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João Manuel – Medicina Nove de Julho DOENÇA CONCEITO PATOGÊNESES APRESENTAÇÃO CLÍNICA Tireotoxicose Es uma estado de hipermeta- bolismo causado por níveis elevados de T3 e T4 livre, le- vando uma intoxicação pelo extravasamento de coloide para circulação, diferencial para hipertireoidismo. -Tireotoxicose associada com hipertireoidismo: • Primária: Hiperplasia difusa (associada com Doença de Gra- ves, causa mais comum); Bócio multinodular hiperfuncio- nante (tóxico, forma nódulos autônomos não dependentes de TSH); Adenoma da tireoide hiperfuncionante (tóxico). • Secundária: Adenoma hipoSisário secretor de TSH. -Tireotoxicose sem associação com hipertireoidismo: • Tireoidite Granulomatosa: Dor na glândula após infecção vi- ral. • Tireoidite Linfocítica Subaguda: Indolor, causa autoimune, confundida com tireoidite de hashimoto (diferenciadas histo- logicamente, hashimoto possui células de Hurthle e Sibrose. -Tireotoxicose factícia: Associada com hipotireoidismo, por conta da ingestão excessiva de T4 exógeno, comum em cenário de protocolos de emagrecimentos ou doença de Graves ou reposição hormonal. As manifestações clı́nicas surgem devido ao estado de hi- permetabolismo e ativação excessiva do sistema nervoso autônomo. Logo, sendo comum pele quente e macia, perda de peso, intolerância ao calor, taquicardia , diarreias, osteo- porose, olhar Sixo e arregalado, , ansiedade, , febre intensa. Todas as tireoidites cursam com tireotoxicose, quando o processo inSlamatório dura por muito tempo, esgotam-se os coloides, consequentemente, as células foliculares, resul- tando em um quando de hipotireoidismo. DOENÇA CONCEITO FATORES DE RISCO PATOGÊNESES MACROSCOPIA MICROSCOPIA APRESENTAÇÃO CLÍNICA Doença de Graves Es uma doença autoimune. Mais comum em mu- lheres entre 20 a 45 anos. Polimor`ismo: genes CTLA4, PTPN22, IL2RA e HLA-DR3. São genes produtores de proteı́nas regulatórias da célula T. Hipertireoidismo com bócio difuso: pro- dução de anticorpos contra o receptor de TSH (R-TSH), sendo o subtipo TSI, conhe- cido como Trab (nı́vel aumentado indicativo da doença). A glândula aumenta a secreção de T3 e T4 como resposta, tendo uma hiper- troSia + hiperplasia das células foliculares, ocorrendo uma bócio difuso. Oftalmopatia: as alterações genéticas resul- tam numa ativação das células TCD4 à cito- cinas à Sibroblastos à grande volume de formação de tec. conj. à glicosaminogli- cano à retém muito sódio e muita água à local com inchaço e tumefeito à também causa a dermatopatia. Glândula aumen- tada de forma si- métrica e difusa. HipertroSia, hiper- plasia, pequenas papilas sem eixo Si- brovascular. InSiltrado inSlama- tório mononuclear rico em células T. Tríade de achados clínicos: • Hipertireoidismo associado aumento difuso da glândula. • Oftalmopatia inSiltrativa com exoftalmia resultante; • Dermopatia inSiltrativa loca- lizada. Cintilogra`ia: captação do iodo di- fusa. TSH baixo / T4 alto / Trab alto João Manuel – Medicina Nove de Julho DOENÇA CONCEITO FATORES DE RISCO PATOGÊNESES MACROSCOPIA MICROSCOPIA APRESENTAÇÃO CLÍNICA Tireoide Granulomatosa Conhecida tam- bém como tireoi- dite de Quervain. Alta incidência em mulheres de 30 a 50 anos. Surge após uma infecção viral, cursando com uma infecção pré- via do trato respiratório supe- rior, tendo uma resposta imune limitada, leva uma destruição do folículo tireoidiano por meio da resposta citotóxica da célula T, jogando o coloide para circula- ção,2 tendo o processo de tire- otoxicose. Aumento assi- métrico da glân- dula, uni o bilate- ral, consistência forme, cápsula intacta, coloração branco amare- lada. Folı́culos tireoidianos des- truı́dos, microabcessos, mui- tos linfócitos e plasmócitos, in9iltrado mononuclear e Si- brose. A presença de células gigan- tes multinucleadas é um di- agnóstico diferencial para o carcinoma papilífero. Dor na glândula, aumento variável e assimétrico, inSla- mação e tireotoxicose tran- sitório. Cintilogra`ia: captação do iodo baixa. TSH baixo / T4 alto Tireoidite Linfocítica Subaguda Conhecida tam- bém como tireoi- dite indolor, uma doença autoimune Alta incidência em mulheres de 30 a 50 anos. Predisposição genética. Doença autoimune à alto nível sérico de antiTPO à destruição dos folı́culos tireoidianos media- dos por células T e citocinas, le- vando também destruição do epitélio folicular. Aumento difuso e discreto da glân- dula. In9iltrado in9lamatório mo- nonuclear rico em linfócitos e plasmócitos. Diagnóstico diferencial para hashimoto é pela ausência de células Hurthle na linfocı́tica, são células de resposta adap- tativa, uma metaplasia. Bócio discreto e indolor, ti- reotoxicose leve e transitó- ria, 1/3 evoluem para hipo- tireoidismo. Cintilogra`ia: captação do iodo baixa. Inicial: TSH baixo / T4 alto Tardio: TSH alto / T4 baixo DOENÇA CONCEITO PATOGÊNESES APRESENTAÇÃO CLÍNICA Hipotireoidismo Es um desarranjo estrutural e funcional que interfere na produção dos nı́veis adequa- dos dos hormônios tireoidia- nos; maior incidência em mu- lheres. -Primário: • Congênito: DeSiciência de iodo na dieta; Bócio dis-homogené- tico; Agenesia da glândula; Hipoplasia da glândula. • Autoimune: Tireoidite de Hashimoto; Tireoidite linfocı́tica su- baguda. • Iatrogênico: Ablação cirúrgica; radiação; medicamentos. -Secundário: Falha na hipóSise ou insuSiciência hipotalâmica, tendo uma redução de TSH. Cretismo: hipotireoidismo que se desenvolve na lactância ou em perı́odos precoce da infância. Por conta de deSiciência de iodo na dieta e bócio homonogênico. Cursa com deSiciência in- telectual grave, baixa estatura, hernia umbilical e traços gros- seiros. Mixedema: hipotireoidismo que se desenvolve me crianças mais velhas ou em adultos. Por conta de doenças autoimune. Cursa com preguiça mental, ganho de peso, limitação fı́sica, constipação, quadros depressivos, arteriosclerose. João Manuel – Medicina Nove de Julho DOENÇA CONCEITO FATORES DE RISCO PATOGÊNESES MACROSCOPIA MICROSCOPIA APRESENTAÇÃO CLÍNICA Tireoidite Hashimoto Es uma doença autoi- mune, que gera uma insuSiciência gradativa e progressiva da tire- oide. As reas não endêmi- cas para deSiciência de iodo; maior inci- dência em mulheres; dos 45 a 65 anos. Doença autoimune à alto nível sérico de antiTPO à devido a uma suscetibilidade genética, principalmente polimorSismo CTLA4, PTPN22, IL2RA. A produção desses autoanticor- pos levam: morte celular medi- ada por célula T citotóxica, morte celular mediada por cito- cinas (macrófago M1) e citotoxi- dade mediada por células de- pendentes de anticorpos. Aumento difuso e si- métrico, cápsula in- tacta, coloração casta- nha amarelada, leve- mente nodular. InSiltrado inSlamatório mononuclear extenso e rico em linfócitos; pre- sença de centro germi- nativos; folı́culos tireoi- diano arrodeados por células de Hurthle (res- posta metaplásica). Bócio difuso e indolor, tire- otoxicose transitório, risco aumentado para outras do- enças autoimunes. Cintilogra`ia: captação do iodo baixa. Inicial: TSH baixo / T4 alto Tardio: TSH alto / T4 baixo Tireoidite AtróTica Es uma doença autoi- mune. Autoanticorpos que bloqueiam o receptor de TSH, identiSicado como Trab. • Trab estimulador: do- ença de graves. • Trab bloqueador: tireoi- dite atróSica.Bócio Difuso Simples Es uma hiperplasia da tireoide devido a falha na sı́ntese de hormô- nios tireoidianos. -Endêmico: Dieta ou bloqueio na capta- ção. -Esporádico: Inges- tão de substância que interfere na sı́n- tese de T3 e T4. DeSiciência de iodo causa uma baixa produção de T3 e T4, feed- back negativo da hipóSise, TSH se liga ao receptor e estimular a produção, mas a tireoide não está conseguindo produzir, ocor- rendo uma resposta adaptativa de hiperplasia, bócio. Glândula difusa e au- mentada. Superfı́cie marrom, transparente e translucida. Epitélio folicular involu- ı́do e glândula aumen- tada. Inıćio apresenta eutireoi- dismo, manifestação de efeito em massa. TSH alto/T4baixo/T3baixo Bócio Multinodular Es uma hiperplasia da tireoide devido a falha na sı́ntese de hormô- nios tireoidianos. DeSiciência de iodo causa uma baixa produção de T3 e T4, feed- back negativo da hipóSise, TSH se liga ao receptor e estimular a produção, mas a tireoide não está conseguindo produzir, ocor- rendo uma resposta adaptativa de hiperplasia, bócio. Nódulos irregulares com coloides marrom e gelatinoso; lesões hemorrágicas e necró- ticas; bócio mergu- lhante. As reas de hiperplasia fo- licular com mudanças degenerativas e não apresenta cápsula. Efeito de massa, obstrução das vias áreas, paciente com Eutireoidismo ou subclı-́ nico. TSH baixo/T4 alto/T3 alto João Manuel – Medicina Nove de Julho DOENÇA CONCEITO PATOGÊNESES MACROSCOPIA MICROSCOPIA Adenoma Tireoidiano Tumor que pode ser considerado tóxico ou atóxico; tendo 3 tipos de apresentações. Lesão solitária, esférica e encapsulada, 3 cm, coloração branco acinzentadas ou vermelho pardo. As reas de he- morragia, Sibrose e calciSicação. Bem delimitada, ausência de invasão e metástase, produtora de T3 e T4. Carcinoma Papilífero São associados a expo- sição de radiação ioni- zantes; é uma neopla- sia pálida, pois não capta iodo, logo, não produz T3 e T4, é ató- xica. Mutação em: MAP/cinase (papilífero), PI3K/AKT (fo- licular e anaplásico) e PTEN (auxilia na proliferação). Invasão de cápsula e pre- sença de células neoplásica e linfonodos e órgãos dis- tantes. Projeções teciduais solitários ou multifocais; pode conter Sibrose e calciSicação. Aspecto papilar com projeções de tecido conjuntivo no meio; células com núcleo granular e Sino; núcleos grandes e cromatina frouxa; pseudoinclusão. Carcinoma Folicular Maior incidência em mulheres, caracteri- zada por presença se folı́culos, pseudocáp- sula e células cúbicas. Mutação em: MAP/cinase (papilífero), PI3K/AKT (fo- licular e anaplásico) e PTEN (auxilia na proliferação). Invasão de cápsula e pre- sença de células neoplásica e linfonodos e órgãos dis- tantes. Apresenta folı́culos, irregularidade proliferativa, ne- crose e hemorragia. Folı́culos pequenos com coloides, alta proliferação, não forma arquitetura devido o maior grau de malig- nidade, Carcinoma Anaplásico Extremamente indife- renciado, acomete am- bos os sexos. Mutação em: MAP/cinase (papilífero), PI3K/AKT (fo- licular e anaplásico) e PTEN (auxilia na proliferação). Invasão de cápsula e pre- sença de células neoplásica e linfonodos e órgãos dis- tantes. Misto de células fusiformes e células gigantes pleo- mórSicas, mitose aberrante e desorganização teci- dual. Carcinoma Medular Neoplasia neuroendó- crina, originada das células parafolicula- res. Secreta calcitonina, cau- sando distúrbios de cálcio, pode secretar serotonina também.
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