa mais ampla que o rito do art. 96, da lei 9.504/97)
· TSE: só são passíveis de causar essa inelegibilidade as doações:
· Que representem quebra da isonomia entre os candidatos
· Que representem risco à normalidade e à legitimidade do pleito
· Que se aproximem do abuso de poder econômico
· Essa inelegibilidade é efeito da condenação: não deve ser declarada no processo ou requerida na representação, mas sim aferida na ocasião do registro do candidato
· Magistrados e membros do MP:
· Que forem aposentados compulsoriamente por decisão sancionatória
· Que tenham pedido o cargo por sentença
· Que tenham pedido exoneração ou aposentadoria voluntária na pendência de PAD
Desincompatibilização
· É o afastamento do cargo, emprego ou função por cidadão que pretende se candidatar a cargo eletivo, pelo tempo previsto em lei
· TSE: é uma faculdade outorgada ao cidadão para que proceda a sua desvinculação fática ou jurídica do cargo, emprego ou função, públicos ou privados, nos prazos definidos na legislação, para se habilitar a eventual candidatura
· A permanência no cargo, nesses casos, poderia levar a um desequilíbrio na disputa eleitoral
· Para se desincompatibilizar são necessários:
· Manifestação formal no interessado com pedido expresso de afastamento
· Afastamento de fato do candidato
· Dentro do prazo legal
· Varia de 3 a 6 meses da data da eleição, a depender da influência do interessado
· Jurisprudência do TSE sobre prazos:
· Militar sem função de comando:
· A LC nº 64/1990, prevê prazo de desincompatibilização para chefe de Gabinete Militar (art. 1º, III, b, 1), 
· Não dispõe sobre a necessidade de desincompatibilização para o restante do efetivo que integra o referido Gabinete. 
· Aplicável a jurisprudência do TSE no sentido de que o militar sem função de comando deve afastar-se apenas a partir do deferimento de seu registro de candidatura, não se sujeitando ao prazo de três meses do art. 1, II, l, da LC nº 64/199028;
· Membro sindical que não exerce as funções de dirigente, administrador ou representante em entidade de classe mantida pelo poder público
· Não há necessidade de desincompatibilização para concorrer a cargo eletivo;
· Membro de Conselho Municipal:
· Há necessidade de desincompatibilização, no prazo de 3 (três) meses antes do pleito, por membro de Conselho Municipal, por equiparar-se à categoria de servidor público.
· Conselheiro tutelar: o conselheiro tutelar do município que desejar candidatar-se ao cargo de vereador deve desincompatibilizar-se no prazo estabelecido no art. 1º, II, "l", c/c IV, "a", da LC nº 64/9031.

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