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João Manuel – Medicina Nove de Julho Hiperfunção adrenocortical: O córtex está trabalhando mais, hiperadrenalismo, muitos hormônios (aldosterona, cortisol e androgênios). Hipofunção adrenocortical: O córtex está trabalhando menos, hipoadrenalismo, mais conhecido como insuDiciência da suprarrenal. DOENÇA CONCEITO PATOGÊNESES APRESENTAÇÃO CLÍNICA Síndrome Cushing (hiperfunção) Conhecida como hiper- cortisolismo, causa con- dições que elevam o nı́vel de glicocorticoides, prin- cipalmente cortisol. Divi- dida em dois grandes gru- pos, endógenas e exóge- nas. -Exógena: causada pela administração exógena de glicocorticoides, essa longa duração, leva a uma atro- Ria cortical apenas nas zonas fasciculadas e reticuladas à sem produção de cortisol à insuSiciência adre- nocortical aguda à crise adrenal aguda. -Endógena: • Síndrome de Cushing Dependente de ACTH: o Doença de Cushing: Causada por um microadenoma hipoRisário secretor de ACTH; estimula- ção excessiva da suprarrenal resulta em uma hiperplasia cortical difusa e bilateral. o Secreção Ectópica de ACTH: Produção ectópica de ACTH por carcinoma de pequenas células pulmonares (sı́ndrome Paraneoplásica); carcinoma medular da tireoide e neoplasias neuroen- dócrinas; acarretando uma hiperplasia cortical difusa e bilateral. • Síndrome de Cushing Indepedente de ACTH: o Neoplasias adrenocorticais primárias: Adenoma secretor de cortisol e carcinoma secretor de cortisol; cursa com atroRia cortical adjacente e glândula contralateral. o Hiperplasia macronodular bilateral: Superexpressão ectópica de outros receptores do cór- tex para ACTH, mas com essa condição começa expressar GIP, LH e ADH; também se encontra mutação somática em Gnas (sı́ndrome de MCune-albright); mutação germinativa em ARMC5; cursando com hiperplasia macronodular bilateral Hipertensão arterial sistê- mica secundária, obesidade central, face de lua, pletora facial, cocava de búfala, es- trias cutâneas. Hiperglicemia, glicosúria e polidipsia. Hiperaldos- teronismo (hiperfunção) Grupo de condições rela- cionadas e caracterizados por hiperprodução crô- nica de aldosterona. -Hiperaldosteronismo primário: hiperprodução autônoma de aldosterona, associado a superexpressão do sistema renina angiotensina; e baixo nível sérico de renina. Es marcado por hipertensão arterial sis- têmica secundária. • Hiperplasia idiopática bilateral: Caracterizado por hiperplasia nodular bilateral das células glo- merulosa; comum em idosos; ocorre devido a mutações germinativas no gene KCNJ5, fazendo com que o canal de potássio tenha um inRluxo inesperado de sódio, deixando a células glomerulosa despolarizada, produzindo constantemente aldosterona. • Neoplasia adrenocortical primário: Caracterizado por adenoma solitário secretor de aldoste- rona, sıńdrome de Conn, maior incidência em mulheres, mutações somáticas no gene KCNJ5, adicionalmente mutação no gene CHCNAH1H, o qual é responsável por regular produção de ca- nais de cálcio, resultando em deixando a células glomerulosa despolarizada, produzindo constan- temente aldosterona. • Hiperaldosteronismo familiar (HF): conhecido como aldosteronismo supressível com glicorti- coides; acontece por um rearranjo no cromossomo 8, fazendo com que CYP11B1 vai ser promo- tor e regulador CYP11B2, isso quer dizer, aldosterona será estimulada por ACTH. -Hiperaldosteronismo secundário: Uma resposta de ativação do sistema renina angiotensina e alto ní- vel sérico de renina; principal causa é a hipoperfusão renal, hipovolemia, edema e gravidez. Hipertensão sistêmica se- cundária, hipotassemia, fra- queza muscular, deSiciência visual, parestesias e tetania franca. João Manuel – Medicina Nove de Julho DOENÇA CONCEITO PATOGÊNESES APRESENTAÇÃO CLÍNICA Síndromes Androgeni- tais (hiperfunção) são distúrbios de diferen- ciação sexual, normal- mente virilização ou femi- nilização. -Neoplasias adrenocorticais primárias: Carcinoma secretor de andrógenos; associação com hipercortiso- lismo; adultos e idosos. -Hiperplasia suprarrenal congênita (HSRC): Doença autossômica recessiva; erros inatos no metabolismo de hormônios esteroides, tendo de9iciência das enzimas envolvidas na esteroidogênese, a principal enzima é a 21-alfa-hidroxilase, tendo aumento de testosterona. Adrenogenitalismo com “perda de sal”: Virilização; de`iciência total de 21- alfa-hidroxilase; ausência de aldosterona e cortisol. • Aumento de andrógenos à testosterona à hipotermia à hiperpotas- semia à acidose à hipotensão à choque e colapso cardiovascular. Adrenogenitalismo virilizante simples: Ambiguidade genital; de`iciência parcial de 21-alfa-hidroxilase; produção suSiciente de aldosterona e insuSici- ente de cortisol. • Baixo cortisol à aumento do ACTH à hiperplasia à androgênios. Andrenogenitalismo não clássico ou início tardio: Virilização; de`iciência branda de 21-alfa-hidroxilase; manifestação leves e tardias; hirsutismo, acne, irregularidade menstrual. Hipoadrena- lismo (Hipofunção) Quando o córtex cortical é incapaz de manter a pro- dução normal de hormô- nios. Es causada por distúrbios estruturais e funcionais que impedem a produção de nı́veis adequados de hormô- nios adrenocorticais. Hipoadrenalismo primário: mais comum, podendo ser aguda (crise renal) ou crônica (doença de Addison). • Doença de Addison: manifestação Em torno de 70% dos casos é uma doença autoimune, mas pode ser por AIDS, tuberculose, cancer metas- tático. Hipoadrenalismo secundário: Acontece quando tem um distúrbio hipotalâ- mico ou hipoSisário, que leva a uma queda de CRH e ACTH. DOENÇA CONCEITO PATOGÊNESES APRESENTAÇÃO CLÍNICA Hipoadrenalismo Primário Agudo (Hipofunção) Pacientes com inca- pacidade de produzir os hormônios esteroi- des, cortisol. Interrupção abrupta dos esteroides (glicocorticoides): Situação de parada súbita do uso exógeno e crônico de corticoides. Com isso há um feedback negativo, cursando com diminuição de ACTH e atroSia cortical da suprarrenal. assim entrando em crise adre- nal. Paciente com doença de Addison: Pelo menos 90% do córtex está comprometido; insuRiciência adrenal crônica – destruição progressiva do córtex adrenal. Hemorragia maciça da suprarrenal: comum observar em recém-nascido após um parto prolongado e difı́cil com trauma e hipóxia; paciente em terapia anticoagulante; paciente pós-operatório que evolui com CID; Síndrome de WaterHouse- Fride- richsen. Síndrome de WaterHouse-Friderichsen: Uma doença incomum e catastróSica; aco- mete principalmente criança, mas pode sur- gir em adultos. Es uma doença caracterizada por infecção bacteriana fulminante; hipoten- são o rapidamente progressiva e que evolui para choque, CID com púrpuras dissemina- das na pele. João Manuel – Medicina Nove de Julho DOENÇA CONCEITO PATOGÊNESES APRESENTAÇÃO CLÍNICA Hipoadrenalismo Primário Crônico (Hipofunção) A doença de Addi- son é incomum, ca- racterizado por des- truição progressiva do córtex suprarre- nal. As principais causas são adrenalite autoimune (mais comum 70%); adrenalite tu- berculosa; AIDS; Cânceres metastáticos (CA pulmão, CA mama, Melanoma). Adrenalite Autoimune: Causa mais comum, 70% dos casos, caracterizada por destrui- ção autoimune progressiva das células esteroidogênicas, levando um aumento de auto- anticorpos, que iram destruir as enzimas 17-alfa-hidroxi- lase e 21-alfa-hidroxilase. Pode estar associada a sı́ndromes poliendocrinopatias autoimune (SPA), o qual pode ser SPA1 (caracterizada por candidı́ase mucocutâneo crônica, distroSia ectodérmica, doenças autoimunes) ou SPA2 (caracterizada por tireoidite autoimune, diabetes mel- litus tipos tipo 1, comum em adultos e idosos).A principal mutação é no gene AIRE do cromossomo 21, o qual é o gene de regulação autoimune. Doença de inı́cio silencioso que se manifesta com a redução de glicocorticoides e minera- locorticoides. E essa redução irá acontecer quando perder 90% do parênquima. Fadiga progressiva; Fatigabilidade facial; Distúrbios gastrointestinais (anorexia, náu- sea e vomito, perda de peso, diarreias); Hi- perpigmentação o cutânea. DOENÇA ETIOLOGIA PATOGÊNESES MACROSCOPIA MICROSCOPIA APRESENTAÇÃO CLÍNICA Adenoma Adrenocortical Origem em células adre- nocorticais, maior inci- dência em mulheres e cri- anças do sul por conta da síndrome de Li-Fraumeni. Quando vem hereditárias vem da seguin- tes sı́ndromes, Li-Fraumeni (mutação no TP53), Beckwith-Wiedemann (mutação no cromossomo 11, leva a supraexpres- são de IGF-2, sendo uma fator de cresci- mento do tipo insulina, levando uma au- mento anormal de diferentes órgãos, um que cresce muito é a lı́ngua, baço, rim e pâncreas). Lesão nodular, 2,5 cm, bem circunscrita; massa solitária unilateral; co- loração amarelo dou- rado; áreas hemorrági- cas e células cheia de li- pofuscina. Células neoplásicas seme- lhantes as células normais, núcleo pequeno, citoplasma eosinoRílico. Aldosterona à hiperal- dosteronismo; Cortisol à Sı́ndrome de Cushing; Androgênio à sı́ndrome adrenogenitais. Mielolipoma Achado acidental, porém podem apresentar dor abdominal em Slanco. Pode esta associada com sı́ndrome de cushing e hi- perplasia suprarrenal congênita. Idiopática. Lesões nodulares gran- des, podendo chegar até 40 cm, bem delimitado, solitário, coloração amarelo avermelhada. Neoplasia composto por adi- pócitos maduras e células he- matopoiéticas; áreas de calci- Sicação, metaplasia óssea e Si- brose. Efeito de massa, compri- mindo a veia suprarrenal; complicação é o hemoperi- tônio; equimose nos Slan- cos. Carcinoma Adrenocortical Alta taxa de mortalidade, invade estruturas rapida- mente. Supraexpressão de IGF-2; mutação somá- ticas de TP53, RB, CTNNB1, ATM, NFT1. Lesão nodular grande, mais de 20 cm, unilate- ral, mal delimitada, co- loração variada. Células neoplásicas bem di- ferenciadas: células grande nodular eosinofı́licas. Células neoplásicas poucos diferenciadas: anaplásicas; células gigantes, monstruo- sas e bizarras. Invasão por extensão direta a veia suprarrenal, veia cava inferior, vasos linfáti- cos. Metástases para linfo- nodos. Sobrevida média é 2 anos. João Manuel – Medicina Nove de Julho DOENÇA ETIOLOGIA PATOGÊNESES MACROSCOPIA MICROSCOPIA APRESENTAÇÃO CLÍNICA Feocromacitoma Origem em células croma9ins, maior inci- dência em mulheres, “Regra dos 10”: • 10% são extrassuprarenais • 10% esporádicos são bilaterais • 10% são biologicamente malignos • 10% não estão associados à hiper- tensão • 25% dos casos estão associados com mutações germinativas onco- gênicas. RET/NF1, genes VHL, EPAS1; Também tem mutações em succinato desidrogenase (SDHB, SDHC, SDHD). Lesão variável, pe- queno ou grande, não encapsuladas, coloração castanho avermelhados, unilaterais. células cromaSins circun- dadas por células de sus- tentação que forma ni- nhos, chamados de Zell- ballen. Quando maligno faz metástase para linfonodos regionais. O felcromocitoma manifesta-se inicialmente como HAS secun- dária. Além disso eles podem ter crises paroxı́sticas (quando tem uma elevação abrupta da pressão arterial e além da ele- vação abrupta da PA o paciente tem taquicardia, palpitação, sudorese, náusea e vômitos).
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