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Semiologia da pele e anexos

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Marcela Monsores - PTE II 
Pele e Anexos 
 A pele é um órgão, sendo considerado o maior órgão do 
corpo humano. Além disso, possui anexos, sendo eles: as 
glândulas mamárias, unhas/cabelos, pêlos, glândulas 
sebáceas e glândulas sudoríparas. 
 O processo diagnóstico da pele irá ser constituído pela 
anamnese, exame físico (é o ponto mais importante) e 
explorações complementares, se baseando na morfologia 
das lesões. 
 A anamnese irá ser dividida em específica e geral. Na 
anamnese geral será abordada idade, sexo, raça, 
procedência geográfica, estação do ano, antecedentes 
patológicos e nível socioeconômico. Já na anamnese 
específica será tratado o motivo da consulta, padrão de 
evolução temporal, padrão de extensão, sintomas 
associados, medicações e respostas ao tratamento. 
 Para o exame físico existem alguns critérios necessários, 
como as condições necessárias para a realização do exame 
e os passos a serem seguidos. 
 
CONDIÇÕES NECESSÁRIAS 
 Cliente desnudo; 
 Iluminação adequada; 
 Lanterna com bom foco, lupa SN; 
PASSOS 
Para a inspeção: 
 Inspeção de toda a pele; 
 Inspeção das lesões; 
 Inspeção das mucosas; 
 Inspeção dos anexos. 
Para a palpação: 
 A palpação pode ser realizada por digito pressão; 
 Realizada por compressão. 
Exame físico 
 Como já abordado anteriormente, o exame físico requer 
algumas condições, mas o que avaliar nesse exame? 
 No exame físico ao olhar, será inspecionada a forma, 
borda, cor, localização, tamanho e superfície da pele. Na 
palpação, será avaliada a textura, se a pele é dura/mole, 
úmida/seca, móvel/aderida, superficial/profunda, fria/quente, 
dolorosa/indolor. 
 
Lesões elementares da pele 
 As lesões elementares da pele serão elevações 
edematosas, perdas e reparações teciduais, ocasionando 
alterações na cor e espessura da pele, são causadas por 
modificações decorrentes de processos inflamatórios, 
degenerativos, circulatórios, neoplásicos e alterações 
metabólicas ou congênitas. 
 Elas serão classificadas em primárias e secundárias. 
 O conjunto de lesões elementares será chamado de 
erupção. A erupção pode ser monomorfa ou polimorfa. 
Monomorfa quando decorrente de reação alérgica e 
polimorfa quando consequência de processos infecciosos, 
como a varicela. 
 
Lesões elementares primárias 
 As lesões primárias são as que ocorrem sobre a pele 
sadia. Se dividem em planas, sólidas e líquidas. 
 
PLANAS 
 Manchas ou máculas (máculas são até 1cm, sendo 
menores que as manchas). São classificadas em 
pigmentar, vascular e purpúrica; 
 Causam modificação da cor, sem alterar relevo ou 
consistência. 
 
SÓLIDAS 
 Pápulas; 
 Placas; 
 Nódulos. 
Marcela Monsores - PTE II 
 
LÍQUIDAS 
 Vesículas (conteúdo claro); 
 Bolhas (conteúdo claro e seroso); 
 Pústulas (conteúdo purulento); 
 Abcessos (conteúdo purulento, aspecto tumoral). 
 
Lesões elementares secundárias 
 Essas lesões são produzidas por agressão externa sobre 
a pele, podendo ser consequência de lesões primárias. 
 A atrofia, edema e cicatriz causarão alterações de 
consistência e espessura. Já a escoriação, escama, crosta, 
fissura e úlcera ocasionarão alterações e perdas de 
substâncias. 
 
 
Manchas pigmentares 
 Podem ser manchas leucodérmicas ou manchas 
hiperpigmentares (hipercrômicas). 
 Serão manchas leucodérmicas quando forem manchas 
brancas decorrentes de diminuição ou ausência de 
melanina. Podem ser manchas acrômicas (cor branco 
marfim por ausência total de melanina) ou hipocrômicas 
(manchas brancas decorrentes da diminuição do pigmento 
melânico). 
 
 
 
 
 
 As manchas hiperpigmentares ocorrerão por aumento da 
melanina ou de outros pigmentos. As lesões por aumento da 
melanina da epiderme são de coloração castanha e as 
lesões com presença de melanina na hipoderme são mais 
azuladas. 
 
Manchas vasculossanguíneas 
 São diversos tipos de manchas vasculossanguíneas 
existentes, sendo eles: eritema, exantema, enantema, 
cianose, rubor, eritrodermia, mancha anêmica, mancha 
angiomatosa e púrpura. 
 O eritema é uma mancha vermelha decorrente de 
vasodilatação, existem vários tipos de manchas 
eritematosas a depender da cor, localização, extensão e 
evolução. 
 A mancha de tipo exantema se caracteriza por ser 
manchas eritematosas disseminadas na pele e de evolução 
aguda, com dois tipos: exantema morbiliforme ou 
rubeoliforme quando entre as manchas disseminadas na 
pele existem áreas de pele normal; exantema 
escarlatiniforme quando a pele é difusa e uniformemente 
eritematosa, sem áreas de pele entremeadas. 
 O enantema é a exantema presente nas mucosas. 
 A cianose caracteriza-se por ser um eritema arroxeado, 
por congestão passiva ou venosa com diminuição de 
temperatura. 
 Já o rubor é um eritema vermelho-vivo por vasocongestão 
ativa ou arterial com aumento da temperatura. 
 A eritrodermia será um eritema generalizado crônico e 
persistente que é acompanhada de descamação. 
 Mancha branca por agenesia vascular em determinada 
área da pele é a característica da mancha anêmica, 
diferindo-se da mancha angiomatosa que será uma mancha 
de cor vemelha decorrente do aumento do número de 
capilares em um determinado local. 
 Por último, a mancha púrpura será uma mancha vermelha 
por extravasamento de hemácias na derme que, portanto 
não desaparece à vitro ou digitopressão. Essa pode ser 
classificada de duas formas, que são petéquias e 
equimoses, sendo o tamanho a diferença entre elas. 
Marcela Monsores - PTE II 
 
Formações sólidas 
 Como já abordado anteriormente, as lesões primárias 
podem ser de formações sólidas, existindo diferentes tipos 
de lesões sólidas. Sendo assim, são exemplos delas: 
pápulas, placas, nódulos, tubérculos, vegetação e 
verrucosidade. 
 
 Adentrando em cada tipo, a pápula é uma elevação 
sólida, palpável e circunscrita da superfície da pele com 
menos de 1cm de diâmetro. Enquanto isso, a placa é uma 
área elevada da pele com mais de 1 centímetro de diâmetro, 
sendo comumente formada união de pápulas ou outras 
lesões elementares sólidas e é palpável. 
 O tubérculo será elevação sólida e circunscrita de 
localização dérmica, com mais de 1cm de diâmetro. Já o 
nódulo consiste em elevação sólida de localização 
hipodérmica, com até 3 cm de diâmetro. 
 A formação sólida do tipo vegetação é lesão com aspecto 
de couve-flor, facilmente sangrante (aumento das papilas 
dérmicas) e à acantose (aumento da camada malpighiana 
da epiderme). 
 Por fim, a verrucosidade é uma Lesão sólida, elevada, de 
superfície dura, inelástica e de cor amarelada, consequente 
à hiperqueratose (aumento da camada córnea da epiderme). 
 
Formações líquidas 
 Mais uma forma de formação de lesão é a formação 
líquida, que assim como as outras formações, será 
classificada de diversas formas a depender de suas 
características. São elas: vesícula, bolha, pústula, abscesso 
e hematoma. 
 
 Primeiramente, a vesícula é caracterizada por ser uma 
lesão elevada e circunscrita com até 1 cm de diâmetro 
preenchida por líquido claro. 
 A bolha, também chamada de flictena é uma elevação 
preenchida por líquido claro com mais de 1cm de diâmetro. 
 Um outro tipo de lesão formada por líquido é a pústula, 
que consiste em uma lesão elevada com até 1cm de 
diâmetro, contendo líquido purulento em seu interior. 
 Já o abscesso coleção purulenta, proeminente e 
circunscrita com mais de 1 cm de diâmetro, localizada em 
região dermo-hipodérmica ou subcutânea. 
 Por último, o hematoma é uma área na qual a hemorragia 
subjacente causa elevação da pele ou mucosa. 
 
 
Marcela Monsores - PTE II 
 
Alterações de espessura 
 Algumas patologias ou outros fatores podem levar a 
alterações na espessura da pele. Dessa forma, torna-se 
imprescindível o conhecimento acerca dasalterações 
possíveis e como caracteriza-las. 
 Existem cinco alterações de espessura, são: atrofia, 
esclerose, infiltração, edema e queratose. 
 A queratose ocasionará o aumento da espessura da pele, 
fazendo com que se torne dura, inelástica, de superfície 
áspera e com a cor amarelada. 
 Quando houver um aumento na espessura da pele, 
depressível decorrente da presença de plasma na derme ou 
hipoderme, será classificado como edema. 
 Enquanto isso, a infiltração será um aumento da 
espessura e consistência da pele, com limites imprecisos, 
tornando menos evidentes os sulcos normais. 
 A esclerose se dará pela alteração de espessura da pele, 
que se torna coriácea e impregueável quando é pinçada 
com os dedos. Pode acompanhar-se de hipo ou hipercromia 
e decorre da presença de fibrose com aumento do colágeno 
dérmico. 
 E, finalmente, a atrofia será a diminuição da espessura da 
pele, que se torna adelgaçada (fina, delgada). 
 
Perdas e reparações teciduais 
 São lesões oriundas da eliminação ou destruição 
patológicas e de reparações em tecidos subcutâneo. São 
elas: erosões, escoriação, fissura, crosta e ulceração. 
 A fissura, também chamada de ragádia é a perda linear 
do epitélio, superficial ou profunda, não causada por 
instrumento cortante. 
 A crosta é a lesão formada por ressecamento de líquidos 
orgânicos, podendo ser serosa, sanguínea ou purulenta. 
 Perda da derme e/ou hipoderme, deixando cicatriz é o 
que caracteriza a ulceração. 
 A escara é porção de tecido cutâneo atingido por necrose 
e mumificação sem dessecamento, com dimensões 
variáveis. 
 Por fim, a cicatriz se caracteriza por ser uma lesão 
resultante da reparação de processos destrutivos sofridos 
na pele. 
 
Cabelos e unhas 
 Os cabelos e unhas são anexos da pele e também são 
partes importantes de serem analisadas em um exame 
físico, portanto, ao examinar os cabelos, inspecione e palpe 
observando coloração, quantidade e textura. Além disso, 
observe a presença de alopecia, pediculose, placas, 
descamação e crostas. 
 Nas unhas, é necessário a inspeção e palpação também, 
observando cor e formato, além da presença de lesões. 
Marcela Monsores - PTE II 
 
 Em conclusão, o enfermeiro deve conhecer as 
características da pele normal, as variações e alterações 
que podem ocorrer em função da idade. Ademais, este 
profissional deve estar capacitado a reconhecer os 
principais tipos de lesões, alterações cutâneas transitórias e 
principais dermatoses da infância, de maneira precisa, a fim 
de estabelecer o diagnóstico de enfermagem e, 
consequentemente, a intervenção de enfermagem efetiva.

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